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Vasoativas
NO PERÍODO
NEONATAL
DRA MARTA D. ROCHA DE MOURA
NEONATOLOGISTA / UNIDADE DE
NEONATOLOGIA DO HMIB – SES – DF
WWW.PAULOMARGOTTO.COM.BR
BRASÍLIA, 24/12/2015
Drogas vasoativas aplicações e riscos no período neonatal
DC = VS x FC
Pré – carga – volume circulante Contratilidade Pós - carga
Drogas vasoativas aplicações e riscos no período neonatal
DC = VS x FC ISOPRENALINA
Aminas Simpaticomiméticas:
Estimulam 3 receptores
α : Vasoconstricção de pele, mucosa, esplâncnica, coronária e renal
ß-1: Aumento da FC e da Contratilidade cardíaca.
ß-2: Vasodilatação dos músculos esqueléticos e pele
Δ: Vasodilatação da circulação esplâncnica e renal
INDICAÇÃO BÁSICA
Hipotensão arterial – resistente a volume
Choque séptico com DC baixo e RVS alta
Choque cardiogênico
Baixar RVP – melhorar o débito cardíaco melhorando
pressão arterial – direcionar fluxo sanguíneo
para órgãos nobres
Drogas vasoativas aplicações e riscos no período neonatal
Drogas vasoativas aplicações e riscos no período neonatal
Drogas vasoativas aplicações e riscos no período neonatal
Como prescrever?
Cálculo do volume(em ml) a ser infundido em 24 h
Peso x dose desejada(em mcg/kg/min)x1440
Concentração da droga (em mcg)
Bomba de Infusão
Drogas vasoativas aplicações e riscos no período neonatal
Efeitos Colaterais
Nomes Comerciais
Dopamina Dobutamina Adrenalina Noradrenalina Milrinona
Double-Blind Prospective Randomized Controlled
Trial of Dopamine Versus Epinephrine as First-Line Vasoactive Drugs in Pediatric Septic
Shock.
Ventura AM, Shieh HH, Bousso A, Góes PF, Fernandes Ide C, de Souza DC, Paulo RL,
Chagas F, Gilio AE.
Crit Care Med. 2015 Nov;43(11):2292-302
Os pacientes incluídos (1 mês-15 anos de idade) preencheram os
critérios clínicos de choque séptico refratário a fluidos
Os pacientes (120) com semelhantes características (Tabela 1)
foram distribuídos aleatoriamente para receber ou dopamina (5-
10 ug / kg / min:63 pacientes) ou epinefrina (0,1-0,3 ug / kg /
min:57 pacientes) através de uma linha periférica ou intra-óssea.
Os pacientes não alcançando critérios de estabilização pré-
definidos após a dose máxima foram classificados como falha do
tratamento, momento em que o médico assistente gradualmente
parou a droga do estudo e começou outra catecolamina.
Houve 17 mortes (14,2%): 13 (20,6%) no grupo de dopamina e
quatro (7%) no grupo de epinefrina (p = 0,033).
A regressão logística múltipla mostrou que a
Dopamina esteve relacionada a: (Tabela acima)
Risco aumentado de mortalidade (OR= 6,5; IC 95%, 1,12-37,8; p =
0,037)
Aumento de infecção relacionada a cuidados hospitalares (OR= 67,74;
CI 95%; 5,04-910,8; p = 0,001)
Crianças que receberam epinefrina (adrenalina)
tiveram chances de sobrevivência
de 6,49 versus aqueles que foram tratados com a
dopamina como a droga vasoativa de primeira linha.
