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RESUMOS PORTUGUÊS PARA O EXAME

Processos Fonológicos

A língua está em constante evolução. As palavras que são utilizadas hoje


resultam de transformações sofridas ao longo dos séculos. Existem três tipos
de processos fonológicos que contribuem para a evolução fonética:

 processos fonológicos de inserção: adição de um fonema (som)


 processos fonológicos de supressão: desaparecimento de um
fonema (som)
 processos fonológicos de alteração de segmentos: mudança de
posição dos fonemas (sons) ou sua alteração

Processos fonológicos de inserção


 Prótese: inserção no início da palavra
 i » aí
 Epêntese: inserção no meio da palavra
 querês » quereis
 Paragoge: inserção no fim da palavra
 Jesu » Jesus

Processos fonológicos de supressão


 Aférese: supressão no início da palavra
 avantagem » vantagem
 Sincope: supressão no meio da palavra
 vinrá » virá
 Apócope: supressão no fim da palavra
 mundanal » mundano

Processos fonológicos de alteração de segmentos


 Redução vocálica: enfraquecimento de uma vogal em posição átona
 a primeira sílaba da palavra mata enfraquece
em matagal
 Assimilação: fonemas contíguos diferentes tornam-se iguais ou
semelhantes
 pera » para
 Dissimilação: fonemas contíguos iguais tornam-se diferentes
 ventezinho » ventozinho
 Metátese: mudança de posição de fonemas dentro de uma palavra
 breviairos » breviários

Pronomes Átonos

Numa frase, o complemento direto e o complemento indireto podem ser


substituídos por outras palavras que se colocam junto ao verbo. Essas palavras
são os pronomes átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
 O complemento direto pode ser substituído por: o, a, os, as.
 O complemento indireto pode ser substituído por: me, te, se, lhe,
nos, vos, lhes.

O complemento direto e o complemento indireto podem ainda ser substituídos


em simultâneo, e ficam com as seguintes formas:

 me + o » mo | me + a » ma | me + os » mos | me + as » mas
 te + o » to | te + a » ta | te + os » tos | te + as » tas
 lhe + o » lho | lhe + a » lha | lhe + os » lhos | lhe + as » lhas
 nos + o » no-lo | nos + a » no-la | nos + os » no-los | nos + as
» no-las
 vos + o » vo-lo | vos + a » vo-la | vos + os » vo-los | vos + as
» vo-las
 lhes + o » lhos | lhes + a » lhas | lhes + os » lhos | lhes + as
» lhas
Colocação dos pronomes átonos em frases afirmativas
Nas frases afirmativas, os pronomes átonos colocam-se a seguir ao verbo,
ligados por um hífen (-).

 O João leu o livro.


 O João leu-o.
 A Maria ligou à mãe.
 A Maria ligou-lhe.

No caso do complemento direto, se a forma verbal acabar em -r, -s ou -z, essa


letra desaparece e acrescenta-se um l ao pronome.
 Ele vai ler o livro.
 Ele vai lê-lo.
 Nós vimos a coruja.
 Nós vimo-la.
 Traz o carro para aqui.
 Trá-lo para aqui.

Também no caso do complemento direto, se a forma verbal acabar em -


m ou som nasal, acrescenta-se um n ao pronome.
 Eles lavaram o chão.
 Eles lavaram-no.
 Põe o livro no chão.
 Põe-no no chão.

Colocação dos pronomes átonos em frases negativas


Nas frases negativas, os pronomes átonos colocam-se antes do verbo.

 O João nunca leu o livro.


 O João nunca o leu.
 A Maria não ligou à mãe.
 A Maria não lhe ligou.

Deve-se realizar este procedimento sempre que na frase encontramos as


palavras: não, nunca, jamais, nenhum, ninguém, nada, …

Colocação dos pronomes átonos em frases iniciadas por pronomes e advérbios


interrogativos
Nas frases iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos, os pronomes
átonos também se colocam antes do verbo.

 Ninguém leva a mochila?


 Ninguém a leva?
 Quem rejeitou a chamada?
 Quem a rejeitou?

Exemplos de advérbios interrogativos: onde? porquê? como? quando?


Exemplos de pronomes interrogativos: que?, o que?, o quê?, quem?
Colocação dos pronomes átonos em frases com verbos antecedidos de certos
advérbios
Nas frases com verbos antecedidos de advérbios
como bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, os pronomes átonos também se
colocam antes do verbo.
 Bem fiz em ter escolhido este restaurante.
 Bem o fiz.
 Mal acabei os trabalhos de casa.
 Mal os acabei.
 Ainda fui ver a minha irmã.
 Ainda a fui ver.
 Já comi a sopa.
 Já a comi.
 Ela sempre deu-lhe aquele presente.
 Ela sempre lho deu.
 Ele só quer sopa.
 Ele só a quer.
 Talvez coma sobremesa.
 Talvez a coma.

Colocação dos pronomes átonos em orações subordinadas


Em orações subordinadas, o pronome pessoal coloca-se antes do verbo

 Fiquei contente quando vi o mar.


 Fiquei contente quando o vi.

