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ÍNDICE
i. Introdução ................................................................................................................................... 5
ii. O Financiamento do Estado Angolano ....................................................................................... 6
I.Imposto sobre o Património ........................................................................................................ 6
I.1.Imposto Predial Urbano (IPU) ............................................................................................... 6
I.1.1. Incidência ...................................................................................................................... 8
I.1.2. Isenções ......................................................................................................................... 8
I.1.3. Determinação da Matéria Colectável para Prédios Arrendados .................................. 8
I.1.4 Taxas............................................................................................................................... 9
I.1.5. Cálculo do Imposto Predial Urbano .............................................................................. 9
I.1.6. Pagamento .................................................................................................................. 10
I.1.7. Exemplos ..................................................................................................................... 10
I.2. Imposto sobre Sucessões e Doações ................................................................................. 11
I.2.1. Incidência .................................................................................................................... 11
I.2.2. Isenções ....................................................................................................................... 11
I.2.3. Encargo........................................................................................................................ 11
I.2.4. Taxa ............................................................................................................................. 12
I.2.5. Calculo do Imposto ..................................................................................................... 12
I.2.6. Liquidação e pagamento ............................................................................................. 12
I.2.7. Exemplos ..................................................................................................................... 12
I.3. Imposto de Sisa .................................................................................................................. 13
I.3.1. Incidência .................................................................................................................... 14
I.3.2. Isenções ....................................................................................................................... 14
I.3.3. Sujeito passivo............................................................................................................. 14
I.3.4. Determinação da Matéria Colectável ......................................................................... 15
I.3.5. Taxa ............................................................................................................................. 15
I.3.6. Calculo do Imposto ..................................................................................................... 15
I.3.7. Liquidação e pagamento ............................................................................................. 15
I.3.8. Exemplos ..................................................................................................................... 15
I.4. IMPOSTO DE SELO .............................................................................................................. 16
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Manual de Fiscalidade II
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i. Introdução
A discussão sobre quem financia o Estado, passa pelo debate teórico do tamanho do
Estado e da distribuição da carga tributária entre os membros da sociedade. As bases da
actual matriz teórica que respalda a construção dos principais fundamentos das finanças
públicas, têm sua origem no pensamento dos economistas clássicos, e são consolidadas
na vertente neoclássica.
A concepção neoclássica tem como pressuposto uma economia dominada por estruturas
de mercado concorrenciais com mecanismos que corrigem automaticamente os
desequilíbrios de mercado. De forma que o Estado é compreendido erroneamente como
um ente estranho ao sistema, ficando-lhe reservado um papel secundário de assegurar a
ordem, a segurança interna e externa e a produção de alguns bens públicos não
produzidos pelo mercado.
O problema central que deve ser aprofundado não é somente o tamanho da carga
tributária em Angola. A questão-chave é quem paga essa conta, ou seja, quem financia o
Estado angolano?
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Entre os mecanismos de que o Estado pode lançar mão para se financiar, temos os
impostos, as taxas e as contribuições especiais. De uma maneira geral, por razões
históricas, a fonte mais utilizada são os impostos, e em Angola é evidente a
preponderância dos impostos petrolíferos.
Angola é um Estado Patrimonial, por o seu Orçamento Geral do Estado e sua economia
ser financiada através dos recursos financeiros obtidos através dos direitos patrimoniais
atinentes a exploração, extracção e comercialização dos recursos naturais/minerais
(esgotáveis e não renováveis), cujo principal activo são os recursos de hidrocarbonetos
(petróleo e gás).
O Estado, tem o poder de tributar. Este poder é uma atribuição legalmente atribuida a
ele de forma exclusiva, como uma das formas de obter receitas e equilibrio do Estado.
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Vi = Vb x Ac x Cl x Cv x Cc x Ca
Quando:
Vi = Valor patrimonial
Cc = Coeficiente Conforto – Que serve para corrigir o valor base em função de números
de serviços e varia de 0,5 à 1.
Exemplo
A empresa 3As construções, Lda, com sede em Luanda, Município do Rangel, dedica-
se a construção de edifícios habitacionais.
No ano de 2019, deu por concluido uma vivenda, no município do Talatona, que
começou em 2008.
Vi = 52.852.800,00 Kz
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O Imposto Predial Urbano (IPU), foi aprovado pelo Diploma Legislativo nº 4044/70, de
13 de Outubro, actualizado pelas Leis nº 18/77, de 7 de Outubro, e 18/11, de 21 de
Abril.
