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1 Introdução
Alguns equipamentos eletrônicos são compostos por diversos circuitos. Para cada circuito que compõe um
equipamento eletrônico, muitas vezes, é exigido o suprimento de energia em um nível de tensão específico.
Para isso, são utilizados dispositivos de conversão de energia, que podem converter um único nível de ten-
são em outros. Quando o dispositivo de conversão energética realiza a transformação de um nível de tensão
elétrica contínuo em outro contínuo, denomina-se DC/DC.(RODRIGUES, 2010)
Neste trabalho trataremos especificamente do tipo de conversores DC/DC, que são dispositivos utilizados
para converter uma fonte de tensão de um nível para outro, tanto diminuir a tensão quanto aumentar.
Trata-se de uma classe de conversores de potência que utilizam comutação de sinal e armazenamento
de energia através de elementos semicondutores e armazenadores (indutor ou capacitor), respectivamente.
Devido à característica de comutação, também são conhecidos como reguladores chaveados ou fontes cha-
veadas.(CHRYSSIS, 1984)
Vantagens: Desvantagens:
1
Existem basicamente dois tipos de conversão utilizando o DC/DC:
• Step – Down: utilizado para realizar a diminuição da tensão na saída em relação a tensão da entrada.
• Step – Up: utilizado para realizar o aumento da tensão na saída em relação a tensão da entrada.
Além disso podem ser utilizados para várias polaridades entre a entrada e saída. Contendo diversas to-
pologias de conversores DC/DC, onde cada topologia apresenta uma característica diferente. Neste trabalho
utilizaremos o conversor DC/DC Step – Down, também conhecido como Conversor Buck, portanto, será dado
um detalhamento maior deste tipo de conversor.
2 Conversor BUCK
Conversor buck (conversor abaixador) é um conversor DC/DC caracterizado por diminuir a tensão (en-
quanto aumenta a corrente) de sua entrada para sua saída.
Os conversores de chaveamento (como por exemplo o conversor buck) fornecem eficiência de energia
muito maior do que os reguladores lineares, que são circuitos mais simples que reduzem as tensões dissi-
pando a energia como calor, mas não aumentam a corrente na saída, impossibilitando muitas vezes o acio-
namento de cargas que dependam de baixa tensão mas determinada corrente maior.(KEEP, 2012)
Segundo (PETRY, 2001) o conversor Buck pode operar em três modos de operação:
1. Condução Contínua: a corrente no indutor (L) não se anula durante um período de comutação. Onde
a tensão de saída varia linearmente com ciclo de trabalho.
2. Condução Descontínua: a corrente no indutor (L) se anula a cada período de comutação. Onde a
tensão de saída depende do tempo de extinção da corrente.
3. Condução Crítica: a corrente no indutor (L) está no limiar de se anular a cada período de comutação.
A estrutura do conversor Buck está representada na Figura 1, onde é possível perceber que a chave S
pode assumir dois estados: conduzindo ou bloqueada. Onde no momento em que a chave está conduzindo
o diodo fica reversamente polarizado e a fonte transfere energia diretamente para o indutor, fazendo assim a
corrente IL crescer de acordo com a tensão aplicada. Consequentemente se IL for maior que IS aida (IL >
IS aida), a fonte também passa a transferir energia para o capacitor.(MORAES, 2018)
2
Figura 1: Estrutura BUCK.
Quando S abre bloqueando a passagem de energia diretamente da fonte para o restante do circuito, o
diodo entra em condução fornecendo a passagem de corrente do indutor. Com isso a energia armazenada no
indutor é entregue ao capacitor para manter o conversor constante. Logo IL diminui.(MORAES, 2018)
Dados do Projeto:
Primeiramente realizamos a montagem do conversor buck em malha aberta utilizando a chave S como
sistema de controle, como mostrado na Figura 4
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Figura 3: Conversor Buck Malha Aberta.
Vout 2
R =
P
252
R =
25
R = 25Ω
De acordo com o modelamento Vorpérian, considera-se o elemento passivo como sendo o diodo, e o elemento
ativo como sendo o transistor.