EPINEFRINA
A epinefrina em relação à dobutamina tem vantagem. A epinefrina provocaria
uma resposta similar em doses baixas ou moderadas, com efeito sobre a
frequência cardíaca um pouco maior em relação à dopamina, mas transitória
nas primeiras horas. A epinefrina apresenta maiores efeitos colaterais quando
comparada à dopamina em relação ao lactato, glicose e bicarbonato, mas
estes efeitos parecem estar presentes somente nas primeiras horas. Estudo
como este de 2006, usando doses baixas e moderadas de epinefrina
demonstrou efeito é comparável ao da dopamina no tratamento da hipotensão
do RN prematuros, embora seja associada a efeitos transitórios (Dopamine
versus epinephrine for cardiovascular support in low birth weight infants:
analysis of systemic effects and neonatal clinical outcomes. Valverde E, Pellicer
A, Madero R, Elorza D, Quero J, Cabañas F. Pediatrics. 2006 Jun;117(6):e1213-
22). Artigo Integral. Veja Figuras a seguir.
É interessante que quando fazemos o seguimento dos nossos
estudos nos primeiros dias após o nascimento, o comportamento
da pressão arterial e frequência diferem entre os grupos de
estudo. Como vemos, o perfil de pressão arterial permaneceu
praticamente o mesmo. Podemos dizer que os lactentes que
usaram epinefrina sofreram aumento da frequência cardíaca
relacionada a 18 horas logo após o início do tratamento. O achado
interessante é que a maioria, próximo a 50% da população
estudada, teve pressão arterial normalizada com uma dose
relativamente baixa de epinefrina (Dopamine versus epinephrine
for cardiovascular support in low birth weight infants: analysis of
systemic effects and neonatal clinical outcomes. Valverde E,
Pellicer A, Madero R, Elorza D, Quero J, Cabañas F. Pediatrics.
2006 Jun;117(6):e1213-22). Artigo Integral
Abordagem terapêutica do choque no recém-nascido (XXI Congresso
Brasileiro de Perinatologia, 14 a 17 de novembro de 2012, Curitiba, Paraná)
Autor(es): Jaques Belik (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto
EPINEFRINA
A epinefrina em relação à dobutamina tem vantagem. A epinefrina provocaria
uma resposta similar em doses baixas ou moderadas, com efeito sobre a
frequência cardíaca um pouco maior em relação à dopamina, mas transitória
nas primeiras horas. A epinefrina apresenta maiores efeitos colaterais quando
comparada à dopamina em relação ao lactato, glicose e bicarbonato, mas
estes efeitos parecem estar presentes somente nas primeiras horas. Estudo
como este de 2006, usando doses baixas e moderadas de epinefrina
demonstrou efeito é comparável ao da dopamina no tratamento da hipotensão
do RN prematuros, embora seja associada a efeitos transitórios (Dopamine
versus epinephrine for cardiovascular support in low birth weight infants:
analysis of systemic effects and neonatal clinical outcomes. Valverde E, Pellicer
A, Madero R, Elorza D, Quero J, Cabañas F. Pediatrics. 2006 Jun;117(6):e1213-
22). Artigo Integral. Veja Figuras a seguir.
Drogas vasoativas na Hipertensão Pulmonar
da hérnia diafragmática
Suporte hemodinâmico
A atividade miocárdica comumente está comprometida
• Disfunção do VE: considerar DOBUTAMINA / NORADRENALINA
• Shunt pelo foramen oval indicando disfunção do ventrículo direito: considerar
Sildenafil / Milrinona
• O uso de correção rápida com soluções colóides ou cristalóides, a não ser quando
exista evidência de depleção intravascular, está contraindicado.
(Isto porque a pressão do átrio direito geralmente está elevada (aumento da resistência
vascular pulmonar e disfunção de ventrículo direito). Administração excessiva de
fluidos nestas circunstâncias resulta em aumento ainda maior da pressão de átrio
direito e exacerbação do shunt direito-esquerdo no nível do forame oval e
hipoxemia)
Diferenças entre choque séptico do adulto e da criança
Autor(es): Aneja RJK, Carcillo JK. Apresentação: Isabel Cristina Leal, Alexandre
Serafim
Drs. Paulo R. Margotto, Márcia Pimentel de Castro, Joseleide de Castro e Marta David Rocha de Moura