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MICROECONOMIA

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Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Conteúdo
Sites de apoio .................................................................................................................................................................. 4
Capítulo 1 ........................................................................................................................................................................ 5
O que é a Economia ..................................................................................................................................................... 6
Microeconomia vs. Macroeconomia ........................................................................................................................... 7
Economia e Econometria ............................................................................................................................................. 8
Falácias da Economia................................................................................................................................................... 9
Postulados da racionalidade e do equilíbrio ...............................................................................................................10
Três problemas da organização económica ................................................................................................................11
Capítulo 2 .......................................................................................................................................................................12
Escassez e custo de oportunidade ..............................................................................................................................13
Benefício marginal......................................................................................................................................................14
Capítulo 3 .......................................................................................................................................................................15
Fronteira das possibilidades de produção ..................................................................................................................16
Custo de oportunidade na FPP ...................................................................................................................................17
A dinâmica da FPP ......................................................................................................................................................18
Capítulo 4 .......................................................................................................................................................................19
Interação dos agentes económicos.............................................................................................................................20
Lei da procura .............................................................................................................................................................21
Exceções à Lei da procura .......................................................................................................................................22
Lei da oferta ...............................................................................................................................................................23
Curvas de mercado .....................................................................................................................................................24
Equilíbrio de mercado ................................................................................................................................................25
Excedente económico.................................................................................................................................................26
Alterações ao equilíbrio .............................................................................................................................................27
Intervenções sobre o equilíbrio ..................................................................................................................................28
Preços máximos ......................................................................................................................................................29
Preços mínimos ......................................................................................................................................................30
Capítulo 5 .......................................................................................................................................................................31
Elasticidade ................................................................................................................................................................32
Elasticidade procura-preço direta ...........................................................................................................................33
Elasticidade procura-rendimento ...........................................................................................................................34
Elasticidade procura-preço cruzada ........................................................................................................................35
Elasticidade preço da oferta ...................................................................................................................................36
Tipo de elasticidades | Resumo ..............................................................................................................................37
Elasticidade e despesa total .......................................................................................................................................38

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Intervenção do Estado e impostos .............................................................................................................................39
Impostos específicos...............................................................................................................................................40
Impostos ad valorem e Impostos mistos ................................................................................................................41
Subsídios ................................................................................................................................................................42
Casos particulares ...................................................................................................................................................43
Capítulo 6 .......................................................................................................................................................................44
Teoria do consumidor e restrição orçamental ............................................................................................................45
Preço relativo a um bem ............................................................................................................................................46
Axiomática de preferências e curva de indiferença ....................................................................................................47
Hipóteses da curva de indiferença..............................................................................................................................48
Taxa marginal de substituição ....................................................................................................................................49
Função utilidade e Utilidade marginal ........................................................................................................................50
Escolha ótima .............................................................................................................................................................51
Análise de estática comparada ...................................................................................................................................52
Curva de Engel ............................................................................................................................................................53
Procura individual / Efeito substituição e rendimento ...............................................................................................54
Capítulo 7 .......................................................................................................................................................................55
Fatores de produção...................................................................................................................................................56
Função de produção ...................................................................................................................................................57
Produto médio e marginal ..........................................................................................................................................58
Lei dos rendimentos marginais decrescentes .............................................................................................................59
Decisão ótima do produtor.........................................................................................................................................60
Situações de desequilíbrio ..........................................................................................................................................61
Isoquanta ...................................................................................................................................................................62
Isocusto ......................................................................................................................................................................63
Taxa marginal de substituição técnica ........................................................................................................................64
Problema do produtor ................................................................................................................................................65
Rendimentos à escala .................................................................................................................................................66
Capítulo 8 .......................................................................................................................................................................67
Teoria do produtor .....................................................................................................................................................68
Análise de curto prazo ................................................................................................................................................69
Custo médio e marginal ..............................................................................................................................................70
Análise de longo prazo ...............................................................................................................................................71
Lucro económico e lucro contabilístico .......................................................................................................................72
Economias de escala ...................................................................................................................................................73
Capítulo 9 .......................................................................................................................................................................74

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Mercado e os seus diferentes tipos ............................................................................................................................75
Concorrência perfeita .................................................................................................................................................76
Solução de curto prazo ...........................................................................................................................................77
Solução de longo prazo...........................................................................................................................................80
Porque falha a concorrência perfeita? ....................................................................................................................81
Monopólio ..................................................................................................................................................................82
Monopólio natural .................................................................................................................................................83
Concorrência perfeita vs. Monopólio .........................................................................................................................84
Capítulo 10 .....................................................................................................................................................................85
Tema ..........................................................................................................................................................................86

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Sites de apoio
Monitor Tiago Carrilho

Autor do livro – http://josemata.org/ee/

Análise microeconómica – https://www.youtube.com/playlist?list=PLDDd-2Q_r10qoV5aDhiHArgKThu_8DpFU

Formas de concorrência – https://pt.khanacademy.org/economics-finance-domain/microeconomics/perfect-


competition-topic#monopolies-tutorial

Estrutura de Mercado – https://youtu.be/JumbRbydV-Y

Monopólio vs. Oligopólio – https://youtu.be/J-DKB7jfijw

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Capítulo 1

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O que é a Economia
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de março de 2019

Ideias gerais Notas

Oikos + nomos

Economia (segundo Paul Samuelson) é “o estudo de como as pessoas decidem empregar


recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados
Gestão da casa
e para os distribuir para consumo, agora ou no futuro, entre as várias pessoas ou grupos
da sociedade”.

Necessidades Recursos
ilimitadas escassos

Escolhas
(alternativas)
“Não há almoços grátis” A escolha tem consequências:

• O benefício do que se escolheu


• A consequência de se ter desistido de algo – custo de oportunidade

Alfred Marshal disse que “a Economia é o estudo da humanidade nos assuntos correntes
da vida”

Sempre que tomamos decisões, estamos dentro do objeto de estudo da Economia.


Não existem fenómenos
A Economia é uma Ciência que estuda o comportamento individual e o comportamento
económicos, apenas
coletivo, pela análise da interação entre agentes económicos.
sociais

Sumário / Fonte:

1.1 – Afinal de contas, o que é a Economia (livro Princípios de Microeconomia)

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Microeconomia vs. Macroeconomia
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de março de 2019

Ideias gerais Notas

Esta divisão deixa espaço


para outras disciplinas
mais específicas, como:

• Economia
internacional
• Economia monetária
• Economia financeira
• Economia industrial
• Economia da
informação
• Economia do
trabalho
• Economia agrícola
• Etc.

Cada uma delas também


tem as suas
vs.
componentes macro e
microeconómicas

Sumário / Fonte:

1.2 – Microeconomia vs. Macroeconomia (livro Princípios de Microeconomia)

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Economia e Econometria
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de março de 2019

Ideias gerais Notas

A Economia é uma Ciência social, baseada no trinómio hipótese-tese-demonstração.

Estuda os mesmos fenómenos que outras Ciências (Psicologia, Demografia, História, etc.),
mas com abordagens diferenciadas.

Econometria – Análise estatística da Economia

• Permite analisar matematicamente os dados que são obtidos pelos economistas,


construindo modelos económicos que podem ajudar a validar teorias económicas.

Para se ser economista, é necessário ter uma linguagem própria, para se evitar cair em
determinados erros.

Uma das primeiras questões a ter em conta é o estatuto estatístico das leis económicas.
Isto significa assumir que determinadas afirmações são de elementos que se espera
acontecer na maior parte dos casos. É possível deduzir uma determinada relação entre
variáveis, sendo expectável que essa relação se verifique quando estiverem cumpridas
todas as hipóteses de base.

Também é fundamental perceber que, para qualquer análise, as relações observadas


podem ser esperadas desde que tudo o resto se mantenha constante (“ceteris paribus”).

Isto porque a realidade é muito complexa e há muitas variáveis relacionadas umas com as
outras.

Sumário / Fonte:

1.3 – Mas é “Economia” ou “economia”? (livro Princípios de Microeconomia)


http://stickfigureeconomics.blogspot.com/2012/05/ceteris-paribus-fairy.html

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Falácias da Economia
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de março de 2019

Ideias gerais Notas

Podem-se classificar os erros de raciocínio dedutivo, as falácias, em 2 grandes tipos

Falácia da • Quando se assume que o que é verdade para uma parte da


composição realidade é verdade para o todo
• Quando se atribui um nexo de causalidade entre dois
Falácia post-
acontecimentos quando na realidade o que têm em comum é
hoc
apenas o facto de serem acontecimentos contemporâneos

É necessário também distinguir entre Economia positiva e Economia normativa

Economia positiva Economia normativa

 Análise foca-se em factos  Estão subjacentes juízos de valor


 Assente em metodologia científica
“o salário mínimo em
“o salário mínimo em Portugal é de apenas
Portugal é de 505 €” 505 €”

Sumário / Fonte:

1.3 – Mas é “Economia” ou “economia”? (livro Princípios de Microeconomia)


http://www.tylervigen.com/spurious-correlations

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Postulados da racionalidade e do equilíbrio
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de março de 2019

Ideias gerais Notas

No Postulado (Princípio) da racionalidade, assume-se que os agentes económicos são


racionais, o que provoca um equilíbrio no grupo.

Adam Smith, “o pai da


Economia” Este princípio foi avançado por Adam Smith, quando indica que, se cada um dos agentes
prosseguir os seus próprios objetivos, o bem-estar geral é maximizado.

No entanto, poderão existir falhas existentes nas filas dos supermercados. Isto significa
que, mesmo quando os agentes se comportam de forma racional, existem outras variáveis
que poderão colocar em causa o equilíbrio do mercado.

Análise caso: Filas dos supermercados

Perante as filas de supermercado, o consumidor (à partida) escolherá


a fila mais pequena, o que acabará por gerar um equilíbrio nas filas.

No entanto, outras variáveis como velocidade dos operadores de


caixa, a quantidade de compras do consumidor, etc., poderá motivar
que as filas não andem tão rapidamente como se previa.

Significa que, para que os sistemas se equilibrem, a racionalidade pode não ser suficiente.
Nesses casos, poderá ser necessária a intervenção do Estado, corrigindo as falhas
existentes. No entanto, será sempre essencial averiguar se essa intervenção não será
irrealista ou se trará mais problemas.

Se o benefício líquido da intervenção não for superior ao custo líquido da mesma, esta
poderá não ser adequada.

A decisão dessa intervenção deve ser ponderada de acordo com os benefícios e os custos
associados.

Sumário / Fonte:

1.4 – Postulados da racionalidade e do equilíbrio (livro Princípios de Microeconomia)

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Três problemas da organização económica
Monitor Tiago Carrilho Data 25 de março de 2019

Ideias gerais Notas

A resposta a estas questões também é tripartida:

• Mercado livre
• Estrutura que conjuga interesses de potenciais vendedores e
potenciais compradores
Mercado • Os agentes atuam de forma livre
• As empresas produzem o que der mais lucro, utilizando as
tecnologias mais eficientes e produzindo para quem queira
comprar os produtos
• Economia dirigida
• Promover a equidade: garante uma melhor distribuição dos
recursos (é colocado em prática através do sistema fiscal)
• Promover a estabilidade: reduz a incerteza e pode conduzir à
Estado
realização de mais negócios
• Promover a eficiência: eficiência de Pareto (só há melhoria, se não
piorar ninguém no processo)
• Fornecimento de bens públicos
Economia
• Funcionamento do mercado, com o Estado como regulador
mista

Sumário / Fonte:

1.5 – Os três problemas da organização económica (livro Princípios de Microeconomia)

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Capítulo 2

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Escassez e custo de oportunidade
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Num mundo de escassez, todos os agentes económicos têm de fazer escolhas: um recurso,
ao ser utilizado para determinado fim, deixou de ser utilizado para outro fim alternativo.

Importa responder a duas questões fundamentais:

1. Como avaliar o custo de efetuar determinada escolha?


2. Se as escolhas têm custos, qual o critério a seguir para tomar a melhor decisão?

Todas as escolhas têm um custo económico, não necessariamente económico, seja para o
próprio seja para outros, levando Milton Friedman a referir: “There is no such thing as a
free lunch”.

Para avaliar o custo de uma escolha, devemos olhar para o valor das alternativas de
utilização dos recursos que foram recusados em favor da opção escolhida. É ao custo
avaliado dessa forma que se chama custo de oportunidade de uma escolha.

O custo de oportunidade existe como consequência da escassez.