O Imposto Predial Urbano, pode ser tributado como um imposto directo (prédio
arrendado) e como imposto indirecto (prédio não arrendado). Sendo o imposto directo,
pelos recibos de quitação do arrendamento do imóvel e o indirecto através do usufruto
do imóvel.
1.1.1- Incidência
1.1.2- Isenções
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No Imposto Predial Urbano, para prédios não arrendados, a matéria colectável, obtém-
se através da seguinte formula:
Importa aqui realçar, que o valor da matriz, resulta de uma avaliação do Ministério das
Finanças, pois só ele pode e tem competência de determinar o valor matricial.
1.1.4- Taxas
IPU = MC X Taxa
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1.1.6- Pagamento
Quando haja retenção na fonte (prédios arrendados), o IPU é entregue pelo contribuinte,
que procedeu a liquidação, até ao dia 30 do més seguinte ao da retenção, na Repartição
Fiscal competente.
Quanto aos prédios não arrendado, o IPU, deve ser pago em prestação única em Janeiro,
ou a pedido do contribuinte, em quatro prestações. (Em Janeiro, Abril, Julho e
Outubro).
1.1.7- Exemplos
Exemplo nº 1
A empresa Osmaco, Lda, arrendou o seu edificio pelo valor de 35.000,00 Kz mensais,
durante 6 meses.
MC = 35.000,00 X 6 Meses
MC = 210.000,00 Kz
IPU = MC X TAXA
IPU = 31.500,00 Kz
Exemplo nº 2
A empresa Asapa, Lda, tem um imóvel cuja a matriz tem o nº 10425 e um valor
matricial de 5.800.000,00 Kz.
MC = 5.800.000,00 – 5.000.000,00
MC = 800.000,00 Kz
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IPU = MC X TAXA
IPU = 4.000,00 Kz
O Imposto Sobre as Sucssões e Doações, foi aprovado pelo Diploma Legislativo n.º 230
de 1931, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 16/11, de 21 de Abril.
1.2.1- Incidência
O Imposto sobre Sucessões e Doações incide sobre a transmissão gratuita dos bens
mobiliários e imobiliários, localizados ou transferidos em Angola.
1.2.2- Isenções
1.2.3- Encargo
O encargo do Imposto sobre Sucessões e Doações recai sobre a pessoa a quem o bem
foi transmitido.
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1.2.4- Taxa
ISD = MC X Taxa
1.2.7- Exemplos
Exemplo nº1
Sr. Abreu Manuel da Silva, empresário hoteleiro, depois de uma reunião de trabalho
num dos seus hoteis, no Distrito do Rangel, dirigia-se para casa, pela avenida Deolinda
Rodrigues, quando um automobilista embateu na sua viatura causando a sua morte
imediata. Tendo deixado viuva, dois filhos e um património mobiliário e imobiliário,
avaliado em 90.000.000,00 de kwanzas. Por força do testamento, a sua esposa sra. Carla
tinha direito a 50% do património, os filhos Pedro e Osvaldo 35% e o restante ao primo
Manuel, parente mais proximo de Abreu.
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- Valor do bem patrimonial transmitido à Sra. Carla = 50% do património total, ou seja:
MC = 45.000.000,00 Kz
ISD = 6.750.000,00 Kz
- Valor do bem transmitido aos filhos Pedro e Osvaldo = 35% do património total, ou
seja:
MC = 31.500.000,00 Kz
ISD = 4.725.000,00 Kz
MC = 13.500.000,00 Kz
ISD = 4.050.000,00 Kz
Diploma Legislativo n.º 230, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 16/11, de 21 de
Abril
1.3.1- Incidência
» Os bens imobiliários com que os sócios entrarem para o capital social das sociedades
comerciais ou civis sob forma comercial;
» A aquisição de partes sociais quando, por via destas, o sócio passe a deter 50% ou
mais do capital social e se demonstre que teve como principal objectivo a obtenção dos
imóveis;
1.3.2- Isenções
» Imóveis com valor inferior a 78.000 (setenta e oito mil) UCF, para efeitos de
liquidação de Imposto de SISA, desde que afectos à habitação própria e permanente do
adquirente, porém somente na primeira transmissão.
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Ou
1.3.5- Taxa
1.3.8- Exemplos
Exemplo nº 1
MC = 12.000.000,00 Kz
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Exemplo nº 2
MC = 10.800.000,00 Kz
O Imposto de Selo (IS) incide sobre todos os actos, contratos, documentos, títulos,
livros, papéis, operações e outros factos previstos na tabela do Imposto de Selo ou em
leis especiais.
