Seminário - Contabilidade Geral - Ii

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL
ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO
BEM-VINDOS À ENAD
INVESTIR NA COMPETÊNCIA, SUSTENTAR O DESENVOLVIMENTO

Formação ENAD
Módulo:
Contabilidade Geral - II

Luanda, 2016
08-12-2022 Elaborado por Nelito Victor - 2

Apresentação: REPÚBLICA DE ANGOLA
Nelito Victor
Pós Graduado em Gestão de MBA - Universidade Aberta de
Lisboa;
Licenciado em Gestão e Contabilidade – Universidade

Privada de Angola;
Professor Universitário nas cadeiras de Contabilidade

Pública, Contabilidade Financeira Avançada e Economia e
Finanças Públicas
Membro da Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas

de Angola com a categoria de Perito Contabilista nº 20120008

• Bibliografia:
1- Marion, J.C - Contabilidade Básica

2- Miranda, S. J. & Almeida, R. M.P (2014) – Plano Geral de
Contabilidade Explicado- Edições Técnicas, Lisboa.
3- http://www.gcl.co.ao/gca/index.php?id=92
3- https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo

• Capítulo I - A Contabilidade
• Capítulo II – Compras de Existências e Outros Bens
e Serviços
• Capítulo III – Vendas e Prestação de Serviços
• Capítulo IV – Operações com Contas de Carácter
Financeiro
• Capítulo V – Proveitos e Custos Operacionais
• Capítulo VI – Operações Com Imobilizado
• Capítulo VII – Abertura de Escrita e Outras
Operações com Capital, Reservas e Resultados
Capítulo I - A Contabilidade
1.1- A Origem da Contabilidade

1.2- Conceito, Objecto e Finalidade
1.3- Aplicação da Contabilidade
1.4- Usuários da Contabilidade
1.5- Para quem é mantida a Contabilidade
1.6- O Profissional de Contabilidade
1.7- Pilares da Contabilidade

1.1- A Origem da Contabilidade
- Começou a tomar corpo no século XIII na Itália;

- Século XV o Frei “Luca Pacciolo” escreveu a obra:

“Summa de Arithmetica, Geometria,
Proportioni e Proporcionalita
- Foi um tratado de matemática, com uma secção

sobre registros contabilísticos segundo o método
das partilhas dobradas.


1.2- Conceito, Objecto e Finalidade

1.2.1-Conceito
“É a ciência que estuda a formação e variação
do Patrimônio”;
“É a ciência que estuda, regista e controla o
Patrimônio das Entidades com fins lucrativos
ou não”;
“Instrumento de informações para a tomada de
decisões dentro e fora da empresa”.
O Governo utiliza-se dela para arrecadar impostos e
torná-la obrigatória para a maioria das empresas.
• Todas as movimentações possíveis de

mensuração monetária são registradas
pela contabilidade, que, em seguida,
resume os dados registrados em forma de
relatórios contabilísticos.
Uma empresa sem boa contabilidade é

como um barco, em alto-mar a
deriva, ao sabor dos ventos.

1.2.2- Objecto e Finalidade
O objecto da Contabilidade é o Patrimônio.
A finalidade da Contabilidade é a de
controlar o Patrimônio com o objectivo de
fornecer informações sobre a sua composição
e suas variações.

1.3- Aplicação da Contabilidade

Contabilidade Geral Contabilidade Financeira

Diversos ramos de atividade:
•Comercial Contabilidade Comercial
•Industrial Contabilidade Industrial

•Pública Contabilidade Pública
•Bancária Contabilidade Bancária
•Hospitalar Contabilidade Hospitalar
•Agropecuária Contabilidade Agropecuária
•de Seguros Contabilidade Securitária
• Uma Empresa NÃO É um CORPO ISOLADO


• 1.4- Usuários da Contabilidade


1.5- Para quem é mantida a Contabilidade
• A Contabilidade pode ser feita para Pessoa

Física ou Pessoa Jurídica. Considera-se
pessoa, juridicamente falando, todo ser
capaz de ter direitos e obrigações.
• PESSOA FÍSICA é a pessoa natural, é todo

ser humano, é todo indivíduo (sem
qualquer exceção).

