Você está na página 1de 68

Fundação Universidade Vale do Acaraú

Instituto D. José – IDJ

BACHARELADO EM CIÊNCIAS
CONTÁBEIS

Contabilidade Governamental

Professor Dakson Aquino


Conteúdo

FUNÇÕES BÁSICAS DO ESTADO .............................................................................................................8


Função legislativa ........................................................................................................................................ 8
Função executiva......................................................................................................................................... 9
Função Jurisdicional .................................................................................................................................10
PEÇAS DE PLANEJAMENTO ....................................................................................................................10
Plano Plurianual-PPA ...............................................................................................................................10
Lei De Diretrizes Orçamentárias - LDO .................................................................................................11
Lei Orçamentária Anual – LOA................................................................................................................12
Transparência ............................................................................................................................................12
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ORÇAMENTO PÚBLICO ..................................................................13
Conceituação .............................................................................................................................................13
Importância .................................................................................................................................................14
Evolução histórica. ....................................................................................................................................14
O Orçamento Público como instrumento de apoio à administração pública........................................15
TIPOS DE ORÇAMENTO ............................................................................................................................15
Orçamento de Seguridade Social ...........................................................................................................15
Orçamento Fiscal.......................................................................................................................................16
Orçamento de Investimento de Empresas Estatais .............................................................................16
Orçamento dos Consórcios Públicos .....................................................................................................16
FASES DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO ............................................................................................18
COMO É ELABORADO UM ORÇAMENTO PÚBLICO ...........................................................................18
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS ..............................................................................................................19
Princípio da Universalidade .....................................................................................................................19
Princípio da Unidade .................................................................................................................................19
Princípio da Anualidade ............................................................................................................................19
Princípio do Equilíbrio ...............................................................................................................................20
Princípio da Especificação .......................................................................................................................20
Princípio da Publicidade ...........................................................................................................................20
Princípio da Clareza ..................................................................................................................................20
ASPECTOS DO ORÇAMENTO ..................................................................................................................20
1) Aspecto Político.....................................................................................................................................20
2) Aspecto Jurídico....................................................................................................................................20
3) Aspecto Econômico ..............................................................................................................................21

2
4) Aspecto Financeiro ...............................................................................................................................21
CONTEÚDO E FORMA DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA.................................................................21
A RECEITA PÚBLICA...................................................................................................................................21
Órgão ...........................................................................................................................................................21
Unidade orçamentária...............................................................................................................................22
Tipos de Unidades Administrativas ........................................................................................................22
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA ...............................................23
Categoria Econômica ................................................................................................................................23
Origem .........................................................................................................................................................23
Espécie........................................................................................................................................................24
Rubrica ........................................................................................................................................................24
Alínea...........................................................................................................................................................24
Subalínea ....................................................................................................................................................24
RECEITA ORÇAMENTÁRIA CORRENTE: ORIGENS E ESPÉCIES ..................................................24
1. Receita Orçamentária Corrente ..........................................................................................................24
2. Receitas de Capital ...............................................................................................................................25
Fontes de Recurso ....................................................................................................................................26
Tabela da Classificação da Receita definida pelo TCM ......................................................................27
A DESPESA PÚBLICA .................................................................................................................................27
Órgão ...........................................................................................................................................................27
Unidade orçamentária...............................................................................................................................27
Funções.......................................................................................................................................................28
Subfunções .................................................................................................................................................29
Programas ..................................................................................................................................................30
Ação .............................................................................................................................................................30
NATUREZA DA DESPESA ..........................................................................................................................32
Categoria Econômica ................................................................................................................................32
3 – Despesas Orçamentárias Correntes............................................................................................32
4 – Despesas Orçamentárias de Capital ...........................................................................................32
GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA .............................................................................................32
1 - Pessoal e Encargos Sociais ...........................................................................................................33
2 – Juros e Encargos da Dívida ..........................................................................................................33
3 – Outras Despesas Correntes ..........................................................................................................33
4 – Investimentos...................................................................................................................................33

3
5 – Inversões Financeiras ....................................................................................................................33
6 – Amortização da Dívida ...................................................................................................................33
7 – Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor .........................................................34
9 – Reserva de Contingência ..............................................................................................................34
Modalidades de Aplicação .......................................................................................................................35
20 – Transferências à União ................................................................................................................35
30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal ........................................................................35
40 – Transferências a Municípios .......................................................................................................35
50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos .................................................36
60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos .................................................36
70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais ................................................................36
80 – Transferências ao Exterior ..........................................................................................................36
90 – Aplicações Diretas ........................................................................................................................36
91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes
dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social ...............................................................................36
99 – A Definir ..........................................................................................................................................36
Elemento de gasto.....................................................................................................................................36
01 – Aposentadorias e Reformas........................................................................................................38
03 – Pensões .........................................................................................................................................39
04 – Contratação por Tempo Determinado .......................................................................................39
05 – Outros Benefícios Previdenciários .............................................................................................39
06 – Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso ..............................................................................39
07 – Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência ..............................................................39
08 – Outros Benefícios Assistenciais .................................................................................................39
09 – Salário-Família ..............................................................................................................................39
10 – Outros Benefícios de Natureza Social.......................................................................................39
11 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil.....................................................................39
12 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar..................................................................40
13 – Obrigações Patronais ...................................................................................................................40
14 – Diárias – Civil.................................................................................................................................40
15 – Diárias – Militar..............................................................................................................................40
16 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil .............................................................................40
17 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar ..........................................................................41
18 – Auxílio Financeiro a Estudantes .................................................................................................41

