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19o Niiko Forum Cooperacão Brasil-Japão

Japan Brazilian Bridge Association In cooperation with Kyoto University Graduate School of Integrated Survival Studies
and General Association of Japan Brazilian Central Association
National Olympics Memorial Youth Center, June 16, 2018 (Sat) 3: 00 ~ 5: 00 pm

Uma ponte para o futuro da


cooperação científica Japão - Brasil

Antonio J. J. Botelho PhD


Professor Titular, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política
Universidade Candido Mendes Iuperj/UCAM, Rio de Janeiro, Brasil
Experiência no Japão

• Professor Visitante, Departamento de Estudos Luso-Brasileiros,


Universidade de Sophia, Tóquio, Japão, Abril 2018 – Janeiro 2019

• Professor Visitante, Advanced Energy Laboratory, Universidade de


Kyoto, Japão, Dezembro 2017-Fevereiro 2018

• Projetos de pesquisa cooperativa IDE-Jetro, 2006, 2008

• Bolsista Yakult Brasil, International College, Universidade Sophia,


1979-1980
Uma cooperação multifacetada

• Brazil is has largest population of Nipponese origin outside


Japan, with 1.6 million Japanese-Brazilians.
• About 180,000 Brazilians live in Japan ("Dekasegi”)
• Japão é o 2º parceiro comercial na Ásia e o 6º no mundo.
• Flow of Japanese investments in Brazil has been declining,
falling from US$3.7bn in 2014 to US$2.8bn in 2015.
• Around 700 Japanese companies operate in Brazil

As relações de cooperação técnica entre Brasil e Japão tiveram início em


1959 e são reguladas pelo Acordo Básico de Cooperação Técnica Brasil-
Japão, tratado assinado em agosto de 1971.
Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica desde 1985.
• Em cooperação bilateral, o Brasil está em 25º, o 3º
beneficiário na América Latina (2004)
• Brasil 6º receptor de cooperação técnica, com recursos totais
mais de US$1.2 bilhão, maior fora da Ásia.

• Nas décadas de 80 e 90 vários projetos e consolidação canal de transferência


tecnológica com grande fluxo de peritos japoneses enviados ao Brasil e de
bolsistas brasileiros enviados ao Japão.
• O intercâmbio de especialistas japoneses e bolsistas brasileiros totalizou cerca
de 14 mil pessoas, desde o estabelecimento do Acordo Básico de Cooperação
Técnica Japão-Brasil em 1970 até o ano de 2004.

• Em 2004, na área de cooperação técnica, o Japão ficou em


terceiro lugar, atrás da Alemanha e França.
a) ambiental: preservação da Floresta Amazônica, prevenção da
expansão da poluição nas metrópoles, intensificação do
monitoramento ambiental, etc.;
b) industrial: incrementar a produtividade industrial, aprimorar a
indústria local e a exploração de recursos minerais, etc.;
c) agricultura: construir a infra-estrutura básica no campo, promover
a exploração agrícola sustentável, incrementar a técnica de produção
agrícola de forma a ganhar competitividade global, etc.;
d) saúde: aperfeiçoar a saúde básica para a comunidade local,
melhorar o acesso da população carente ao atendimento médico etc.;
e) assuntos relativos a problemas sociais e desenvolvimento social:
melhorar a segurança pública, que se tornou um problema social,
difundir a educação básica, etc.;
f) assistência à cooperação triangular Sul-Sul: cooperação na América
Latina, países africanos de língua portuguesa, etc..
Exemplos recentes

Espaço - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com um instituto de pesquisa da Agência de
Exploração Espacial do Japão (JAXA): balões estratosféricos. 2010.

Treinamento - Entrega do Premio “JICA Recognition Award” ao Serviço Nacional de Aprendizagem


Industrial (SENAI) - 50 anos da cooperação JICA-SENAI e o início de uma nova parceria “Promoção e
Desenvolvimento da Capacitação Profissional e da Prestação de Serviços para a Indústria da Construção
Naval e Offshore” 11/02/14

Monitoramento e previsão de deslizamentos - Cemaden e Jica, realizado nos últimos quatro


anos: seminário internacional “Monitoramento e Previsão de Desastres/Acidentes Causados por Fluxo de
Detritos” 14/09/2017

Saneamento - termo de cooperação técnica entre a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e


JICA: melhoria da operação e manutenção de sistema de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário do Paraná teve duração de três anos. 23/07/2015

Gestão de metros – JICA Programa de Capacitação para Gestão de Empresas de Metrô no Brasil com
ANPTrilhos, Metrô de São Paulo, da Trensurb e do Metrô-DF. 23/11/2016.
Cooperação centífica é suficiente para ambos?

Programa Ciência sem Fronteiras:


• Japão: 520 bolsas - 17ª posição (vs. 27.821 Estados Unidos 1º / 3,387 Irlanda 10º )
• 271 bolsas em ‘Engenharias e demais áreas tecnológicas’ (total 41.594) – 14ª
posição (vs. 13.012 Estados Unidos 1º / 1.218 Hungria 10º )
• 47 bolsas em ‘Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde’ (total 16.076) – 20ª
posição (vs. 4.416 Estados Unidos 1º / 501 Holanda 10º )
• 88 bolsas em ‘Computação e Tecnologias da Informação ’ (total 5.694) – 12ª
posição (vs. 2.179 Estados Unidos 1º / 129 Holanda 10º )
• Distribuição das bolsas implementadas – Por Área Prioritária / Por Instituição de
Destino
http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/painel-de-controle
Possibilidades de aprofundamento

• 5ª Reunião do Comitê Conjunto Brasil-Japão para Cooperação


Científica e Tecnológica, Brasília: conversas ministerias
desenvolvimento de pesquisas em espaço, mar e tecnologias da
informação e comunicação (TICs)
• Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica
• Universidade de Tóquio busca maior aproximação científica com o
Brasil, com assinatura carta de intenções para cooperação acadêmica
com a FAPESP (11/11/2013)
• Brasil é o décimo país a sediar o UTokyo, realizado desde 2000 pela
Universidade de Tóquio. 11/11/2013
Cooperação econônomica: necessidade de novos rumos

• Brasil recebeu mais de US$3 bilhões de dólares em


cooperação financeira.

