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ELETRÔNICA - ELO 13B

BUCK
CONVERTER
Felipe Miranda
Carlos Schillreff
INTRODUÇÃO
O Buck Converter, também conhecido como conversor rebaixador (step-down converter), é um
dispositivo eletrônico usado para converter uma tensão de entrada em uma tensão de saída menor. Ele é um
tipo de conversor DC-DC, que opera de acordo com o princípio de conservação de energia, ou seja,
mantendo a maior eficiência possível.
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
O Buck opera com base no princípio de chaveamento, alternando entre dois estados: o estado de condução (ON) e o
estado de corte (OFF). Veja como cada parte do circuito funciona:
• Chave de Controle (SW): É o coração de um Buck converter. A chave geralmente é um
transistor controlado, frequentemente um MOSFET. Esse transistor atua como uma chave
que pode ser ligada (estado de condução) ou desligada (estado de corte). A frequência com
que a chave é ligada e desligada determina o comportamento do conversor.

• Indutor (L): O Buck Converter inclui um indutor em série com a fonte de entrada e a chave
de controle. Quando a chave está ligada (estado de condução), a corrente flui através do
indutor, armazenando energia magnética. Isso resulta em um aumento gradual da corrente
no indutor.
Configuração básica de um Buck Converter

• Diodo de Bloqueio Reverso (D): Em paralelo com a carga (saída) do Buck converter, há um diodo de bloqueio reverso (diodo de roda livre). Esse diodo permite
que a corrente flua quando a chave está desligada (estado de corte) e o indutor libera a energia armazenada. Ele evita que a corrente reverta sua direção.

• Controle de Tensão de Saída: A razão entre o tempo de ligação (estado de condução) e o tempo de desligamento (estado de corte) da chave determina a tensão
média de saída do conversor. Através do controle cuidadoso do ciclo de trabalho, é possível obter a tensão de saída desejada.

• Capacitores (Cin e Cout): São dois capacitores de filtro, tanto na entrada, quando na saída.
APLICAÇÕES
• Fontes de Alimentação Industriais;
• Equipamentos Eletrônicos;
• Robótica Industrial;
• Sistema de Telecomunicações;
• Equipamentos de Teste e Medição;
• Sistemas de Automação;
• Equipamentos de Soldagem e Corte;
• ETC.
CÁLCULOS
Circuito base para o desenvolvimento dos principais calculos do Buck Converter :
CÁLCULOS
Parâmetros que devem ser definidos antes de começar os cálculos:

1. Faixa de tensão de entrada: VIN


2. Tensão de saída nominal: VOUT;
3. Faixa de corrente, minima e máxima;
4. Frequência de comutação.

Se esses parâmetros forem conhecidos, o estágio de potência pode ser calculado.


CÁLCULOS
Após definidos os parâmetro, devemos calcular o ciclo de trabalho (Duty Cicle), através da equação:

= 0,69

• D = Ciclo de trabalho;
• VIN = Tensão máxima de entrada;
• VOUT = Tensão de saída;
• η = Eficiência do conversor.

OBS.: A eficiência é adicionada ao cálculo do ciclo de trabalho, porque o conversor também deve fornecer a energia dissipado.
Este cálculo fornece um ciclo de trabalho mais realista do que apenas a fórmula sem o fator de eficiência. Se estima 90%.
CÁLCULOS
O próximo passo é calcular o indutor, para isso, utilizamos a equação da ∆IL, veja:

𝑉𝑜𝑢𝑡 ∗ ( 1 – 𝐷 )
Δ 𝐼𝐿=
𝐹 ∗ 𝐿

Logo :

= 15,5µH
• ΔIL = Variação da corrente do indutor;
• Vout = Tensão de saída;
• D = Ciclo de trabalho;
• F = Frequência;
• L = Valor do indutor.

OBS.: Para IL, assume-se o valor máximo da faixa de corrente, pois ΔIL ≤ Imax e o pior caso da ΔIL é ser igual a corrente maxima.
CÁLCULOS
O próximo passo é calcular o capacitor, para isso, utilizamos a equação da ∆Vout, veja:

∆ 𝐼𝐿
Δ 𝑉𝑜𝑢𝑡 =
8 ∗ 𝐶 ∗ 𝐹

Logo :

= 1000µF
• Δvout = Variação da tensão de saída;
• ΔIL = Variação da corrente do indutor;
• F = Frequência;
• C = Valor do capacitor.
CÁLCULOS
Escolha do diodo:
Tendo os parâmetros definidos, é possivel escolher o diodo. Para isso, deve-se fazer uma pesquisa,
analisando datasheets, deve-se analisar parâmetros como:

• Requisitos de tensão reversa (VRRM ou VR): Certifique-se de que a tensão reversa máxima do diodo seja maior do que a
tensão de entrada máxima do conversor.
• Corrente média (Iav): A corrente média que o diodo deve lidar deve ser igual ou maior do que a corrente do circuito(∆IL).
• Tensão direta (VF): Verifique a tensão direta do diodo (VF) em condições de operação. Essa tensão diretamente afeta a
perda de energia no diodo.
• Velocidade de comutação (trr): Se o conversor opera em frequências mais altas, é importante considerar o tempo de
recuperação reversa (trr) do diodo. Um trr menor ajuda a evitar perdas de comutação.
Circuito Prático
REFERÊNCIAS
• Buck DC/DC Converters:
https://br.mouser.com/applications/power-supply-topology-buck/

• Basic Calculation of a Buck Converter's Power Stage: https://www.ti.com/lit/an/slva477b/slva477b.pdf?


ts=1692772885573

Videos utilizados para realização dos calculos:


• Equações do Buck:
https://www.youtube.com/watch?v=h9Z7qgKkTpE&list=PL-1UOgKEtOdaIO6LKrUuqgvQV_gjazB9F&index=5

• Cálculo e Projeto de um conversor Buck: https://www.youtube.com/watch?v=_VBiOo2YJLQ&list=PL-


1UOgKEtOdaIO6LKrUuqgvQV_gjazB9F&index=9
OBRIGADO POR ASSISTIR!

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