Colocação dos pronomes átonos em frases com verbos conjugados no futuro e


no condicional
No futuro do indicativo e no condicional, o pronome pessoal átono coloca-se
no meio do verbo (exceto em frases negativas, interrogativas, em orações
subordinadas e em frases com certos advérbios estudados anteriormente).

 Eu lavarei o chão.
 Eu lavá-lo-ia.
 Eu lavaria o chão.
 Eu lavá-lo-ia.

Colocação dos pronomes átonos em frases em que o verbo é antecedido por


certas palavras
Quando o verbo é antecedido pelas palavras algo, alguém, ninguém, tudo,
nada, nenhum, todo, pouco, ambos, vários, o pronome pessoal átono coloca-se
antes do verbo.
 Algo está a incomodar a Ana.
 Algo a está a incomodar.
 Alguém partiu a janela.
 Alguém a partiu.
 Ninguém viu o João.
 Ninguém o viu.
 Nada passará despercebido à professora.
 Nada lhe passará despercebido.
 Nenhum aluno fez o teste.
 Nenhum aluno o fez.
 Todos os alunos fizeram o teste.
 Todos o fizeram.
 Poucos rapazes cantaram a música.
 Poucos rapazes a cantaram.
 Ambos fizeram um bolo.
 Ambos o fizeram.
 Vários artistas fizeram a obra de arte.
 Vários artistas a fizeram.

Grupos Frásicos/Constituintes Da Frase

No interior das frases, as palavras formam grupos que se organizam em torno


de palavras nucleares. O nome do grupo de palavras está dependente da classe
a que pertence a palavra nuclear.

 Grupo nominal
 tem como núcleo um nome (ou pronome)
 Grupo verbal
 tem como núcleo um verbo (ou complexo verbal)
 Grupo adjetival
 tem como núcleo um adjetivo
 Grupo preposicional
 tem como núcleo uma preposição
 Grupo adverbial
 tem como núcleo um advérbio

Exemplo:
A casa amarela foi pintada ontem de manhã.
 Grupo nominal: A casa amarela
 Grupo verbal: foi pintada ontem de manhã
 Grupo preposicional: de manhã
 Grupo adverbial: ontem
 Grupo adjetival: amarela

Funções Sintáticas

As palavras estabelecem relações entre si e com o verbo, desempenhando


assim diferentes funções.

 Funções sintáticas ao nível da frase


 Sujeito
 simples
 composto
 nulo subentendido
 nulo indeterminado
 nulo expletivo
 Vocativo
 Predicado
 Modificador de frase
 Funções sintáticas internas ao grupo verbal
 Complemento direto
 Complemento indireto
 Complemento oblíquo
 Modificador do grupo verbal
 Predicativo do sujeito
 Predicativo do complemento direto
 Complemento agente da passiva
 Funções sintáticas internas ao grupo nominal
 Modificador do nome
 restritivo
 apositivo

Sujeito
O sujeito é sobre o que ou quem se declara algo.

Sujeito simples
 apresenta um só grupo nominal
 O João foi às compras
 Eles foram às compras

Sujeito composto
 apresenta dois ou mais grupos nominais
 O João e a Maria foram às compras
 Nem eles nem elas foram às compras

Sujeito nulo subentendido


 não aparece na frase mas sabemos quem é o sujeito
 Fui às compras. (quem foi às compras? – eu)

Sujeito nulo indeterminado


 não aparece na frase e não sabemos quem é o sujeito
 Contam-se histórias sobre ele (quem conta as histórias?
– não se sabe…)

Sujeito nulo expletivo


 quando as formas verbais se referem a fenómenos da natureza, ou
quando se utiliza o verbo haver com o significado de existir
 Choveu a noite inteira.
 Há pessoas simpáticas.

Vocativo
O vocativo é utilizado em contextos de chamamento ou interpelação do
interlocutor. Aparece separado do resto da frase por vírgulas. Pode surgir no
início, no meio ou no fim da frase.
 Ana, entra e está à vontade.
 Entra, Ana, e está à vontade.
 Entra e está à vontade, Ana.
Complemento direto
O complemento direto encontra-se dentro do predicado e responde à pergunta
“o quê?” ou “quem?”.
 O Jorge viu um pássaro. (viu o quê? – um pássaro)
 A Rita viu o Miguel. (viu quem? – o Miguel)

Complemento indireto
O complemento indireto também encontra-se dentro do predicado e responde
à pergunta “a quem?” ou “ao quê?”.
 A Cristina ligou à mãe. (ligou a quem? – à mãe)
 Não dei importância ao assunto. (não dei importância ao quê? – ao
assunto)

Complemento oblíquo
O complemento oblíquo é um constituinte selecionado pelo verbo, o que
significa que se o retirarmos da frase muda-se o seu sentido.
 Ele mora em Lisboa. (mora onde? – em Lisboa)

Exemplos de verbos que selecionam o complemento oblíquo: concordar,


durar, ir, gostar, morar, pôr, precisar, vir, …

Modificador do grupo verbal


O modificador do grupo verbal acrescenta uma informação opcional, ou seja,
se o retirarmos da frase o seu sentido não muda. Pode aparecer em várias
posições na frase e ter diferentes valores (tempo, lugar, modo, etc…).
 Ele foi a Lisboa ontem.
 Ontem, ele foi a Lisboa.

