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Repertórios para a vida!

Cainã Vilanova
Dom Diougo
ATENÇÃO:
 O texto produzido no ENEM será sobre um tema de ordem social e você
deverá defender um ponto de vista a respeito da temática proposta, com
argumentos consistentes, articulados com coesão e coerência.
 Seu argumento não pode ser uma mera informação, mas deve ser um
conhecimento selecionado cuidadosamente e inserido no contexto da discussão
para justificar seu ponto de vista sobre o problema social, com direção
propositiva a uma possibilidade de solução.
 Para isso, vamos ampliar o conhecimento de mundo hoje com repertórios das
mais diversas áreas e fazer um exercício de relacioná-los a temáticas de todos
os eixos temáticos!
 Simbora construir o 1000 na Redação e na Vida?
A escravidão na sociedade brasileira.
“O nosso presente
(...)”

“(...) está repleto de


passado.”
A Elite do atraso

“O governo da nação ficava nas mãos de um grupo de elite: fazendeiros, comerciantes, pessoas que ocupavam altos
postos na administração e no governo(...) Estavam também, na sua maioria, interessados na permanência da estrutura
tradicional de produção baseada na grande propriedade, na escravidão, na exportação de produtos tropicais.”

“A Constituição de 1824 afirmava a igualdade de todos perante a lei, bem como garantia a liberdade individual. A
maioria da população, no entanto, permanecia escravizada, não se definindo em termos jurídicos como
cidadãos.”(Emília Viotti – Da Monarquia à República)

“O fator mais negativo para a cidadania foi a escravidão (...) Os escravos não tinham direitos à integridade física, à
liberdade e, em casos extremos, à própria vida, já que a lei os consideravam propriedades do senhor, equiparando-se a
animais.” (José Murilo de carvalho)
Como as Leis Abolicionistas contribuíram para a
marginalização da condição de vida dos negros no Brasil?

"Os libertos foram deixados a própria sorte. A República que estava por vim excluiu
analfabetos do direito ao voto, eliminando assim a maioria dos ex-escravos. Não houve
projeto para a construção cidadã dos ex-escravos, o que reflete até os dias de hoje no
cenário brasileiro de exclusão, opressão, racismo, violência, miserabilidade e
desemprego.”
(Emília Viotti – Da Monarquia à
República)
Precisamos de uma segunda abolição
“A democracia só será uma realidade quando houver, de fato, igualdade racial no Brasil e o
negro não sofrer nenhuma espécie de discriminação, de preconceito, de estigmatização e de
segregação, seja em termos de classe, seja em termos de raça”
(Florestan Fernandes. Significado do Protesto Negro)
Revolta da Vacina e saúde
pública.
Contexto e Causas da Revolta da Vacina–
1904

Projeto urbanista elitista


• Urbanização do Rio de Janeiro aos moldes parisienses;
• Demolição de cortiços;
• Mais de 2 mil casas foram demolidas;
• A população pobre foi empurrada para as periferias.

Projeto higienista
• Melhores condições de limpeza e saneamento básico;
• Disseminação de várias doenças: febre amarela, peste bubônica e varíola;
Oswald Cruz e a vacinação obrigatória

Vacina de combate à varíola.


• Projeto tornava a vacinação obrigatória;
• Causou alvoroço na opinião pública;
• O Governo invadia as casas e aplicava a vacina à
força;
• Nenhuma campanha educativa foi desenvolvida;
A evolução da saúde pública na República Velha
- Foi criado, em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, com o objetivo
de fabricar soros e vacinas contra a peste;
- Em 1907 foi criado o Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (atual
Instituto Oswaldo Cruz), onde foram estabelecidas normas e estratégias para o
controle dos mosquitos, vetores da febre amarela (Decreto nº 1.802, de 12/12/1907).
Do Ministério da Saúde ao SUS: a universalização da saúde pública
no Brasil

- (1930) Criação do Ministério do trabalho e organização das caixas de aposentadoria e


pensão (CAPs);
- (1941) Serviço Nacional de Doenças Mentais e Instituto Oswaldo Cruz (Vargas);
- (1953) Criação do Ministério da Saúde, regulamentado pelo Decreto nº 34.596, de 16
de novembro de 1953 (Lei nº 1.920, de 25/7/1953);

Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988.


