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Conversores A/D

Automação de Sistemas Mecânicos I


Conversores A/D

• Convertem sinais analógicos em palavras binárias.


Conversores A/D

• A conversão de sinais analógicos para digitais envolve dois passos:


– Quantização => quebra do valor analógico num conjunto de estados finitos;
– Codificação => atribuição de uma palavra digital ou número para cada estado e
faze-lo coincidir com o sinal de entrada;
• Quantização:
– O número de estados possíveis que o conversor pode produzir é N = 2 n, onde n é o
número de bits do conversor AD;
• Codificação:
– Atribuição de um valor digital (número binário) a cada estado para que o
computador o leia.
• Há duas formas de aumentar a precisão da conversão A/D:
– Aumentando a resolução que por sua vez aumenta a precisão da medição da
amplitude do sinal analógico;
– Aumentando a taxa de amostragem que por sua vez aumenta a freqüência máxima
que pode ser medida.
Conversores A/D
• Resolução
– Resolução (número de valores discretos que o conversor pode produzir) = tamanho
da Quantização Analógica (Q)
(Q) = Vfaixa /( 2n – 1), onde Vfaixa é a faixa de tensões analógicas que podem ser
representadas;
– Limitada pela relação sinal-ruído (deve ser em torno de 6dB);
• Taxa de amostragem
– Freqüência na qual o ADC avalia o sinal analógico. Como pode ser visto na segunda figura,
avaliando o sinal mais frequentemente mais preciso será o sinal do ADC.
Conversores A/D

Aliasing
– Ocorre quando o sinal de entrada muda muito mais rápido que a
taxa de amostragem.

Por exemplo, uma onda senoidal de 2 kHz sendo amostrada a 1.5


kHz poderá ser reconstruída como uma onda senoidal de 500 Hz
(sinal mascarado).

Regra de Nyquist (Teorema da Amostragem):


– Use uma freqüência de amostragem no mínimo duas vezes mais
alta que a freqüência máxima presente no sinal a ser digitalizado
para evitar aliasing.
Conversor A/D Paralelo ou “Flash”

Funcionamento:
Se a tensão da entrada analógica exceder a tensão de
referência em cada comparador, a saída do
comparador irá saturar sequencialmente no estado 1.
O codificador de prioridade gera um número binário
baseado na entrada ativa de maior ordem, ignorando
todas as outras entradas ativas.
Vantagens:
• Simples em ternos de teoria operacional;
• Mais eficiente em termos de velocidade, muito rápido
(limitado apenas em termos de atrasos do comparador
e da propagação das portas);
Desvantagens:
• Resolução baixa;
• Custo elevado;
• Para cada bit de saída adicional, o numero de
comparadores dobra, isto é, para 8 bits são
necessários 256 comparadores.
Conversor A/D em Escada

Funcionamento:
• Para cada pulso do sinal de relógio
(clock) o contador é incrementado ou
decrementado dependendo se VIN é
maior ou menor que D*Uref,
respectivamente.
Vantagem:
• Simples;
• Depois que “atraca” é rápido;
Desvantagens:
• Tempo para “atracar” depende da
amplitude de VIN;
• Tempo para “atracar” depende do clock
e da quantidade de bits;
Conversor A/D por aproximação sucessiva

Funcionamento:
• Um registrador de aproximação sucessiva (SAR) é
adicionado ao circuito;
• Ao invés de contar numa seqüência binária, este
registrador conta pela tentativa de todos os valores de
bits partindo do MSB e terminando no LSB.
• O registrador monitora a saída do comparador para
ver se a contagem binária é maior ou menor que o
sinal analógico da entrada e ajusta os bits levando
isto em consideração;
Vantagens:
• Trabalha em alta velocidade e confiabilidade;
• Precisão média em comparação com outros tipos de
ADC;
• Bom compromisso entre velocidade e custo;
• É capaz de transmitir o número binário no formato
serial (um bit a cada instante).
Desvantagens:
• ADC’s por aproximação sucessiva de alta resolução
são lentos;
• Velocidade limitada a ~5Msps
Conversor A/D Sigma Delta