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1.4.2- Encargo
1.4.3- Isenções
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1.4.5- Taxa
As taxas são as que constam da tabela anexa ao Código, expressas em valores absolutos
ou em percentagem, ou seja, as taxas de imposto de selo são muito numerosas e
diversificadas. Assim temos:
• Definição de um montante fixo: 300 kz, 500 kz, 1.000 kz, 3.000 kz etc.
• Taxa percentual: 1%.
• ou...: 0,1%; 0,2%; 0,3%; 0,4%; 0,5%; 0,7%, etc.
A liquidação do IS é efectuada pelos sujeitos passivos e deve ser pago até ao final do
mês seguinte àquele em que a obrigação tributária se tenha constituído.
1.4.8- Exemplos
Exemplo nº 1
A empresa Osmaco, Lda, vendeu mercadorias durante o mês de fevereiro, pelo valor de
um milhão de kwanzas, mas apenas recebeu oitocentos mil kwanzas.
MC = 800.000,00 kz
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O IS = 800.000,00 X 1%
O IS = 8.000,00 Kz
Exemplo nº 2
IS = 2.000.000,00 X 0,5%
IS = 10.000,00 Kz
IS = 100.000,00 X 0,7%
IS = 700,00 Kz
Exemplo nº 3
MC = 200.000,00 Kz
IS = 200.000,00 X 0,2%
IS = 400,00 Kz
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O Imposto de Consumo (IC), é um Imposto indirecto, que foi aprovado pelo Decreto
Legislativo Presidêncial nº 3-A/14, de 21 de Outubro. (Regulamento do Imposto de
Consumo).
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Não estão sujeitas a tributação no âmbito deste imposto, a produção dos seguintes bens:
2.1.2- Isenções
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Considera-se preço de custo para os bens produzidos no País, os custos incorridos com
a produção, incluindo matéria-primas e produtos incorporados, mão de obra, tecnologia
e outros bens ou serviços necessários a produção.
𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐁𝐫𝐮𝐭𝐨
MC=
𝟏+𝐓𝐚𝐱𝐚
2.1.4- Taxas
As taxas previstas para o IC é de 2%, 5%, 10%, 20% e 30%, expresso nas tabelas I, II e
III, aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 3-A/14.
IC = MC X Taxa
2.1.7- Exemplos
Exemplo nº 1
MC = 1.500.000,00 Kz
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IC = MC X Taxa
IC = 1.500.000 X 5%
IC = 75.000,00 Kz
Exemplo nº 2
MC = 350.000,00 Kz
IC = MC X Taxa
IC = 350.000 X 10%
IC = 35.000,00 Kz
Exemplo nº 3
VB = 1.500.000,00 Kz
𝟏.𝟓𝟎𝟎,𝟎𝟎𝟎
MC=
𝟏+𝟎,𝟎𝟓
MC = 1.428.571,43 Kz
IC = 1.428.571,43 X 5%
IC = 71.428,57
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Os direitos aduaneiros aplicam-se por meio das pautas, que são relações de mercadorias
com a indicação das respectivas taxas de tributação.
3.2- Isenções
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3.3-Taxa
A Pauta Aduaneira tem taxas variadas, sendo 2% a mais baixa e 50% a mais alta,
conforme a nomenclatura combinada.
3.3.1- Sobretaxas
• Bebidas alcóolicas;
• Tabaco e produtos manufacturados associados;
• Veículos de luxo;
• Relógios e joias.
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Ou seja,
MC = Preço CIF
3.5. Exemplos
Exemplo nº 1
A empresa Asapa, Lda, importou cinco (5) viaturas de marca Mitsubishi Pajero, novos,
cujo o valor Fob de cada viatura é de 24.800,00 Usd, o valor do frete mais o seguro, foi
de 2.100,00 Usd. Em 21 de Maio de 2017, desalfandegou-se estas viaturas no porto de
Luanda. (Cambio do dia 200,00 kz/Usd)
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Resolução:
*Sobretaxa(advalorem) = 26.900.000 X 1%
Sobretaxa = 269.000,00 Kz
4.1.1- Incidência
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4.1.2- Isenções
• Taxa de Superfície;
• Taxa artesanal.
4.1.4- Imposto Sobre o Rendimento Mineral
4.1.4.1- Incidência
Obs: De salientar, que o Imposto sobre o valor dos Recursos Minerais (IVRM), é
considerado como custo em sede de Imposto Sobre o Rendimento Mineral.
