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LITERATURA
3º BIMESTRE
3º ANO
DOURADOS/MS
AUTORES DE POESIA
MURILO MENDES
Poema: Solidariedade
Sou ligado pela herança do espírito e do sangue
Ao mártir, ao assassino, ao anarquista,
Sou ligado
Aos casais na terra e no ar,
Ao vendeiro da esquina,
Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida,
Ao mecânico, ao poeta, ao soldado,
Ao santo e ao demônio,
Construídos à minha imagem e semelhança.
JORGE DE LIMA
CECÍLIA MEIRELES
VINÍCIUS DE MORAES
De tudo, ao meu amor serei atento antes E assim quando mais tarde me procure
E com tal zelo, e sempre, e tanto Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Que mesmo em face do maior encanto Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Dele se encante mais meu pensamento.
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Quero vivê-lo em cada vão momento Que não seja imortal, posto que é chama
E em seu louvor hei de espalhar meu canto Mas que seja infinito enquanto dure.
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
RACHEL DE QUEIROZ
• Foi tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista e
importante dramaturga brasileira. Autora de destaque na
ficção social nordestina. Foi a 1ª mulher a ingressar na
Academia Brasileira de Letras.
• Sua obra é marcada pelo forte caráter regionalista: o Ceará,
sua gente, sua terra, as secas são notas constantes em seus
romances, escritos numa linguagem fluente e de diálogos
fáceis, o que resulta numa narrativa dinâmica. Em suas
últimas obras privilegia a análise psicológica.
• Obras principais: O quinze / João Miguel / As três Marias /
Memorial de Maria Moura (inspirado em sua obra).
• Resumo – O QUINZE: O título se refere à grande seca de
1915, vivida pela escritora em sua infância. Na narrativa,
destacam-se duas situações: primeiro, a seca e as consequências acarretadas tanto para o
vaqueiro Chico Bento e sua família, como para os grandes proprietários e criadores de gado
da região; em um segundo plano, a relação afetiva entre Vicente, moço rude, e Conceição,
moça culta da capital.
JORGE AMADO
• Escritor e deputado, foi casado com a também escritora
Zélia Gattai (autora popular de livros espíritas).
• Representa o regionalismo baiano das zonas rurais do
cacau e da zona urbana de Salvador. Sua grande
preocupação foi ficar tipos humanos marginalizados para,
através deles, analisar toda uma sociedade. Seus
romances, vazados numa linguagem que retrata o falar do
povo são marcados pelo lirismo e pela postura ideológica. A
palavra-chave é sua obra é liberdade, tanto no plano
individual quanto no social.
• Sua obra é dividida em 3 formas: romances proletários
(retratam a vida urbana em Salvador, com forte coloração
social, como é o caso de Suor, O país do Carnaval e
Capitães de areia), ciclo do cacau (seus temas são
fazendas de cacau de Ilhéus e Itabuna, a exploração do
trabalhador rural e os exportadores – a nova força
econômica da região; Cacau, Terras do sem-fim e São Jorge dos Ilhéus pertencem a este
ciclo); depoimentos e crônicas de costumes (inicia-se com Jubiabá, Mar Morto, mas se
consolida com Gabriela cravo e canela, Tieta do Agreste e Dona Flor e seus dois maridos).
ÉRICO VERÍSSIMO
• Farmacêutico, diretor da Revista do Globo e professor de
literatura e inglês no Brasil e na Universidade de Berkeley,
EUA.
• Representante gaúcho do Regionalismo Modernista.
• Pai de Luís Fernando Veríssimo, escritor contemporâneo,
famoso por suas crônicas humorísticas.
• Sua obra se divide em 3 fases: a fase urbana retrata a vida
urbana em Porto Alegre, a crise da sociedade moderna, a falta
de solidariedade, o cotidiano caótico e os mesmos
personagens transitando por obras diferentes; um exemplo é a
obra Clarissa, na qual o autor faz um retrato real e sem muito
drama de uma adolescente se encaminhando para a idade
adulta. A fase regionalista se volta para a formação do Rio Grande do Sul, remontando ao
passado histórico desde o séc. XVIII até o governo de Getúlio Vargas, as disputas da terra e
do poder, os confrontos familiares; faz isso por meio da trilogia épica O tempo e o vento (O
continente, O retrato, O arquipélago), no qual narra por meio de encontros e desencontros e
disputas por terra e poder, das famílias Amaral, Terra e Cambará; um verdadeiro painel dos
200 anos de colonização da terra gaúcha, dos quais saltam personagens heroicos, como Ana
Terra, Bibiana e o Capitão Rodrigo. A fase social é empenhada em temas do momento,
como os crimes políticos, a ditadura, a sátira social; um exemplo é a obra Incidente em
Antares, na qual, devido a uma greve dos coveiros, 7 mortos se levantam dos seus caixões e
ameaçam contar todas as atrocidades e falcatruas caso não fossem enterrados.
GRACILIANO RAMOS
• Foi romancista, cronista, contista, jornalista, político e
memorialista.
• É tido como o autor que levou ao limite o clima de tensão
presente nas relações homem/meio natural e
homem/meio social, tensão essa geradora de um
relacionamento violento, capaz de moldar personalidades
e de transfigurar o que os homens têm de bom. Nesse
contexto violento, a morte é uma constante: é final trágico
e irreversível, decorrente de um relacionamento
impraticável; encontramos suicídios em Caetés e São
Bernardo, assassinato em Angústia, e a morte dos
animais em Vidas secas. A luta pela sobrevivência parece
ser o grande ponto de contato entre todos os
personagens, a lei maior é a da selva.
• Sua obra se divide em 3 categorias: romances narrados
em 1ª pessoa (Caetés, São Bernardo e Angústia, nos
quais se evidencia a pesquisa progressiva da alma
humana, ao lado do retrato e da análise social); romance narrado em 3ª pessoa (Vidas
secas, no qual se enfocam os modos de ser e as condições da existência, segunda uma visão
destacada da realidade) e autobiografias (Infância e Memórias do cárcere, em que o autor
se coloca como problema e como caso humano, nelas transparece a necessidade de depor).
• Resumo – VIDAS SECAS: A obra narra, em capítulos curtos e independentes, a trajetória de
uma família humilde do sertão, em busca de refúgio contra a seca e as misérias e passando
por todo o tipo de humilhação por parte de outras pessoas. O vaqueiro Fabiano, sua esposa
Sinhá Vitória, os filhos (que sequer tem nome) e a cadela Baleia formam o núcleo familiar. O
narrador mergulha no interior das personagens, ressaltando a animalidade nos humanos e a
humanidade nos animais.
Bibliografia:
SARMENTO, Leila Lauar; TUFANO, Douglas. Português. São Paulo: Moderna, 2004.
TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Gramática, Literatura e Redação para o 2º grau. São Paulo: Scipione, 1997.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Língua e Literatura. 19ªed. São Paulo: Ática, 1998.
AMARAL, Emília; [et al.]. Novas palavras. 3ªed. São Paulo:FTD, 2016.
* Imagens tiradas pelo Buscador Google, em 11 set. 2020.