Custo de oportunidade
de uma escolha =
excedente na melhor
alternativa + despesa
associada à escolha
efetuada

Sumário / Fonte:

2.1 – A escassez e o custo da escolha (livro Princípios de Microeconomia)


2.2 – Avaliação do custo de oportunidade de uma escolha (livro Princípios de Microeconomia)

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Benefício marginal
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Benefício bruto

Opção de consumo • Corresponde à disponibilidade a pagar


Opção de produção
• Corresponde à receita que resultará da venda
de um bem/serviço

Benefício marginal

Benefício adicional que uma escolha traz em relação a outra, ou seja, qual o acréscimo de
bem-estar que um agente económico tem numa opção em relação a outra.

Necessidades Recursos
Decisão racional ilimitadas escassos
É aquela em que os
benefícios marginais são
maiores ou iguais aos
custos marginais

𝐵𝑚𝑔 ≥ 𝐶𝑚𝑔 Escolhas


(alternativas)

𝐵𝑚𝑔 = Benefício marginal

𝐶𝑚𝑔 = Custo marginal

Custo de
Benefício oportunidade

Racionalidade

Sumário / Fonte:

2.3 – O valor de uma escolha e o conceito de benefício marginal (livro Princípios de Microeconomia)
2.4 – A tomada de decisões racionais (livro Princípios de Microeconomia)

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Capítulo 3

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Fronteira das possibilidades de produção
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Primeiro problema da Economia – O que produzir?

Perante a necessidade de produção de 2 produtos (𝑋 e 𝑌), deve-se produzir apenas um


deles? Ou deve-se produzir ambos? E em que quantidades?

Esta escolha resulta num custo de oportunidade.

A escolha para o problema acima indicado levará a uma tabela de combinações possíveis
de produção entre o produto 𝑋 e o produto 𝑌, e a uma consequente figura, como a abaixo.
Essa figura representa a Fronteira das possibilidade de produção (FPP).

Subjacente à construção
da FPP está implícita a
verificação da eficiência
de Pareto. Isto é o
mesmo que dizer que a
economia em causa está
na sua situação de pleno
emprego.

Os pontos abaixo indicam uma utilização ineficiente dos recursos, e os pontos acima não
são possíveis de alcançar, considerando a tecnologia atual (ceteris paribus). Para que estes
últimos pontos sejam alcançáveis, é necessário mudar algo (relacionado com tecnologias
ou com recursos).

Sumário / Fonte:

3.1 – Do conceito de possibilidade de produção à fronteira das possibilidades de produção (livro Princípios de
Microeconomia)
3.3 – Pontos abaixo e acima da FPP (livro Princípios de Microeconomia)

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Custo de oportunidade na FPP
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

A FPP é representada como uma curva negativamente inclinada, pois, para produzir mais
uma unidade de um bem, é necessário abdicar de uma certa quantidade do outro,
Verificação da eficiência
assumindo que se mantém como pressuposto que os recursos estão a ser utilizados na sua
de Pareto
totalidade.
Não é possível aumentar
Este é o conceito de custo de oportunidade aplicado à FPP:
a produção de um
produto/setor sem ∆𝑌
𝐶𝑂𝑋 = −
reduzir a produção do ∆𝑋
outro, uma vez que se 𝐶𝑂 = Custo de oportunidade
desviam recursos entre
atividades produtivas
O custo de oportunidade é um custo relativo, uma vez que não é contabilidade em
unidades monetárias, mas sim expresso em produção perdida de outro produto.

O custo de oportunidade aplicado à FPP também é conhecido como Taxa marginal de


transformação (TMT): a quantidade que uma economia está disposta a desistir de um
determinado bem para a transformar em mais uma unidade do outro bem, no pressuposto
de se continuar a utilizar os recursos da forma mais eficiente possível.
∆𝑌
𝐶𝑂𝑋 = 𝑇𝑀𝑇𝑋,𝑌 = −
∆𝑋

A TMT é crescente; à medida que se aumenta a produção de 𝑋, o quantitativo que se vai


desistindo de 𝑌 é maior. Esta situação é conhecida na Economia como a lei dos custos
relativos crescentes.

Os custos relativos poderão ser constantes nos casos em que estamos a falar de
quantidades de produtos por período de tempo.

Sumário / Fonte:

3.2 – O custo de oportunidade na FPP (livro Princípios de Microeconomia)

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A dinâmica da FPP
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

A FPP é uma fotografia da capacidade de produção de um país, podendo a mesma evoluir


ao longo do tempo. Esta evolução pode caracterizar-se de diversos modos

Evolução Exemplos Consequências


• Melhoria na
Melhoria da tecnologia • Permite produzir mais dos bens
situação • Aumento dos recursos • Desloca a FPP para fora (não é
produtiva • Investimento em necessariamente paralela)
unidades produtivas
Agravamento da • Contração da FPP
• Conflitos • Pode ser genericamente maior
situação
• Catástrofes naturais num setor de atividade em
produtiva
relação aos restantes

Exemplo de melhoria em ambos os bens vs. em apenas um dos bens

Sumário / Fonte:

3.4 – A dinâmica da FPP (livro Princípios de Microeconomia)


https://slideplayer.com.br/slide/3289207/
https://www.slideshare.net/tutor2u/tutor2u-production-possibility-frontiers

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Capítulo 4

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Interação dos agentes económicos
Monitor Tiago Carrilho Data 25 de março de 2019

Ideias gerais Notas

Os mercados são essenciais ao funcionamento das economias, já que ninguém é


autossuficiente. Há milénios que o Homem percebeu a eficiência em dividir tarefas numa
sociedade.

Adam Smith descreve o mecanismo eficiente de interação de mercado:

Se cada um fizer o que é melhor para si, promove o interesse de toda a sociedade, “como
se fosse guiado por uma mão invisível a atingir um fim que não fazia parte das suas
intenções”.

Os mercados funcionam com o encontro de duas partes:

Os que querem comprar Os que querem vender

 Vão decidir racionalmente que  Em função do preço a que um bem se


quantidades adquirir a um dado preço consegue vender, vão decidir que
quantidade irão fornecer a esse preço

Sumário / Fonte:

4.1 – A interação de agentes económicos e a "mão invisível" de Adam Smith (livro Princípios de Microeconomia)

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Lei da procura
Monitor Tiago Carrilho Data 25 de março de 2019

Ideias gerais Notas

Preço de reserva – Esta indica que quanto maior o preço de um bem, menor a quantidade procurada desse
excedente da diferença mesmo bem, tudo ceteris paribus (tudo o resto constante).
entre o preço de mercado
e o máximo que o
consumidor está disposto Fatores que influenciam o valor do preço de reserva:
a pagar
• Rendimento do consumidor
• Grau de satisfação que uma unidade adicional do bem acrescenta
• Preços dos bens relacionados (produtos substitutos)

Esta curva de procura


apenas se altera se
houver uma variação de
algum fator que afete a
relação entre preço e
quantidade procurada
(variáveis exógenas).

Aos bens cuja procura aumenta após o aumento de rendimento chamamos de bens
normais. Mas quanto aos bens inferiores (como produtos em segunda mão ou de baixa
qualidade), a sua procura aumenta com a redução do rendimento.

Sumário / Fonte:

4.2 – Lei da procura: intenções de compra e seus determinantes (livro Princípios de Microeconomia)

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Exceções à Lei da procura
Monitor Tiago Carrilho Data 25 de março de 2019

Ideias gerais Notas

Sempre que a lei da procura é verificada, diz-se que estamos perante a procura de bens
ordinários.

Mas nos casos dos bens de Giffen e dos bens de Veblen, esta lei é violada.

Bens de Veblen

São bens de luxo, que


sinalizam um certo status
social e que só os mais
abastados conseguem
adquirir. Nesses casos, a
partir de certo nível de
preços, a quantidade
procurada começa a
aumentar, mesmo que os
preços sejam superiores.

Bens de Giffen

São bens inferiores, de


caráter essencial, dos
consumidores com
menos rendimento, que
se ficarem mais caros,
ainda consomem mais,
porque não têm dinheiro
para bens de substituição.
Caso aumente ainda mais,
a quantidade adquirida
volta a descer, mas a
necessidade não fica
suprida com qualquer
outro bem

Sumário / Fonte:

4.2.1 – Exceções à Lei da procura (livro Princípios de Microeconomia)

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Lei da oferta
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Um bem não é, por norma, vendido a um preço inferior ao custo de produção. Logo,
pressupõe-se que o produtor poderá sempre retirar um excedente não negativo das suas
decisões de venda.

Esse excedente resulta da diferença entre o preço de mercado e o mínimo que o produtor
está disposto a receber por uma dada quantidade, mínimo esse que depende dos custos
de produção.

Quanto maior é a produção, maior é o custo de produzir mais uma unidade, já que o custo
Custo de produção de de oportunidade dos recursos vai aumentando.
uma unidade adicional =
Isto leva a uma relação positiva entre a quantidade oferecida de determinado bem e o
custo marginal de
respetivo preço de venda.
produção

Lei da oferta

Quanto maior é o preço de venda, maior é a quantidade oferecida, tudo o resto constante.

Variáveis endógenas:

• Quantidade
oferecida
• Preço de venda

Variáveis exógenas:

• Preço dos fatores


de produção
• Tecnologia Pode existir uma expansão ou contração da oferta, com diminuição ou aumento de
• Etc. preços, devido a fatores como, por exemplo, redução de custos ou aumento de salários,
respetivamente.

Sumário / Fonte:

4.3 – Lei da oferta: intenções de produção/venda e seus determinantes (livro Princípios de Microeconomia)

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Curvas de mercado
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Quando falamos em procura de mercado e oferta de mercado, referimo-nos ao


comportamento coletivo de consumidores e produtores ativos num certo mercado.

A relação entre as curvas de procura e oferta individuais e as curvas de mercado é um


processo de agregação das curvas individuais e que se costuma designar por soma
horizontal:

Para cada preço, somam-se as quantidades procuradas por todos os consumidores para
se obter a quantidade procurada no mercado, bem como se somam todas as quantidades
oferecidas por todos os produtores a cada preço, para se obter a respetiva quantidade
oferecida no mercado.

Sumário / Fonte:

4.4 – Das curvas individuais às curvas de mercado (livro Princípios de Microeconomia)

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Equilíbrio de mercado
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Em geral, uma situação de equilíbrio é um estado a partir do qual nenhum agente


económico tem incentivo a sair, ou seja, não tem qualquer benefício decorrente de uma
alteração de comportamento.

O equilíbrio de mercado refere-se a uma situação atingida coletivamente, em que, ao


preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual à quantidade procurada. Não existem
consumidores que querem adquirir o bem e não conseguem (excesso de procura) nem
produtores que querem vender mais unidades, e não são bem sucedidos (excesso de
oferta).

𝐷 ∶ 𝑄𝐷 = 𝑓 (𝑃 ) 𝑓 ′ < 0
{ 𝑆 ∶ 𝑄𝑆 = 𝑔(𝑃 ) 𝑔′ > 0
𝑄𝐷 = 𝑄𝑆

Em condições ideais, o equilíbrio concorrencial atinge-se automaticamente (“mão


invisível”), desde que não existam falhas no seu comportamento.

Qualquer preço acima ou abaixo do equilíbrio é um preço instável e haverá incentivo a que
o mesmo se altere até que 𝑄𝐷 = 𝑄𝑆 . No entanto, o equilíbrio não é permanente e alterar-
se-á sempre que uma das variáveis exógenas se altere, levando a movimentos da procura
e/ou da oferta.

Sumário / Fonte:

4.5 – O equilíbrio de mercado (livro Princípios de Microeconomia)

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Excedente económico
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

As condições que levam Pensando na curva da procura como representando as disponibilidades a pagar por cada
ao excedente económico unidade, e na curva da oferta como representando o mínimo que os produtores estão
máximo consistem no dispostos a receber por cada unidade produzida, verifica-se que, dado um preço unitário
conjunto de hipóteses de transação, quer os consumidores, quer os produtores, irão ter um excedente.
que formam o paradigma
Neoclássico:

• Os agentes
económicos são
racionais e escolhem
pontos que
maximizam o seu
bem-estar
• Os agentes
económicos agem
de forma
independente, na
posse de informação
completa

Apenas em situações em Sendo o preço de mercado um valor único pago por unidade, os consumidores obtêm um
que o mercado não excedente porque valorizam cada unidade mais do que o valor correspondente ao preço
atinge automaticamente da transação. A valorização de uma unidade adicional vai diminuindo à medida que os
eficiência, é que se consumidores adquirem mais quantidade, o que está na base da lei da procura.
justifica economicamente
uma intervenção Da mesma forma, os produtores obtêm um excedente por unidade, já que vendem
governamental para sempre ao mesmo preço, mas se produzissem menos, teriam menos custos e, portanto,
corrigir a situação. estariam dispostos a receber menos pelas unidades que já tinham produzido antes de
chegar àquela unidade.