• Na área de cooperação financeira com ônus, o Brasil está


em 18º lugar global e 2º América Latina, atrás do Peru.

• Apenas o Japão tem saldo positivo em empréstimos,


descontado o valor da devolução com o valor do empréstimo.

• Cooperação financeira com ônus por meio de financiamento


para infra-estrutura ambiental e saneamento.
• 05/2012, a Kawasaki Heavy Industries Ltd. assinou com a Odebrecht SA,
OAS e UTC Participações SA um contrato de formação de joint venture, para
investimento conjunto na Enseada Indústria Naval SA.

• 06/2013, a IHI Corporation, a Japan Gas Corporation e a Japan Marine


United Corporation adquiriram participação no capital do Estaleiro Atlântico
Sul (EAS), compartilhando o avançado conhecimento tecnológico e
operacional japonês.

• A Mitsubishi Heavy Industries Ltd., a Imabari Shipbuilding Corporation Ltd.,


a Namura Shipbuilding Corporation Ltd., a Oshima Shipbuilding Corporation
Ltd. e a Mitsubishi Corporation assinaram um contrato de investimento com
a Ecovix - Engevix Construções Oceânicas.
Possibilidades de aprofundamento
• Em 2012, Memorando de Entendimento em Matéria de Tecnologia e Indústria
Marítima pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Brasil e o Ministro da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo (MLIT) Japão.
• Aprimoramento da qualificação dos recursos humanos o MDIC, o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI), o MLIT e a JICA promovem o intercâmbio de
instrutores,, incluindo formação no Japão e compartilhar práticas japonesas de
construção, organização e método.

Brasil e Japão reconhecem a importancia de fortalecer a base da indústria naval


brasileira, a fim de construir, manter e gerir os navios e estruturas offshore, que
sustentam a exploração e a produção offshore de petróleo no Brasil (01/08/2014).

Não apenas de instalações e de força de trabalho, mas também de tecnologias


avançadas, conhecimento e habilidades específicas para a construção e os
conhecimentos e as habilidades da indústria japonesa.
IX Reunião do Comitê Conjunto MDIC-METI:

• O Brasil tem interesse em buscar novas oportunidades conjuntas


nas áreas de eficiência energética, “smart grids”, rotulagem
ambiental e carros elétricos.
• Promoção do comércio bilateral, investimentos em infraestrutura,
melhorias no ambiente de investimentos, reforma trabalhista
brasileira e o Programa Rota 2030, que é a nova política industrial
para o setor automotivo.
• Possibilidade de cooperação industrial nas áreas relativas à
propriedade intelectual, na cadeia de fornecedores da indústria
automobilística, baseada no conceito de manufatura enxuta, e em
biocombustíveis.
Barreiras e Desafios

• Japão 8º destino das exportações brasileiras e também 8º no ranking de


fornecedores Brasil.

• Em 2011, balança comercial US$17bi, caiu para Em 2015, a balança comercial foi
de US$9,7bi em 2015 e US$8,1bi 2016
• Investimentos diretos no Brasil de US$ 2,8 bilhões.

• Em 2017, até agosto, o Brasil vendeu para o Japão US$ 3,4 bilhões, e os
principais produtos exportados foram minério de ferro, pedaços congelados de
frango, milho em grãos e café em grãos.

• Importações do Brasil no mesmo período, da ordem de US$ 2,6 bilhões: caixas


de marchas de motores, componentes para helicópteros e aviões, trilhos de aço
e automóveis.
FY2016 Survey (the 28th) Report on Overseas Business Operations by
Japanese Manufacturing Companies:

• In 2016, Brazil fell from 9th to 10th position in Ranks of Promising


countries/Regions for Overseas Business - Operations over Medium-term
(over the next 3 years or so)

• Status of competition in the global market, “As for competitors in sales


markets, Japanese companies are top competitors in the markets of ASEAN5,
European/American companies are the top in the markets of India, North
America, EU15, and Brazil.

• As for points that companies focused on in the medium term in order to beat
competitors, a lot of companies gave the responses to "strengthen price
competitiveness," "develop/produce products that meet local customer needs,"
"enhance quality of local human resources,"
Cooperação para inovação

Brasil enfrenta o desafio da inovação para aumentar sua


produtividade e competitividade e criar novas atividades
geradoras de emprego

• Pool de talentos científicos e tecnológicos, + 12 mil doutores/ano


• Políticas de promoção da inovação nas empresas e financiamento a
startups
• Ecosistemas de inovação e empreendedorismo tecnológico em forte
expansão
• Grande e complexo mercado para experimentar inovações e modelos
Japão necesita desenvolver startups para trazer criatividade às suas
indústrias tradicionais e gerar indústrias inovadoras do futuro

• Modelo de inovação centrado na empresa


• Atrasado na diplomacia da inovação e na internacionalização da academia
• Desafio do empreendedorismo criativo
• Precisa adaptar suas universidades e centros de pesquisa para inovação
criativa

Ponte para o Futuro da Cooperação Brasil – Japão


=> intensificar intercâmbios com prioridade talentos
e organizações de inovação e seu ecosistema
Muito obrigado
Arigatoo gozaimasu

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