4
19 – Auxílio-Fardamento ......................................................................................................................41
20 – Auxílio Financeiro a Pesquisadores...........................................................................................41
21 – Juros sobre a Dívida por Contrato .............................................................................................41
22 – Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato .........................................................................41
23 – Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária .................................................................41
24 – Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária ..............................................................................41
25 – Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita ...................................41
26 – Obrigações decorrentes de Política Monetária ........................................................................41
27 – Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares ..........................................42
28 – Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos .....................................................................42
30 – Material de Consumo ...................................................................................................................42
31 – Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras ....................................42
32 – Material de Distribuição Gratuita ................................................................................................42
33 – Passagens e Despesas com Locomoção .................................................................................42
34 – Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização .........................42
35 – Serviços de Consultoria ...............................................................................................................43
36 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física ........................................................................43
37 – Locação de Mão-de-Obra............................................................................................................43
38 – Arrendamento Mercantil ..............................................................................................................43
39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica.....................................................................43
41 – Contribuições.................................................................................................................................43
42 – Auxílios ...........................................................................................................................................43
43 – Subvenções Sociais .....................................................................................................................44
45 – Equalização de Preços e Taxas .................................................................................................44
46 – Auxílio-Alimentação ......................................................................................................................44
47 – Obrigações Tributárias e Contributivas .....................................................................................44
48 – Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas .......................................................................44
49 – Auxílio-Transporte ........................................................................................................................44
51 – Obras e Instalações......................................................................................................................44
52 – Equipamentos e Material Permanente ......................................................................................44
61- Aquisição de Imóveis .....................................................................................................................45
62 – Aquisição de Produtos para Revenda .......................................................................................45
63 – Aquisição de Títulos de Crédito..................................................................................................45
64 – Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado ........................................45

5
65 – Constituição ou Aumento de Capital de Empresas .................................................................45
67 – Depósitos Compulsórios ..............................................................................................................45
71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado ................................................................................45
72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado .................................................................................45
73 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada.......................................45
74 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada ........................................45
75 – Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação de Receita ....46
77 – Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado ...........................................................46
81 – Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas ...................................................................46
91 – Sentenças Judiciais ......................................................................................................................46
92 – Despesas de Exercícios Anteriores ...........................................................................................46
93 – Indenizações e Restituições .......................................................................................................46
94 – Indenizações e Restituições Trabalhistas.................................................................................47
95 – Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo ............................................................47
96 – Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado ...........................................................47
99 – A Classificar ...................................................................................................................................47
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS ............................................................................................................................64
CRÉDITOS ADICIONAIS......................................................................................................................................64
FONTES DOS CRÉDITOS ADICIONAIS ................................................................................................................64
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO ............................................................................................................65
Ciclo da Receita ................................................................................................................................................65
Estágios.......................................................................................................................................................65
Previsão ..................................................................................................................................................65
Lançamento ............................................................................................................................................65
Arrecadação ...........................................................................................................................................65
Recolhimento .........................................................................................................................................66
Ciclo da Despesa ...............................................................................................................................................66
Etapas da despesa ........................................................................................................................................66
Planejamento .........................................................................................................................................66
Execução ................................................................................................................................................66
Controle e Avaliação .............................................................................................................................66
Estágio da Despesa .......................................................................................................................................66
Empenho .................................................................................................................................................66
Liquidação...............................................................................................................................................67

6
Pagamento .............................................................................................................................................67
ROTEIROS CONTÁBEIS ......................................................................................................................................68

7
FUNÇÕES BÁSICAS DO ESTADO

Função legislativa
O Legislativo possui funções legislativas, administrativas, fiscalizadoras e julgadoras.

As funções legislativas consistem na elaboração de leis sobre todos os assuntos


definidos como de sua competência. Assim os parlamentares têm o direito de apresentar
projetos de lei, moções, emendas aos projetos de lei, aprovar ou rejeitar projetos, aprovar
ou rejeitar vetos do prefeito, governador ou presidente da República.
As funções fiscalizadoras se destinam à fiscalização e controle dos atos do Poder
Executivo (prefeito,vice-prefeito, secretários municipais e estaduais, governadores, vice-
governadores, Presidente da República e ministros) e os atos de toda a administração
pública a que representam. A função fiscalizadora se dá por meio da apresentação de
requerimentos de informação sobre a administração, criação de Comissões
Parlamentares de Inquérito para apuração de fato determinado, realização de vistorias e
inspeções nos órgãos públicos e ainda através de convocação de autoridades públicas
para depor e prestar esclarecimentos.
As funções administrativas exercidas pela Casa Legislativa destinam-se à
organização dos seus serviços internos, tais como composição da Mesa Diretora,
constituição das comissões, bancadas partidárias, etc. A função administrativa é restrita à
sua organização interna, regulamentação de seu funcionalismo, estruturação e direção de
seus serviços auxiliares.

As funções administrativas exercidas pela Casa Legislativa destinam-se à


organização dos seus serviços internos, tais como composição da Mesa Diretora,
constituição das comissões, bancadas partidárias, etc. A função administrativa é restrita à
sua organização interna, regulamentação de seu funcionalismo, estruturação e direção de
seus serviços auxiliares.
A Casa Legislativa exerce ainda a função de assessoramento, através da
indicação, que é o instrumento legislativo pelo qual o Legislativo sugere ao Chefe do
Poder Executivo medidas de interesse da administração pública como a adoção de
programas sociais, melhor gestão, etc.
O Poder Legislativo também exerce algumas funções parecidas com o Poder
Judiciário, quando processa e julga o chefe do Poder Executivo ou seus representantes
em crime de responsabilidade. A pena imposta a esses agentes políticos pode ser até
mesmo de impeachment, que é a perda do mandato.
Para ser parlamentar a pessoa precisa ser escolhida pela convenção do partido,
ter domicílio certo, ser brasileira, estar no pleno exercício dos direitos políticos, ser filiado
a partido político e ter idade mínima correspondente ao cargo.
O Poder Legislativo Federal é bicameral, ou seja, representado por duas Casas
Legislativas: Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Juntas elas constituem o
Congresso Nacional (CN).
O legislativo em geral possui Comissões Permanentes que apreciam a
regularidade dos projetos com a Constituição, orçamento e outros requisitos e pode criar
Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar por tempo determinado um assunto
específico, e encaminhar as conclusões aos órgãos competente