Sumário / Fonte:

4.6 – Determinação do excedente económico (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Alterações ao equilíbrio
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

A curva da procura, enquanto relação entre preço e quantidade ótima a consumir,


depende de um conjunto de variáveis que afetam a escolha dos consumidores e, em
particular, a sua disponibilidade a pagar, informação implícita na procura. Essas variáveis
(que são exógenas) são, fundamentalmente, o rendimento disponível, os preços de bens
relacionados e as preferências.

A curva da oferta, enquanto relação entre preço e quantidade ótima a produzir, depende
de um conjunto de variáveis que afetam as escolhas de produção, em particular, os custos
de produção, informação implícita na oferta. Essas variáveis são, fundamentalmente, os
preços dos fatores produtivos e matérias-primas, bem como a tecnologia de produção,
que determina a quantidade de recursos que se despendem para produzir uma certa
quantidade de um bem.

Efeitos de alteração ceteris paribus da procura e da oferta

Sentido da Alteração na
Situação Alteração no preço
deslocação quantidade
Aumento da
 Direita  Aumenta  Aumenta
procura

Redução da procura  Esquerda  Diminui  Diminui

Aumento da oferta  Direita  Aumenta  Diminui

Redução da oferta  Esquerda  Diminui  Aumenta

Sumário / Fonte:

4.7 – Alterações ao equilíbrio (livro Princípios de Microeconomia)

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Intervenções sobre o equilíbrio
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Quando o Estado intervém sobre um mercado, normalmente é para tentar corrigir uma
falha de mercado, visto que este não atinge automaticamente o excedente económico
máximo.

No entanto, o Estado também pode intervir num mercado que funciona adequadamente.
Por exemplo, sempre que o Estado tem como objetivo obter receitas fiscais para financiar
programas de despesa pública, pode lançar impostos sobre as transações.

O Estado pode também decidir manipular diretamente os preços dos mercados,


estabelecendo preços mínimos e preços máximos, ou seja, da regulação de preços.

O Estado, no seu papel regulador, por razões éticas e morais, pode determinar que um
determinado preço de equilíbrio é demasiado baixo para garantir a subsistência dos
agentes económicos do lado da oferta (exemplo: salário mínimo dos trabalhadores).

Da mesma forma, o Estado pode considerar que o preço de equilíbrio de um bem é


demasiado alto e que os consumidores estão a ser explorados (exemplo: preocupação em
garantir o pão, durante o séc. XIX até ao Estado Novo).

A prestação de serviços públicos é outra situação em que os preços são regulados, em


situações em que o mercado não iria funcionar concorrencialmente, por motivos vários,
como a dimensão da procura, ou as características tecnológicas do setor, ou os
investimentos necessários para as infraestruturas; o mercado não teria condições para
sustentar empresas investidoras e aguentar a pressão concorrencial nos preços.

Um exemplo disso, é o setor energético, que levou décadas a liberalizar, e onde o Estado
regulou durante muito tempo as tarifas, após a entrada de iniciativas privadas.

Sumário / Fonte:

4.8 – Intervenções sobre o equilíbrio de mercado (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Preços máximos
Monitor Tiago Carrilho Data 18 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Um mercado sujeito a um preço máximo verá sempre o seu preço abaixo do preço de
equilíbrio (não faria sentido fixar acima, por não ter qualquer efeito prático).
Um exemplo de fixação
de preços máximos Existirá sempre excesso de procura; quem adquire o bem não é quem mais o valoriza, é
ocorre durante situações quem chega primeiro.
de guerra, para evitar a
Será necessário encontrar sistemas de racionamento, formar-se-ão filas de espera e pode
subida de preço de bens
até formar-se um mercado negro (para aqueles consumidores que não chegaram a tempo,
essenciais, como o pão, o
mas pretendem o bem, mesmo pagando a um preço mais alto).
leite, etc.
Há perda de excedente económico em relação à situação de mercado livre. Essa redução
designa-se perda pura, já que é excedente económico que simplesmente desaparece
devido à redução de transações no mercado

Sumário / Fonte:

4.8.1 – Preços máximos (livro Princípios de Microeconomia)


https://slideplayer.com/slide/4577775/

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Preços mínimos
Monitor Tiago Carrilho Data Click or tap to enter a date.

Ideias gerais Notas

Um mercado sujeito a um preço mínimo verá o seu preço sempre acima do preço de
equilíbrio, o que significa que existirá sempre excesso de oferta; haverá acumulação de
stocks e desaproveitamento de recursos empregues na produção que não é vendida.
Em exemplo de preços
Aqui também ocorre redução do excedente económico, perda pura.
mínimos ocorre no
mercado de trabalho Os consumidores pagam mais do que numa situação de mercado livre.
(salário mínimo).

A regulação pode originar


um excesso de oferta,
situação que pode levar
ao aumento da taxa de
desemprego.

Como resultado, haverá


trabalhadores dispostos a
ser contratados em
situações precárias,
eventualmente sem
recibos ou sem proteção
social, etc.

Sumário / Fonte:

4.8.2 – Preços mínimos (livro Princípios de Microeconomia)


https://slideplayer.com/slide/4577775/

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Capítulo 5

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Elasticidade
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Conceito de elasticidade

O impacto numa variável motivado pela alteração de outra variável, com ambas as
alterações a serem medidas em percentagem.
𝑌2 − 𝑌1 ∆𝑌
𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 %𝑌 𝑌1 𝑌 ∆𝑌 𝑋1
𝐸𝑌𝑋 = = = 1 =
𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 %𝑋 𝑋2 − 𝑋1 ∆𝑋 ∆𝑋 𝑌1
𝑋1 𝑋1

Quatro tipo de elasticidades

Procura-preço • Relaciona a variação da quantidade procurada de um


direta bem com a variação do seu preço
Procura- • Mede a forma como a quantidade procurada varia face
rendimento a uma variação do rendimento
• Mede a forma como a quantidade procurada de um
Preço-cruzada bem varia em função da variação de preço de outro
bem
• Mede a forma como a quantidade oferecida reage a
Preço da oferta
uma variação do preço do próprio bem

A elasticidade pode ser aplicada a qualquer relação entre duas variáveis, inclusivamente
no âmbito da teoria do consumidor (p. ex., medindo a forma como a utilidade de um
consumidor aumenta com a variação do consumo de um bem) ou no âmbito da teoria do
produtor (p. ex., analisando se altera a quantidade produzida face à variação dos
quantitativos de fatores de produção que são utilizados).

Sumário / Fonte:

5.1 – O que é a elasticidade? (livro Princípios de Microeconomia)


5.2 – Diferentes tipos de elasticidade (livro Princípios de Microeconomia)

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Elasticidade procura-preço direta
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Importância do bem Mede a sensibilidade do consumidor face a variações de preço; é a variação percentual da
quantidade procurada em resposta a uma variação percentual do preço desse bem.
Quanto mais essencial /
importante for um bem, 𝜕𝑄 𝑃
𝐸𝑃𝑃 =
mais rígido é o 𝜕𝑃 𝑄
comportamento do
consumidor em relação a
uma possível variação de Considerando a curva de procura dada por 𝑄 = 20 − 2𝑃, e o ponto (𝑃 ∗ , 𝑄 ∗ ) = (4,12), é
preço. possível aplicar a fórmula da elasticidade e obter o valor da elasticidade nesse ponto,
−0,67. Isso significa que nesse ponto, se a se o preço aumentar 1%, a quantidade
O contrário acontece
procurada diminuirá aproximadamente 0,67%.
com bens que sejam
facilmente substituídos
por outros.
A elasticidade procura-preço permite identificar vários elementos importantes:

• Em geral, esta elasticidade é negativa (exceto nos casos de exceção à lei da


Tempo de ajustamento procura)
de comportamento • É possível identificar três tipos de bens:
Quanto mais tempo tiver Bens de procura inelástica Bens de procura com
Bens de procura elástica
para ajustar o (ou rígida) elasticidade unitária
comportamento, mais  A quantidade  A quantidade  A variação percentual
elástica é a procura de procurada varia mais procurada varia menos da quantidade
determinado bem. (em termos do que o preço, em procurada é igual à
percentuais) do que a termos percentuais variação percentual do
variação do preço  |𝐸𝑃𝑃 | < 1 preço
 |𝐸𝑃𝑃 | > 1  |𝐸𝑃𝑃 | = 1

Por detrás de qualquer um dos determinantes estão implícitas as preferências dos


consumidores (aquilo que é absolutamente necessário para um consumidor pode ser
completamente irrelevante para outro).

Sumário / Fonte:

5.2.1 – Elasticidade procura-preço direta (livro Princípios de Microeconomia)

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Elasticidade procura-rendimento
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

𝑀 = Rendimento do Mede a variação percentual na quantidade procurada motivada por uma alteração
consumidor percentual no rendimento do consumidor, tudo o resto constante.
𝜕𝑄 𝑀
𝐸𝑅 =
𝜕𝑀 𝑄

Bens normais

Quando o rendimento aumenta, o consumidor tem tendência a aumentar a sua procura.

O quociente da fórmula é positivo. Pode ter:

• Valores inferiores à unidade


• Valores superiores à unidade – são os bens superiores (ou de luxo) e normalmente
estão associados ao consumo de bens que não são essenciais ou que são,
inclusivamente, supérfluos

Bens inferiores

Face a um aumento do rendimento, o consumidor vai procurar menos. São bens


geralmente substituídos por outros de melhor qualidade.

A elasticidade para estes bens é negativa.

Sumário / Fonte:

5.2.2 – Elasticidade procura-rendimento (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Elasticidade procura-preço cruzada
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Mede a forma como varia a quantidade procurada de um bem (em termos percentuais)
face a uma variação do preço de um outro bem (também em termos percentuais).
𝜕𝑄𝑋 𝑃𝑌
𝐸𝑋𝑌 =
𝜕𝑃𝑌 𝑄𝑋

A elasticidade procura-preço cruzada é:

• Positiva para bens substitutos


o ex.: se o preço da manteiga aumentar, aumenta a procura de margarina,
ceteris paribus
• Negativa para bens complementares
o ex.: se o preço dos ratos sem fios aumentar, aumenta a procura de ratos
com fios (bem substituto), e diminui a procura de pilhas (bem
complementar)
• Nula para bens independentes

A elasticidade procura-preço cruzada é um critério utilizado frequentemente para definir


o âmbito do mercado de um produto (bens substitutos fazem parte do mesmo mercado),
onde as empresas podem concorrer mais ferozmente entre si.

Sumário / Fonte:

5.2.3 – Elasticidade procura-preço cruzada (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Elasticidade preço da oferta
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

É a reação da quantidade oferecida ao aumento percentual do preço do produto.

𝜕𝑄 𝑆 𝑃
𝐸𝑃𝑆 =
𝜕𝑃 𝑄

O sinal da elasticidade depende do sinal do primeiro fator que, neste caso, corresponde
ao declive da curva da oferta. Como essa curva tem um declive positivo (consequência da
lei da oferta), então a elasticidade preço da oferta será positiva.