PESSOA JURÍDICA é a união de indivíduos

que, através de um contrato reconhecido por
lei, formam uma nova pessoa, com
personalidade distinta dos seus membros.
As pessoas jurídicas pode ter fins lucrativos

(empresas industriais, comerciais etc.) ou não
(cooperativas, associações culturais, religiosas
etc.).

Normalmente, as pessoas jurídicas denominam-se

empresas.
Entidade Contabilistica – Pessoa para quem é
mantida a contabilidade, podendo ser pessoa
jurídica ou física.

 Organigrama nas Empresas Contabilidade


• 1.6- O Profissional de Contabilidade

Atividades exclusivas do Contabilista:

Auditoria: Exame e verificação da exatidão dos pro-
cedimentos contabilísticos.
Perícia contabilística: investigação contabilística de
empresa motivada por uma questão judicial (solicitada
pela justiça).
Professor de Contabilidade: o Contabilista pode ser
professor de curso técnico. Para ser professor de curso
superior exige-se no mínimo uma Licenciatura ou Pós-
graduação.
Elaborado por Nelito Victor - Luanda

08-12-2022 18


1.7- Pilares da Contabilidade

Regras básicas da Contabilidade:
Postulados, princípios e convenções
contabilísticas.
Entidade contabilística – Uma pessoa para
quem é mantida a contabilidade.
•Sócios e Empresa são pessoas distintas.
•Não se deve confundir o dinheiro da
empresa com o dinheiro dos sócios

•Capítulo II – Compras de Existências e Outros Bens e

Serviços
2.1- Compras de Existências, Bens Consumíveis e Serviços

2.2- Devoluções de Compras
2.3- Descontos e Abatimentos em Compras
2.4- Adiantamento à Fornecedores
2.5- Inventários
2.6- Implicações Fiscais

Classe 2 - Existências
São considerados como existências os bens que respeitam as
condições gerais para o reconhecimento como activos ou que
satisfaçam uma ou mais das seguintes condições:
 Sejam detidos para venda no decurso normal da actividade
operacional da empresa;
 Resultem do processo produção da empresa e se destinem à venda;
 Se destinem a ser consumidos no processo produção ou na

prestação de serviços, e que revistam a forma de matérias ou
materiais de consumo.


A Classe de Existências é constituída por

seguintes contas do 1º grau:
•21. COMPRAS
•22. MATÉRIAS-PRIMAS SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO
•23. PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO
•24. PRODUTOS ACABADOS E INTERMÉDIOS
•25. SUB-PRODUTOS, DESPERDÍCIOS, RESÍDUOS E REFUGOS
•26. MERCADORIAS
•27. MATÉRIAS-PRIMAS, MERCADORIAS E OUTROS MATERIAIS EM
TRÂNSITO
•28. ADIANTAMENTOS POR CONTA DE COMPRAS
•29. PROVISÃO PARA DEPRECIAÇÃO DE EXISTÊNCIAS

As contas da Classe de Existências aparecem no Balanço no

rubrica de Activo Corrente:

Custo das existências deve incluir os seguintes:

Custos de Aquisição que engloba:
• O preço de compras;
• Direitos de importação e outros impostos;
• Custos de Transporte;
• Custos de manuseamento;
• Outros Custos directamente associados a
compras dos bens e liquidos de descontos
comerciais, abatimentos e outros descontos
de natureza semelhante

 Custos de Conversão que engloba:

• Os custos de pessoal directamente envolvido

na produção;
• Imputação de gastos industriais fixos;
• Depreciação e manutenção de edificios e de
equipamentos de fabrica;
• Custos de gestão e de administração;
• Imputação de gastos industriais variaveis;
• Materiais indirectos;
• Mão de obra indirecta.

Custos ocorridos para colocar os inventários nos seus locais actuais

e na sua condição de utilização ou venda.
Esquema Registo Contabilístico:

2.2- Devoluções de Compras

As devoluções das compras registam-se na conta
21.7 – Devoluções de Compras.
Essa rubrica, destina-se a registar as devoluções

de compras que tenham sido registadas nas
contas 21.1- Matérias-primas, Subsidiárias e de
Consumo e na 21.2- Mercadorias


2.3- Descontos e Abatimentos em Compras

•Os descontos e abatimentos são os que se obtêm
após a factura, geralmente por notas de crédito
dos Fornecedores.
•Os descontos que sejam de pronto pagamento
serão registados a crédito da conta 66.3 -
Descontos de pronto pagamento obtidos.


