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Fraturas
em
Adultos
Capítulo 10- Fraturas Expostas
Gabriel Quialheiro
Juliano Voltarelli
Marcello Castiglia
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Fraturas Expostas
Definição: são aquelas com ruptura da pele
e tecidos noles subjacentes e que se
comunicam com o osso fraturado ouo o
hematoma da fratura
Prognóstico: volume de tecido
desvitalizado(dependo da energia do
trauma absorvida pelo membro fraturado)
e grau de contaminação
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Objetivo do tratamento
Restaurar o membro e sua funcionalidade
o mais rápido possível
Papel do ortopedista:
Prevenir infecção
Reconstituir partes moles
Obter consolidação óssea
Mobilização o mais precoce possível
Evitar consolidação viciosa ou atraso da
consolidação
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Tratamento hospitalar imediato:
Segue o modelo militar da Guerra da
Coréia e Vietnã:
1. ATLS
2. Curativo oclusivo + imobilização
3. ATB
4. Desbridamento cirúrgico + irrigação do
ferimento
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Tratamento hospitalar imediato:
ATLS
Exame ortopédico do politrauma
Exame coluna cervical
Exame da bacia (se presença de sangramento vaginal
fazer exame especular)
Exame dos membros (inspeção de partes
moles,palpação óssea,mobilidade articular, exame
neurológico e vascular)
Exame do dorso
Obs: fraturas muito desviadas ou articulação luxada
clinicamente podem ser alinhadas ou reduzida antes do
Rx
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Tratamento hospitalar imediato:
Imobilização das fraturas + CTV oclusivo
Testar integridade articular com infiltração de azul de
metileno s/n
Iniciar ATB paras fraturas expostas
Exames radiológicos
Mínimo AP + P
Presença de ar no Rx pode indicar fratura exposta
s/n CT, RNM e outros
Checar vacinação para tétano e co-morbidades
Buscar o máximo de informações possíveis sobre o
mecanismo do trauma e grau de contaminação local
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Classificação de Gustilo e Anderson:
Deve ser feito no
momento do
desbridamento
cirúrgico;
concordância inter-
observador de 60%
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Clasificação AOLesões de pele:
Fratura fechada Fratura aberta
(IC – integument closed) (IO – integument open)
IC1: ausência de IO1:ruptura de pele de
IC3: desenluvamento
contusas
IO3: >5cm, >ontusão,
circunscrito bordas desvitalizadas
IC4: desenluvamento
IO4:contusão em
extenso fechado espessura total,
IC5: necrose por abrasão,
contusão desenluvamento aberto
extenso,perda de pele
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Clasificação AO
Lesão de músculo e tendão
MT1: ausência de lesão
MT2: lesão muscular circunscrita(apenas 1
compartimento
MT3: lesão dois compartimentos
MT4: lesão muscular,laceração de tendão,
contusão muscular extensa
MT5: sd compartimento, sd esmagamento
com larga zona traumatizada
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Clasificação AO
Lesão neurovascular
NV1: ausência de lesão
NV2: lesão nervosa isolada
NV3: lesão vascular localizada
NV4: lesão vascular segmentar extensa
NV5:lesão neurovascular combinada,
incluindo amputação subtotal ou total
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Avaliação da gravidade das
lesões(ISS):
Áreas do corpo Código de gravidade:
definidas conforme 1. Pequena
escala resumida das 2. Moderada
lesões:
3. Grave(sem risco de vida)
1. Tecidos moles
4. Grave(com risco de vida)
2. Cabeça e pescoço
5. Crítico(sobrevivência
3. Tórax
incerta)
4. Abdômen 6. Fatal(morte anterior a
5. Extremidade e/ou pelve admissão)
ISS=A2+B2+C2
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Desbridamento e irrigação:
Lavagem copiosa (mínimo 10L; melhor forma
lavagem pulsátil – 100x menos Staphylococcus
do que com seringa)
Retirar todos tecidos desvitalizados e corpos
estranhos
Redução da contaminação bacteriana
Confirmar dimensões da lesão de partes moles
e classificá-las
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Desbridamento e irrigação:
Ampliar lesão de pele s/n para explorar grau de
lesão das partes moles e grau de contaminação
Avaliar viabilidade muscular:
COR
CONTRATILIDADE
CONSISTÊNCIA
CAPACIDADE DE SANGRAR
Cuidado após isquemia muscular pois pode haver áreas de
m. necróticos no interior de musculatura aparentemente
viável devemos divulsionar a musculatura
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Desbridamento e irrigação:
Tendões:
Preservar ao máximo seu peri-tendâo
Sempre mantê-lo coberto ( pele, gordura, músculo)
Osso:
Determinar sua viabilidade é muito difícil exame das
bordas sangrantes é ainda o melhor método
Demora para retirar fragmentos inviáveis é o principal
problema
Fragmentos ósseos totalmente soltos das partes moles
devem ser retirados (obs: se for articular devemos tentar
salvá-lo para restabelecer a articulação)
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Desbridamento e irrigação:
Artérias:
Devem ser abordadas no primeiro procedimento
Emergência
Membros com tempo >8H de isquemia geralmente acabam em
amputação
Nervos:
Devem ser reparadas de preferência no primeiro procedimento
cirúrgico
Lesões do tibial posterior geralmente acabam em amputação
Fasciotomia:
O autor recomenda fazer profilaticamente sempre???