Vout
D =
Vin D0 = 1−D
25
D = D0 = 1 − 0, 5
50
0
D = 0, 5 D = 0, 5
∆IL
Cmin =
2πf ∆Vout
0, 40.1
Cmin =
2π(50.103 )(0, 01.25)
Cmin = 5, 093µF
O modelo comercial dos capacitores mais próximo é 5, 1µF , portanto seria o valor utilizado. Porém após testes
realizados observou-se que utilizar um capacitor com valor maior seria mais aceitável as distorções nas formas
de onda. Portanto usamos um capacitor de 100µ F.
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Cálculo do Indutor
Vin .D.D0
Lmin =
f ∆IL
50.0, 5.0, 5
Lmin =
(50.103 )(0, 4.1)
Lmin = 0, 625mH
O valor mais próximo comercial dos indutores é de 1mH. É indicado a utilização de indutores com valores
bem mais altos do que o calculado para garantir um modo de operação contínuo em toda a faixa de operação.
Vin
∆ILmax =
4f L
50
∆ILmax =
4(50.10 )(625.10−6 )
3
∆ILmax = 0, 4A
∆IL
Ip = + IR
2
∆IL Vout
Ip = +
2 R
0, 4 25
Ip = +
2 25
Ip = 1, 2A
∆V c = 0, 01Vout
∆V c = 0, 01.25
∆V c = 0, 25V
A resistência RSE é utilizada em série com o capacitor para auxiliar na filtragem do circuito, ocasionando uma
variação menor.
∆V
RSE =
∆IL
0, 25
RSE =
0, 4
RSE = 625mΩ
Portanto, após os cálculos e dimensionamentos dos componentes do circuito, utilizando o bloco de frequên-
cia o Conversor Buck se dá pelo seguinte esquema mostrado na Figura 4
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Figura 4: Conversor Buck
Figura 5: Chaveamento
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Figura 7: Tensão Indutor
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Portanto, vimos que o circuito se comporta da maneira esperada, com suas variações de tensões e cor-
rentes, demonstradas anteriormente, dentro dos limites calculados.
Após os estudos realizados com o circuito utilizando um bloco de frequência e a obtenção das suas formas
de onda, decidiu-se implementar o sistema de controle PWM. Como mostrado na Figura 11
O sistema de controle utiliza: um Mosfet, um AOP Comparador, uma fonte dente de serra e a fonte de
tensão de refêrencia. Onde o AOP Comparador tem nas suas entradas (não-inversora e inversora), respecti-
vamente, a fonte dente de serra e a fonte de refêrencia.
Logo, é possível observar através da simulação mostrada na Figura 12, que a tensão e corrente na saída
utilizando o sistema PWM com comparador e fonte dente de serra continuou com seus valores próximos ao
valor ideal teórico de 25 Volts e 1 Ámpere. Onde a faixa azul representa a tensão de saída e a faixa vermelha
representa a Corrente de saída do circuito conversor Buck utilizando PWM.
4 Conclusão
O estudo dos conversores DC em sua forma ideal é primordial para entendê-lo completamente. O in-
tuito deste trabalho foi apresentar as principais formas de ondas e equacionamentos do dimensionamento do
circuito envolvendo o conversor Buck em duas estapas, realizando a montagem em malha aberta utilizando
um bloco de frequência e após a obtenção desse circuito, substituiu-se o mesmo bloco por um sistema de
controle envolvendo Amplificadores Operacionais, portanto comprovando assim que os resultados obtidos na
simulação condizem com os resultados obtidos teoricamente utilizando ambos os modelos de controle.
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Referências
CHRYSSIS, G. C. High-Frequency Switching Power Supplies. 1. ed. [S.l.]: McGraw-Hill. 1. ed., 1984.
KEEP, S. Compreendendo as vantagens e desvantagens dos reguladores lineares. [s.n.], 2012.
Disponível em: <http://web.archive.org/web/20141016025724/http://www.digikey.com/en/articles/techzone/
2012/may/understanding-the-advantages-and-disadvantages-of-linear-regulators>. Acesso em: 23 ago.
2020.
MORAES, C. Análise do Conversor Buck em Condução Contínua. [s.n.], 2018. Disponível em:
<https://eletronicadepotencia.com/analise-do-conversor-buck-em-mcc/>. Acesso em: 23 ago. 2020.
PETRY, C. A. Introdução aos Conversores CC-CC. [s.n.], 2001. Disponível em: <https://www.
professorpetry.com.br/Bases_Dados/Apostilas_Tutoriais/Introducao_Conversores_CC_CC.pdf>. Acesso em:
17 ago. 2020.