8
Função executiva
A função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as
leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista,
o líder do Poder Executivo na esfera federal é o Presidente da República, que tem o papel
de chefe de Estado e de governo, sendo o Governador o chefe do executivo estadual e o
prefeito o chefe do executivo municipal. Todos são eleitos democraticamente, pelo voto
direto, para mandato com duração de quatro anos.
No exercício das funções executivas, o chefe do executivo, deve seguir os
preceitos dos Princípios Básicos da Administração Pública, CF/88 Art. 37. A
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade E Eficiência [...].
O Princípio da Legalidade também é chamado de princípio da juridicidade, exige
a adequação de toda e qualquer conduta administrativa a todo o ordenamento jurídico,
nele estando incluídos todas as normas e todos os princípios. Enquanto o particular é livre
para fazer tudo o que não seja proibido, a Administração só pode agir se a lei ordenar,
nos termos que a lei traz, no condicionamento da lei e no tempo que a lei determina. Se a
lei não traz qualquer comando, a Administração não pode agir.
O Princípio da Impessoalidade ou finalidade é o segundo princípio expresso no
artigo 37, caput da Constituição Federal de 1988 e possui duas abordagens distintas:
significa tanto a atuação impessoal, genérica, ligada à finalidade da atuação
administrativa que vise à satisfação do interesse coletivo, sem corresponder ao
atendimento do interesse exclusivo de administrado; como também significa a imputação
da atuação do órgão ou entidade estatal, não sendo quanto ao agente público, pessoa
física.
O Princípio da Moralidade - A CF/88, no artigo 37, frisa uma obrigatoriedade
para a Administração Pública, seja a direta ou a indireta, de obedecer aos princípios
norteadores do direito, mencionando, expressamente, sobre o princípio da moralidade.
Tal princípio impõe à Administração não apenas uma atuação legal, mas também moral,
ou seja, caracterizada pela obediência à ética, à honestidade, à lealdade e à boa-fé.
Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o
comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona
juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as
regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de
honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa.
O Princípio da Publicidade exige que aos atos da Administração Pública seja
dada ampla divulgação, de forma que o administrado possa cumprir a determinação ou
impugná-la.
Todo ato administrativo deve ser publicado, salvo em casos de segurança
nacional, investigações policiais ou, em alguns casos, de interesse superior da
Administração.
O Princípio da Eficiência não possui um conceito jurídico, mas, sim, econômico.
Foi inserido através da Emenda Constitucional nº 19, de 04-06-1998 junto aos previstos
no art. 37, caput. Também, o princípio da eficiência não qualifica normas, mas qualifica
atividades.
Numa ideia geral, eficiência significa fazer acontecer com racionalidade, o que
implica medir os custos que a satisfação das necessidades públicas importam em relação
ao grau de utilidade alcançado
O Princípio Da Supremacia do Interesse Público Sobre o Privado está
presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento da sua execução em

9
concreto pela Administração Pública. Ele inspira o legislador e vincula a autoridade
administrativa em toda a sua atuação.
Este princípio é o fundamento de todo o direito público e que rege a
Administração em todos os seus atos, de que há supremacia dos interesses públicos
sobre os individuais. O artigo 2º, caput, da Lei n 9.784/99 coloca o “atendimento a fins de
interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei”, deixando claro que o interesse público é irrenunciável e a autoridade
administrativa deve exercer seus poderes para garantir que este não seja prejudicado.

Função Jurisdicional

A função jurisdicional é de aplicação das normas, por um órgão independente do


Estado, em caso de falta de entendimento surgido no seio da sociedade.
Em conformidade com o critério orgânico, jurisdição é aquilo que o legislador
constituinte incluiu na competência dos órgãos judiciários. Desse modo, ato jurisdicional é
o que emana dos órgãos jurisdicionais no exercício de sua competência constitucional,
respeitante a solução de colisão de interesses.
A função jurisdicional é exercida pela ordem judiciária do país. Ela compreende:
a) um órgão de cúpula (CF, art. 92, I), como guarda da Constituição e Tribunal da
Federação, que é o Supremo Tribunal Federal;
b) um órgão de articulação (CF, art. 92, II) e defesa do direito objetivo federal, que
é o Superior Tribunal de Justiça;
c) as estruturas e sistemas judiciários, compreendidos pelos Tribunais Regionais
Federais e Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais
e Tribunais e Juízes Militares (CF, art. 92, III-VI);
d) os sistemas judiciários dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 92, VII).

Meios para a manutenção do Estado.

PEÇAS DE PLANEJAMENTO

Plano Plurianual-PPA
O PPA é um instrumento previsto no art. 165 da Constituição Federal destinado a
organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos
da República. Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas públicas do governo
para um período de 4 anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previstas.
O Plano Plurianual é o instrumento de planejamento governamental de médio
prazo, previsto no artigo 165 da Constituição Federal, regulamentado pelo Decreto 2.829,
de 29 de outubro de 1998 e estabelece diretrizes, objetivos e metas da Administração
Pública para um período de 4 anos, organizando as ações do governo em programas que
resultem em bens e serviços para a população. É aprovado por lei quadrienal, tendo
vigência do segundo ano de um mandato majoritário até o final do primeiro ano do
mandato seguinte. Nele constam, detalhadamente, os atributos das políticas públicas
executadas, tais como metas físicas e financeiras, público-alvo, produtos a serem
entregues à sociedade, etc.

10
O PPA define as políticas públicas do Governo, com base nos compromissos
firmados na eleição. O conteúdo total do PPA quadrienal pode ser acessado nos portais
de transparência dos governos Federal, Estadual e Municipal.
O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa.

O Plano Plurianual-PPA tem como princípios básicos:


* Identificação clara dos objetivos e prioridades do governo;
* Identificação dos órgãos gestores dos programas e unidades orçamentárias
responsáveis pelas ações governamentais;
* Organização dos propósitos da administração pública em programas;
* Integração com o orçamento;
* Transparência

Lei De Diretrizes Orçamentárias - LDO


O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e
prioridades para o exercício financeiro seguinte; orienta a elaboração do Orçamento;
dispõe sobre alteração na legislação tributária; estabelece a política de aplicação das
agências financeiras de fomento. Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) elabora a proposta orçamentária para o ano
seguinte, em conjunto com os Ministérios e as unidades orçamentárias dos Poderes
Legislativo e Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a
encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto de
cada ano.
Tem como a principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e
da seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os poderes
Executivo, Legislativo, Judiciário e as empresas públicas e autarquias. Busca sintonizar
a Lei Orçamentária Anual (LOA) com as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública, estabelecidas no Plano Plurianual. De acordo com o art. 165, § 2º da Constituição
Federal. A LDO é o elo entre o Plano Plurianual – PPA e a Lei Orçamentária Anual – LOA,
que é o instrumento que viabiliza a execução dos programas governamentais.
Uma das principais funções da LDO compreende selecionar dentre os programas
e metas incluídos no PPA, aqueles que terão prioridade na execução do orçamento,
conforme determina o parágrafo 2º do artigo 165 da Constituição Federal. Compreenderá
também as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente. Orientará a
elaboração da lei orçamentária anual e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
A CF também determina que a LDO deva dispor sobre alterações na legislação
tributária e deve também estabelecer a política de aplicação das agências financeiras de
fomento.
Outra função importante é que a LDO deve conter autorização específica para a
concessão de qualquer vantagem em relação a aumento de remuneração e outras
referentes ao funcionalismo público. Também constarão dessa lei os limites para
elaboração das propostas orçamentárias dos Poderes Legislativo, Judiciário e do
Ministério Público quando for o caso.

