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CARIMBÓ

ORIGEM DO CARIMBÓ
O carimbó é uma dança circular típica do nordeste do
Pará, estado do norte do Brasil, popular entre
nortistas e nordestinos.

O carimbó do Pará foi trazido ao Brasil


pelos escravos africanos. Posteriormente,
foram incorporadas influências indígenas
e europeias, especialmente ibéricas.
O costume da dança surgiu com o hábito
dos agricultores e dos pescadores que, ao
fim dos trabalhos diários, dançavam ao
ritmo do tambor.
ETIMOLOGIA

A palavra carimbó proveniente do 


tupi-guaraní "korimbó", originado do
instrumento de percussão indígena.
 "curi" (pau oco)
 "m’bó" (furado)
Significando em portugues “pau que
produz som".
Devido a forte presença do
instrumento "curimbó",  tambor que
marca o rítmo, feito artesanalmente
com a escavação de um tronco
de árvore, encoberto com couro de
animal e afinado ao calor do fogo.
TIPOS DO CARIMBÓ

No início da manifestação da dança, como o estado


do Pará é muito grande, o carimbó foi dividido em
três grupos:
 Carimbó praieiro
 Carimbó pastoril
 Carimbó rural.
Além da divisão por conta das regiões do estado,
também foram adotadas duas correntes
carimbóticas: o estilo tradicional e o moderno .

Na época em que o ritmo foi divido em duas


correntes, ocorreu uma intensa rivalidade entre
aqueles que defendiam a tradição e a modernidade.
Entretanto, os estilos que compõem o carimbó variam
conforme o tipo de atividade desempenhada em cada
região do Pará. Assim, a principal diferença entre os
ritmos está nas rimas que compõem o carimbó.
VESTIMENTA DO CARIMBÓ

As vestimentas utilizadas são das


características do carimbó que mais
se destacam. As saias das mulheres
são muito coloridas, bastante
volumosas e rodadas, para garantir
um efeito mais bonito ao movimento
da dança.
As blusas geralmente são de uma cor
só e, nos pés, não usam nenhum
calçado. Além disso, as mulheres
utilizam adornos no pescoço e nos
pulsos, e enfeitamos cabelos com
flores.

A roupa dos homens, por sua


vez, é simples e lembra a veste
de certos trabalhadores que
usam calças curtas ou dobradas.
Tal como as mulheres, os
homens também dançam
descalços.
COREOGRAFÍA DO CARIMBÓ

A coreografia do carimbó é
desenvolvida em pares. Para
convidar a moça para a dança, o
rapaz bate palmas diante dela.
As mulheres realizam movimentos
circulares com as saias. A dança é
executada em uma roda.
Existem passos que reproduzem
movimentos de animais. A dança
do peru é um passo realizado
quando a dançarina deixa um
lenço no chão que deve ser pego
pelo dançarino utilizando apenas a
boca.
Se ele conseguir pegar o pano, é
aplaudido pelos outros dançarinos
e público. Se não, ele tem que
abandonar a dança, embalado por
vaias.
INSTRUMENTOS DO CARIMBÓ

O instrumental geralmente inclui


dois ou três tambores com timbres
diferentes, onde o maior tem o
timbre mais grave e é utilizado para
a marcação do rítmo, já os outros,
menos graves, fazem os repiniques,
síncopes e outros fraseados.
Seguidos pelos arpejos fraseados e
frenéticos instrumentos de sopro,
harmonizados pelas cordas do banjo.
Além do curimbó e banjo, mais
alguns instrumentos como viola
caipira, afoxé, flauta, ganzá, maracá,
pandeiro, xequeré e reco-reco
também são utilizados.
FESTIVAL DO CARIMBÓ

Atualmente o ritmo está tão associado a festividades religiosas (como por exemplo, a louvação de São Benedito
celebrado em dezembro no município de Bragança), quanto a celebrações profanas como aniversários e
confraternizações. Durante as festas, é comum haver uma estrutura coberta, onde há a apresentação dos grupos com
espaço para a dança.
O carimbó de Marapanim, como uma das matrizes musicais, também é festejado com o Festival do Carimbó de
Marapanim, celebrado anualmente na ultima semana de novembro, reunindo cerca de trinta mil visitantes e turistas na
apelidada de "Cidade Carimbó" (Praça da Bandeira). Promovido pela Associação marapaniense de agentes de turismo
(AMATUR), ganhou abrangência nacional com apoio do Governo do Pará, através da lei Semear.
FESTIVAL DO CARIMBÓ

Entre os artistas de destaque é válido citar a banda


Calypso, que ajudou a difundir o carimbó para outras
regiões do Brasil. Além da banda, outros artistas regionais
contribuíram para o reconhecimento da dança. São eles:
 Pinduca do grupo "Pinduca e banda" (Belém);
 Aroldo do grupo “Revelação do Zimba (Salinópolis);
 Ticó do grupo “Quentes da Madrugada” (Santarém
Novo);
 Lico do grupo “Beija-Flor” (Vigia);
 Moacir do Grupo “Filhos de Maiandeua” (Maracanã);
 Mário do grupo“Japiim” (Marapanim);
 Elias do grupo “Raios de Luz” (Curuçá);
 Verequete e Manoel do grupo "O Uirapurí" (Belém);
 Amélia do grupo “Cruzeirinho” (Soure/Marajó);
 Bigica do grupo “Sereia do Mar” (Marapanim).
Dos artistas de carimbó, o cantor e compositor Pinduca é
o mais popular nas rodas de apresentações.

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