Arts. 196 a 200: Seção II Da Saúde.
Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195,
com recurso do orçamento da Seguridade Social da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
Os impactos das Notícias Falsas
A motivação para as Fake News

“Os homens não encontram a verdade, a constroem, como


constroem sua história (...)As notícias falsas procuram
enganar, criar outra realidade.” (Paul Vayne)
Uma reflexão sobre as Fake News

“As notícias falsas mobilizaram as massas. As notícias falsas, em todas as suas formas,
encheram a vida da humanidade. Como nascem? De que elementos extraem sua
substância? Como se propagam e crescem no meio político e social?”

“Um erro só se propaga e se amplifica, só ganha vida com uma condição: encontrar um
caldo de cultivo favorável na sociedade onde se expande. Nele, de forma inconsciente,
os homens expressam seus preconceitos, seus ódios, seus temores, todas as suas
emoções. Em outras palavras, as notícias falsas necessitam de gente que queira
acreditar nelas.”]
(Marc Bloch – Reflexões de um historiador sobre a notícias falsas das guerra”.
(1921)
René Descartes – argumento para combater as fakes news

“O primeiro, consistia em nunca aceitar, por verdade, coisa nenhuma que não
conhecesse como evidente; (...) nada incluir em meus juízos que não se
apresentasse tão clara e tão distintamente ao meu espírito que não tivesse
nenhuma ocasião de colocá-lo em dúvida (...)” (René Descartes – Discurso do
Método)
A importância da Representatividade.
Cultura como experiência e identidade

“Um ser humano pode ser um enigma completo para outro ser humano. Não se compreende
um povo somente conhecendo o seu idioma. A cultura nunca é igual, é sempre uma recriação
em que o ser humano expressa sua experiência vivida.”
(Clifford Geertz – As interpretações das culturas)

“A construção da identidade surge da interação do indivíduo com a sociedade.”


(Stuart Hall– Estudos sobre cultura)
Representatividade
“O meu grito de revolta que percorreu o Mundo,
Que não transpôs o Mundo,
O Mundo que sou eu.”
(Amílcar Cabral – Emergência da poesia)
A importância da Cidadania na
construção de direitos e no combate
das problemáticas sociais.
A importância da História na compreensão da realidade

“História não é bula de remédio. Nem produz efeitos rápidos de curta ou longa duração.
Ajuda, porém, a tirar os véu do espanto e a produzir uma discussão mais crítica sobre nosso
passado, nosso presente e sonhos de futuro.”
(Lilia Moritz Schwarcz– Sobre o autoritarismo brasileiro)
Conceito de Cidadania:

“Tornou-se costume desdobrar a cidadania em direitos civis, políticos e sociais. O cidadão


pleno é aquele que fosse titular dos três direitos.” (J. Murilo de Carvalho – Cidadania no
Brasil)

“Direitos Civis são os direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade


perante a lei(...)
Direitos Políticos se referem à participação do cidadão no governo da sociedade. Seu
exercício é limitado a parcela da população e consiste na capacidade de fazer demonstrações
políticas, de organizar partidos, de votar e ser votado(...)
Direitos Sociais garantem a participação na riqueza coletiva. Eles incluem à educação, ao
trabalho, ao salário justo, à saúde, ao lazer, à aposentadoria.”
(J. Murilo de Carvalho – Cidadania no Brasil)
A importância das transformações da
mentalidade como caminho para
começar a enfrentar a problemática.
Transformação das Mentalidades

“Os acontecimentos políticos e econômicos são fundadores de novas


mentalidades. E as transformações das mentalidades constituem-se
instrumentos de revoluções irreversíveis”
(René Rémond - Do Político)

“Ao longo da história, o campo das ideias e das mentalidades influenciaram a


hierarquia das atividades humanas e as rupturas revolucionárias”
(Hannah Arendt – Da Revolução)
A construção de uma ética de
valorização dos direitos que
passam a ser naturais e universais.
Conquistas da Revolução Francesa
Declaração do Direito do Homem e do Cidadão

Por consequência, a ASSEMBLEIA NACIONAL reconhece e declara,


na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes
direitos do Homem e do Cidadão:

Artigo 1º- Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As


distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum.

Artigo 2º- O fim de toda a associação política é a conservação dos


direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses Direitos são a
liberdade. a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Artigo 3º- O princípio de toda a soberania reside essencialmente


em a Nação. Nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer
autoridade que aquela não emane expressamente.
@Dom_Diougo
#vem1000navidaenoenem
@cainavilanova
@Dom_Diougo

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