11
O Executivo tem que enviar o projeto de lei da LDO para análise do legislativo até
15 de abril de cada ano. A votação deve ocorrer até 30 de junho e, caso isso não ocorra,
o Legislativo não poderá entrar em recesso.
Outro aspecto importante ainda a ser destacado em relação à LDO, é que a Lei
de Responsabilidade Fiscal determina no seu Art. 4º § 1º - “Integrará o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que será estabelecido, metas
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e
para os dois seguintes.”.
É necessário destacar também que a LDO deve conter segundo o parágrafo 3º,
do art. 4 da LRF, o anexo de Riscos Fiscais. Neste anexo serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretize.
O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e
meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa.
Lei Orçamentária Anual – LOA
A elaboração da LOA terá como base as prioridades e diretrizes estabelecidas na
LDO.
A LOA registra a origem de todas as receitas, isto é, os tributos que são pagos
pela população. Registra também, todas as despesas dos órgãos públicos, os gastos com
pessoal, os investimentos feitos e as dívidas contraídas. Nenhuma despesa pública pode
ser executada sem estar consignada no Orçamento. Na LOA está a concretização dos
Programas definidos no PPA e nas prioridades da LDO.
A Constituição Federal faz referências em relação à LOA nos artigos 165 e 67. No
Art. 165, parágrafo 5 está definido, entre outros, que a lei orçamentária anual
compreenderá: o orçamento fiscal referente aos Poderes da União; seus fundos; órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público; o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; o orçamento da
seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta; bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
No artigo 167, está determinado que nenhum programa ou projeto seja iniciado se
não estiver constando na LOA.
As referências sobre a LOA na Lei de Responsabilidade estão contidas no artigo
5º onde se define que o projeto de lei orçamentária anual, deve ser elaborado de forma
compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias, e com as
normas desta Lei Complementar:
O projeto da LOA deve ser enviado pelo poder Executivo até o dia 30 de
setembro de cada ano e aprovada pelo Legislativo até o fim do mês de dezembro.
Transparência
A transparência do orçamento e das demais contas públicas é fundamental para
todos os contribuintes saberem de onde estão vindo os recursos que o governo utiliza e
onde estão sendo investidos. Há toda uma legislação sobre essa questão que precisa ser
conhecida e amplamente divulgada. E isto contribui para fortalecer a cidadania.
Os artigos 48 e 49 da LRF definem de forma clara os instrumentos de
transparência da gestão fiscal bem como o incentivo à participação popular.

12
O artigo 48 aponta quais são instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos
quais será dada ampla divulgação, inclusive nos meios eletrônicos de acesso público: os
planos; orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o
respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório
de Gestão Fiscal; bem como as versões simplificadas desses documentos.
O parágrafo único deste artigo estabelece que a transparência seja assegurada
também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas,
durante os processos de elaboração e de discussão dos planos e da lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos.
O artigo 49 por sua vez define que as contas apresentadas pelo Chefe do Poder
Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e
no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos
cidadãos e instituições da sociedade.
Por sua vez, a Lei Complementar nº. 131, de 27 de maio de 2009 acrescenta a
liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade em tempo real, ou
seja, disponível no momento em que estão ocorrendo, de informações pormenorizadas
sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público.
Quanto à despesa, todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer
da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilidade mínima
dos dados referentes: ao número do correspondente processo; ao bem fornecido ou ao
serviço prestado; à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o
caso, ao procedimento licitatório realizado.
Quanto à receita, a lei estabelece o lançamento e o recebimento de toda a receita
das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
Outro fator importante que merece destaque é o fato de que qualquer cidadão,
partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo
Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das
prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar. É necessário frisar que todos os
municípios com mais de 50 mil habitantes, a partir de 27 de maio de 2011 são obrigados
implantar o que está definido na Lei Complementar 131, comentada acima.
No caso do município de São Paulo a Lei nº. 3.940 de 21/01/2005 define que a
execução orçamentária deve estar publicada no site da prefeitura. As 31 subprefeituras da
cidade, a Câmara Municipal e o Tribunal de Contas também devem apresentar seus
respectivos orçamentos de forma bem visível, no saguão de entrada dos prédios onde
estão localizadas essas instituições.
Como observamos há todo um conjunto de leis, exigindo a transparência das
contas públicas. Os Poderes Executivo e Legislativo são obrigados a disponibilizar todas
as informações sobre o processo orçamentário e seu conteúdo para qualquer cidadão do
nosso país. Portanto os cidadãos brasileiros não devem ficar constrangidos ao solicitar
qualquer esclarecimento para os representantes desses poderes.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Conceituação
Orçamento público é um instrumento de planejamento e execução das finanças
públicas. Na atualidade, o conceito está intimamente ligado à previsão das Receitas e à
fixação das Despesas públicas. No Brasil, sua natureza jurídica é considerada como

13
sendo de lei em sentido formal, apenas. Isso guarda relação com o caráter meramente
autorizativo das despesas públicas ali previstas. O orçamento contém estimativa das
receitas e autorização para realização de despesas da administração pública direta e
indireta em um determinado exercício que, no Brasil, coincide com o ano civil.
A partir da Lei nº. 4320/1964 e com o advento da Lei Complementar nº 101/2000,
o orçamento ganhou mais "status" com a implementação do orçamento-programa,
integrado aos sistemas de contabilidade pública. No direito administrativo brasileiro,
o orçamento público é uma lei por meio da qual o Poder Legislativo autoriza o Poder
Executivo, bem como outras unidades administrativas independentes -- como o Poder
Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o próprio Poder Legislativo -- a
executar determinada despesa pública, destinada a cobrir o custeio do Estado ou a seguir
a política econômica do país. Essa lei é de iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo, que
harmoniza as pretensões orçamentárias vindas dessas várias fontes, construindo uma
única proposta de lei. Esse projeto de lei é submetido ao Poder Legislativo, que o discute,
modifica, aprova e submete novamente ao Chefe do Executivo para sanção, como toda
lei.
A legislação e a execução prática do orçamento da União, no Brasil, consideram a
despesa fixada na lei orçamentária como uma “autorização para gastar”, e não como uma
“obrigação de gastar”. Isso abre espaço para que o Poder Executivo não realize algumas
despesas previstas no orçamento. Trata-se do chamado “orçamento autorizativo”, no qual
parte das despesas pode ser “contingenciada”.
A ideia de “orçamento impositivo” é mudar essa prática, tornando obrigatória a
execução de todo o orçamento nos termos em que ele foi aprovado pelo Congresso
Nacional.