O modificador do grupo verbal distingue-se do complemento oblíquo por ser


opcional na frase, ao contrário do complemento oblíquo que é obrigatório na
frase para esta manter o seu sentido.
Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito é selecionado por um verbo copulativo. Pode atribuir
uma propriedade ou característica ou uma localização no espaço ou no tempo.
 Ela é linda.
 Ele está atrás da porta.

Verbos copulativos mais frequentes: ser, estar, permanecer, ficar, continuar,


parecer, continuar, tornar-se, revelar-se…

Predicativo do complemento direto


O predicativo do complemento direto é selecionado por um verbo transitivo
predicativo. É algo que se refere ao complemento direto.

 Acho este livro interessante. (livro » complemento


direto; interessante refere-se ao livro)

Complemento agente da passiva


O complemento agente da passiva surge apenas quando a frase está na
passiva e responde à pergunta “por quem?”.
 O teste foi corrigido pela professora. (foi corrigido por quem? –
pela professora)

Modificador do nome
Tal como o nome indica, o modificador do nome modifica um nome (ou
pronome). No entanto, como é um constituinte não selecionado pelo nome,
pode ser retirado da frase sem que esta se torne agramatical (sem sentido).

Modificador do nome restritivo


Modificador que restringe/limita a realidade referida pelo nome que modifica.
Geralmente surge à direita do nome que restringe, que pode encontrar-se tanto
no sujeito como no predicado, e nunca está separado por vírgulas.
 Vi um filme interessante. (interessante modifica o nome filme)
 A casa da Joana é bonita. (da Joana modifica o nome casa)
 Cão que ladra não morde. (que ladra modifica o nome cão)

Modificador do nome apositivo


Modificador que não restringe o nome, por isso está sempre separado por
vírgulas.

 O João, o irmão da Maria, é meu colega. (o irmão da


Maria modifica o nome João)
 A Inês, ansiosa, foi ver as notas. (ansiosa modifica o nome Inês)
 O carro, de valor inestimável, nunca será vendido. (de valor
inestimável modifica o nome carro)
 A Joana, que é a minha melhor amiga, vai-me ajudar. (que é a
minha melhor amiga modifica o nome Joana)

Modificador de frase
Função sintática desempenhada por elementos da frase não exigidos por
nenhum dos seus constituintes. Por esta razão, o modificador de frase pode ser
eliminado sem alterar o seu sentido. Pode ser desempenhada por um grupo
adverbial, um grupo preposicional ou por uma oração subordinada adverbial.
 Felizmente, o teste correu bem.
 De facto, o teste era muito fácil.
 Fiquei feliz, quando fui ver as notas.

Orações Subordinadas

As orações subordinadas distinguem-se das orações coordenadas por


dependerem de uma oração subordinante, e podem
ser adverbiais, substantivas ou adjetivas, conforme a função sintática que
desempenham:
 Orações adverbiais e adjetivas
 desempenham a função de modificador
 Orações substantivas
 desempenham a função de sujeito ou de complemento
Orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais classificam-se de acordo com o tipo de
conjunções ou locuções conjuncionais subordinativas que as introduzem.
Podem aparecer antes ou depois da oração subordinada.

Orações subordinadas adverbiais causais – indicam um motivo/causa


 Conjunções/locuções: porque, como (utilizada apenas no início da
frase), pois que, já que, uma vez que, visto que, …
 O João está doente porque bebeu leite estragado.
 Como bebeu leite estragado, o João está doente.

Orações subordinadas adverbiais temporais – acrescentam uma circunstância


de tempo
 Conjunções/locuções: quando, enquanto, logo que, depois de,
antes de, mal, até que, assim que, …
 O João ficou aflito quando viu a agulha.
 Quando viu a agulha, o João ficou aflito.

Orações subordinadas adverbiais condicionais – apresentam uma condição


 Conjunções/locuções: se, caso, salvo se, sem que, se não, desde
que, a menos que, a não ser que, …
 Não estaria doente se não tivesse bebido leite estragado.
 Se não tivesse bebido leite estragado, não estaria doente.

Orações subordinadas adverbiais finais – indicam a finalidade


 Conjunções/locuções: para, para que, a fim de, …
 A enfermeira tirou sangue para fazer análises.
 Para fazer análises, a enfermeira teve de tirar sangue.

Orações subordinadas adverbiais comparativas – estabelecem uma


comparação
 Conjunções/locuções: como, assim como, tão… como, tal como …
 O João estava nervoso tal como esteve quando foi ao
dentista.
 Assim como o João, também a mãe estava preocupada.

Orações subordinadas adverbiais consecutivas – indicam uma consequência


 Conjunções/locuções: que, tão… que, tanto… que, de tal modo…
que, …
 A enfermeira foi tão cuidadosa que o João não sentiu
nada.

Orações subordinadas adverbiais concessivas – indicam uma concessão, ou


seja, a ação da oração subordinante realiza-se apesar de haver uma
contrariedade
 Conjunções/locuções: embora, conquanto, ainda que, mesmo que,
apesar de, se bem que, não obstante, …
 Hoje não vai à escola, embora esteja melhor.
 Apesar dele estar melhor, hoje não vai à escola.