Bens de procura inelástica Bens de procura com


Bens de procura elástica
(ou rígida) elasticidade unitária
|𝐸𝑃𝑆 | > 1 |𝐸𝑃𝑆 | < 1 |𝐸𝑃𝑆 | = 1

Determinantes da elasticidade preço da oferta

• Produtos em stock
• Disponibilidade dos fatores de produção
• Tecnologia
• Processo de produção (mais simples ou complexo)
• Tempo disponível para reação

Sumário / Fonte:

5.2.4 – Elasticidade preço da oferta (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Tipo de elasticidades | Resumo
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Determinantes

Elasticidade Valor da elasticidade Tipo de bem


𝐸𝑃𝑃 < 0 Ordinário

𝐸𝑃𝑃 > 0 De Giffen ou de Veblen


Elasticidade procura-
|𝐸𝑃𝑃 | > 1 Procura elástica
preço direta (𝑬𝑷𝑷 )
|𝐸𝑃𝑃 | < 1 Procura inelástica

|𝐸𝑃𝑃 | = 1 Procura com elasticidade unitária

𝐸𝑅 < 0 Inferior
Elasticidade procura-
𝐸𝑅 > 0 Normal
rendimento (𝑬𝑹 )
𝐸𝑅 > 1 Superior ou de luxo

𝐸𝑋𝑌 > 0 Substitutos


Elasticidade procura-
𝐸𝑋𝑌 < 0 Complementares
preço cruzada (𝑬𝑿𝒀 )
𝐸𝑋𝑌 = 0 Independentes

𝐸𝑃𝑆 > 1 Oferta elástica


Elasticidade preço da
𝐸𝑃𝑆 < 1 Oferta inelástica
oferta (𝑬𝑷𝑺 )
𝐸𝑃𝑆 = 1 Oferta com elasticidade unitária

Sumário / Fonte:

5.2.5 – Elasticidade preço da oferta (livro Princípios de Microeconomia)

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Elasticidade e despesa total
Monitor Tiago Carrilho Data 11 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Conhecer o comportamento da elasticidade é importante para os agentes (tanto empresas


como para os consumidores), uma vez que existe uma relação entre a elasticidade
procura-preço direta e a despesa total que o consumidor faz na aquisição desse bem.
𝐷𝑇 = Despesa total ∆𝐷𝑇
= 𝑄[1 − |𝐸𝑃𝑃 |]
∆𝑃

• |𝐸𝑃𝑃 | < 1
Procura inelástica
• Se o preço aumentar, a despesa também aumenta
• |𝐸𝑃𝑃 | > 1
Procura elástica • Se o preço aumentar, a quantidade procurada
diminui, por isso a despesa diminui
• |𝐸𝑃𝑃 | = 1
Procura com • Face a uma alteração infinitesimal do preço, a
elasticidade unitária despesa não tem qualquer alteração (situação de
despesa máxima)

Contudo, é conveniente perceber que o objetivo das empresas não é aumentar ou


diminuir os preços (consoante a procura seja inelástica ou elástica). Não é maximizar
receita, mas sim maximizar o lucro.

Sumário / Fonte:

5.3 – Elasticidade e despesa total (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Intervenção do Estado e impostos
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Externalidade – Quando Quando o Estado intervém sobre um mercado, normalmente a sua atuação é pautada
uma ação tem efeitos pela tentativa de corrigir uma falha de mercado, causada por externalidades ou por
sobre terceiros assimetrias de informação.

No entanto, também pode intervir num mercado que funcione adequadamente. É o que
pode acontecer quando se decidem lançar impostos sobre as transações, chamados de
impostos indiretos, como o IVA, cujo objetivo é obter receitas fiscais para financiar
programas de despesas públicas do interesse do governo.

Neste ponto, também é importante perceber que a elasticidade pode ser um elemento
essencial ao nível da eficácia de uma política fiscal. P. ex., se o objetivo do Ministro das
finanças for aumentar a receita fiscal, de acordo com a relação entre a elasticidade e
receita, já sabe que só o deve fazer em produtos com procura inelástica.

𝑃𝑑 = 𝑃𝑆 + 𝐼
𝑃𝑑 = Decisões de compra
Os impostos diretos
normalmente são âmbito 𝑃𝑆 = Decisões de produção
da Macroeconomia
𝐼 = Impostos indiretos

Impostos indiretos
Impostos específicos Impostos ad valorem Impostos mistos

𝑇 = Impostos fixo • Impostos por unidade • Aplicado através de • Têm uma vertente de
𝑡 = Taxa de imposto vendida (independente uma determinada taxa impostos específicos e
do nível do preço sobre o preço sem uma vertente de
• 𝐼=𝑇 impostos impostos ad valorem
• 𝐼 = 𝑡 ⋅ 𝑃𝑆 • 𝐼 = 𝑇 + 𝑡 ⋅ 𝑃𝑠

Sumário / Fonte:

5.4 – Elasticidade, intervenção do Estado e impostos (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Impostos específicos
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

É um erro frequente dizer que, após o imposto, a oferta ou a procura sofrem uma
contração. O que se passa é que, aos olhos do consumidor ou do produtor, a oferta ou a
Quando se calcula o
procura é uma nova curva, visão do mercado distorcida pela presença do imposto, daí que
equilíbrio de mercado na
o equilíbrio após esse imposto se calcule em referência a essa curva. A distância na vertical
presença de um imposto,
entre as duas curvas corresponde ao valor do imposto e por ser fixo, as duas curvas são
é preciso ter em atenção
paralelas.
que, para além das
condições habituais, há O imposto, por fazer reduzir a quantidade de transações, recai em ambos os lados do
uma separação entre mercado e altera as decisões de compra e venda, daí que se diga que os impostos indiretos
preço na produção e são, regra geral, distorcionários.
preço no consumo,
devido ao imposto.
O imposto tem maior incidência económica sobre o lado do mercado com menor
elasticidade.
𝐷 ∶ 𝑄𝑑 = 𝑓(𝑃𝑑 ) 𝑓′ < 0
𝑆 ∶ 𝑄𝑠 = 𝑔(𝑃𝑠 ) 𝑔′ > 0
{
𝑄𝑑 = 𝑄𝑠
𝑃𝑑 = 𝑃𝑠 + 𝐼 Tipos de incidência (são independentes uma da outra)

Incidência • Diz respeito à responsabilidade de entrega do valor do


legal imposto ao Estado
Incidência
• Diz respeito à forma como o imposto recai sobre a sociedade
económica

A distorção provocada pelo imposto tem um custo económico que pode ser avaliado pela
perda de excedente que resulta da redução de transações após o imposto. A essa perda
de excedente económico chama-se perda pura do imposto. A receita fiscal do estado é
oriunda de excedente de consumidor e de excedente de produtor.

Sumário / Fonte:

5.4 – Elasticidade, intervenção do Estado e impostos (livro Princípios de Microeconomia)


5.4.1 – Impostos específicos (livro Princípios de Microeconomia)

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Impostos ad valorem e Impostos mistos
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Impostos ad valorem

Do ponto de vista algébrico, encontrar a solução de equilíbrio de mercado usando um


imposto ad valorem é muito semelhante ao processo de encontrar a solução perante o
lançamento de um imposto específico.

Admitindo que a incidência legal do imposto é sobre o produtor, graficamente a diferença


está no aspeto da oferta distorcida aos olhos do consumidor: em vez de ser paralela, à
distância do imposto, sofre uma rotação. O imposto é “sobre o valor”, quanto maior o
preço, maior o imposto.

Impostos mistos

Um imposto misto tem uma componente fixa e uma componente ad valorem.

Graficamente, observamos uma rotação no declive da oferta com a distorção do imposto,


devido à componente ad valorem, mas também uma deslocação na vertical,
correspondente à componente do imposto fixo.

A análise do impacto do imposto em termos de excedente económico em nada difere dos


casos anteriores.

Sumário / Fonte:

5.4.2 – Impostos ad valorem (livro Princípios de Microeconomia)


5.4.3 – Impostos mistos (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Subsídios
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

O tratamento algébrico relativo a um subsídio é idêntico ao de um imposto: basta encarar


o subsídio como se fosse um imposto de sinal negativo.

Ao ser atribuído um subsídio, aos olhos do consumidor, cada unidade do produto fica mais
barata num montante idêntico ao do subsídio. Esse subsídio vai beneficiar tanto os
produtores como os consumidores, já que a quantidade transacionada vai aumentar,
aumentando o excedente económico para ambos os lados do mercado.

Com o subsídio, o Estado passa a ter uma despesa. Uma parte dessa despesa permite
aumentar o excedente do consumidor e outra parte permite aumentar o excedente do
produtor. Há no entanto, uma parte da despesa do Estado que não se transforma em
excedente económico e que consiste na perda pura da política, por se estar a distorcer as
decisões ótimas.

Em geral, a atribuição de uma subsídio prende-se com critérios éticos, políticos e morais,
já que do ponto de vista da eficiência económica há um desperdício que corresponde à
perda pura (área do triângulo mais escuro).

Sumário / Fonte:

5.4.4 – Subsídios (livro Princípios de Microeconomia)

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Casos particulares
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Nem sempre um imposto indireto ou um subsídio tem efeitos distorcionários, isto é,


afetando as quantidades de equilíbrio. A distorção só surge quando se altera a quantidade
transacionada, ou seja, quando as decisões dos agentes económicos se modificam perante
a intervenção do estado.

Caso 1

Surge quando a lei da procura não se aplica e a procura é vertical, ou seja, os consumidores
adquirem sempre a mesma quantidade independentemente do preço. Trata-se de uma
situação de bem essencial sem qualquer possibilidade de substituição. Significa que a
procura tem elasticidade igual a zero, é totalmente rígida.

Neste caso, se for lançado um imposto, ele é totalmente suportado pelo consumidor e não
existirá qualquer perda de excedente económico, já que a redução do excedente do
consumidor corresponde à receita fiscal do imposto.

Mesmo que seja eticamente condenável tributar as transações de um bem essencial sem
possibilidade de substituição, é eficiente fazê-lo, já que é um imposto que não gera
distorções nas decisões dos agentes económicos.

Caso 2

O mesmo se pode dizer acerca da tributação de bens que tenham uma oferta que não é
influenciada pelo preço: seja qual for o preço, a quantidade oferecida é sempre a mesma.

Um exemplo pode ser as obras de arte, únicas e irrepetíveis, pelo que a quantidade
oferecida não depende do preço.

Do ponto de vista puramente conceptual, a tributação de transações de obras de arte é


eficiente, já que não gera qualquer distorção: a perda de excedente do produtor
corresponde à receita fiscal e não existe perda pura.

Sumário / Fonte:

5.4.5 – Casos particulares (livro Princípios de Microeconomia)

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Capítulo 6

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Teoria do consumidor e restrição orçamental
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Será considerado que os A Teoria do consumidor pretende responder a 2 questões fundamentais


preços de mercado e o
rendimento disponível são • Formalizar a escolha ótima de consumo
variáveis exógenas que
• Analisar como se altera a escolha ótima perante variações de preços e rendimento
determinam a escolha de
consumo
disponível para o consumo

A restrição orçamental é o conjunto de cabazes de consumo que esgotam o orçamento


disponível.
𝑀 𝑝𝑥
𝑝𝑥 𝑋 + 𝑝𝑦 𝑌 = 𝑀 ⇔ 𝑌= − 𝑋
𝑝𝑦 𝑝𝑦

𝑀 = Orçamento disponível para o consumo

Sempre que há alterações nas variáveis exógenas, a restrição orçamental desloca-se:

• Deslocação paralela
Alteração do • Alteração do espaço das possibilidade de consumo
rendimento o Redução – contrai
o Aumento – expande
• Alteração do declive (rotação)
Bens compósitos Alteração de • Alteração do espaço das possibilidades de consumo
preços o Redução – expande
Um bem genérico que
o Aumento – contrai
representa um conjunto
de bens (ex. bens
alimentares)

Sumário / Fonte:

6 – Teoria do consumidor (livro Princípios de Microeconomia)


6.1 – As possibilidades de consumo e a restrição orçamental (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Preço relativo a um bem
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

𝑝𝑥
O declive da restrição orçamental, em valor absoluto é dado por . A esse valor
𝑝𝑦
chamamos preço relativo do bem 𝑋 e representa a relação entre o valor do bem 𝑋 e o
valor do bem 𝑌 no mercado.

O preço relativo do bem 𝑋 representa a taxa à qual os bens se trocam no mercado.

O valor de troca é diferente do valor atribuído pelo consumidor a mais uma unidade de
um bem, o que por vezes se designa por valor de uso. O paradoxo da água e do diamante,
enunciado por Adam Smith, serviu de fio condutor durante todo o século XIX para resolver
a questão do valor e ilustra a distinção entre valor de troca e valor de uso:

Não há nada de mais útil que a água, mas ela não pode comprar quase nada;
dificilmente teria bens com os quais trocá-la. Um diamante, pelo contrário,
quase não tem nenhum valor quanto ao seu uso, mas encontrar-se-á
frequentemente uma grande quantidade de outros bens com o qual trocá-lo.

O exemplo tem a virtude de ilustrar bem que o valor relativo de um bem no mercado pode
diferir muito do valor desse mesmo bem do ponto de vista de satisfação (utilidade) que
advém do seu consumo.

Sumário / Fonte:

6.2 – O conceito de preço relativo a um bem (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Axiomática de preferências e curva de indiferença
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

A axiomática de preferências permite obter um sistema de ordenação de cabazes de


consumo e está subjacente à avaliação que um consumidor faz de um bem. Este sistema
é independente da dimensão do espaço das possibilidade de consumo:

• Um consumidor é capaz de ordenar vários cabazes de consumo em função das


suas preferências, mesmo que não os possa comprar, por não ter dinheiro

Dois cabazes dizem-se indiferentes se derem ao consumidor a mesma satisfação de


consumo. Ao conjunto de cabazes indiferentes entre si dá-se o nome de curva de
indiferença.