Importância
O Orçamento Público é este o instrumento para decidir quais os são gastos
prioritários, e quais serão cortados para abrir espaço fiscal para aumentar o investimento
e/ou reduzir impostos.
O Brasil está na lista de países com um sistema de planejamento e orçamento
que, no papel, é muito próximo ao ideal. Infelizmente, o que está no papel não
corresponde à realidade quando se analisa a função do orçamento na definição de gastos
prioritários e controle da despesa.
O Orçamento Público é também um instrumento de controle fiscal e social, é
através dele que os órgão de controle externos e a sociedade pode acompanhar e cobrar
das autoridades mais transparência e responsabilidade com o erário publico. Agora com
as novas Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público-NBCASP pode se ter
também o controle do patrimônio público.
Evolução histórica.
Foi na Inglaterra, em 1217, que surgiu o embrião do orçamento público, desde
então, os instrumentos para controlar as ações dos governos e dos governantes vêm
sendo gradualmente aperfeiçoados.
No século XIX, grande parte dos orçamentos públicos praticados em todo mundo
apresentava já semelhanças com as formas atuais de controle, mas foi novamente na
Inglaterra que surgiu como instrumento formalmente acabado, por volta de 1822, quando
o chanceler do erário passou a apresentar anualmente ao parlamento britânico, um

14
documento que fixava a receita e a despesa de cada exercício. Sua principal função foi
possibilitar aos órgãos de representação um controle político sobre os órgãos executivos.
No Brasil partir da Lei nº. 4320/1964 e com o advento da Lei Complementar nº
101/2000, o orçamento ganhou mais "status" com a implementação do orçamento-
programa, integrado aos sistemas de contabilidade pública. No direito administrativo
brasileiro, o orçamento público é uma lei por meio da qual o Poder
Legislativo autoriza o Poder Executivo, bem como outras unidades administrativas
independentes -- como oPoder Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o
próprio Poder Legislativo -- a executar determinada despesa pública, destinada a cobrir o
custeio do Estado ou a seguir a política econômica do país. Essa lei é de iniciativa
exclusiva do Chefe do Executivo, que harmoniza as pretensões orçamentárias vindas
dessas várias fontes, construindo uma única proposta de lei. Esse projeto de lei é
submetido ao Poder Legislativo, que o discute, modifica, aprova e submete novamente ao
Chefe do Executivo para sanção, como toda lei.

O Orçamento Público como instrumento de apoio à administração pública.

TIPOS DE ORÇAMENTO
A LOA busca sintonizar as diretrizes, objetivos e metas da administração pública,
estabelecidas no PPA, segundo as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). Compreende assim, 03 (três) tipos distintos de Orçamento, que
são:
Orçamento de Seguridade Social
A seguridade social é um conjunto de ações estatais que compreende a proteção
dos direitos relativos à saúde, previdência social e assistência social (art. 194 da CF).
É preciso esclarecer, desde logo, uma confusão que amiúde se verifica no trato
da questão. Geralmente, costuma-se confundir seguridade social com previdência social.
A diferença, contudo, é marcante e facilmente perceptível. Enquanto a previdência social
caracteriza-se por ser um regime de seguro social, de caráter contributivo e filiação
obrigatória, destinado a cobertura de eventos que reduzam ou retirem a capacidade labor
ativa do segurado; a seguridade social visa à proteção das necessidades básicas de
qualquer indivíduo, nas áreas da saúde e assistência social, independente de
contribuição. A previdência social, em poucas palavras, é apenas uma das espécies do
gênero seguridade social; aquela, em verdade, está compreendida dentro desta, como
apenas uma das ações estatais destinadas ao alcance das mínimas necessidades sociais
da população.
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e
assegurada a cada área a gestão de seus recursos" (CF, art. 195, §2º). Dois destaques
importantes:
1) o fato de que o orçamento é elaborado de forma integrada pelos órgãos
incumbidos de realizar os programas securitários;
2) a garantia de autonomia na gestão de seus recursos conferida na parte final do
dispositivo.

15
Orçamento Fiscal

Compreendem os poderes da União, Estados, Municípios, os Fundos, Órgãos,


Autarquias, inclusive as especiais e Fundações instituídas e mantidas pela União.
Abrange também, as empresas públicas e sociedades de economia mista em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e
que recebam desta quaisquer recursos que não sejam provenientes de participação
acionária, pagamentos de serviços prestados, transferências para aplicação em
programas de financiamento atendendo ao disposto na alínea "c" do inciso I do art. 159
da CF e refinanciamento da dívida externa.
Abrange todas as receitas e despesas destinadas a investimentos ou custeio que
não tenham aplicações diretas na educação, saúde, assistência ou previdência.

Orçamento de Investimento de Empresas Estatais


O Orçamento de Investimento compreende todas as empresas em que o Estado,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, não
incluídas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade, e que tenham investimentos
programados para o exercício, independentemente da fonte de financiamento utilizada.
São considerados investimentos as despesas com: I – aquisição de bens classificáveis no
ativo imobilizado, excetuados os que envolvam arrendamento mercantil para uso próprio
da empresa ou destinados a terceiros; e II – benfeitorias realizadas em bens da União por
empresas estatais.
Previsto no inciso II, parágrafo 5º do art. 165 (anexo) da CF, abrange as
empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

Orçamento dos Consórcios Públicos


O Orçamento Púbico para os Consórcios foi implantado, inicialmente, pela
PORTARIA MINISTERIAL Nº 72, DE 01 DE FEVEREIRO DE 2012
Art. 5º O ente da Federação consorciado consignará em sua lei orçamentária
anual ou em créditos adicionais, por meio de programações específicas, dotações
suficientes para suportar as despesas com transferências a consórcio público.
§ 1º A lei orçamentária anual e os créditos adicionais do ente da Federação
consorciado deverão discriminar as transferências a consórcio público, quanto à natureza,
no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de
aplicação, conforme definido na Portaria STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001.