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Antibiótico
Para as fraturas expostas ela é considerada
antibiótico terapia
Grau da fratura GRAU I GRAU II GRAU III TEMPO
exposta (DIAS)
CEFALOTINA SIM SIM SIM 3-5
(2G DE 6/6H)
AMINOGLICOSÍ-
DEO (GENTA
NÃO NÃO SIM 3-5
1G/KG DE 8/8H)
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Antibiótico
Não colher culturas de rotina no primeiro
procedimento cirúrgico
Se tiver sinais de infecção colher culturas
e adequar ATBterapia
Pode-se utilizar pérolas de cimento ósseo
impregnadas com ATB (ex: vancomicina)
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Amputação imediata ou precoce
versus salvamento do membro
Decisão muito difícil
Indicação absolutas por Lange e col.:
# exp GIIIC tíbia que exija reparo vascular, se
estiver associada a ruptura do n. tibial posterior,
e se o membro for inviável
Sempre fazer documentação escrita e com
fotografias Polaroid destes casos
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Amputação imediata ou precoce
versus salvamento do membro
Indicações relativas:
Inviabilização do membro (lesão vascular
irreparável ou isquemia quente >8h;
esmagamento do membro com isquemia quente
>4-6h os tecidos já podem estar necróticos
Prognóstico futuro da função do membro seja
pior do que com uso de prótese
Pacientes com co-morbidades que a tentativa de
salvamento do membro leve em risco sua vida
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Amputação imediata ou precoce
versus salvamento do membro
Tempo de tratamento hospitalar e um
prolongado período para reconstrução
incompatíveis com as conseqüências socias e
econômicas para o paciente
Catástrofe militar ou em massa em que salvar o
membro irá salvar a vida do paciente
Paciente com múltiplas lesões e que a tentativa
de preservar o membro possa levar a falência de
múltiplos órgãos e o óbito
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Amputação imediata ou precoce
versus salvamento do membro
Tentativa de se criar critérios fixos para decidir
sobre quando amputar
MESI ( Mangled Extremity Syndrome Index )
PSI ( Predictive Salvage Index )
LSI ( Limb Salvage Index )
MESS ( Mangled Extremity Salvage Index )
Estudo realizado com 26 pc com lesão grave dos MMII e
necessitaram de reparo vascular, portanto não se deve
aplicar este score nos casos que não necessitem de reparo
vascular
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MESS
( Mangled Extremity Salvage Index )
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MESS
( Mangled Extremity Salvage Index )
Amputar: score > ou igaul a 7
Na verdade este score é bom para definir quando
não amputar (score < ou igual a 6)
Tentativa de modificar o MESS NISSSA
Nerve injury
Ischemia
Softy tissue injury
Skeletal injury
Shock
Age
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Amputação imediata ou precoce
versus salvamento do membro
Conclusão:
Decisão difícil
Sempre fazer boa documentação
Decidir com o paciente e/ou a família sobre a
decisão
Assinar termo de responsabilidade para
amputação
Nos casos de risco de vida deve-se sempre
amputar
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Estabilização das fraturas
Ocorre após desbridamento, irrgação e reparo
vascular
Objetivos:
Restabelecer comprimento e alinhamento
Refazer superfícies articulares
Permitir acesso à ferida traumática
Facilitar procedimentos futuros
Permitir a utilização precoce do membro
Facilitar consolidação e retorno das funções
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Estabilização das fraturas
Métodos:
Aparelhos gessados
Tração cutânea e esquelética
Fixação externa
Fixação interna
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