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DIAGNÓSTICO DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA

– RELATO DE CASO
Julia Iracema Moura Pacheco¹,
Isabela Vaz Silva²,
Professor X 3
1- Curso de Medicina Veterinária – UTP - jjuliapacheco12@gmail.com
2- M.V. Mestranda UFPR – Curitiba – PR
3- Professora orientadora - UTP

Palavras-chave: virologia; imunodifusão; ágar

INTRODUÇÃO
O adenocarcinoma em células produtoras de muco no estômago é uma
neoplasia maligna com origem nos tecidos glandulares que assume
crescimento infiltrativo e difuso. É responsável por 70% a 80% dos
cânceres de estômago em cães, normalmente encontrado na porção da
curvatura menor. Os sinais da doença são emagrecimento, dor abdominal,
náusea, diarréia, hiporexia, cansaço, êmese, melena e podem apresentar
pólipos múltiplos ou únicos (DALECK et al., 2009). O diagnóstico baseia-
se na avaliação de diversas caraterísticas clínicas e laboratoriais que
visam principalmente a exclusão de infecções no estômago. Dentre os
procedimentos realizados, podemos destacar o raio-x e o ultrassom,
sendo este último responsável por indicar o formato da lesão, evidenciar
espessamento de parede gástrica e identificar linfadenomegalia (SOBRAL
et al., 2009). Após o diagnóstico conclusivo, o principal tratamento é a
somente encontrado trombocitopenia no exame de sangue. No exame
intervenção cirúrgica para gastroplastia.
histopatológico observou-se uma massa tecidual, medindo 46 x 30 x 20

RELATO DE CASO mm, com coloração esbranquiçada, células neoplásicas poliédricas


dispostas de maneira desordenada formando blocos celulares
Um paciente canino, macho, não castrado, Chow Chow, de 10 anos,
coalescentes, as quais, exibem núcleo redondo central e citoplasma
pesando 20 kg foi atendido no Hospital Veterinário São Bernardo em
abundante por material mucoso. No dia seguinte a operação o paciente
Curitiba-PR, com queixa de emagrecimento progressivo, êmese e
apresentou mucosa pálida, indicando sinal de anemia com o restante dos
hiporexia há aproximadamente duas semanas. Durante o exame físico não
parâmetros dentro da normalidade. O tratamento medicamentoso foi
foi observado nenhuma alteração. Foram realizados exame de ultrassom e
realizado através de ranitidina (25 mg/kg/BID), ampicilina (22 mg/kg/BID),
raio-X, onde foi observado estômago preenchido por conteúdo
Figura 1:(4Reação
tramadol positiva
mg/kg/TID), Figura
citrato 2: Exame
de maropitant (1 de Ultrassonografia
mg/kg/SID) com
e suplemento
predominantemente líquido, gasoso e alimentar. Também foi possível destaque para espessura da parede gástrica;
vitamínico. Pelo fato de não haver metástase a terapia instituída foi a
observar motilidade diminuída, espessura severamente aumentada (1,48
cirúrgica para remoção de lesões conforme sugere Sobral et al. (2009).
cm) com perda da estratificação da parede gástrica. Com base nesse
resultado, o procedimento indicado foi celiotomia exploratória. No CONCLUSÃO

momento do procedimento cirúrgico, foi encontrado massa em parede de


curvatura menor do estômago e realizada a gastroplastia parcial. O
material foi enviado para análise histopatológica onde foi confirmado o
Adenocarcinoma. O pós operatório do paciente foi realizado com
antibioticoterapia, analgésico, protetor gástrico e alimentação pastosa em
pequena quantidade durante 10 dias. Além disso, optou-se por associação
de ciclofosfamida para ação quimioterápica. O paciente permaneceu em
remissão durante 8 meses e retornou para reavaliação após dois
episódios de êmese. Foi realizada uma ultrassonografia abdominal
exploratória que revelou recidiva do tumor gástrico, optando-se então, por REFERÊNCIAS
nova intervenção cirúrgica, finalizando cerca de 70% do estômago
retirado.

RESULTADO E DISCUSSÃO
O adenocarcinoma de células produtoras de muco no estômago é uma
Classificado como raro na literatura, o câncer de estômago na espécie
neoplasia maligna com crescimento infiltrativo de rápido desenvolvimento
canina possui como principais sinais a ocorrência de vômitos crônicos,
considerado agressivo, porém, com uma anamnese completa, atenção do
melena, dor abdominal e ptialismo (WITHROW e VAIL, 2007). Porém, no
Médico Veterinário aos sinais clínicos, correlação de exame clínico com
presente caso, o paciente não apresentava melena ou hematêmese,
exames complementares é possível fazer o diagnóstico certo e optar pela

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