O Orçamento Púbico para os Consórcios foi regulamentado pela PORTARIA STN


Nº 274 DE 13/05/2016
CAPÍTULO II
DO ORÇAMENTO
Art. 5º O ente da Federação consorciado consignará em sua lei orçamentária anual ou em
créditos adicionais, por meio de programações específicas, dotações suficientes para
suportar as despesas com transferências a consórcio público.
§ 1º A lei orçamentária anual e os créditos adicionais do ente da Federação consorciado
deverão discriminar as transferências a consórcio público, quanto à natureza, no mínimo,
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação,
conforme definido na Portaria STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001.§ 2º A contratação

16
direta de consórcios públicos, pelo ente consorciado, será identificada por meio de
modalidade de aplicação específica.
Art. 6º O orçamento do consórcio público deverá discriminar as despesas a serem
executadas, observando os critérios de classificação por função, programática, por
natureza de despesa e por fonte/destinação de recursos.§ 1º A classificação por função e
por grupo de natureza de despesa do consórcio público deverá observar a classificação
do ente consorciado transferidor, conforme parágrafo 1º do art. 5º desta Portaria.
§ 2º A discriminação quanto à função de que trata o § 1º deste artigo não abrange a
classificação por subfunção.
§ 3º A discriminação quanto à natureza de despesa de que trata o caput far-se-á, no
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de
aplicação, conforme definido na Portaria STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001.
Art. 7º O consórcio público deverá prestar as informações necessárias para subsidiar a
elaboração das leis orçamentárias anuais dos entes consorciados pelo menos trinta dias
antes do menor prazo para encaminhamento dos respectivos projetos de lei ao Poder
Legislativo.

17
FASES DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

Legislativo -
Executivo Comissão
Legislativo

Elaboração da Parecer Preliminar Emendas


Proposta - PLOA individuais

Legislativo
Controle

Votação e
Execução Sanção
Aprovação
Veto

Executivo Executivo Legislativo

COMO É ELABORADO UM ORÇAMENTO PÚBLICO


O orçamento é feito pelos três poderes e firmado pelo Poder Executivo. Ele deve
ser compensatório, uma vez que as despesas não podem ser superiores aos recursos.
Ou seja, isso garante que o governo invista seus recursos no que seja realmente
importante para a população. A proposta de orçamento é definida com base no Plano
Plurianual (PPA).
O PPA que estipula metas e objetivos na administração pública, é organizado
pelo governo e enviado ao Congresso e deve ser votado até o dia 31 de agosto no
primeiro ano de mandato de um presidente, conforme determinado na Constituição
Federal. Após a aprovação o Plano Plurianual será utilizado nos quatro anos seguintes.
Esse plano possui em sua primeira finalidade, determinar metas e ideais junto ao
Poder Executivo e Legislativo para auxiliar na distribuição de recursos financeiros. Esse
processo é fiscalizado pelo Poder Executivo e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e
avaliado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPOG).
É com base no que é estabelecido pelo Plano Plurianual que a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) cria o Orçamento Geral da União para o ano seguinte. A LDO é
estabelecida pelo Poder Executivo e deve ser enviada ao Congresso até 15 de abril em
todos os anos. É baseada no Plano Plurianual e julgado pelo Congresso Nacional até 30
de junho. Após a aprovação do projeto ele segue para sanção do Presidente da
República.

18
Baseada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Secretaria de Orçamento
Federal (SOF) executa uma proposta para o próximo ano com a ajuda dos Ministérios e
de seções dos Poderes Legislativo e Judiciário. O governo envia uma sugestão de
orçamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto juntamente com um recado do
Presidente da República informando a situação econômica do Brasil e suas perspectivas
com base nas seguintes etapas:
1º Etapa
Entre os meses de janeiro e maio, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF)
realiza uma análise sobre os últimos exercícios para determinar limites de gastos
orçamentários.
2º Etapa
Em junho os órgãos setoriais fazem uma proposta conforme suas atividades e
despesas obrigatórias. As atividades estão relacionadas ao exercícios de atividades à
serviço da comunidade. Já as despesas obrigatórias são aquelas relacionadas com
pessoal e benefícios previdenciários.
3º Etapa
Após a estimativa da Receita e a projeção dos gastos, estima-se um limite
adicional que é encaminhado aos órgãos para completar os parâmetros orçamentários.
Esses casos abrangem o que é necessário para expandir serviços e os valores
necessários para aumentar e melhorar o atendimento de órgãos.
4º Etapa
Elaboração do documento final conforme a Lei Federal nº 4.320/64 e a Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
No Congresso é feita a discussão da proposta, realizam alterações e encaminham
para votação. Os parlamentares podem propor mudanças, mas elas devem estar de
acordo com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Com a aprovação do
Legislativo e do Presidente da República, o projeto torna-se uma lei.

Distribuições Orçamentárias
É muito importante entender quais os critérios utilizados para classificar as contas
públicas e assim compreender a Função de Governo, Instituição, os projeto e operações
especiais, etc. A classificação do orçamento é importante por diversos fatores como:

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Para fazer um orçamento é importante seguir alguns princípios básicos definidos
através da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Princípio da Universalidade: Todos devem fazer o orçamento analisando todas as


receitas e despesas.

Princípio da Unidade: Cada grupo pertencente ao poder público terá apenas um


orçamento de maneira uniforme e baseado em apenas uma política orçamentária. Ou
seja, há o orçamento de cada município, de cada Estado e da União.

Princípio da Anualidade: O orçamento é baseado por um período de um ano fiscal.


Nesse ano deve-se estabelecer as receitas e fixar as despesas.

19
Princípio do Equilíbrio: Tentar equilibrar o total das despesas com as receitas para que
reduza a chance de um possível déficit.

Princípio da Exclusividade: A lei orçamentária não terá nada além da previsão de


receita ou fixação de despesas.

Princípio da Especificação: O orçamento deve ser bem analítico, ou seja, as despesas e


as receitas devem ser bem detalhadas.

Princípio da Publicidade: A Lei Orçamentária deve estar acessível a sociedade através


de divulgação pública.

Princípio da Clareza: O orçamento deve ser o mais específico e claro em seu


planejamento.

Princípio da Uniformidade: Deve ser consistente para que a comparação entre um ano
e outro seja mais rápida e fácil.