Orações subordinadas substantivas


As orações subordinadas substantivas podem desempenhar várias funções
sintáticas. As orações subordinadas substantivas completivas, geralmente
desempenham a função de complemento direto, e são introduzidas por
conjunções ou locuções conjuncionais. Por sua vez, as orações subordinadas
substantivas relativas podem desempenhar mais funções sintáticas e são
introduzidas por palavras relativas sem antecedente.

Orações subordinadas substantivas completivas – completam com o que foi


dito, prometido, perguntado, pedido, etc…
 Conjunções/locuções: que, se, para, …
 Ele disse que está feliz.
 Ele perguntou se queria um gelado.
 Ele pediu para ir ao cinema.

Orações subordinadas substantivas relativas (sem antecedente) – podem


desempenhar as funções sintáticas de sujeito, complemento direto,
complemento indireto, predicativo do sujeito ou modificador do grupo verbal,
e são introduzidas por palavras relativas
 Palavras relativas: o que, quem, onde, quanto
 Quem cala consente.
 Já vi o que está a dar na televisão.
 Eu agradeci a quem me deu os parabéns.
 Aquele restaurante não foi onde fiz o meu aniversário.
 Escondi a prenda onde disseste.

Orações subordinadas adjetivas


As orações subordinadas adjetivas classificam-se conforme se estão entre
vírgulas ou não. Podem aparecer no meio ou depois da oração subordinada, e
são introduzidas por palavras relativas (pronomes relativos, determinantes
relativos e advérbios relativos).

Orações subordinadas adjetivas relativas explicativas – desempenham a


função de modificador do nome apositivo
 Palavras relativas: que, cujo, onde
 Eu jogo andebol, que é muito interessante.
 O pavilhão, que vi pela primeira vez, é muito grande.

Orações subordinadas adjetivas relativas restritivas – desempenham a função


de modificador do nome restritivo
 Palavras relativas: que, cujo, onde
 A rapariga que está ao lado do João é minha irmã.
 Eu li um livro que foi escrito por Saramago.

Frase Complexa

Frase simples e frase complexa


Consoante o número de predicados, as frases podem ser classificadas como:

 Frases simples: se têm uma só forma verbal (verbo ou complexo


verbal), ou seja, um só predicado
 Frases complexa: se têm duas ou mais formas verbais (verbos ou
complexos verbais), ou seja, dois ou mais predicados

Exemplos:
O João está contente – frase simples (um verbo – um predicado)
O Miguel foi pescar com o seu amigo Tozé ontem em Setúbal – frase simples
(um complexo verbal – um predicado)
Ele estudou e teve boa nota – frase complexa (dois verbos principais – dois
predicados)
A Maria foi ao jardim, viu muitos animais e ainda andou no teleférico. – frase
complexa (três verbos principais – 3 predicados)

Classificação de orações
As frases complexas dividem-se em duas ou mais orações (conforme o
número de predicados), e classificam-se como:

 Orações coordenadas
 copulativas (adição)
 adversativas (contraste)
 disjuntivas (alternativa)
 conclusivas (conclusão)
 explicativas (explicação)
 Orações subordinadas adverbiais
 causais (causa)
 temporais (tempo)
 condicionais (condição)
 finais (finalidade)
 comparativas (comparação)
 consecutivas (consequência)
 concessivas (concessão)
 Orações subordinadas substantivas
 completivas (complemento)
 relativas (sem antecedente)
 Orações subordinadas adjetivas
 relativas restritivas (modificador do nome restritivo)
 relativas explicativas (modificador do nome apositivo)

As orações ainda podem ser classificadas como orações coordenadas


assindéticas se não forem introduzidas por nenhuma conjunção, locução
conjuncional ou pronome (estão separadas das outras orações por vírgulas)

Divisão e classificação de orações

Coordenação
Hoje é dia de festa, vamos brincar!
 Hoje é dia de festa – oração coordenada
 vamos brincar! – oração coordenada assindética
A Rafaela está a estudar e está a aprender bem.
 A Rafaela está a estudar – oração coordenada
 e está a aprender bem – oração coordenada copulativa

A Rafaela está a estudar mas não percebe a matéria.


 A Rafaela está a estudar – oração coordenada
 mas não percebe a matéria – oração coordenada adversativa

A Rafaela está a estudar ou está a ver televisão.


 A Rafaela está a estudar – oração coordenada
 ou está a ver televisão – oração coordenada disjuntiva

A Rafaela está a estudar logo não pode sair.


 A Rafaela está a estudar – oração coordenada
 logo não pode sair – oração coordenada conclusiva

A Rafaela está a estudar pois vai ter teste amanhã.


 A Rafaela está a estudar – oração coordenada
 pois vai ter teste amanhã – oração coordenada explicativa

A Rafaela estudou e esforçou-se muito portanto está preparada.