2.4- Adiantamento à Fornecedores
Essa rubrica, destina-se a registar os
adiamentamentos feitos pela entidade realtivas a
compras cujo preço esteja previamente fixado.
Estrutura Conta:
•28. Adiantamentos Por Conta De Compras

•28.1 Matérias-primas E Outros Materiais
•28.2 Mercadorias


2.5- Inventários de Existências
Políticas contabilísticas adoptadas na medição

dos inventários, inclue o método de custeio
usado.
Existem dois métodos de custeio usados na
inventariação das existências que são:
• LIFO (Last In First Out);
• FIFO (First In First Out)

• LIFO e FIFO são siglas que geralmente

representam, respectivamente, “Last In, First
Out" e “First In, First Out", que significam
“último que entra e último que sai” e
“primeiro que entra e primeiro que sai”.
Ambos os termos são utilizados em uma ampla
variedade de situações no campo de
armazenamento e logística para determinar a
ordem de manuseamento, carga e descarga das
existências.
Exemplo de FIFO com as operações enqueue (enfileirar) e

dequeue (desenfileirar)

Representação de LIFO com as operações push (empilhar) e pop

(desempilhar).

Modelo de Inventário

Preço Médio Ponderado (PMP)

Este critério é usado em empresas, em
que as suas existências tenham um
controle permanente, e que a cada
aquisição, o seu preço médio seja
actualizado, pelo método do custo
médio ponderado (Ferreira, 2007,p.32).

2.6- Implicações Fiscais

Quando não forem apuradas correctamente os custos de
mercadorias vendidas ou consumidas têm efeitos fiscais,
pois que elas incidem na redução ou aumento da
matéria colectável ao pagamento do imposto industrial
para a empresa.
Se a empresa adopta o Sistema de Inventário

Permanente (SIP) deve efectuar os seguintes registos:


Se a empresa adopta o Sistema de Inventário

Intermitente (SII) deve efectuar os seguintes registos:

• Cálculo CMVMC

• Capítulo III – Vendas e Prestação de Serviços
• 3.1- Vendas de Existências e Prestação de Serviços

• 3.2- Devoluções de Vendas
• 3.3- Descontos e Abatimentos de Vendas
• 3.4- Adiantamentos de Clientes
• 3.5 – Implicações Fiscais

• 3.1- Vendas de Existências e Prestação de

Serviços
A venda ou prestação de serviços é um rédito
devemos entender como proveitos que provêm
do decurso das actividades correntes (ou
ordinárias) de uma empresa.
As vendas e prestação de serviços são
constituída por seguintes contas do 1º grau :

• 61. VENDAS
• 61.1 Produtos acabados e intermédios
• 61.2 Sub-produtos, desperdícios, resíduos e refugos
• 61.3 Mercadorias
• 61.4 Embalagens de consumo
• 61.5 Subsídios a preços
• 61.7 Devoluções
• 61.8 Descontos e abatimentos
• 61.9 Transferência para resultados operacionais
• 62. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
• 62.1 Serviços principais
• 62.2 Serviços secundários
• 62.8 Descontos e abatimentos
• 62.9 Transferência para resultados operacionais
• 63. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS
• 63.1 Serviços suplementares
.
• 3.1.1- Vendas de Existências
• Pelo “regime de competência”, as vendas

realizadas devem ser contabilizadas por
ocasião da entrega das mercadorias ou
execução do produto e no “regime de caixa”
somente por ocasião de seu recebimento
financeiro (entrada de dinheiro).

• Regime de competência - As receitas e as

despesas devem ser incluídas no

apuramento do resultado do período em
que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou
pagamento.
• Regime de caixa – As receitas e as despesas
são incluídas na apuramento do resultado
no período em que forem recebidas ou pagas.