4.1.4.2- Taxa
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4.1.4.5- Exemplos
Exemplo nº 1
A empresa Alanter, Lda, exploradora de uma mina de pedras mineiras não metálicas e
não preciosa, sito na provincia do Bengo, município do Quibaxe, em 2017, produziu e
vendeu 2.000 m³ de brita para construção ao preço de 1.500,00 Kz/m³, tendo incorrido
em custos de produção de 900.000,00 Kz.
Receitas = 3.000.000,00 Kz
Deduções:
MC = Receitas – Deduções
MC = 2.040.000,00 Kz
IRM = MC X Taxa
IRM = 510.000,00 Kz
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4.2.1- Incidência
Incide sobre o valor dos minerais extraídos à boca da mina, ou quando haja lugar a
tratamento sobre o valor dos concentrados.
No imposto sobre o valor dos recursos minerais, a Matéria Colectável, obtém-se através
da seguinte formula:
4.2.3- Taxas
As taxas são:
• Minerais estratégicos é de 5%
• Pedras e minerais metálicos preciosos é de 5%
• Pedras semi-preciosas é de 4%
• Minerais metálicos não preciosos é de 3%
• Materiais de construção de origem mineira e outros minerais é de 2%
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I.V.R.M = MC X Taxa
A declaração Modelo D, deve ser entregue mensalmente até ao dia 15, contendo o
seguinte:
O valor é baseado no preço médio efectivo das vendas feitas no período reportado ou é
fixado em relação à média das cotações internacionais.
4.2.6- Exemplos
Exemplo nº 1
A empresa Alanter, Lda, exploradora de uma mina de pedras mineiras não metálicas e
não preciosa, sito na provincia do Bengo, município do Quibaxe, em 2017, produziu e
vendeu 2.000 m³ de brita para construção ao preço de 1.500,00 Kz/m³.
MC = R. Mineral X Preço
MC = 2.000 m³ X 1.500 Kz
MC = 3.000.000,00 Kz
Imp. = MC X Taxa
Imp. = 3.000.000 X 2%
Imp. = 60.000,00 Kz
4.3.1- Incidência
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MC = Espaço em Km²
4.3.3- Taxas
Taxa de Superficie 1º 2º 3º 4º 5º
ano ano ano ano ano
Diamantes 7 12 20 30 40
Restantes minerais estratégicos 5 10 15 25 35
Pedras preciosas 5 10 15 25 35
Pedras semi-preciosas 4 7 10 15 20
Minerais metálicos não preciosos 3 5 7 11 18
Materiais de construção de origem mineira e outros 2 4 6 10 15
Para cada período de prorrogação do período inicial de cinco anos, os valores das taxas
são os correspondentes ao dobro do quinto ano, por cada ano de prorrogação.
TS = Valor da Taxa/Km²
4.3.6- Exemplos
Exemplo nº 1
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TS = 6 Usd/Km²
TS = 6 Usd X 15km²
TS = 90,00 Usd
O valor da Taxa Artesanal é fixado em salários mínimos, sendo distinto para cada tipo
de mineral explorado e é estabelecido por decreto.
O imposto e a taxa são retidos na fonte pelo órgão público de comercialização dos
minerais estratégicos por cada pagamento.
O Imposto das Actividades Petrolíferas no Regime Fiscal Angolano, é regulado pela Lei nº
13/04 de 24 de Dezembro.
Esta lei, tem como objectivo, estabelecer o regime tributário aplicavel a todas entidades
que exerçam actividades de pesquisa, desenvolvimento, produção, armazenagem,
venda, exportação, tratamento e transporte de petróleo bruto e gás natural, bem como de
nafta, ozoterite, enxofre, hélio, dióxido de carbono e substâncias salinas quando
provenientes das operações petrolíferas em Angola.
Os contribuintes devem registar as suas operações e actos com relevância fiscal segundo
as regras fixadas pelo plano geral de contabilidade, e manter a escrita nos termos
estabelecidos na legislação comercial.
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O exercicio económico, ou seja, o ano fiscal, das empresas petrolíferas coincide com o
ano civil, devendo o encerramento reportar-se a 31 de Dezembro e as contas aprovadas
até 31 de Março do ano seguinte, segundo a Lei nº 1/04 de 13 de Fevereiro, Lei das
Sociedades Comerciais.
4.4.2- Isenções
As actividades petroliferas, ficam apenas sujeitas a este regime tributário, ou seja, estão
isentas de qualquer outros impostos ou encargos tributários, ou seja, qualquer transação,
não estão sujeitas ao imposto de selo, bem como os rendimentos de acções e obrigações
ou os dividendos distribuidos, não estão sujeitos a impostos sobre aplicação de capitais.