 A Rafaela estudou – oração coordenada
 e esforçou-se muito – oração coordenada copulativa
 portanto está preparada – oração coordenada conclusiva

Subordinação
O João está doente porque bebeu leite estragado.
 O João está doente – oração subordinante
 porque bebeu leite estragado – oração subordinada adverbial
causal

O João vai ao hospital para fazer análises.


 O João vai ao hospital – oração subordinante
 para fazer análises – oração subordinada adverbial final

O João ficou aflito quando viu a agulha.


 O João ficou aflito – oração subordinante
 quando viu a agulha – oração subordinada adverbial temporal
Se não chorar, a mãe prometeu dar-lhe um chocolate.
 Se não chorar – oração subordinada adverbial condicional
 a mãe prometeu dar-lhe um chocolate – oração subordinante

O João ficou calmo como se estivesse a relaxar na piscina.


 O João ficou calmo – oração subordinante
 como se estivesse a relaxar na piscina – oração subordinada
adverbial comparativa

Embora estivesse preocupado, não doeu nada.


 Embora estivesse preocupado – oração subordinada adverbial
concessiva
 não doeu nada – oração subordinante

Ficou tão aliviado que deu pulos de alegria.


 Ficou tão aliviado – oração subordinante
 que deu pulos de alegria – oração subordinada adverbial
consecutiva

O médico disse que não era nada de grave.


 O médico disse – oração subordinante
 que não era nada de grave – oração subordinada substantiva
completiva

O João agradeceu a quem o ajudou.


 O João agradeceu – oração subordinante
 a quem o ajudou – oração subordinada substantiva relativa (sem
antecedente)

A mãe, que lhe fez uma promessa, deu-lhe um chocolate que tinha na mala.
 A mãe … deu-lhe um chocolate – oração subordinante
 que lhe fez uma promessa – oração subordinada adjetiva relativa
explicativa
 que tinha na mala – oração subordinada adjetiva relativa restritiva

Neologismos
Um neologismo é uma palavra (ou expressão) nova ou que entrou
recentemente na língua para representar um novo objeto ou conceito, ou uma
palavra já existente a que foi atribuído um outro significado.
Um exemplo é a palavra “televisão” que foi criada no século XX quando
surgiu uma realidade que não existia até aí. Assim, associou-se o elemento
grego tele, que significa “longe”, à palavra “visão” (do Latim visione–), que já
existia em Português.
“Rato” é outro exemplo porque foi uma palavra que ganhou um novo
significado quando surgiram os computadores e passou a servir para designar
um periférico usado na informática.

O neologismo passa a ser parte do léxico da língua quando é dicionarizado e


admitido na linguagem padrão. Isto acontece frequentemente, pois a língua se
adapta ao uso que a comunidade linguística faz dela.

Exemplos:
 psicoterapia
 salazarismo
 internet

Arcaísmos

Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga que já caiu em desuso.

O texto de Gil Vicente, o Auto da Barca do Inferno, é um exemplo de texto


com vários arcaísmos pois já é de uma época muito anterior (século XVI).

Exemplo:
Tua simpreza t’abaste
pera gozar dos prazeres.

simpreza » simplicidade de espírito/inocência


Géneros Literários

Fábula
As fábulas são composições literárias curtas, escritas em prosa ou versos, em
que os personagens são animais que apresentam características
antropomórficas, ou seja, são lhes atribuídas características humanas. Neste
género literário é, portanto, frequente o recurso à personificação.

Lenda
A lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos
tempos que combinam factos reais e históricos com factos irreais que são
meramente produto da imaginação humana.

Conto
Um conto é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que
conta situações rotineiras de personagens previamente retratadas.
A ação decorre num determinado tempo e espaço, contada por um narrador, e
tem apenas um clímax.

Poema
No texto poético o autor apresenta a realidade de forma criativa numa
linguagem bastante expressiva. O texto que daí resulta chama-se poema, que é
um conjunto de versos agrupados em estrofes.

Epopeia
A epopeia é um género narrativo, geralmente escrito em
verso, extenso, que visa celebrar feitos grandiosos de heróis, reais ou
lendários.

Romance
Narrativa de grande complexidade e variedade de técnica narrativa,
frequentemente com estudo psicológico das personagens e introdução de
episódios autónomos (micronarrativas), reflectindo a atmosfera psicossocial
da época em que se insere.
Soneto
Composição poética de catorze versos, dispostos em duas quadras e dois
tercetos. O metro mais utilizado no soneto é o decassílabo.

Crónica
Narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica.

Texto dramático
Um texto dramático é escrito em função de uma possível representação. Ao
seu autor dá-se o nome de dramaturgo.O texto dramático pode ser escrito em
prosa ou em verso. A acção é apresentada pelas personagens e situa-se num
tempo e num espaço.

Recursos Expressivos

Os recursos expressivos são usados frequentemente nos textos literários para


tornar a linguagem mais sugestiva e mais expressiva, embora também possa
surgir noutros tipos de textos e na linguagem do dia a dia.
Nos anos anteriores já aprendeste a onomatopeia, a enumeração, a
personificação, a comparação, a anáfora, a perífrase, a metáfora, a aliteração,
o pleonasmo, a hipérbole, a antítese, o eufemismo e a ironia. No 9º ano vais
ainda aprender o símbolo, a alegoria e a sinédoque.