• Mercadorias - valores de venda de produtos

adquiridos de terceiros. Exemplo: uma farmácia

adquire medicamentos de um distribuidor, e revende-
os. Trata-se de mercadorias, e não de produtos.
• Produtos - valores de venda de produtos de

produção própria (indústria). Exemplo: uma indústria
farmacêutica adquire insumos, industrializa-os e
venda aos distribuidores. Trata-se de produtos de
produção própria vendidos.
•


3.1.2- Prestação de Serviços
Pelo “regime de competência”, os serviços prestados

devem ser contabilizadas por ocasião da sua execução e no
“regime de caixa” somente por ocasião de seu
recebimento financeiro (entrada de dinheiro).
Serviços – valores de venda de serviços executados por

contrato ou tarefa. Exemplo: serviços de auditoria
independente, executados para um cliente.



• 3.2- Devoluções de Vendas

As devoluções de vendas (também denominadas "vendas

canceladas") constituem-se, contabilísticamente, em redução
da receita operacional bruta.
1. Devolução De Vendas Do Próprio Exercício

Ocorrendo a devolução de venda, o valor correspondente a essa
devolução deverá ser contabilizado em conta própria, como
redução da receita bruta das vendas.

2. Devolução De Vendas Efectuadas Em Exercício Anterior

Quando ocorre uma devolução de mercadorias que foram vendidas no exercício
anterior, existe a necessidade de um tratamento específico no registo
contabilístico, para que não haja distorção nas demonstrações do exercício.
Assim, o registo será feito na forma de um cancelamento, neste exercício, de um

lucro bruto apurado no exercício anterior, que será tratado com uma despesa
operacional e não mais como uma conta redutora da conta que regista as vendas.





3.3- Descontos e Abatimentos de Vendas e Serviços

Estes descontos e abatimentos são os que se concede
na factura, geralmente por notas de débito aos Clientes.
Os descontos que sejam de pronto pagamento serão

registados a débito da conta 76.3 – Descontos de pronto
pagamento concedidos.

3.3.1- Descontos Financeiros

São os descontos ligados ou condicionados ao
pagamento ou recebimento de títulos por antecipação.
Portanto podem ser obtidos ou concedidos.
Descontos Financeiros Concedidos

São os descontos concedidos no recebimento antecipado
de direitos.


3.4- Adiantamentos de Clientes
Por vezes, as empresas podem receber de seus

clientes, valores a título de adiantamentos.
Esses valores se dão por ocasião de compras de
produtos ou mercadorias que eles realizam e que
ainda serão produzidos ou entregues para
revenda ou ainda para futuras prestações de
serviços.

Os valores recebidos devem ser registados em conta

específica de “adiantamentos de clientes”, no Passivo
Circulante, quando serão baixados quando a mercadoria
for entregue ou o serviço for prestado.

3.5 – Implicações Fiscais

Quando não forem apuradas correctamente

os proveitos resultantes das vendas
mercadorias vendidas e serviços prestados
têm efeitos fiscais, pois que elas incidem
na redução ou aumento da matéria
colectável ao pagamento do imposto
industrial para a empresa.

As contas da Classe de Vendas e Prestação de Serviços

aparecem na Demonstração de Resultados na rubrica de

Proveitos por Natureza:

• Capítulo IV – Operações com Contas de Carácter

Financeiro
• 4.1- Caixa
• 4.2- Depósitos à Ordem
• 4.3 – Títulos Negociáveis
• 4.4 – Créditos sobre Clientes
• 4.5 – Débitos a Fornecedores
• 4.6 – Empréstimos Concedidos
• 4.7 – Empréstimos Obtidos
• 4.8 – Custos e Proveitos Financeiros
• 4.7 – Implicações Fiscais

• 4.1- Caixa
Caixa, em contabilidade, é a denominação de uma
conta que regista o valor dos recursos imediatamente
disponíveis, para efectuar pagamentos. A conta
regista, de maneira ordenada, montantes recebidos e
pagos.
A conta de Caixa pertence ao grupo do Activo

Circulante, sendo o disponivel da empresa que
englobam os saldos em caixa, os saldos em bancos e
os numerários em trânsito.

• Podem ser incluídas ainda as aplicações

financeiras de liquidez imediata, ou seja, o
resgate de quotas de fundos financeiros ou
ainda as compras de títulos público cujo
resgate se dá em um dia (mercado conhecido
nos anos 1980 por over night). Também nessa
conta podem figurar os saldos diários de
máquinas e caixas electrónicas, que possuam
dinheiro armazenado.