Axiomas

Desejabilidade (ou não saciedade)


O consumo é desejável, ou seja, consumir mais quantidade dá mais satisfação ao
consumidor
Completude
As preferências são completas, ou seja, em qualquer ponto do espaço existe um
cabaz que pertence a uma curva de indiferença, o que quer dizer que o consumidor
consegue sempre ordenar cabazes em função das suas preferências, identificando
os que são indiferentes e os que são preferidos
Transitividade
Exemplo: Se C é preferido a F e se F é preferido a A, necessariamente C é preferido a
A
Esta coerência na relação de ordem mantém-se enquanto as curvas de indiferença
não se cruzarem. Se duas curvas de indiferença se cruzarem, as preferências não
são transitivas

Sumário / Fonte:

6.3 – Axiomática de preferências e as curvas de indiferença (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Hipóteses da curva de indiferença
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Podemos dizer que a transitividade obriga a que as curvas não se cruzem, enquanto a
desejabilidade leva a que sejam negativamente inclinadas e a completude garante que
qualquer cabaz de consumo tem a ele associado uma curva de indiferença.

Hipóteses

Continuidade do espaço de consumo


Em qualquer vizinhança de um cabaz de consumo, existe sempre outro, que pode
ser preferido, indiferente ou não preferido
Independência entre consumidores
Cada consumidor faz as suas escolhas de consumo independentemente das
escolhas dos outros
Os consumidores não serão, à partida, mutuamente influenciáveis
Informação perfeita
Os consumidores, nas suas decisões de consumo, têm informação total sobre o
produto e não enfrentam incertezas, nem quanto aos preços, nem quanto ao seu
rendimento

Se o consumidor tiver preferências completas e transitivas, tem preferências racionais.

Sumário / Fonte:

6.3 – Axiomática de preferências e as curvas de indiferença (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Taxa marginal de substituição
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Todos os cabazes que pertencem à mesma curva de indiferença são cabazes que dão ao
consumidor o mesmo grau de bem-estar. Ao longo de uma curva de indiferença, os
cabazes que a compõem têm sempre mais de um bem e menos de outro.

Se ao longo de uma curva de indiferença, o consumidor tem mais de um bem e menos de


outro e mantém o mesmo grau de satisfação, isto significa que está disposto a trocar um
bem por outro a uma determinada taxa. Essa taxa é a Taxa marginal de substituição (TMS)
no consumo, e é decrescente ao longo de uma curva de indiferença convexa.

A TMS, no fundo, é o reflexo do valor relativo que o consumidor atribui a um bem. E o que
é importante para a valorização relativa de um bem não é apenas aquilo que já se
consumiu, mas o que potencialmente está disponível para consumir, sem custos
adicionais.

Quanto mais quantidade de um bem o consumidor dispõe, menor é o valor que atribui
a uma unidade adicional e, por conseguinte, menor a disponibilidade a pagar por essa
unidade, dado o rendimento.

Quanto mais vertical for a curva de indiferença, maior a TMS.

Ao longo de uma curva de indiferença linear, o consumidor está disposto a trocar um bem
pelo outro sempre à mesma taxa (como o caso de bens que são substitutos perfeitos: o
consumidor é indiferente a ter apenas um bem, ou apenas outro, desde que a quantidade
Casos especiais
total seja a mesma).

No caso de bens complementares, de nada serve ao consumidor ter mais de um bem sem
ter mais do outro. Neste caso, a TMS ou é zero, ou é infinita ou não está definida,
dependendo do ponto em que se está (preferências de Leontief).

Sumário / Fonte:

6.4 – Taxa marginal de substituição (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Função utilidade e Utilidade marginal
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Em geral, ao grau de satisfação, chamamos utilidade: quanto maior a satisfação, maior a


utilidade, até certo ponto.

Uma função utilidade é uma formalização matemática que descreve a satisfação, ou bem-
estar, que decorre do consumo de uma certa quantidade de um bem.

Características da função utilidade

• Ser não-negativa: ∀ 𝑥 ≥ 0, 𝑈(𝑥) ≥ 0


• Ser não-decrescente: ∀ 𝑥 ≥ 0, 𝑈 ′ (𝑥) ≥ 0
• Crescer a taxas decrescentes, ou seja, ser côncava: ∀ 𝑥 ≥ 0, 𝑈 ′′ (𝑥) < 0
Utilidade total e utilidade
marginal
À variação da utilidade observada quando se consome mais uma unidade do bem chama-
se Utilidade marginal.
∆𝑈
𝑈𝑚𝑔 = = 𝑡𝑔𝛼 = 𝑈′(𝑥0 )
∆𝑥
A utilidade marginal é decrescente, facto que ficou conhecido como a 1.ª Lei de Gossen:
quanto maior for a quantidade consumida, menor a utilidade marginal.

Do ponto de vista de ordenação dos cabazes de consumo, o valor da função 𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝑥𝑦


é irrelevante e não tem qualquer interpretação: o que é importante é a ordem pela qual
os cabazes de consumo se colocam utilizando a função como métrica.

A abordagem ordinal é mais importante do que a abordagem cardinal (que está


preocupada com o valor da função em si).

Sumário / Fonte:

6.5 – Curvas de indiferença e função utilidade (livro Princípios de Microeconomia)

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Escolha ótima
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Dado o conjunto das possibilidades de consumo, criado pela restrição orçamental, e


admitindo que o consumo é desejável, o consumidor deverá adquirir o cabaz que lhe dá
mais utilidade, ou seja, que se localiza na curva de indiferença mais alta possível.

Quais as características de um cabaz de escolha ótima?

• Está localizado num ponto de tangência entre a curva de indiferença e a restrição


orçamental (estas têm o mesmo declive)
𝑈𝑚𝑔𝑥 𝑝𝑥
𝑇𝑀𝑆𝑌,𝑋 = =
𝑈𝑚𝑔𝑦 𝑝𝑦

• O consumidor está disposto a trocar um bem pelo outro, à mesma taxa de troca
que se observa no mercado
𝑈𝑚𝑔𝑥 𝑈𝑚𝑔𝑦
=
𝑝𝑥 𝑝𝑦

• O consumidor tenta encontrar o ponto que maximiza a sua utilidade, respeitando


a restrição orçamental

2.ª Lei de Gossen: a quantidade ótima dos vários bens é tal que a última unidade
consumida tem uma utilidade marginal por unidade monetária igual entre todos os bens.

Sumário / Fonte:

6.6 – Escolha ótima (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Análise de estática comparada
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Para analisar como a escolha ótima de consumo se altera quando há variações nos preços
de mercado e/ou rendimento, recorre-se à estática comparada, ou seja, quando se admite
uma variação do rendimento, analisa-se os seus efeitos considerando que os preços de
mercado estão constantes, e vice-versa.

Pontos de escolha ótima de consumo para três níveis de rendimento sucessivamente


maiores – Via de expansão do rendimento

A via de expansão do
rendimento é apresentada
como uma linha irregular
para ilustrar o facto de este
lugar geométrico não ter
uma forma genericamente
definida.

Pontos de escolha ótima quando o preço de um bem reduz – via preço-consumo

Sumário / Fonte:

6.7 – Análise de estática comparada: efeitos de alterações de preço e de rendimento (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Curva de Engel
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Bens normais A curva de Engel é crescente. É um bem cujo consumo aumentará se um consumidor
dispuser de maior rendimento

Quando o consumidor se sente mais rico, decide consumir menos destes bens, porque os
Bens inferiores substitui por bens de maior qualidade. A curva de Engel passa a ser decrescente a partir
de certo nível de rendimento, ou seja, a partir do qual o consumidor se sente
suficientemente rico para reduzir o consumo do bem e passar a consumir uma alternativa
que anteriormente não fazia parte das suas possibilidades de consumo.

Sumário / Fonte:

6.8 – Curva de Engel: bens normais e bens inferiores (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Procura individual / Efeito substituição e rendimento
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

A via preço-consumo representa todos os pontos de escolha ótima para diferentes níveis
de um preço, mantendo tudo o resto constante. A essa curva chama-se curva de procura
individual do bem 𝑋. Tem uma inclinação negativa.

Podem ser apresentadas duas justificações para se observar uma redução da quantidade
procurada quando o preço aumenta, ceteris paribus.

1. O consumidor vai satisfazer as suas necessidades com bens substitutos – efeito de


substituição
2. O consumidor vai sentir-se mais pobre, já que com o mesmo rendimento pode
comprar menos bens, o que o fará retrair-se no consumo de um bem normal –
efeito rendimento decorrente da subida de preço

Essas duas forças que atuam sobre a quantidade procurada após uma variação de preço,
estão subjacentes à lei da procura

É possível calcular o
efeito de substituição e
rendimento mediante as
metodologias de Hicks ou
de Slutsky (esta última
mais aplicada aos bens
substitutos perfeitos ou
complementares).

Sumário / Fonte:

6.9 – A curva da procura individual (livro Princípios de Microeconomia)


6.10 – Efeito substituição e efeito rendimento (livro Princípios de Microeconomia)
6.10.1 – Casos especiais (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Capítulo 7

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Fatores de produção
Monitor Tiago Carrilho Data 19 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

As empresas são organizações cujo objetivo é a obtenção de lucro através da venda de


bens ou serviços que podem ser produzidos por si.

É um processo em que a firma recebe os inputs e os transforma, de modo a obter o seu


output, utilizando uma certa tecnologia.

O conjunto de inputs da empresa é identificado como fatores de produção e é possível


distinguir diferentes fatores (matérias-primas, trabalho desenvolvido pelas pessoas, etc.).

Fatores de produção

• Composto pelas pessoas que estão afetas ao processo


Trabalho
produtivo
• Todos os elementos utilizados durante o processo produtivo
de modo a que se consigam produzir os diferentes bens ou
serviços:
o Matérias-primas
Capital o Máquinas
o Equipamentos
o Instalações
A terra e/ou os recursos o Terrenos agrícolas
naturais serão incluídos o Etc.
dentro do capital,
embora alguns autores a Cada empresa deve então saber, a partir de uma determinada quantidade de fatores,
considerem como um quanto é que consegue na realidade produzir.
fator distinto
Esta relação entre produção e quantidade de fatores é denominada de função de
produção: a forma como é possível combinar os fatores de produção de modo a obter um
determinado output (admitindo uma produção eficiente, a quantidade produzida será o
máximo que é possível obter com os recursos em causa).

Sumário / Fonte:

7.1 – A função de produção e os fatores produtivos (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Função de produção
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Função de produção

Exemplo de situação de 3
𝑄 = − 𝐿3 + 5𝐿2 + 60𝐿
curto prazo: 4

Todos os fatores de O 𝐿 corresponderá ao fator que se pretende analisar (número de trabalhadores, horas de
produção são fixos, trabalho, etc.).
exceto o fator O máximo da função obtém-se quando 𝐿 se aproxima de 7,844, sendo que a partir daí o
trabalho valor da produção começa a decrescer.

Este decréscimo pode estar relacionado com um certo congestionamento do fator capital
(p. ex., a contratação de mais unidades de trabalho pode vir apenas atrapalhar o trabalho
das unidades já existentes).

Sumário / Fonte:

7.2 – Produto total, marginal e médio (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Produto médio e marginal
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

No caso do produto O produto médio é o produto por unidade de fator. Como qualquer média, não significa
médio por unidade de que todos os fatores produzam o mesmo.
trabalho, temos:
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑀 =
𝑄 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟
𝑃𝑀𝐿 =
𝐿

O produto marginal é a variação da quantidade produzida que é obtida por se utilizar mais
No caso do produto uma unidade de fator.
marginal do fator
trabalho, temos: ∆ 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑚𝑔 =
∆ 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟
∆𝑄
𝑃𝑚𝑔𝐿 = Numa situação em que a função de produção está tabelada, o cálculo do produto marginal
∆𝐿
pode ser feito através da diferença dos valores conforme descrito na fórmula acima.

No entanto, caso a função seja contínua, deve-se utilizar o cálculo diferencial:


𝜕 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑃𝑚𝑔 =
𝜕 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟

Sumário / Fonte:

7.2 – Produto total, marginal e médio (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Lei dos rendimentos marginais decrescentes
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

A lei dos rendimentos marginais decrescentes prende-se com o facto de o produto


marginal ser decrescente:

À medida que se aumenta a quantidade de um fator, mantendo os restantes fatores fixos,


a produção aumenta mas a um ritmo cada vez menor. É por isso que a curva é
negativamente inclinada a partir de certo ponto.

No entanto, isso não significa que o produto está a decrescer. A produção só começa a
decrescer quando o produto marginal for negativo.