ASPECTOS DO ORÇAMENTO

O orçamento é estudado sob vários aspectos: político, jurídico, econômico e


financeiro.
1) Aspecto Político
É o aspecto que diz respeito a sua característica de Plano de Governo ou
Programa de Ação do Grupo ou Partido que detém o poder.
2) Aspecto Jurídico
É o que define a Lei Orçamentária no conjunto de leis do país e constitui um
aspecto bastante discutido, uma vez que para alguns autores o orçamento é sempre uma
lei; para outros tanto pode ser uma lei, como mero ato administrativo; e, finalmente, para
outros, o orçamento nunca é uma lei.
Sobre o assunto, Aliomar Baleeiro, na obra Uma Introdução à Ciência das
Finanças, citando Jeze, inclui orçamento na classe dos ATOS-CONDIÇÃO, ou seja, atos
que não acrescentam nada ao conteúdo da lei.
Por sua vez, Amilcar de Araujo Falcão, na obra Uma introdução ao direito
tributário, escreveu:
"Como se sabe, é uma peculiaridade do orçamento a de que, emanado embora
do legislativo, não possui eficácia para criar e extinguir tributos, ou para modificar a lei que
os instituiu. A eficácia jurídica do orçamento é limitada, pois só tem por efeito determinar
aos funcionários da administração que lancem e arrecadem os tributos ali contemplados.
O orçamento, pois, é lei formal de eficácia reduzida por dispositivo constitucional e, por
sua natureza, ou ratione materiae, constitui ato administrativo correspondente à categoria
dos atos-condição."
As Constituições brasileiras sempre consagram o princípio do ATO-CONDIÇÃO
para a Lei Orçamentária, vale dizer, o de que é um ato jurídico de procedência legislativa,
mas que nada acrescenta ao conteúdo da Lei, ainda que, sem ele e em certos casos, a
Lei não teria eficácia.

20
3) Aspecto Econômico
É o resultado da evolução das características políticas do orçamento. Se o
orçamento público é peça fundamental ao cumprimento das finalidades do Estado, não há
dúvida de que deverá observar que o melhor plano é aquele que resulta em maior
produção com menor gasto.
Por outro lado, a evolução das características políticas imprimiu ao orçamento o
papel de regulador da economia, uma vez que os Governos têm a precípua obrigação de:
atender às necessidades econômicas e sociais da coletividade;
aproveitar os recursos humanos e materiais, no sentido de aumentar a renda
nacional;
redistribuir a renda nacional, com o objetivo de elevar o nível econômico da
população, assegurando a todos uma existência digna.
Esses aspectos do estudo orçamentário são de suma importância, pois a
intervenção do Estado na economia deve objetivar, entre outras coisas, a criação de
empregos mediante novas fontes de trabalho e assim intervir na solução dos problemas
sociais.
4) Aspecto Financeiro
É caracterizado pelo fluxo monetário das entradas da receita e das saídas da
despesa, meio efetivo e normal da execução orçamentária. Sob esse aspecto, o Poder
Público deve ter em vista dois enfoques:
Obtenção de receitas para atender às necessidades coletivas;
Distribuição do ônus tributário pela população de forma eqüitativa.
A gestão financeira das entradas e saídas de numerário é feita por um órgão
tradicionalmente denominado de Tesouro Público e que em alguns entes governamentais
recebe o nome de Secretaria do Tesouro, como no caso da União, ou Superintendência
do Tesouro, como ocorre em diversos Estados e Municípios.

CONTEÚDO E FORMA DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA


O Orçamento público deve conter a previsão da receita classificada por: Órgão,
Unidade Orçamentária, Natureza e Fonte de Recurso, a fixação da despesa classificada
por: Órgão, Unidade Orçamentária, Função, Subfunção, Programa, Ação, Natureza e
Fonte de Recurso.

A RECEITA PÚBLICA

Órgão

Definido pela estrutura Administrativa do ente público e identificado pelo Manual


do SIM com um código numérico de dois dígitos.

21
Código Descrição
01 Câmara Municipal
02 Gabinete do Prefeito
03 Secretaria Municipal de Educação
05 Secretaria de Finanças

Unidade orçamentária
Desmembramento do Órgão definido pela estrutura administrativa do ente público
e identificado pelo Manual do SIM com um código numérico de até quatro dígitos.

Órgão Código Descrição


01 01 Câmara Municipal
02 01 Gabinete do Prefeito
03 01 Fundo Municipal de Educação
03 02 Fundo de Valorização do Magistério –Fundeb
05 01 Secretaria de Finanças

Tipos de Unidades Administrativas

22
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA O § 1º do
art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencionados
no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou-se
denominar este código de natureza de receita.
A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos
cofres públicos, esta classificação é formada por um código numérico dividido em seis
níveis:

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA


1º nível Categoria Econômica
2º nível Origem
3º nível Espécie
4º nível Rubrica
5º nível Alínea
6º nível Subalínea

Categoria Econômica

A Lei Federal nº 4.320/64, em seu artigo 11, classifica a receita orçamentária em duas
categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA


1 Receitas Correntes
2 Receitas de Capital

 Receitas Correntes: são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as


disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio
Líquido e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e
ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas.
 Receitas de Capital: também aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e
são instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as
Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.

Origem
É o detalhamento das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a
natureza da procedência das receitas, no momento em que ingressam no Orçamento
Público. Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a
Lei no 4.320, de 1964, são:

23
RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL
Código Origem Código Origem
1 Receita Tributária 1 Operações de Crédito
2 Receita de Contribuições 2 Alienação de Bens
3 Receita Patrimonial 3 Amortização de Empréstimos
4 Receita Agropecuária 4 Transferências de Capital
5 Receita Industrial 5 Outras Receitas de Capital
6 Receita de Serviços
7 Transferências Correntes
9 Outras Receitas Correntes

Espécie
É o nível de classificação vinculado à Origem que permite qualificar com maior
detalhe o fato gerador dos ingressos das receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita
Tributária, podemos identificar as espécies “impostos, taxas e contribuições de melhoria”.
Rubrica
É o detalhamento das espécies de receita. A Rubrica busca identificar dentro de
cada Espécie de receita, uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas
com características próprias e semelhantes entre si.
Alínea
É o detalhamento que identifica o nome da receita propriamente dita, registrando a
entrada de recursos financeiros.
Subalínea
Constitui o nível mais analítico da receita, utilizado quando há necessidade de se
detalhar a Alínea com maior especificidade.