• A movimentação do caixa de uma uma

empresa com muitas operações é controlada
diariamente pelo tesoureiro, que pode optar
por escriturar um livro auxiliar denominado
Livro Caixa. Se na empresa não há um único
Caixa, mas sim um Caixa Central e outros
pequenos Caixas (pessoas ou máquinas pode-
se usar o sistema contabilísta denominado
Fundo Fixo ou Fundo de Caixa.

No Livro Caixa são registrados todos os recebimentos

e pagamentos em dinheiro, lançados de forma
cronológica (dia, mês e ano).
É um livro auxiliar de registo contabilístico, e seu uso é
facultativo. O Livro Caixa se destina ao controlo dos
lançamentos exclusivos de entrada e saída, da conta
Caixa da empresa.
Quando se inicia uma empresa, é necessário que ela
possua um controle financeiro de seus lucros e despesas.
Neste livro é feito um controle pessoal da empresa, que
pode no futuro auxiliar na declaração do Imposto de
Renda.


• 4.2- Depósitos à Ordem

• O que é uma conta à ordem

• A conta de depósitos à ordem, representa a
modalidade de depósito na qual o banco fica
obrigado a restituir a qualquer momento o
dinheiro que o cliente lhe confiou. Esta
restituição é de natureza irregular. Isto é, o
banco não fica obrigado a restituir o dinheiro
depositado, mas sim uma quantia de valor
equivalente.

• Contrariamente ao que muitas pessoas

pensam, o banco não nos irá entregar as notas

e moedas que lá depositámos mas outras de
valor equivalente.
• Não existe um cofre com o nosso nome…
Aliás, este facto é semelhante no que toca aos
depósitos a prazo. A única garantia que temos
é que o dinheiro irá ser depositado na nossa
conta (e é dinheiro eletrónico).

• Quais as principais características do depósito à ordem

 A gestão do dia-à-dia;
 Flexibilidade de movimentação;
 Acesso a diversos produtos e serviços.
• Como podemos movimentar a conta à ordem
• A conta depósitos à ordem actualmente possui
uma flexibilidade extraordinária na
movimentação, no entanto, os meios de
movimentação mais conhecidos são:
•
•
•
Cheque;
• Ordens de Pagamento;
• Transferências;
• Cartão de débito.

Depositos à Ordem
43.x Classe 2,3,5,6
xxxxxx,xx xxxxxx,xx
Pagamentos Depósito à Ordem
Classe 3,7 43.x
xxxxxx,xx xxxxxx,xx

• 4.3 – Títulos Negociáveis

• O Decreto Presidencial 259/10, de 18/11, estabelece

as regras sobre os Títulos Negociáveis no mercado
angolano.




Deste modo, concluímos que em Angola existem dois

tipos de Títulos Negociáveis:
•Bilhetes do Tesouro
•Obrigações Tesouro
•Bilhetes do Tesouro (BT) – São Títulos Curto Prazo;

•Obrigações Tesouro (OT) – São Títulos Longo Prazo.

Constituição Títulos Negociáveis
41.x 43.x
xxxxxx,xx Valor Constituição Valor Constituição xxxxxx,xx
Resgate Títulos Negociáveis
43.x 41.x
xxxxxx,xx Valor Constituição Valor Constituição xxxxxx,xx
Resgate Títulos Negociáveis
43.x 66.x
xxxxxx,xx Valor Juro Ganho Valor Juro Ganho xxxxxx,xx

• 4.4 – Créditos sobre Clientes

As contas a receber representam um dos

activos mais importantes para as
empresas. São decorrentes de vendas a
prazo de mercadorias e serviços, ou
oriundos de outras transações, que não
representam o objecto principal da
empresa, mas são normais e inerentes a
suas actividades.

