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MULHERES NA CIÊNCIA, TEMOS?

Bertha Lutz (1894-1976) – Cientista e bióloga


especializada em anfíbios, em 1919 se tornou
pesquisadora do Museu Nacional do Rio de Janeiro
– foi a segunda mulher a fazer parte do serviço
público do Brasil. Feminista e defensora dos
direitos das mulheres, integrou a delegação
brasileira que participou da Conferência das
Nações Unidas em São Francisco (EUA), em 1945,
lutando para incluir menções sobre igualdade de
gênero na Carta das Nações Unidas.

MULHERES NA CIÊNCIA
Débora Diniz – Antropóloga, documentarista e
professora licenciada da Faculdade de Direito da
UnB (Universidade de Brasília), é especialista em
bioética (“a ética da vida”). Fundou a Anis – Instituto
de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, que atua,
principalmente, com os direitos reprodutivos das
mulheres. É autora do livro “Zika – do Sertão
Nordestino à Ameaça Global”, vencedor do Prêmio
Jabuti na categoria Ciências da Saúde em 2017.

MULHERES NA CIÊNCIA
Débora Menezes – Primeira mulher eleita
presidenta da Sociedade Brasileira de
Física, tomou posse no começo de 2022.
Professora titular do Departamento de
Física da UFSC (Universidade Federal de
Santa Catarina), suas pesquisas envolvem
a área de física de hádrons, interface entre
a física nuclear de baixas energias e a
física de partículas elementares.

MULHERES NA CIÊNCIA
Elisa Frota Pessoa (1921-2018) – Uma das
pioneiras na ciência no país, fundou o Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas. Contrariando o
pai, que via o casamento como único futuro
possível para as meninas daquele tempo, ela foi a
segunda mulher a se formar em física no Brasil,
em 1942 (a primeira, Sonja Ashauer, graduou-se
pela USP no mesmo ano). Elisa cursou a
Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil
(hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro) e se
destacou pelos estudos de radioatividade ligados
à emulsões nucleares.

MULHERES NA CIÊNCIA
Elza Furtado Gomide (1925-2013) – Primeira doutora
em matemática pela USP (Universidade de São Paulo),
em 1950, formou-se inicialmente em física. Em
seguida, dedicou-se à matemática, seguindo a carreira
do pai, tornando-se também professora. Eleita chefe
do Departamento de Matemática em 1968, tornou-se
militante pelas questões ligadas ao ensino. Trabalhou
na USP de 1945 até sua aposentadoria, em 1995.

MULHERES NA CIÊNCIA
Enedina Alves Marques  (1913-1981) – 
Formada em engenharia civil pela UFPR
(Universidade Federal do Paraná), em 1945, é a
primeira engenheira negra do Brasil. Sempre
gostou de matemática, mas não queria ser só
professora, e sim colocar em prática seus
projetos.  professora. Por ser mulher e negra em
um ambiente masculino, carregava uma arma
em seu cinto e dava tiros para o alto quando
precisava falar e impor respeito.

MULHERES NA CIÊNCIA
Jaqueline Goes de Jesus – Doutora em patologia
humana e experimental pela UFBA (Universidade
Federal da Bahia), a cientista e sua equipe
identificaram os primeiros genomas do novo
coronavírus apenas 48 horas depois da confirmação
do primeiro caso de Covid-19 no Brasil. A média para
este mapeamento no resto do mundo era, até a
descoberta brasileira, de 15 dias. Atualmente,
Jaqueline desenvolve pesquisas em nível de pós-
doutorado no Instituto de Medicina Tropical de São
Paulo da Universidade de São Paulo (IMT/USP).

MULHERES NA CIÊNCIA
Katemari  Diogo Rosa – Doutora em Science
Education pela Universidade de Columbia
(EUA), é professora adjunta da UFBA. Suas
pesquisas envolvem ensino de física e
debates sobre gênero, sexualidade, raça e
status socioeconômico no ensino das
ciências. Integrante da Sociedade Brasileira
de Física, também faz parte da National
Organization of Gay and Lesbian Scientists
and Technical Professionals e da Associação
Brasileira de Pesquisadoras/es Negras/os
(ABPN).

MULHERES NA CIÊNCIA
Lelia Gonzalez (1935-1994) – Doutora em
antropologia, foi pioneira nas ciências sociais
no que se refere aos estudos sobre cultura
negra no país. Co-fundou o Instituto de
Pesquisas das Culturas Negras do Rio de
Janeiro. Seu pensamento atravessa filosofia,
candomblé e psicanálise, propondo uma
visão afro-latino-americana do feminismo.
Em 2020, a  Associação Brasileira de Ciência
Política lançou o prêmio Lélia Gonzalez de
Manuscritos Científicos sobre Raça e Política
com o objetivo de incentivar a conclusão de
trabalhos de pesquisadoras e pesquisadores
pretas(os) e pardas(os).

MULHERES NA CIÊNCIA
Comemora-se, em 11 de fevereiro, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência; criada
pela ONU, a data visa combater a desigualdade de gênero no meio científico

Dados de um estudo realizado pela UNESCO


indicam que mulheres ocupam apenas 28% das
posições de pesquisa no mundo. Quando se
trata de cargos mais elevados, a lacuna entre os
gêneros chega a ser ainda maior no meio
científico. No Brasil, por outro lado, os
números se mostram mais animadores.
Conforme levantamento feito pelo Open Box
da Ciência, as mulheres representam 40,3% dos
cientistas que declararam, até o ano passado,
ter doutorado na Plataforma Lattes, base de
dados sobre estudantes e pesquisadores do país
mantido pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq).

MULHERES NA CIÊNCIA

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