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Marcada pela exaltação da natureza, pela volta ao passado histórico, pelo medievalismo, pela
criação do herói nacional na figura do índio, sentimentalismo e religiosidade.
Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias.
PSICOLÓGICA HISTÓRICA
Relacionada a um modo Referente a um movimento
de sensibilidade literário e artístico e datado
ROMANTISMO
Benedito Nunes, A visão romântica.
➢ Sentimento como objeto da ação
interior do sujeito;
1848 a 1852
MORTE
[...]
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
“Lembrança de — Como as horas de um longo pesadelo
Morrer”, de Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Álvares de
Como o desterro de minh'alma errante,
Azevedo, em Lira Onde fogo insensato a consumia:
dos Vinte Anos Só levo uma saudade — é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
[...]
ÁLVARES DE AZEVEDO
Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/macario/
As influências
NO ROMANTISMO
Lord Byron
➢ Temáticas do grotesco e sublime operadas de A obra do poeta inglês Lord George Gordon
Byron (1788-1824) serviu de modelo para o
forma alternada e não concomitantemente ultrarromantismo. Daí falar-se em inspiração
(como dizia Victor Hugo); byroniana, geração byroniana.
Goethe
➢ Lira dos vinte anos é baseada em uma A obra do alemão Johann Wolfgang von
Goethe (1749-1832), lançou o mal do século
binomia (dualismo - a ideia de síntese de que influenciou principalmente os poetas da 2ª
geração.
oposições);
ÁLVARES DE AZEVEDO
Silvio ROMERO
No ensaio “Álvares de Azevedo” – presente em História da literatura brasileira
ÁLVARES DE AZEVEDO
➢ O antagonismo entre essas duas faces caracteriza toda a Lira dos vinte anos.
ÁLVARES DE AZEVEDO
➢ Lira dos vinte anos, em suas edições
atuais, costuma ser dividida em três
partes, mas originalmente Álvares de
Azevedo a planejou com somente duas
partes.
Lado noturno
Amor
Lado solar
“O poeta moribundo”, como
➢ O LADO SOLAR seria aquele que vários outros poemas de
ora lembra aquela ingenuidade, ora Azevedo, trata do tema da
substitui os suspiros melancólicos morte. Mas, ao contrário do
pela gargalhada ou um simples teor melancólico normalmente
esgar (careta). utilizado para se tratar do
➢ O humor surgiu como contraponto assunto, a comicidade e ironia
às lamúrias sentimentais. protagonizam os versos do
poema.
ÁLVARES DE AZEVEDO O poeta
moribundo
VI
13. Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O POETA MORIBUNDO
14. O marreco piando na agonia...
15. Como o cisne de outrora... que
1. Poetas! amanhã ao meu cadáver
gemendo
2. Minha tripa cortai mais sonorosa!...
16. Entre os hinos de amor se enternecia.
3. Façam dela uma corda e cantem nela
4. Os amores da vida esperançosa!
17. Coração, por que tremes? Vejo a morte,
18. Ali vem lazarenta e desdentada...
5. Cantem esse verão que me alentava...
19. Que noiva!... E devo então dormir com
6. O aroma dos currais, o bezerrinho
ela?
7. As aves que na sombra suspiravam
20. Se ela ao menos dormisse mascarada!
8. E os sapos que cantavam no caminho!
21. Que ruínas! que amor petrificado!
9. Coração, por que tremes? Se esta lira
22. Tão antediluviano e gigantesco!
10.Nas minhas mãos sem força desafina,
23. Ora, façam idéia que ternuras
11.Enquanto ao cemitério não te levam,
24. Terá essa lagarta posta ao fresco!
12.Casa no marimbau a alma divina!
ÁLVARES DE AZEVEDO O poeta
moribundo
29. No inferno estão suavíssimas belezas, 33. Se é verdade que os homens gozadores,
30. Cleópatras, Helenas, Eleonoras... 34. Amigos de no vinho ter consolos,
31. Lá se namora em boa companhia, 35. Foram com Satanás fazer colônia,
32. Não pode haver inferno com Senhoras! 36. Antes lá que do Céu sofrer os tolos!
O poeta
ÁLVARES DE AZEVEDO
moribundo
➢ Ironiza e dessacraliza toda uma ideia e tradição religiosa num gesto que
denuncia um “satanismo cômico”;
➢ Finaliza o poema zombando mais uma vez do céu e o que faria nele,
afirmando-se como um hedonista que pouco se adaptaria às atividades
em que provavelmente teria que se engajar em esferas celestiais:
➢ IRONIA RÔMÂNTICA