1) O poeta sente nostalgia da infância feliz e inocente, mas se dá conta que esse tempo passado não pode ser recuperado.
2) Marcado pela passagem do tempo, o poeta se sente distante do passado e do futuro, podendo viver apenas no presente que rapidamente some.
3) Pessoa desenvolve temas como a busca pelo sentido da existência, a fragmentação do eu, a fuga da realidade através do sonho, e a transfiguração da emoção pela razão.
1) O poeta sente nostalgia da infância feliz e inocente, mas se dá conta que esse tempo passado não pode ser recuperado.
2) Marcado pela passagem do tempo, o poeta se sente distante do passado e do futuro, podendo viver apenas no presente que rapidamente some.
3) Pessoa desenvolve temas como a busca pelo sentido da existência, a fragmentação do eu, a fuga da realidade através do sonho, e a transfiguração da emoção pela razão.
1) O poeta sente nostalgia da infância feliz e inocente, mas se dá conta que esse tempo passado não pode ser recuperado.
2) Marcado pela passagem do tempo, o poeta se sente distante do passado e do futuro, podendo viver apenas no presente que rapidamente some.
3) Pessoa desenvolve temas como a busca pelo sentido da existência, a fragmentação do eu, a fuga da realidade através do sonho, e a transfiguração da emoção pela razão.
• Uma das suas linhas temáticas é a nostalgia da infância, que irrompe
como consequência do desejo do regresso do poeta aos tempos da infância feliz e inocente- época longínqua de bem-, sem o drama dador de pensar, mas sinônimo de segurança, pureza e felicidade. E o poeta evoca esses tempos através da memória que lhe traz angústia e solidão, ao aperceber-se de que essa época não e mais que em paraíso longínquo, perdido na memória do tempo. • O poeta, ser consciente, sente que a extensão dos seus sentimentos é diminuída pela vastidão do pensamento a corromper a inconsciência inerente a felicidade de viver, pelo que a consciência lhe surge como fardo e fatalidade que desencanto e impotência face ao absurdo da existência, já que, por um lado, não se liberta do peso da reflexão e, por outro, não alcança a alegre inconsciência de outros mantendo- se intacta a sua própria consciência. • Simplesmente paradoxal, pois consciente, sobre a dor de pensar será consciente, sofre a dor de pensar e paga caro a externa lucidez que possui. 2. • Marcado pelo fluir continuo do tempo, Pessoa sente-se separado de si, distante do passado e do futuro, restando-lhe o ser que é no instante que passa e não o que existe na duração do tempo. • E também o fingimento poético constitui uma das dialéticas desta poesia, em que o poeta sofre uma forte tensão conducente ao antissentimentalismo e à intelectualização da emoção. Pessoa não transmite a emoção pura e simples, mas submete-a sempre ao exame da inteligência da razão poética, deixando que o seu cadinho a racionalize, desviando-se do sentimentalismo tradicional. Neste âmbito, a composição poética nunca ocorreu no momento da emoção, mas no momento da recordação dessa emoção. 3. • Em suma, Pessoa ortónimo desenvolve as seguintes linhas de sentido : procura da decifração do enigma de ser; fragmentação do eu e perda de identidade; pendor filosófico; obsessão da análise, dor de pensar e lucidez; fuga da realidade para o sonho; incapacidade de viver a vida; inquietação, angústia existencial, solidão interior, melancolia, resignação; tédio, náusea, desencontro dos outros e desamparo; nostalgia do bem perdido e do mundo fantástico da infância; fingimento poético; e transfiguração da emoção pela razão. A nuvem do estilo, releva-se a preferência pela métrica curta (5 ou 7 sílabas - romanceiro, conto de fadas); gosto pelo popular (uso frequente da quadra/quintilha; rima cruzada); linguagem simples, espontânea, mas sóbria; criação de metáforas inesperadas, uso frequente do paradoxo; versos leves com recurso frequente à interrogação, à exclamação, às reticências.