Funcionamento:
• O sinal de entrada sobre-amostrado vai para o
integrador;
• A saída da integração é comparada com o terra
(GND);
• Há uma iteração para produzir um “stream”
(seqüência) serial de bit;
• A saída é uma série de bit com # de 1’s proporcional
a Vin;
Vantagens:
• Alta resolução;
• Não há necessidade de componentes externos de
precisão;
Desvantagem:
• Lento devido a sobre-amostragem;
Conversor A/D Dupla Rampa
No início a chave S0 é ativada para descarregar o capacitor
e a chave S1 está na posição para ler a entrada
analógica (Ve), que por sua vez, é conectada a
entrada inversora do integrador por um intervalo de
tempo fixo (T1), determinado pelo tempo necessário
para o contador ser totalmente preenchido por 1's.
Durante este intervalo o capacitor é carregado e o
integrador produz uma rampa linear decrescente em
sua saída.
A voltagem final da rampa é da por:
1 T1
RC 0
V  Ve dt

ou, assumindo uma entrada constante:


1
V  VeT1 
RC
Imediatamente após a última contagem (final de T1), o
contador é zerado e gera um pulso de "overflow". A
lógica de controle recebendo este sinal, paralisa a
contagem e muda a chave S1 para que o integrador
receba em sua entrada inversora uma voltagem de
referência negativa fixa.
Conversor A/D Dupla Rampa
O integrador reage à entrada, descarregando o capacitor, e
fornecendo uma rampa linear crescente em sua saída,
durante um intervalo de tempo T2.
Durante T2, os pulsos do relógio são contados, produzindo
um total proporcional a voltagem analógica
apresentada na entrada do circuito.
Ao final de T2 a voltagem da rampa é zero. Neste ponto
ainda, o comparador detector de zero, ativa a lógica
de controle que por sua vez, encerra a conversão e
avisa o bloco contador para transferir a contagem
para um registrador de saída, podendo começar um
novo ciclo de medida.
A voltagem na saída do integrador sendo zero e igual a  V,
T2 pode ser calculado como:

RCV Ve
T2  ou T2  T1
Vref Vref

Combinando as equações algebricamente.


Note que a relação entre T2 e Ve , é influenciada apenas
por Vref e T1.
Conversor A/D Dupla Rampa

Vantagens: Desvantagens:
• O sinal de entrada é filtrado • Lento;
obtendo-se sua média; • Necessidade de componentes
• Maior imunidade a ruídos que externos de alta precisão para
outros tipos de ADC; atingir a resolução ótima;
• Alta precisão;
Conversor tensão-freqüência
Funcionamento:
• Admitindo que inicialmente a tensão Vf é positiva e
que o interruptor S está aberto. Nestas condições,
tem-se: 1 t
R1C 0
Vo (t )   vi (t )dt  v f (v f  0)

• Quando Vo(t) atinge o valor 0 V – tensão de


referência do comparador – o mono-estável gera um
pulso de duração  que fecha o interruptor S. Nesta
fase o capacitor carrega-se, sendo:
1  Vref VIN 
vo (t ' )   t'
C  R2 R1 
 
• t’ – tempo contado a partir do “disparo” do mono-
estável (S fechado).
• Cálculo da freqüência f = 1/T:
1  Vref VIN  1 1 Vref 1  1 T  
  VIN T      VIN    

C R2 R1  C R1 R2 C  R1 C R1C R1C 
 
Vref 1 R1C 1  R 1 1 
T  f   2 VIN
R2 C VIN T  R1  Vref 
 

• O valor de f é independente de C, dependeno do valor


de , R2/R1 e da tensão de referência.
• Trata-se de um método integrador correspondendo a
medida de tensão ao valor da freqüência do sinal de
saída do mono-estável.

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