Onomatopeia
Uso de palavras que representam sons.

 Triimm Triimm!

Enumeração
Sucessão de vários elementos.

 Vi um passáro, um elefante, um rinoceronte, um crocodilo e muitos


mais animais!

Personificação
Atribuição de características humanas a animais ou objetos.
 A nuvem chorou.

Comparação
Relação de semelhança com recurso a uma conjunção comparativa (como,
assim, tal como, …).

 Os olhos azuis como o mar.

Anáfora
Repetição da mesma palavra ou expressão no início de vários versos, de várias
frases ou de vários elementos da mesma frase.

 Hoje é dia de Natal. Hoje é dia de festa. Hoje é dia de juntar a


família. Hoje é dia de comer, brincar e orar.

Perífrase
Apresentação por várias palavras uma ideia que poderia ter sido referida por
uma única palavra.

 Vinha rompendo a manhã = Amanhecia.

Metáfora
Relação de semelhança sem recurso a uma expressão comparativa (como,
assim, tal como, …).

 Tenho tantos problemas para resolver…carrego o mundo nos meus


ombros.

Aliteração
Repetição da mesma consoante em palavras próximas.

 O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.

Pleonasmo
Uso intencional de palavras ou expressões que repetitivas.

 Subir para cima da colina.


Hipérbole
Exagero da realidade.

 Ele é alto como a Torre Eiffel.

Antítese
Oposição de ideias ou realidades.

 Estou feliz e triste contigo.

Eufemismo
Suavização de uma realidade desagradável ou trágica.

 O meu avô foi para o céu.

Ironia
Transmissão de uma ideia através da afirmação do seu contrário, mas
demonstrando a verdadeira intenção.

 Hoje vão estar quarenta graus que não é calor nenhum!

Símbolo
Relação que associa algo (objeto, ser animado…) a uma ideia, a um conceito
ou sentimento.

 Pomba branca (simboliza paz)

Alegoria
Representação de uma realidade abstrata através de uma realidade concreta,
por meio de analogias, metáforas, imagens e comparações.

 “O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge;


com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele
não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma
mansidão.” (em Sermão de Santo António aos Peixes, do
Padre António Vieira)
O polvo aparece como uma representação alegórica da hipocrisia
com que se mascara o ser humano e, em particular, alguns
membros da igreja.
Sinédoque
Relação em que se designa o todo pela parte ou a parte pelo todo, o plural pelo
singular ou o singular pelo plural, etc.

 “Este povo que é meu, por quem derramo as lágrimas…” (em Os


Lusíadas, de Luís de Camões)
Povo refere-se apenas aos marinheiros de Vasco da Gama.

Estrutura Da Narrativa

Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num


determinado tempo e espaço.

Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos
e acontecimentos.

Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e


fábula.

Apresentação - também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do


texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a
trama.

Desenvolvimento - aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas


ações dos personagens.

Clímax - parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento


mais emocionante da narrativa.

Desfecho - também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final


da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo
desenvolvidos.

Elementos Da Narrativa

Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador,


narrador personagem e narrador onisciente.

Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se


desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não linear.
Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em:
personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários
(adjuvante ou coadjuvante).

Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por


exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico
ou psicológico.

Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num


ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

Tipos de narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz
textual" da narração, sendo classificados em:

Narrador personagem (1ª pessoa) - a história é narrada em 1ª pessoa onde o


narrador é um personagem e participa das ações.

Narrador observador (3ª pessoa) - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador


conhece os fatos, porém, não participa da ação.

Narrador onisciente (3ª, mas também 1ª pessoa) - esse narrador conhece todos
os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa. No
entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos personagens, ela é
narrada em 1ª pessoa.

Tipos De Discurso Narrativo


Discurso direto - no discurso direto, a própria personagem fala.

Discurso indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da


personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não
aparece a fala da personagem.