Por esse motivo é importante separar os valores

a receber, relativos a seu objecto principal
(clientes), das demais contas.
•As contas de clientes e sua classificação
O agrupamento das contas representativas de
clientes, que deve estar destacado no Balanço e
no Plano de Contas são:

• 31. CLIENTES
• 31.1 Clientes - correntes
• 31.2 Clientes - títulos a receber
• 31.3 Clientes - títulos descontados
• 31.8 Clientes de cobrança duvidosa
• 31.9 Clientes - saldos credores

Registo Contabílistico
Clientes (Venda ou Prestação Serviço à Crédito)
31.x 61.x ou 62.x
xxxxxx,xx xxxxxx,xx
Clientes (Pagamento da Venda ou Prestação Serviço à Crédito)
43.x ou 43.x 31.x
xxxxxx,xx xxxxxx,xx
Elaborado por Nelito Victor -

08-12-2022 Luanda 86
• É facultado o desmembramento das contas a

receber, de partes relacionadas, pagamentos

antecipados e outros valores, denominados de
outros créditos. São contas realizáveis (recebidas)
no decurso do exercício seguinte à data do Balanço,
fazendo, portanto, parte do Activo Circulante.
• Podem também ter vencimentos de longo prazo, em
casos especiais de vendas a prestação, quando,
então, as parcelas recebíveis após o exercício
seguinte devem ser classificadas no Activo não
Circulante.

• 4.5 – Débitos a Fornecedores

As contas a pagar representam um dos

Passivos mais imediatos para as
empresas. São decorrentes de Compras a
prazo de mercadorias e serviços, ou
oriundos de outras transações, que não
representam o objecto principal da
empresa, mas são normais e inerentes a
suas actividades.

• As contas de Fornecedores e sua classificação


Fornecedores, que deve estar destacado no Balanço e
no Plano de Contas são:
32. FORNECEDORES
32.1 Fornecedores - correntes
32.2 Fornecedores - títulos a pagar
32.8 Fornecedores - facturas em recepção e conferência
32.9 Fornecedores - saldos devedores

Fornecedores (Compra ou Prestação Serviço à Crédito)
Classe 2, 7 32.x
xxxxxx,xx xxxxxx,xx
Fornecedores (Pagamento da Compra ou Prestação Serviço à Crédito)
32.x 43.x ou 43.x
xxxxxx,xx xxxxxx,xx

4.6 – Empréstimos Concedidos e Obtidos

O termo empréstimo é popularmente
conhecido como um “contrato” pelo qual uma
pessoa entrega a outra pessoa e que deve ser
devolvido ao primeiro em certo prazo. É
comum a utilização do termo “empréstimo”
para designar outras operações, como
financiamento e crédito.

• Os empréstimos concedidos são

recursos financeiros entregues a

Terceiros com a finalidade de serem
devolvidos em certo prazo.
• Os empréstimos obtidos são recursos

financeiros recebidos de Terceiros com a
finalidade de serem devolvidos em certo
prazo.

As contas de Empréstimos Concedidos e

Obtidos e sua classificação

Empréstimos Concedidos e Obtidos, que deve
estar destacado no Balanço e no Plano de Contas
são:

33. EMPRÉSTIMOS
33.1 Empréstimos bancários
33.2 Empréstimos por obrigações
33.3 Empréstimos por títulos de
participação
33.9 Outros empréstimos obtidos

Empréstimo Concedidos
31 / 32 / 34 / 35 /36 43.x ou 45.x
xxxxxx,xx xxxxxx,xx
Empréstimo Obtidos
43.x ou 43.x 31 / 32 / 34 / 35 /36
xxxxxx,xx xxxxxx,xx

4.8 – Proveitos e Custos por Natureza

4.8.1- Proveitos por Natureza
Os Proveitos são aumentos de benefícios económicos
durante o período contabilistico, através de influxos
ou melhoria de activos ou redução de passivos.
São aumentos de benefícios económicos durante o
período contabilístico na forma de “influxos” ou
aumentos de activos ou de diminuições de passivos
que resultam em aumentos no capital próprio, que
não sejam os relacionados com as contribuições dos
sócios.
Os Rendimentos engloba tanto réditos

(revenue), como os ganhos (gains). Os
“réditos”, provém das actividades ordinárias
das entidades (vendas, prestação de serviços,
juros, dividendos, royalities – resulta de marcas e patentes)
enquanto que os “ganhos” podem ou não
provir dessas actividades.

Contas Proveitos e Ganhos por Natureza

• 61. Vendas
• 62. Prestações de serviço
• 63. Outros proveitos operacionais
• 64. Variação nos inventários de produtos acabados e de
produção em curso
• 65. Trabalhos para a própria empresa
• 66. Proveitos e ganhos financeiros gerais
• 67. Proveitos e ganhos financeiros em filiais e associadas
• 68. Outros proveitos não operacionais
• 69. Proveitos e ganhos extraordinários

• Essas contas são creditadas pelas vendas

ou prestação de serviços e ganhos
diversos e são debitadas pelas
devoluções ou no encerramento do
exercício.