Esta lei é um conceito associado ao curto prazo em termos microeconómicos, por ter
implícita a existência de fatores fixos.
Numa situação em que se
pretende maximizar o
lucro, a empresa deve É necessário também analisar a relação de onde resulta a identificação das três etapas do
estar na etapa II. processo produtivo.

A etapa III é uma fase em • Vai até ao ponto em que o produto marginal e o produto
Etapa I
que o acréscimo do fator médio são iguais
variável conduz a uma • Vai até ao ponto em que o produto marginal é nulo (produto
Etapa II
descida do nível da total é máximo)
produção, pelo que é Etapa III • A partir do ponto da etapa II
prejudicial para a
empresa.

Na etapa I, o aumento do
fator trabalho adiciona
mais ao produto total do
que a média das
unidades anteriores. A
empresa terá mais lucro
se utilizar mais unidades
do fator variável do que
as correspondentes ao
final da etapa I.

Sumário / Fonte:

7.2 – Produto total, marginal e médio (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Decisão ótima do produtor
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Um produtor racional não irá produzir na etapa III, porque estará a desperdiçar recursos.

A maximização do lucro ocorrerá na etapa II.

A tomada de decisão ótima por parte de um agente é feita quando o benefício marginal
iguala o custo marginal.

Considerando uma empresa com uma quantidade de fator capital fixa e o trabalho como
fator variável, a última unidade de trabalho é o elemento que vai permitir fazer a análise
referida. Essa unidade de trabalho pode ser a contratação de trabalhadores, mas também
pode ser o número de horas de trabalho contratadas adicionalmente.

O preço do produto é O benefício do produtor é o valor que ele consegue obter no mercado com o produto
determinado no marginal. Sendo 𝑃 o preço do produto, o benefício da contratação da última unidade de
mercado, a empresa não trabalho é dado por:
tem poder para 𝑃. 𝑃𝑚𝑔
influenciar esse preço.
É necessário identificar o custo dessa contratação, que é aquilo que a empresa tem de
pagar pela contratação, o seu salário (wage). O ótimo ocorre quando:

𝑃. 𝑃𝑚𝑔𝐿 = 𝑤

Importa ressalvar que o lucro é nulo, mas apenas na última unidade de trabalho
contratada. Todas as unidades anteriores estão a permitir à empresa ter lucro.

Sumário / Fonte:

7.3 – A decisão ótima do produtor com um fator variável (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Situações de desequilíbrio
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Existem duas situações diferentes de desequilíbrio:

Situação 1
𝑃. 𝑃𝑚𝑔𝐿 > 𝑤
Significa que a última unidade de trabalho contratada está a dar um benefício líquido à
empresa que é superior ao seu custo. A empresa deverá contratar mais fator trabalho, até
chegar ao equilíbrio.

Outra interpretação é: uma vez que tanto 𝑃 como 𝑤 são definidos pelo mercado, o ótimo
só se poderá verificar quando o valor de 𝑃𝑚𝑔𝐿 se reduzir. Assumindo que se verifica a lei
dos rendimentos marginais decrescentes, situação que é coerente com o ótimo da
empresa, isso só pode acontecer se se contratarem mais unidades de trabalho.

Situação 2
𝑃. 𝑃𝑚𝑔𝐿 < 𝑤
Significa que a última unidade de trabalho contratada representa um custo para a empresa
que é superior ao benefício que esta consegue obter pela sua contratação, pelo que para
chegar ao ótimo, a empresa teria de reduzir o fator trabalho.

Fazendo a segunda análise, será necessário à empresa fazer aumentar o valor de 𝑃𝑚𝑔𝐿 , o
que, verificando-se a lei dos rendimentos marginais decrescentes, apenas é possível
reduzindo a quantidade contratada de trabalho.
Nota:
Esta análise apenas pode ser feita considerando um fator variável e o(s) restante(s) fixo(s).
As análises, na medida
em que considera a
existência de fatores
fixos, é feita no âmbito Se o fator variável for outro, a análise é a mesma. Exemplo:
do curto prazo Sendo o fator variável o capital (𝐾), o ótimo ocorre quando 𝑃. 𝑃𝑚𝑔𝐾 = 𝑟, sendo 𝑟 a taxa
microeconómico. de juro (o preço do capital).

Sumário / Fonte:

7.3 – A decisão ótima do produtor com um fator variável (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Isoquanta
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

A teoria do produtor tem Uma isoquanta é um conjunto de diferentes combinações de fatores de produção que
muitas semelhanças com permitem alcançar o mesmo nível de produto.
a teoria do consumidor.

P. ex., perante as possibilidade de produção A e B, em que no primeiro caso se utiliza muito


capital e pouco trabalho, e no segundo caso acontece o inverso, ambas as possibilidades
permitem chegar à mesma quantidade de produto.

É possível identificar um mapa de isoquantas em que, quanto mais afastadas da origem,


maior é o nível de produção que se obtém:

𝑄3 > 𝑄2 > 𝑄1 > 𝑄0

Ao contrário do que acontece com os níveis de utilidade nas curvas de indiferença do


consumidor, que não têm um significado cardinal, os níveis associados às isoquantas têm-
no: são o volume de produção.

Sumário / Fonte:

7.4 – Isoquanta e isocusto (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Isocusto
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

O conceito de isocusto refere-se às diferentes combinações de fatores que geram o


mesmo custo à empresa.

O conceito é muito semelhante ao da restrição orçamental do consumidor.

É possível utilizar várias combinações lineares dos fatores que tenham o mesmo custo.

A função do isocusto é genericamente dada por:

𝐶 = 𝑟𝐾 + 𝑤𝐿

A alteração da configuração da isocusto pode ocorrer devido à variação de um ou do outro


preço.

Nada obriga a que a alteração seja no preço de um fator; pode ocorrer simultaneamente
uma variação no preço de ambos os fatores.

Também pode acontecer a variação de preços dos fatores na mesma proporção.

Sumário / Fonte:

7.4 – Isoquanta e isocusto (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Taxa marginal de substituição técnica
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Uma outra parecença entre a teoria do produtor e a teoria do consumidor é a taxa


marginal de substituição técnica (𝑇𝑀𝑆𝑇). Esta taxa mostra a forma como a empresa pode
Não havendo
fazer a troca entre os dois fatores de produção, considerando que se mantém o mesmo
substituibilidade, não faz
nível de produção, ou seja, que a empresa está a passar de um ponto da isoquanta para
sentido calcular a 𝑇𝑀𝑆𝑇
outro.
∆𝐾 𝜕𝐾 𝑃𝑚𝑔𝐿
𝑇𝑀𝑆𝑇𝐾,𝐿 = − =− =
∆𝐿 𝜕𝐿 𝑃𝑚𝑔𝐾

A 𝑇𝑀𝑆𝑇 também pode Havendo substituibilidade entre fatores, a 𝑇𝑀𝑆𝑇 é sempre negativa uma vez que, no
ser interpretada como o pressuposto de estar na mesma isoquanta, se um dos fatores produtivos aumentar,
declive da isoquanta num obrigatoriamente a utilização do outro tem de diminuir.
determinado ponto
A 𝑇𝑀𝑆𝑇 também é decrescente em valor absoluto, ou seja, à medida que se utilizam mais
unidades de um dos fatores de produção, o outro fator tem cada vez mais valor relativo,
pelo que tem de se desistir de cada vez menos unidades desse fator.

Ponto 𝐸 = Ponto de
equilíbrio, ótimo para a
empresa

Sumário / Fonte:

7.5 – Taxa marginal de substituição técnica e a decisão do produtor a longo prazo (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Problema do produtor
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

Sendo o equilíbrio dado pela igualdade da 𝑇𝑀𝑆𝑇 com o rácio de preços, é possível ter duas
situações de desequilíbrio:

Situação 1 𝑃𝑚𝑔𝐿 𝑤
>
𝑃𝑚𝑔𝐾 𝑟
O desequilíbrio apresentado só é resolvido se o rácio em causa diminuir. Isso obriga a que
diminua o valor de 𝑃𝑚𝑔𝐿 e/ou aumente o valor de 𝑃𝑚𝑔𝐾 .

De acordo com a lei dos rendimentos marginais decrescentes, isso só pode acontecer se
se aumentar a utilização do fator trabalho e/ou diminuir a utilização do fator capital.

Também pode ser analisado de outra forma, em que significa que o declive da isoquanta
é superior ao declive da isocusto, sendo necessário aumentar a utilização de 𝐿 e diminuir
a utilização de 𝐾.

𝑃𝑚𝑔𝐿 𝑤
Situação 2 <
𝑃𝑚𝑔𝐾 𝑟
Para voltar ao equilíbrio neste caso, é necessário que aumente o produto marginal de 𝐿
e/ou que diminua o produto marginal de 𝐾. Isso só pode ocorrer reduzindo a utilização do
fator trabalho e aumentando a utilização do fator capital.

Por outro lado, se o rácio das produtividades marginais for inferior ao rácio dos preços,
isso significa que o declive da isoquanta é inferior ao da isocusto, onde, com o objetivo de
se dirigir para o ótimo, a empresa terá de diminuir a utilização do fator trabalho e
aumentar a do fator capital.

Sumário / Fonte:

7.5 – Taxa marginal de substituição técnica e a decisão do produtor a longo prazo (livro Princípios de Microeconomia)
7.6 – Resolução do problema do produtor (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Rendimentos à escala
Monitor Tiago Carrilho Data 21 de abril de 2019

Ideias gerais Notas

O conceito da lei dos rendimentos marginais decrescentes é muitas vezes confundido com
outro: o conceito de Rendimentos à escala.

Enquanto que na primeira se faz variar apenas um dos fatores de produção, no caso dos
A questão dos
rendimentos à escala, temos que todos os fatores de produção variam na mesma
rendimentos à escala é
proporção.
importante, uma vez que
tem implicações diretas Assim, enquanto o conceito de rendimentos marginais decrescentes é um conceito de
nos custos da empresa. curto prazo, o de rendimentos à escala é um conceito de longo prazo.

P. ex., uma empresa que


exiba rendimentos
O tipo de rendimentos à escala de uma função pode ser analisado recorrendo ao conceito
crescentes à escala terá
de homogeneidade da mesma.
economias de escala na
função custos (custos
médios de longo prazo
que são decrescentes). Uma função é homogénea de grau 𝑏 se for possível escrever:

Quanto mais extensas 𝑓 (𝑎𝑋 ) = 𝑎𝑏 𝑓(𝑋)


forem essas economias Ou seja, se se multiplicar as variáveis da função por uma constante 𝑎 e for possível colocar
de escala, menor será o essa função como proporcional à função original, a função é homogénea.
número de empresas que
serão viáveis numa • Rendimentos decrescentes à escala (a produção aumenta
𝒃<𝟏
indústria, dada uma proporcionalmente menos do que o aumento dos fatores)
procura de dimensão • Rendimentos constantes à escala (a produção aumenta na
𝒃=𝟏
fixa. mesma proporção que o aumento dos fatores)
• Rendimentos crescentes à escala (a produção aumenta
𝒃>𝟏
proporcionalmente mais do que o aumento dos fatores)

Sumário / Fonte:

7.7 – Rendimentos à escala (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Capítulo 8

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Teoria do produtor
Monitor Tiago Carrilho Data 28 de junho de 2019

Ideias gerais Notas

A análise de produção pode ser feita em dois horizontes, de acordo com a velocidade de
contratação dos vários fatores de produção:

• Fatores de contratação mais lenta são fixos


Curto prazo
• Fatores de contratação mais rápida são variáveis
Longo prazo • Ambos os fatores de contratação são variáveis

Um fator de contratação é fixo quando não decorre tempo suficiente para alterar a
quantidade utilizada no processo produtivo.

Um fator de contratação é variável no sentido em que em qualquer momento se pode


alterar rapidamente a quantidade utilizada no processo produtivo.

A quantidade ótima de output a produzir vai depender da procura e da estrutura do


mercado que o produtor enfrenta, pensando que o objetivo individual é ter um lucro que
seja o máximo possível.

A forma como essa quantidade se vai produzir depende das características da tecnologia
da unidade produtiva (empresa, produtor, etc.), o que por sua vez dita a quantidade de
fatores de produção necessária, decisão essa que se será diferente a curto ou longo prazo.

Sumário / Fonte:

8 – Teoria do Produtor (ótica dos custos) (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Análise de curto prazo
Monitor Tiago Carrilho Data 28 de junho de 2019

Ideias gerais Notas

Função de produção (em geral)

𝑄 = 𝑓(𝐾, 𝐿) 𝑄>0
A curto prazo, a quantidade de capital (𝐾) é constante, pelo que a função passa a ser
apenas uma relação entre a quantidade de trabalho (𝐿) e a quantidade produzida, relação
essa conhecida por curva de produto total.

