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SUJEITO

SIMPLES
COMPOSTO NULO

SUBENTENDIDO INDETERMINADO
SUJEITO
Função sintática desempenhada por um GN (Grupo Nominal) ou
por uma oração subordinada substantiva.

Controla a concordância verbal.

(a)Os meus primos vivem em Santarém.

(b) Esse rapaz alto que tu conheces estudou no Porto.

(c) Quem ri por último ri melhor.


 Constituído por um só grupo nominal (GN) (i) ou
por uma oração (ii):

Exemplo:
(i) O João é meu amigo.
(ii)Quem faltou à aula terá de fazer o exercício
em casa.
Constituído por dois ou mais GN (i) ou por
orações (ii) ligadas através de coordenação.

(i) O João e o Miguel são meus amigos.


(ii) Quem lê e quem escreve assiduamente
obtém melhores resultados.
 Sujeito nulo subentendido:
Não está explícito na frase, mas pode ser identificado,
através da flexão verbal ou do contexto.

[ -] Telefonei ao Rui esta manhã. (Eu telefonei ao Rui esta


manhã.)
[ - ] Comes muito depressa! (Tu comes muito depressa!)
[ - ] Vivemos nesta rua. (Nós vivemos nesta ru
 Não está explícito na frase e não pode ser
identificado (substituído por “alguém”):

Dizem bem do filme. (sujeito – “?”).


[ - ] Dizem/Diz-se que os impostos vão
baixar. (Alguém diz que os impostos vão
baixar.)
[ - ] Vendem-se melões à beira da estrada.
(Alguém vende melões à beira da estrada.)
 em construções impessoais, o verbo ocorre
sempre na terceira pessoa do singular.

[ - ] Chove torrencialmente.
[ - ] Anoiteceu de repente.
[ - ] Há muitas pessoas bondosas no mundo.
[ - ] Faz hoje três anos que cheguei a esta
cidade.
[ - ] Foi por altura do verão que o vi pela
última vez.
(1) Substituição por um pronome pessoal (forma nominativa), se
a função de sujeito for desempenhada por um GN ou por uma
oração subordinada substantiva relativa.
O aluno correu a meia maratona. = Ele correu a meia
maratona.

(2) Substituição pelo pronome demonstrativo em posição pré-


verbal, se a função de sujeito for desempenhada por uma
oração subordinada substantiva completiva.
Admira-me que ele esteja atrasado. = Admira-me isso.
 
(3) Deslocação para posição pré-verbal, assegurando a
concordância verbal.
Admira-me isso. = Isso admira-me.
 Função sintática desempenhada pelo grupo verbal.
Pode ser constituído:

 Apenas pelo verbo ou complexo verbal


Exemplos: O Simão estuda.
O Simão tem estudado.
 Pelo verbo e outros constituintes (obrigatórios ou
facultativos)
Exemplos: O Simão estuda música todos os dias numa
escola particular.
Interrogação
(1) O Sujeito fez o quê?
O aluno leu atentamente a lição.
O que fez o aluno? Leu atentamente a lição.
 
(2) O que aconteceu a Sujeito?
A Isabel estava contente ontem.
O que aconteceu à Isabel? Estava contente ontem.

(3) O que se passa com Sujeito?


Eles acharam o João contente na festa.
O que se passou com eles? Acharam o João
contente na festa.
 complemento

agente da
direto indireto oblíquo
passiva
 Função sintática desempenhada pelo grupo nominal
substituível pelo pronome pessoal “o/a/os/as”
o/a/os/as e que é
exigido pelo verbo (é selecionado por um verbo transitivo
direto)
 Para saber qual é o GN com a função sintática de complemento direto,
pergunte ao verbo “O quê?” ou “Quem?”.
Exemplos: O Paulo leu um livro. / O Paulo leu-o.
(O Paulo leu o quê? – um livro)

O Paulo encontrou a Ana. / O Paulo encontrou-a.


(O Paulo encontrou quem? – a Ana)
 Função sintática desempenhada pelo grupo
preposicional introduzido pela preposição “a” e
substituível pelo pronome pessoal “lhe/lhes”
lhe/lhes e que é
exigido pelo verbo (transitivo indireto):

 Para saber qual é o Gprep com a função de complemento indireto, pergunte


ao verbo “A quem?”

Exemplos:
Este caderno pertence à Ana. /Este caderno pertence-lhe.
Este caderno pertence a quem? – à Ana.
 Função sintática desempenhada por um grupo preposicional
ou por um grupo adverbial e que é exigido pelo verbo
(transitivo indireto).

Exemplos: Ele vive em Guimarães. (grupo preposicional)


Ele vive aqui. (grupo adverbial)

 Este complemento não pode ser substituído por: “o”; “a”; “os”; “as”
ou “lhe/lhes”:
Ele vive-o. Incorreto Ele vive-lhe. Incorreto
 Substituição por expressões preposicionadas ou adverbiais:
A cozinheira insistia nos ingredientes frescos. (C. Obl.)
A cozinheira insistia neles. (C. Obl.)

 Teste de retoma anafórica, i.e., se o grupo preposicional ou


adverbial não puder ocorrer na pergunta e tiver de constar da
resposta:
- O que é que a cozinheira fazia?
- Insistia nos ingredientes frescos. (C. Obl.)
* - O que é que a cozinheira fazia nos ingredientes
frescos?
* - Insistia.
 Função sintática desempenhada por um grupo preposicional
introduzido pela preposição “por” nas frases que estão na
forma passiva e que corresponde ao sujeito da frase na forma
ativa:

(i) O banco foi assaltado pelos irmãos Dalton. (frase passiva)


(ii) Os irmãos Dalton assaltaram o banco. (frase ativa)
 Função sintática desempenhada por um grupo nominal,
adjetival, preposicional ou adverbial selecionado por um
verbo copulativo, que predica algo acerca do sujeito.

Pode ter a forma de:


. GN – Aquele rapaz é meu aluno.

. GAdj – Hoje estou muito cansada.


. GPrep – O João continua no hospital.

. GAdv – A fotografia ficou bem.


PREDICATIVO do COMPLEMENTO DIRETO
função sintática selecionada por verbos transitivos predicativos
e que faz uma predicação sobre o complemento direto.

Pode ter a forma de


. GN – Os colegas nomearam a Ana delegada de turma.
. GAdj – O professor considera aquela turma barulhenta.
. GPrep – O João tratou aquele rapaz sem respeito.
. GAdv – Achei-o muito bem. (ocorrência muito rara – bem ou
mal)
 Função desempenhada por elementos da frase não
exigidos pelo verbo. Trata-se de um grupo de
palavras que não é essencial ao verbo para que
este complete o seu sentido, pelo que pode ser
omitido/tirado da frase.

Pode ser:
 Um grupo preposicional: Vi o Paulo no teatro.

Um grupo adverbial: Hoje ele vai a um concerto.
 Uma oração: Telefono quando chegar ao aeroporto.
 Função sintática desempenhada por um constituinte
que indica o interlocutor (isto é, o ser a quem nos
dirigimos).

Exemplo: Ó mãe, o gato arranhou-me.


O gato arranhou-me, mãe.
Eu queria, ó sol, sentir o teu calor.
Observações:
 Na escrita, o vocativo é sempre isolado por vírgulas.
 O vocativo pode ser precedido da interjeição de invocação “ó” (que não
deve ser confundida com a interjeição exclamativa “oh”).

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