4.8.2- Custos por Natureza

No seu sentido mais geral, custo é o valor pago
ao trabalho necessário para a produção de bens
e serviços.
O conceito de custo é muitas vezes confundido:
preço,
despesa ou de desembolso financeiro. É comum
dizer-se que, se um
bem ou
serviço tem um preço alto, esse bem ou serviço
"custa" muito caro.
Em Contabilidade, custos
são medidas monetárias dos sacrifícios
financeiros com os quais uma
organização, uma pessoa ou um
governo tem de arcar a fim de atingir seus
objetivos - a produção de um bem ou servi
ço mediante a utilização de outros
bens ou serviços.

• Custos fixos: são os custos cujo valor

total
não se altera independentemente d
a quantidade de bens ou serviços pro
duzidos. Porém o custo fixo
unitário
se altera de forma inversamente pro
porcional à quantidade produzida. Ex
.: custo de aluguel.
• Custos variáveis: são os custos que, em bases

unitárias possuem um valor que não se altera
quando mudam as quantidades produzidas, p
orém, cujo valor total é diretamente proporcio
nal à quantidade produzida. Ex.: custo de mat
érias-primas.
Custo total (CT): é a soma de

custos variáveis (CV) e custos fixos (CF):
CT=CF+CV
Contas Custos e Perdas por Natureza

• 71. Custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas
• 72. Custos com o pessoal
• 73. Amortizações do exercício
• 74. ---------------------------------------
• 75. Outros custos e perdas operacionais
• 76. Custos e perdas financeiros gerais
• 77. Custos e perdas financeiros em filiais e associadas
• 78. Outros custos e pendas não operacionais
• 79. Custos e perdas extraordinárias

Essas contas são debitadas

pelos custos e perdas incorridas
durante o exercício e são
creditadas pelas devoluções de
valores ou no encerramento do
exercício.


Capítulo VI – Operações Com Imobilizado

• Imobilizações corpóreas: são imobilizados

tangíveis, móveis ou imóveis, que a
empresa utiliza na sua actividade
operacional, que não se destinem a ser
vendidos ou transformados, com carácter
superior a um ano e benfeitorias e grandes
reparações a acrescer ao custo dos
respectivos imobilizados.

• Activos Fixos Tangíveis: elementos

tangíveis detidos para isso na
produção ou fornecimento de bens
ou serviços, para arrendamento a
outros, ou para fins administrativos e
se espera que sejam usados durante
mais de um período, assim como
melhoramentos nas instalações.
Contas do Imobilizado
11. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:
11.1 Terrenos e recursos naturais
11.2 Edifícios e outras constrições
11.3 Equipamento básico
11.4 Equipamento de carga e transporte
11.5 Equipamento administrativo
11.6 Taras e vasilhame
11.9 Outras imobilizações corpóreas
Esquema contabilistico

• Essas contas são debitadas pelas

aquisições dos imobilizados
durante o exercício e são
creditadas pelas alienações,
abates, deteriorações e nas
amortizações dos mesmos

Capítulo VII – Abertura de Escrita e Outras Operações com

Capital, Reservas e Resultados
1. Empresa Nova ou em Implantação

O início da Escrituração Contabilistica terá por
base o instrumento de constituição da
empresa que, dependendo de sua natureza
jurídica, será:
a) a Declaração de Firma Individual;
b) o Contrato ou Pacto Social;
c) a Acta da Assembliia de Constituição.
Capital Social subscrito ou comprometido

pelos sócios é que dá origem ao patrimônio da
sociedade, nascendo ali um direito da
empresa em relação aos seus participantes.
A integralização do Capital, ou seja, o

cumprimento da obrigação pelos sócios, pode
se dar de várias formas, sendo mais comum
com dinheiro, com bens e/ou com direitos.