Ao custo de aquisição do capital chamamos custo fixo (𝐶𝐹) e ao custo com o trabalho
chamamos custo variável (𝐶𝑉). Chama-se função custo à relação entre a produção e o
custo total dos fatores, ou seja, o total dos custos, fixos e variáveis:

𝐶 (𝑄) = 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉(𝑄)

1 2
Curva de produto total
(1) e curva de custos
variáveis (2)
É frequente descartar a zona
que sofre uma inflexão para a
esquerda, porque é a que
corresponde à etapa III do
processo produtivo, onde a
produção não é eficiente.

A diferença entre o custo variável e o custo total é uma constante igual ao custo fixo, seja
qual for a quantidade produzida.

Sumário / Fonte:

8.1 – Análise de curto prazo: dedução da curva de custos a partir da curva de produto total (livro Princípios de
Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Custo médio e marginal
Monitor Tiago Carrilho Data 28 de junho de 2019

Ideias gerais Notas

O custo total médio, ou custo médio, é o custo total por unidade produzida

O custo fixo médio será 𝐶𝑇


𝐶𝑇𝑀 =
𝑄
𝐶𝐹
𝐶𝐹𝑀 =
𝑄 Dado um certo output 𝑄, temos que:

𝐶𝑇𝑀 = 𝐶𝐹𝑀 + 𝐶𝑉𝑀

O custo variável médio O custo marginal é o custo adicional de produzir mais uma unidade do produto. Visto que
será 𝐶𝐹 é constante e não se altera, temos que:
𝐶𝑉 ∆𝐶 ∆𝐶𝑉 ∆𝐶𝑇
𝐶𝑉𝑀 = 𝐶𝑚𝑔 = = =
𝑄 ∆𝑄 ∆𝑄 ∆𝑄

Relações entre custos


• A diferença entre 𝐶𝑉𝑀 e 𝐶𝑇𝑀 é sempre decrescente e igual ao 𝐶𝐹𝑀
• Os 𝐶𝑉𝑀, 𝐶𝑇𝑀 e 𝐶𝑚𝑔, à medida que 𝑄 aumenta, são primeiro decrescentes e
depois são crescentes
• Os 𝐶𝑉𝑀 e 𝐶𝑇𝑀 são decrescentes enquanto o 𝐶𝑚𝑔 lhes for inferior
• Os 𝐶𝑉𝑀 e 𝐶𝑇𝑀 são crescentes enquanto o 𝐶𝑚𝑔 lhes é superior
• Os mínimos dos 𝐶𝑉𝑀 e 𝐶𝑇𝑀 ocorrem quando o 𝐶𝑚𝑔 já é crescente

Para variações infinitesimais no output, o custo marginal coincide com a derivada da


função custo
∆𝐶 ≈ 𝜕𝐶
𝐶𝑚𝑔 = ∆𝑄 → 0
∆𝑄 𝜕𝑄
Para desenhar o custo marginal, basta ver se aumenta ou diminui o declive das tangentes
Todas as curvas tem a forma de à curva de custo variável, à medida que variamos 𝑄.
U, sendo que 𝐶𝑉𝑀 e 𝐶𝑇𝑀 tem
um mínimo quando se cruzam Para desenhar os custos médios, basta ver se aumenta ou diminui o declive das retas que
com 𝐶𝑚𝑔. partem da origem até um ponto da função, à medida que variamos 𝑄.

Sumário / Fonte:

8.2 – Custo médio e custo marginal: a geometria dos custos (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Análise de longo prazo
Monitor Tiago Carrilho Data 29 de junho de 2019

Ideias gerais Notas

A longo prazo todos os custos são variáveis. O produtor pode escolher a combinação de
capital e de trabalho que lhe minimiza os custos de produção. A quantidade ótima de
output a produzir depende das condições do mercado onde o produtor se insere.

Uma vez que a estrutura de capital está disponível para escolha, o produtor irá escolher a
situação que gera os custos mínimos.

As curvas de custo a curto prazo quando a quantidade de capital aumenta sofrem uma
deslocação para a direita e para baixo.

A curva de custo médio a longo prazo deve corresponder ao custo médio de escolha ótima
de capital e de trabalho para produzir uma certa quantidade de output.

Os custos a curto prazo são sempre maiores ou iguais aos custos a longo prazo. Para um
contínuo de valores possíveis para 𝐾, as curvas de custo médio sofrem um arrastamento
Em qualquer ponto da
para a direita e para baixo, sendo que a curva de custo médio de longo prazo
curva de custo médio a
corresponderá ao contorno inferior de todas as curvas. Ao longo da curva 𝐶𝑀𝐿𝑃 para
longo prazo são
qualquer nível de output, o custo a longo prazo é sempre menor ou igual do que o custo a
cumpridas as seguintes
curto prazo para os vários níveis de capital instalado.
condições:
𝑟𝐾 ∗ + 𝑤𝐿∗
𝐶𝑀𝐿𝑃 (𝑄 ∗) =
𝑞∗

(𝐾 ∗, 𝐿∗ ) = 𝑎𝑟𝑔𝑚𝑖𝑛(𝑟𝐾 + 𝑤𝐿)

𝑆. 𝑎: 𝑓(𝐾, 𝐿) = 𝑄 ∗

O valor de 𝑄∗ , quantidade ótima a produzir que deve maximizar os lucros, dependerá da


estrutura dos mercados.

Sumário / Fonte:

8.3 – Análise de logo prazo: relação entre custos médios de longo prazo e as curvas de curto prazo (livro Princípios de
Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Lucro económico e lucro contabilístico
Monitor Tiago Carrilho Data 29 de junho de 2019

Ideias gerais Notas

A empresa terá lucro se o preço for superior ao custo médio de produção e prejuízo se for
caso contrário:
As condições de mercado
determinam o preço a
que a empresa vai vender
a sua produção e, por
conseguinte, a
quantidade ótima a
produzir. O lucro, 𝜋, será
determinado pela
seguinte expressão:

𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇 = 𝑄(𝑃 − 𝐶𝑇𝑀) Em geral, o custo de um fator de produção será igual ao valor da sua melhor utilização
alternativa, e pode ser de dois tipos:

• Custo explícito, que consiste numa despesa e, portanto, num pagamento efetivo
• Custo implícito, que não leva a um pagamento efetivo

Um custo de oportunidade pode consistir num custo explícito, como seja o salário, mas
também pode ser um custo implícito, como seja o custo implícito do capital.

O custo implícito do capital, ou renda implícita, é o valor da melhor utilização alternativa


de determinado capital utilizado numa atividade produtiva.

Quando se calcula o lucro económico leva-se em consideração, no lado dos custos, todos
os custos explícitos e implícitos em que se incorre numa atividade produtiva e,
globalmente, são chamados de custos totais.

O lucro contabilístico apenas tem em conta os custos explícitos, ou seja, aqueles que
envolvem diretamente uma despesa (pode ter em conta apenas alguns custos implícitos,
como seja a depreciação dos ativos fixos).

𝒍𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒆𝒄𝒐𝒏ó𝒎𝒊𝒄𝒐 ≤ 𝒍𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍í𝒔𝒕𝒊𝒄𝒐

Sumário / Fonte:

8.4 – A relação entre custos e lucro: o lucro económico e o lucro contabilístico (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Economias de escala
Monitor Tiago Carrilho Data 29 de junho de 2019

Ideias gerais Notas

Economias de
• A longo prazo, os custos médios são decrescentes
escala
Deseconomias
• A longo prazo, os custos médios são crescentes
de escala

Economias de escala
Estes conceitos não devem ser confundidos com o conceito de rendimentos de escala,
Deseconomias de que diz respeito ao efeito na quantidade produzida que decorre de uma variação de todos
escala os inputs em simultâneo e na mesma proporção. O conceito de economias de escala diz
respeito ao comportamento do custo médio de longo prazo quando a produção aumenta.

A extensão das economias de escala determina a dimensão da escala mínima eficiente (o


montante de output que minimiza os custos médios a longo prazo). A dimensão da escala
mínima eficiente, 𝐸𝑀𝐸, depende da tecnologia e é fulcral para a determinação do número
de empresas viáveis num mercado.

Quanto maior a extensão de economias de escala menor será o número de empresas


ativas num mercado.

Quando existem extensas economias de escala, as tecnologias tipicamente exigem


grandes investimentos em capital. Se esses investimentos forem em ativos específicos a
uma atividade, os custos respetivos designam-se custos afundados. Um ativo específico a
uma atividade não tem valor em utilizações alternativas, ou tem apenas um valor residual
(só tem valor para a atividade para a qual foi concebido).
Exemplo de custos afundados: A necessidade de fazer este tipo de investimento é dissuasora da entrada no mercado e
Investimento em quanto maior o custo do investimento, mais extensas serão as economias de escala: será
infraestruturas de preciso produzir uma grande quantidade para que o custo médio decresça o suficiente
telecomunicações; os custos de para ser um valor aceitável e que eventualmente possa gerar lucro, criando barreiras
investimento são
naturais à entrada no mercado.
irrecuperáveis caso a atividade
cesse

Sumário / Fonte:

8.5 – Economias de escala: relação com a estrutura de uma indústria (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Capítulo 9

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Mercado e os seus diferentes tipos
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Um mercado é um qualquer arranjo onde seja possível confrontar os interesses dos


compradores e dos vendedores. No fundo, existe um mercado desde que haja
simultaneamente procura e oferta de um determinado bem ou serviço, sendo que da
atuação dos diferentes agentes no mercado, se fixa o preço e a quantidade que serão
transacionados. O mercado não tem de ser um local físico.

É possível classificar os mercados em diferentes categorias, dependendo de vários fatores,


entre os quais a pressão competitiva imposta pelos seus agentes. Uma das variáveis
fundamentais (embora não a única) para identificar a pressão competitiva é o número de
empresas.

O expoente máximo da competitividade entre empresas é identificado como um mercado


de concorrência perfeita. Neste mercado existem muitas empresas sem capacidade para
se diferenciarem, o que significa que não têm poder de mercado.

O extremo da ausência de competitividade é a situação em que existe apenas uma


empresa a fornecer um bem ou serviço. Nassa situação, monopólio, há geralmente um
grande poder de mercado por parte da empresa. À medida que a pressão competitiva
aumenta, passa-se para uma situação de oligopólio.

A existência de um grande número de empresas sem comportamento estratégico é


conhecida como uma concorrência monopolística.

Sumário / Fonte:

9 – Mercados (livro Princípios de Microeconomia)


9.1 – Definição de mercado e diferentes tipos de mercados (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Concorrência perfeita
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Geralmente a concorrência perfeita é uma estrutura de mercado identificada por ter


muitas empresas a vender os seus produtos, embora esta não seja a sua única
característica.

Característica da concorrência perfeita


Atomicidade dos
• Existência de muitos compradores
agentes
Homogeneidade do • Todos os produtos/serviços que são oferecidos pelas
produto diferentes empresas são iguais
• Todos os agentes têm informação total sobre os
Informação perfeita
produtos, a sua qualidade e preço
Tecnologia acessível • Acesso por parte das empresas às melhores tecnologias
• As empresas têm acesso às formas mais eficientes de
Mobilidade fatorial produzir
• Acesso aos restantes fatores de produção
• Inexistência de barreiras à entrada ou saída: qualquer
Livre entrada e saída
agente económico pode abrir e fechar uma empresa sem
de empresas
custos adicionais, em qualquer momento

Nenhuma empresa tem dimensão suficiente para alterar as condições do mercado, ou


seja, nenhuma empresa tem poder de mercado sobre o preço.

A procura dirigida a cada uma das empresas é totalmente horizontal, ou seja, é


infinitamente elástica, o que significa que a empresa é obrigada a vender ao preço
identificado. Qualquer subida de preço levam os consumidores a deixar de procurar o
produto nessa empresa, passando para a concorrência, e uma descida dos preços vai
provocar prejuízos na empresa.

É difícil encontrar um mercado nestas condições, embora existam alguns que se


aproximam desta estrutura, como o mercado dos produtos hortícolas.