» Sociedades Comerciais;
» Contrato de Concessão ou Consórcio;
» Contrato de Partilha de Produção;
» Contrato de Serviço com Risco.
Cada um destes contratos, tem o seu modo de contabilidade para efeitos fiscais.
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4.5.1- Incidência
MC = Venda X Preço
4.5.3- Taxa
Mas o Governo pode execionalmente a pedido da sonangol reduzir esta taxa até 10%,
apenas, nos seguintes casos de exploração de petróleo:
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• Em jazigos marginais;
• Em áreas marítimas com coluna de água superior a 750 metros;
• Em áreas terrestres de dificil acesso previamente definidas pelo governo.
IPP = MC X Taxa
4.5.5- Cobrança
4.5.6- Exemplos
Exemplo nº 1
MC = Vendas X Preço
MC = 1.000.000 X 17.000
MC = 17.000.000.000,00 Kz
IPP = MC X Taxa
IPP = 3.400.000.000,00 Kz
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O Imposto de transação do petróleo, está previsto no artigo 44º da Lei da Tributação das
Actividades Petrolíferas, e é um imposto sobre o rendimento previsto unicamente para
os contratos de Associação para a área de Concessão de Cabinda. Não se aplica aos
contratos de partilha de produção nem à Associações FS e FST.
4.6.1- Incidência
Este imposto, incide sobre o rendimento tributável e calcula-se do mesmo modo, que o
imposto sobre o rendimento, ou seja, sobre a diferença entre os proveitos e custos do
exercício.
4.6.2- Outros Custos Dedutíveis em ITP
O Prémio de Produção (PP), é uma especie de crédito fiscal em cada barril vendido.
Esse incentivo, consiste no facto de cada unidade de barril produzido, proporcionar um
bónus e é deduzido na Matéria Coletável.
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MC = Lucro Tributável
Onde:
Onde:
• A acrescer »» Compreende todos custos não aceites para fins fiscais;
• A deduzir »» Compreende todos os proveitos não aceites para fins fiscais.
Rendimento Tributável (RT) = Proveitos (P) – Custos (C) – Outros Custos (OC)
4.6.4- Taxas
ITP = MC X Taxa
4.6.6- Exemplos
Exemplo nº 1
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Proveitos = 17.000.000.000,00 Kz
Custos = 2.400.000.000,00 Kz
Outros Custos = 3.720.000.000,00 Kz
LT = RT + a acrescer – a deduzir
LT = 10.880.000.000,00 Kz + 0 - 0
LT = 10.880.000.000,00 Kz
MC = LT
MC = 10.880.000.000,00 Kz
4.7.1- Incidência
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Obs. De salientar, que o IPP, ITP, TS e CFQA, são considerados como custos em sede
de Imposto sobre o Rendimento do Petróleo. (IRP).
4.7.3- Taxas
A liquidação provisória deve ser paga mensalmente, até o último dia do mês posterior
ao mês da produção.
A liquidação provisória, é da responsabilidade do contribuinte, baseada em provisões
declaradas na Repartição Fiscal até 30 de Novembro do ano anterior.
4.7.6- Exemplos
Exemplo nº 1
A empresa Alanter Oil Company, num contrato de Associação numa área de Concessão,
produziu e vendeu 1.000.000 de barris de petróleo ao preço de 85,00 USD o barril,
tendo incorrido a custos de produção de 12.000.000 Usd. (Cambio USD = 200,00 KZ)
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Deduções.
IRP = MC X Taxa
IRP = 3.584.000.000,00 X 65,75%
IRP = 2.356.480.000,00 Kz
Exemplo nº 2
Contrato:
• Petróleo bruto para recuperação dos custos = 50%
• Parte do petróleo bruto, lucro do empreteiro = 80%
• Parte do petróleo bruto, lucro da concessionaria nacional = 20%
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4.8.1- Incidência
MC = Espaço em Km²
4.8.3- Taxas
TS = 300,00 USD/Km²
4.8.5- Cobrança
• Ao da atribuição da concessão;
• Ao da declaração de cada descoberta comercial.
4.8.6- Exemplos
Exemplo nº 1
TS = 300 USD/Km²
TS = 300 USD X 15 Km²
TS = 4.500,00 USD
4.9.1- Incidência
4.9.3- Taxas
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4.9.5- Cobrança
O pagamento deve ser feito trimestralmente, até ao último dia do primeiro mês posterior
ao trimestre a que respeitar.
4.9.6- Exemplos
Exemplo nº 1
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- www.minfin.gov.ao
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