O correcto é registrar, com a data da assinatura

do instrumento de constituição, o compromisso
assumido através do seguinte lançamento no
diário:
D - Capital a Realizar Sócio “A"
C - Capital Subscrito Capital Social
Valor do capital subscrito......................KZ

2. Empresa que funciona

Por desconhecimento da obrigatoriedade e da utilidade
da escrituração contábil, existem casos de empresas que
funcionam há vários anos e, no entanto, não mantêm
escrituração regular.
Constatada a impossibilidade de se proceder à
escrituração de períodos anteriores, na forma
convencional, a alternativa é a preparação de um
Balanço de Abertura.

Balanço de Abertura consiste na realizaçã

o de um
inventário físico que permita identificar
os bens, os direitos e as obrigações da
empresa em determinado momento.
Conhecidos os bens, os direitos e as
obrigações e estabelecidos os respectivos
valores, deverá o Contabilista estruturar
o
Balanço de Abertura, que será sintetizado
com base no ordenamento feito previam
No Activo, serão
devidamente agrupados
os bens e os direitos.
No Passivo, figurarão as
obrigações.
Capital, Reservas e Resultados

• O capital social, conceituando financeiramente ou
contabilísticamente, é a parcela do
patrimônio líquido de uma empresa através de investimen
to na forma de
acções (se for sociedade anônima) ou quotas (se for uma
sociedade por quotas de responsabilidade limitada)
efectuado na companhia por proprietários ou accionistas
. Abrange, não somente as parcelas entregues pelos
accionistas
, também os valores obtidos pela empresa que, por decisã
o dos
accionistas
, são adicionados no capital social sem devolução
As Reservas de capital são constituídas

com valores recebidos pela empresa e
que não transitam pelo resultado, por
não se referirem à entrega de bens ou
serviços pela empresa.
As reservas de capital constituem-se
grupo de contas integrantes do
Patrimônio Líquido.

5 - CAPITAL E RESERVAS
51. Capital
52. Acções/quotas próprias
53. Prémios de emissão
54. Prestações suplementares
55. Reservas legais
56. Reservas de reavaliação
57. Reservas com fins especiais
58. Reservas livres


Essas contas são creditadas

pelas constituições de capital e
reservas e debitadas pelas
anulações das mesmas.

Contas de Resultado
São as Receitas e as Despesas do período,
que devem ser encerradas no final do
exercício para que se apure o resultado do
exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo,
será incorporado ao Patrimônio através da
conta Prejuízos acumulados (quando o
resultado for negativo), ou Reserva de
lucros (quando o resultado for positivo).


• Essas contas são movimentadas no

encerramento do exercício
debitando as contas da classe 6 e
creditando as contas da classe 7,
sendo as contrapartidas destas
classes vão a creditando e
debitando respectivamente a conta
de resultados.
• Exercícios Práticos

OBRIGADO
pela
Atenção Dispensada!

Contactos:
•Telemóvel: +244 924 88 64 34
•Email: nelitovictor152@hotmail.com


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Licenciado em Gestão e Contabilidade – Universidade

Professor Universitário nas cadeiras de Contabilidade

Membro da Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas

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1- Marion, J.C - Contabilidade Básica

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1.1- A Origem da Contabilidade

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1.1- A Origem da Contabilidade

- Começou a tomar corpo no século XIII na Itália;

- Foi um tratado de matemática, com uma secção

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1.2- Conceito, Objecto e Finalidade

ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO

• Todas as movimentações possíveis de

Uma empresa sem boa contabilidade é

08-12-2022 Elaborado por Nelito Victor - 9

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1.2.2- Objecto e Finalidade

O objecto da Contabilidade é o Patrimônio.

08-12-2022 Elaborado por Nelito Victor - 10

1.3- Aplicação da Contabilidade

Contabilidade Geral Contabilidade Financeira

•Industrial Contabilidade Industrial

• Uma Empresa NÃO É um CORPO ISOLADO

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• 1.4- Usuários da Contabilidade

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1.5- Para quem é mantida a Contabilidade

• A Contabilidade pode ser feita para Pessoa

• PESSOA FÍSICA é a pessoa natural, é todo

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PESSOA JURÍDICA é a união de indivíduos

As pessoas jurídicas pode ter fins lucrativos

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• 1.6- O Profissional de Contabilidade

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1.7- Pilares da Contabilidade

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•Capítulo II – Compras de Existências e Outros Bens e

2.1- Compras de Existências, Bens Consumíveis e Serviços