Discurso indireto livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador


e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o
indireto.
Lusíadas
Com este álbum da época Luís de Camões pretendeu exaltar os feitos dos
portugueses e, portanto, podemos dizer que temos um “herói” coletivo que é o
povo português.
Para alem do plano da ação principal, que são então os descobrimentos
portugueses, temos também o plano da mitologia com os deuses Gregos e
Romanos e o plano da história de Portugal, ou seja temos referência a feitos
portugueses de anteriormente.
É importante ter em conta que ao longo da obra, possuem vários narradores e
entre eles temos o próprio poeta, Vasco da Gama, Paulo da Gama e Fernão
Veloso.
Relativamente á estrutura interna temos versos decassilábicos e rima
emparelhada e cruzada
Já relativamente então á estrutura interna da obra temos a Preposição em que
o poeta se propõe a cantar os feitos dos portugueses. Seguidamente temos a
Invocação em que o poeta suplica ás ninfas do Tejo que lhe deem inspiração
para a sua obra (aqui podemos ver que o poeta tem consciência do carater
grandioso da sua obra). A Dedicatória, que é o oferecimento da obra do poeta
a D. Sebastião. E finalmente temos a Narração que é a descrição dos
acontecimentos (é importante ressaltar que a narração começa a meio da
história, ou seja In Media Res e que depois existem analepses e prolepses, ou
seja existe vários momentos temporais)
O importante mesmo desta obra é saber as reflexões do poeta, ou seja, em
cada canto o poeta vai fazendo reflexões sobre a sociedade do seu tempo:
Canto I - No canto primeiro temos então a reflexão da fragilidade humana e da
efemeridade da vida humana, ou seja, nós vivemos já conscientes que vamos
morrer
Canto II – No canto segundo não temos reflexões
Canto III – A reflexão é baseada no poder do amor que é capaz de transformar
toda a gente, transformar pessoas más em pessoas boas e transformar pessoas
boas em pessoas más
Canto IV – No canto quarto a reflexão é a reflexão humana no sentido
pejorativo, ou seja, ele reflete que os navegadores portugueses deixaram as
suas famílias para embarcar numa viajem á procura em busca de fama
Canto V – No canto quinto existe uma reflexão sobre o desprezo das artes e
dos artistas, que são aqueles que imortalizam no fundo os feitos
Canto VI – Não possui reflexões
Canto VII – O canto sétimo reflete sobre as nações europeias que não
espalham a fé (que não seguem o exemplo de Portugal ao espalhar a fé)
Canto VIII – O canto oitavo fala sobre a corrupção humana (dinheiro) que é
causada pelo ouro, ou seja, o ouro tem um poder corruptor
Canto IX – O canto nono coloca-nos uma questão “quais são os requisitos
para se tornar num herói, para alcançar a glória eterna?” A esta pergunta o
poeta responde-nos com O controlo do Ócio, A abstenção da Ignorância, A
busca pela Igualdade e A Guerra contra os Sarracenos (muçulmanos)
Canto X – No canto décimo novamente o poeta reflete sobre a falta de
reconhecimento das suas obras e das obras dos poetas, ou seja, dos “artistas”

Detalhes técnicos

1ª Parte: estrofes 1 e 2
Agentes de engrandecimento da Pátria:
. “As armas e os Barões assinalados” – D. Manuel a D. João III.
Guerreiros e navegadores
. “E também as memorias gloriosas/ Daqueles reis” – D. João I a D. Manuel.
Reis que dilataram a Fé e o Império.
. “E aqueles que por obras valorosas/ Se vão da lei da morte libertando” – Reis
da 1ª dinastia e todo o povo português.
Todos os que imortalizam através das suas obras

2ª Parte: estrofe 3
Justifica a razão de ser da sua epopeia: cantar a glória do povo português,
cujos feitos ultrapassam em valor os seus heróis da antiguidade.
Consílio dos Deuses:
Est.20-21: partida dos deuses e sua chegada ao Olimpo, local onde se realizará
a reunião. Os deuses irão decidir acerca do futuro dos portugueses no Oriente.
São convocados por Mercúrio, a mando de Júpiter.

Est.22-23: descrição de Júpiter e da ordem pela qual estavam sentados os


deuses no Olimpo.

Est.24-29: discurso de Júpiter. Razoes que determina, para que se protejam os


portugueses. Argumentos. Valor do povo português demonstrado contra os
mouros, castelhanos e romanos; determinação do destino; coragem revelada
pelos Lusos (portugueses) ao navegar sem condições no mar desconhecido.

Est.30 (versos. 1-4): os deuses apresentam os seus argumentos.

Est.31 (v.5-8) a est.32: Oposição se Baco. Argumentos: Baco não quer perder
o seu domínio no Oriente, como está previsto no destino; receia que os seus
feitos sejam esquecidos.

Est.33-34 (v.1-4): Razoes pelas quais Vénus está a favor dos portugueses.
Argumentos: Povo luso (povo português) é parecido com os Romanos na
coragem e na língua; sabe que será sempre celebrada por onde passarem os
portugueses.

Est.34 (v.5-8) a est.35: os deuses discutem. Tumulto entre os deuses que se


divide em dois partidos.

Est.36-37: descrição da figura de Marte e das razoes pelas quais está a favor
de Vénus: ou pelo amor à deusa, ou pela bravura dos portugueses.

Est.38-40: discurso de Marte que contradiz as razões de Baco e pede a Júpiter


que envie Mercúrio em auxílio dos portugueses.
Est.41: Júpiter aceita a sugestão de Marte e resolve o consílio a favor dos
portugueses.

Episódio de Inês de Castro:


Est.118-119: introdução: localização temporal da acção e apresentação do
caso da morte de Inês de Castro. O amor é responsabilizado e culpabilizado
pela sua trágica morte.

Est.120-121: situação inicial de felicidade, ainda que a estrutura trágica se


anuncie desde o início.

Est.122-124: razoes que levam D. Afonso IV à decisão de mandar matar Inês:


D. Pedro recusa-se a casar de novo e o murmurar do povo. A morte de Inês é,
para o rei, a única forma de terminar com o amor que a unia a D. Pedro. Inês é
trazida diante do rei e prepara-se para suplicar ao rei que lhe poupe a vida.