Sumário / Fonte:

9.2 – Concorrência perfeita (livro Princípios de Microeconomia)


9.2.1 – Pressupostos da concorrência perfeita (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Solução de curto prazo
Monitor Tiago Carrilho Data 12 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Uma empresa num mercado concorrencial maximiza o seu lucro, quando a última unidade
produzida lhe dá um benefício (receita marginal) que é igual ao custo (custo marginal).
Ter uma situação em que o
benefício marginal iguala o Neste caso, o benefício marginal da empresa é exatamente igual ao preço, dado que todas
custo marginal não significa as unidades são vendidas ao mesmo valor, pelo facto de que a empresa não tem poder de
necessariamente que o mercado.
lucro seja igual a zero. O
que significa é que o lucro 𝑃 = 𝐶𝑚𝑔
da última unidade é igual a
zero. No entanto, essa igualdade não é necessariamente suficiente para identificar o
comportamento ótimo da empresa.

Na concorrência perfeita, a É necessário recorrer à condição de 1.ª ordem e à condição de 2.ª ordem, para perceber
receita marginal é igual ao onde se situa o ótimo
preço, ou seja, é possível
escrever a condição de 1.ª 𝜕Π
Condição de 1.ª ordem = 0 ⇔ 𝑅𝑚𝑔 − 𝐶𝑚𝑔 = 0
ordem como 𝑃 − 𝐶𝑚𝑔 = 0 𝜕𝑄
𝜕2Π
Condição de 2.ª ordem = −𝐶𝑚𝑔′
𝜕𝑄2
Para ser um ponto máximo,
a condição de 2.ª ordem
exige que −𝐶𝑚𝑔 ′ < 0, ou Isto comprova que o ótimo só se pode verificar na parte ascendente do custo marginal,
seja, 𝐶𝑚𝑔 ′ > 0 pelo que a oferta terá de ser, necessariamente, positivamente inclinada.

Sumário / Fonte:

9.2.2 – A solução de curto prazo da empresa em concorrência perfeita (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


O ótimo na solução de curto prazo
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

No entanto, mesmo que se tenha identificado a situação em que 𝑃 = 𝐶𝑚𝑔 e que isso
corresponda a um ponto na parte ascendente da curva dos custos marginais, a solução da
Relembra-se que, havendo
diferença entre estes tipos de empresa pode ser diferente, porque esta situação pode não ser desejável para a empresa.
custos, isso significa que a
empresa está sujeita a custos É necessário recorrer à abordagem gráfica, apresentando:
fixos, estando-se então a fazer
uma análise de curto prazo.
• Curva dos custos marginais
• Curva de custos variáveis médios
• Curva de custos totais médios.

Produza ou não, a empresa tem sempre de enfrentar custos fixos inerentes à atividade,
por isso é necessário perceber se, mesmos nos casos em que tem prejuízo, é melhor
manter as portas abertas (perante a hipótese de ter um prejuízo maior ao encerrar, por
𝐶𝑇𝑀 = Custo unitário da
ser superior aos 𝐶𝐹).
empresa

𝐶𝑉𝑀 = Custo variável médio O 1.º caso levaria ao encerramento da empresa, enquanto que no 2.º será preferível
suportar os prejuízos e manter a empresa aberta.

Curva de oferta individual


de uma empresa
𝑃 = 𝐶𝑚𝑔, 𝑠𝑒 𝑃 ≥ min 𝐶𝑉𝑀 É possível uma empresa concorrencial ter lucro, basta que o preço seja superior ao custo
𝑄={
0, 𝑠𝑒 𝑃 < min 𝐶𝑉𝑀 total médio.

Sumário / Fonte:

9.2.2 – A solução de curto prazo da empresa em concorrência perfeita (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Resumo solução curto prazo
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

É possível então identificar 2 pontos importantes para a empresa:

Limiar encerramento Limiar rentabilidade

 Preço mínimo que tem de se verificar  Preço a partir do qual a empresa


para que a empresa não feche a sua consegue ter lucro no mercado
atividade  Preço que corresponde ao mínimo de
 Preço que corresponde ao mínimo de 𝐶𝑇𝑀
𝐶𝑉𝑀

A área abaixo do custo marginal até uma determinada quantidade corresponde ao custo
variável dessa quantidade.

Como a área acima da oferta e abaixo do preço corresponde ao excedente do produtor,


este excedente é igual à receita menos os custos variáveis, que é igual a dizer que o
excedente do produtor é igual ao lucro mais o custo fixo.

Assim, uma empresa só é viável se o excedente do produtor for maior ou igual a zero.

Sumário / Fonte:

9.2.2 – A solução de curto prazo da empresa em concorrência perfeita (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Solução de longo prazo
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Quando a empresa consegue ajustar totalmente a sua capacidade produtiva, significando


que não existem custos fixos (e que os custos totais são os variáveis), existe uma ligeira
alteração à análise anterior.

Prende-se com o facto de haver só uma curva de custos médios relevante para analisar a
𝑃 = 𝐶𝑚𝑔, 𝑠𝑒 𝑃 ≥ min 𝐶𝑀 situação da empresa. Qualquer ponto acima do mínimo do custo total médio faz com
𝑄={
0, 𝑠𝑒 𝑃 < min 𝐶𝑀
que a empresa tenha lucro, enquanto que qualquer ponto abaixo desse mínimo faz com
que a empresa decida não produzir.

A longo prazo, não há distinção entre limiar de encerramento e limiar de rentabilidade.

No longo prazo o equilíbrio do mercado concorrencial tenderá para o ponto em que as


empresas não tenham lucro nem prejuízo, ou seja, as empresas ficarão sobre o limiar da
Se há lucros nulos, o que
rentabilidade e que os lucros sejam nulos.
norteia a pessoa a querer
abrir uma empresa? Interesse Oferta de
Existe lucro em entrar mercado vai Preço baixa
O lucro a que se refere é o
no mercado aumentar
lucro económico (que já Preço de
desconta o custo de Empresas Reduz a
mercado Preço
oportunidade). O que vão sair do oferta
abaixo do aumenta
significa que o lucro mercado disponível
custo médio
contabilístico das
empresas é positivo.

Análise entre curto


prazo (superior) e
longo prazo (inferior)

Sumário / Fonte:

9.2.3 – A análise de longo prazo e a estabilidade da solução da concorrência perfeita (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Porque falha a concorrência perfeita?
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

As condições descritas são demasiado rigorosas. Mesmo num mercado que se aproxima
desta estrutura, como o mercado dos produtos hortícolas, há pressupostos que falham e
que podem conduzir a um mercado de concorrência imperfeita. As imperfeições podem
ser maiores ou menores, e no limite a estrutura de mercado que se verifica é a de
monopólio.

Falhas nas premissas da Concorrência perfeita


Atomicidade dos • A falha mais comum é da existência de poucas empresas,
agentes relacionado com barreiras à entrada
Homogeneidade do • As diferenças podem existir na composição, no sabor ou
produto simplesmente na marca
• Nem todos os preços estão disponíveis para consulta
Informação perfeita
global (relacionado com a assimetria da informação)
• Muitas empresas gastam k€ em I&D
• As tecnologias podem ficar em segredo
Tecnologia acessível • Tecnologias patenteadas acaba por tornar a empresa
possuidora da patente em empresa monopolista durante
o tempo em que a patente vigora
• Nem todas as empresas têm acesso aos melhores
Mobilidade fatorial
recursos
• Barreiras naturais – p. ex. elevados custos de instalação
Livre entrada e saída
• Barreiras legais – p. ex. aquisição de licenças para operar
de empresas
em determinados mercados

Sumário / Fonte:

9.3 – Porque falha a concorrência perfeita? (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Monopólio
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

A forma de resolver o monopolista é semelhante à do problema da concorrência, uma vez


que se pretende maximizar o lucro. A diferença fundamental está no facto de que a
empresa monopolista não vende cada unidade ao mesmo preço, mas sim em função da
Questões pertinentes: procura.

• Não existe curva de Considerando então a procura inversa como função da quantidade (𝑃(𝑄)), é possível
oferta, porque a escrever a receita total como 𝑅𝑇(𝑄) = 𝑃(𝑄). O problema de maximização do lucro será:
mesma quantidade
ótima pode estar max 𝜋 = 𝑅𝑇(𝑄) − 𝐶𝑇(𝑄)
associada a preços
diferentes, consoante A maximização do lucro obtém-se igualando a primeira derivada a zero:
as alterações na
𝜕Π
procura (a oferta passa = 0 ⇔ 𝑅𝑚𝑔 − 𝐶𝑚𝑔 = 0 ⇔ 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔
a ser endógena em
𝜕𝑄
relação à procura) É possível que a empresa monopolista também não esteja no seu ótimo, podendo
• A empresa inclusivamente apresentar prejuízo, quando a quantidade de equilíbrio cruza os custos
monopolista pode
totais médios acima do preço (o custo é superior à receita).
apresentar prejuízo
• O monopolista não
pode escolher o preço
que quer, porque
enfrenta uma curva de
procura (decidir
escolher um preço
maior que o equilíbrio
conduz à redução da
quantidade procurada
e, consequentemente,
não estar ao nível Ponto de maximização do lucro
maximizador de lucro
1
𝑃 [1 − ] = 𝐶𝑚𝑔
|𝐸𝑃𝑃 |

O monopolista opera sempre na zona elástica da procura.

No ótimo do monopólio, ao contrário da concorrência perfeita, o preço é superior à receita


marginal.

Sumário / Fonte:

9.4 – Monopólio (livro Princípios de Microeconomia)


9.4.1 – A solução da empresa em monopólio (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Monopólio natural
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Este tipo de monopólio surge normalmente numa atividade que tem associado uma
grande investimento, cujo custo é afundado, mas que apresenta custos marginais que são
relativamente baixos.

Um exemplo é a água canalizada e o saneamento básico. Neste caso, o investimento a


efetuar numa rede de distribuição tornaria a atividade demasiado onerosa, e leva a que
seja eficiente ter apenas uma empresa e não duas a fornecer o serviço.

A esta situação chama-se subaditividade de custos e é, em última análise, condição


necessária e suficiente para a existência de um monopólio natural. Existe subaditividade
de custos se a produção de uma dada quantidade 𝑄 tiver um custo menor com uma
empresa do que com 2, ou seja:

𝐶 (𝑄) ≤ 𝐶 (𝑄1 ) + 𝐶(𝑄2 )

Esta situação surge justamente devido à necessidade de fazer investimentos em


infraestruturas.

O valor até ao qual a produção se faz em monopólio natural está para além da escala
mínima eficiente (𝐸𝑀𝐸), o que significa que a produção em monopólio natural pode surgir
quando já se esgotaram as economias de escala. Não se deve associar o monopólio
natural à existência de economias de escala. O monopólio natural pode subsistir mesmo
depois de estas estarem esgotadas, mas a procura não é suficientemente grande para
viabilizar a existência de mais empresas no mercado.

Por exemplo no setor energético, a tecnologia de produção de energia elétrica é a mesma


em todo o mundo, pelo que a extensão das economias de escala, ou seja, a dimensão de
𝑄𝐸𝑀𝐸 é igual em Portugal e na China. No entanto, devido à dimensão da procura, é mais
eficiente ter a produção espalhada por várias empresas na China do que em Portugal.

Nestes casos, a solução passa normalmente pela intervenção do Estado, no sentido de


corrigir o problema ético do preços altos, chamando a si a responsabilidade de fornecer o
bem/serviço, ou tendo um tipo de atividade regulatória.

Sumário / Fonte:

9.4.2 – Monopólio natural (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Concorrência perfeita vs. Monopólio
Monitor Tiago Carrilho Data 15 de maio de 2019

Ideias gerais Notas

Recorrendo aos conceitos de excedente do consumidor e de excedente do produtor, é


possível demonstrar que a situação de concorrência perfeita é melhor, em termos de bem-
estar social (e de eficiência) do que o monopólio.

Concorrência Monopólio
perfeita

Neste caso, há um triângulo branco que, comparando com a concorrência perfeita, deixa
de existir no monopólio: é a chamada perda de eficiência ou perda de bem-estar do
monopólio.

Mas nem todos os monopólios são “maus”:

• O processo de patentes incentiva a investigação e desenvolvimento, potenciando


o desenvolvimento da sociedade
• Nalgumas situações, o monopólio é o processo mais eficiente

Para além da comparação dos excedentes económicos, pode também verificar-se a


aproximação de um mercado ao mercado concorrencial através do cálculo de uma medida
Quanto maior o valor do
conhecida como Índice de Lerner:
índice, maior o afastamento do 𝑃 − 𝐶𝑚𝑔
preço em relação à situação de 𝐿=
concorrência perfeita.

Sumário / Fonte:

9.5 – A situação de concorrência perfeita vs. a situação do monopólio (livro Princípios de Microeconomia)

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


Capítulo 10

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


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Ideias gerais Notas

Sumário / Fonte:

Claudia Pêgo | UAB | MICROECONOMIA


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