Est.126-129: discurso de Inês de castro: compara a crueldade dos seres


humanos a animais selvagens capazes de maior piedade. Baseia a sua
argumentação na humanidade do rei (perante os netos); refere não ter
cometido qualquer crime; pede a substituição do castigo da morte pelo castigo
do desterro, esta teme deixar os filhos orfãos.

Est.130-132: o rei é apresentado como estando comovido com as palavras de


Inês, disposto a perdoá-la. O povo e o destino são apresentados como
culpados da decisão final. Inês é comparada a Polycena. A estrofe 132
descreve o culminar da tragédia: a morte de Inês de Castro.

Est.133-135: consequências da morte de Inês de Castro na natureza. Reflexões


do narrador.
Episódio da Batalha de Aljubarrota:
Est.28-29: ouve-se o sinal da trombeta castelhana: efeitos e consequências
deste som nos elementos da natureza, nas mães dos soldados e no exercito
português. Estas duas estrofes funcionam como uma introdução ao episódio.

Est.30-31: início da batalha, move-se a 1ª ala de amos os exércitos. Destaca-se


o valor de D. Nuno Álvares Pereira.

Est.32-33: o narrador refere-se aos traidores da pátria, considerando que


merecem ser castigados no inferno.

Est.34-35: D. Nuno Álvares Pereira é comparado a um leão forte e corajoso.


Vendo-se cercado de inimigos, age com coragem e determinação.

Est.36-37 (v.1-4): D. João I de Portugal corre em auxílio de D. Nuno. É


comparado a uma leoa parida que defende as suas crias.

Est.37 (v.5-8) a est.38: discurso do rei ás tropas, procurando motivá-los e dar-


lhes ânimo. Engrandece-se as qualidades guerreiras do rei.

Est.39: Efeitos que o discurso de D. João I provocou nas tropas portuguesas,


que ganharam novo ânimo e vontade.
Est.40-41: referencia à morte de figuras ilustres: Mestre de Santiago, Mestre
de Calatrava e dos irmãos Pereira. É igualmente feita referência à morte de
muitos anónimos. A bandeira Castelhana é derrubada aos pés da bandeira
Lusitana.

Est.42-44: as tropas castelhanas abandonam o campo de batalha, o Rei de


Castela desiste do seu objectivo de conquistar Portugal. São referidos os
sentimentos causados pela derrota. Na estrofe 44 é feita uma reflexão sobre a
guerra.

Est.45: reacção do Rei e de D. Nuno Álvares Pereira, após o desfeche da


batalha: o rei goza a glória da vitória descansado e D. Nuno mantém-se em
perseguição do inimigo.
Episódio das Despedidas em Belém:
(narrador participante, narrando na 1ª pessoa)
Est.84: Localização espacial da acção (Belém). Vasco da Gama revela que os
seus marinheiros e guerreiros estão dispostos a todo o tipo de esforços para
conquistar os objectivos da viagem.

Est.85: Preparação das naus para a partida, preparam-se também todos os que
nela participam.

Est.86: Preparação espiritual: Os soldados rezam, implorando a Deus que os


guie e os favoreça.

Est.87: Os soldados e marinheiros abandonam a Ermida de Nossa Senhora de


Belém. Vasco da Gama confessa ao Rei de Melinde o receio e a dúvida que
sentiu neste momento.
Est.88-89: Descrição dos sentimentos vividos por todos aqueles que ficavam.

Est.90-91: É feita, em discurso directo, uma referência ilustrativa do discurso


de uma mãe e de uma esposa, dirigida ao filho e ao marido respectivamente.

Est.92: Referencia aos velhos e às crianças, únicos elementos, do sexo


masculino que não partiam para os descobrimentos.

Est.93: Vasco da Gama decide partir sem que sejam feitas as costumadas
despedidas. As naus partem para a Índia.

Episódio do Adamastor:
Est.37-38: Localização geográfica e temporal da acção. Criação do ambiente
para o aparecimento do gigante (nuvem negra), reacções provocadas por esta
mudança súbita.
Est.39-40: Aparecimento do gigante e sua descrição física e psicológica.
Efeitos provocados pela sua presença.

Est.41-48: 1ª parte do discurso do Adamastor: de carácter profético e


ameaçador. O gigante anuncia os castigos e danos que reserva para o povo
português. Considera o povo luso atrevido e ousado e pretende vingar-se de
determinadas figuras da nossa história: Bartolomeu Dias, D. Francisco de
Almeida e Manuel de Sousa Sepúlveda. Todos os castigos que prevê e
profetiza estão relacionados com os limites marítimos que governa.

Est.49: O gigante Adamastor é interrompido por Vasco da Gama que o


questiona acerca da sua identidade.

Est.50-59: 2ª parte do discurso do gigante Adamastor: Em resposta à questão


feita por Vasco da Gama, o Adamastor começa por se referir a si do ponto de
vista geográfico. Relata a sua trágica história de amor e o castigo recebido por
se ter revoltado contra Júpiter. Na estrofe 59 este castigo é descrito através da
transformação do gigante num cabo.
Est.60: Desaparecimento do gigante, chorando. A nuvem negra desfaz-se e
Vasco da Gama pede a Deus que as profecias e ameaças do gigante não se
realizem.

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