RECEITA ORÇAMENTÁRIA CORRENTE: ORIGENS E ESPÉCIES

1. Receita Orçamentária Corrente


1.1. Receita Corrente - Tributária: é o recurso proveniente da arrecadação de
impostos, taxas e contribuições de melhoria. Trata-se de receita cuja finalidade é obter
recursos financeiros para o Município custear as atividades que lhe são correlatas.
1.1.1. Impostos: são tributos que têm por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Exemplo: IPTU – Imposto
Predial e Territorial Urbano.
1.1.2. Taxas: são tributos que têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Exemplo: TFE – Taxa de Fiscalização
de Estabelecimento.
1.1.3. Contribuições de Melhoria: são tributos instituídos para fazer face ao custo
de obras públicas das quais decorra valorização imobiliária, como obras de pavimentação
de vias e logradouros públicos. 2.2. Receita Corrente - Contribuições: é o recurso
24
arrecadado com contribuições sociais e com a contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública – COSIP.
1.3. Receita Corrente - Patrimonial: é o recurso arrecadado por meio da utilização
do patrimônio público, seja decorrente de bens imobiliários ou mobiliários, ou, ainda, bens
intangíveis e participações societárias. Podemos citar como espécie de receita patrimonial
as compensações financeiras, concessões e permissões, dentre outras.
1.4. Receita Corrente – Agropecuária: é o recurso arrecadado com a exploração
econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de
produtos agrícolas, pecuários, para reflorestamento e etc.
1.5. Receita Corrente - Industrial: é o recurso arrecadado com atividades industriais
exercidas pelo ente público, tais como da indústria extrativa mineral, da indústria de
transformação, da indústria de construção e outras receitas industriais de utilidade
pública.
1.6. Receita Corrente - Serviços: é o recurso arrecadado com a prestação de
serviços por parte do ente público, tais como transporte, comunicação, serviços
recreativos, culturais, etc. Tais serviços são remunerados mediante preço público,
também chamado de tarifa.
1.7. Receita Corrente - Transferências Correntes: é o recurso recebido de outras
pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas de manutenção ou
funcionamento relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não
SUBSECRETARIA DO TESOURO MUNICIPAL correspondam a uma contraprestação
direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência.
1.7.1. Transferências Intergovernamentais: é o dinheiro recebido de transferências
ocorridas entre diferentes esferas de governo.
1.7.2. Transferências de Instituições Privadas: é o dinheiro recebido por meio de
contribuições e doações a governos, realizados por instituições privadas.
1.7.3. Transferências do Exterior: é o dinheiro recebido por meio de transferências
do exterior.
1.7.4. Transferências de Pessoas: é o dinheiro recebido por meio de contribuições
e doações a governos e entidades da administração descentralizada, realizadas por
pessoas físicas.
1.7.5. Transferências de Convênios: é o dinheiro recebido por meio de
transferências de convênios firmados com ou sem contraprestação de serviços.
1.9. Receitas Correntes - Outras Receitas Correntes: é o recurso recebido por meio
de outras origens, não classificável nas anteriores. Podemos citar como exemplos as
seguintes espécies, dentre outras:
1.9.1. Multa e Juros de Mora: é o dinheiro arrecadado com penalidades
decorrentes da inobservância de normas e com rendimentos destinados a indenização
pelo atraso no cumprimento da obrigação.
1.9.2. Indenizações e Restituições: é o dinheiro arrecadado com indenizações e
restituições.
1.9.3. Receita de Dívida Ativa: é o dinheiro arrecadado com a dívida ativa
constituídas de créditos da Fazenda Pública de natureza tributária e não tributária.

2. Receitas de Capital
2.1. Receitas de Capital - Operações de Crédito: recursos financeiros provenientes
da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos junto a entidades
públicas ou privadas, internas ou externas.

25
2.2. Receitas de Capital - Alienação de Bens: é o ingresso proveniente da
alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público, tais como títulos,
mercadorias, bens inservíveis, entre outros.
2.3. Receitas de Capital - Amortização de Empréstimos: é o ingresso proveniente
da amortização de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos.
2.4. Receitas de Capital - Transferências de Capital: são recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, e destinados para atender despesas em
investimentos ou inversões financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica,
sem corresponder, entretanto, a contraprestação direta ao ente transferidor. Os recursos
da transferência ficam vinculados à finalidade pública e não a pessoa. Podem ocorrer a
nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental
(governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por
exemplo), assim como recebidos de instituições privadas (do exterior e de pessoas).
2.5. Receitas de Capital - Outras Receitas de Capital: é o dinheiro recebido de
outras origens, não classificáveis nas anteriores.

Fontes de Recurso
A codificação da destinação da receita dá a indicação da vinculação. Dada a
necessidade de controle das fontes de financiamento das despesas, não só por motivos
estratégicos como também pela existência de dispositivos legais que estabelecem
vinculações para as receitas, foi criada a figura da Destinação de Recursos para dar
conhecimento às destinações dos valores a partir do ingresso.
Dessa forma, ao se fixar a despesa, é incluída na sua classificação, juntamente
com a Natureza da Despesa, Programa de Trabalho e outras classificações, a destinação
de Fonte de Recursos que irá financiá-la. De forma correspondente se faz com as
Receitas, cuja destinação é determinada pela combinação entre a classificação por
Natureza da Receita e o código indicativo da Destinação de Recursos.
Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita
classificação por Natureza de Receita e Destinação de Recursos, sendo possível
determinar a disponibilidade para DESTINAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA 29 alocação
discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas,
conforme vinculações estabelecidas.

* vê anexo fontes de recurso

O Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará- TCM-Ce, em atenção aos Plano


de Contas Aplicado ao Setor Público- PCASP e as Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público-NBCASP, através do manual do Sistema de Informações
Municipais-SIM redefine o tamanho da Natureza da Receita para um código de 15 dígitos
numéricos.

Exemplos de classificações orçamentárias das receitas públicas

05 01 111202001000000 1 001000000 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana


05 01 111204310100000 1 001000000 I.R.R.F.PESSOAL CIVIL EFETIVOS
05 01 112100000000000 1 001000000 Taxas pelo Exercício do Poder de Polícia
05 01 112200000000000 1 001000000 Taxas pela Prestação de Serviços
05 01 121099000000000 1 001000000 Outras Contribuições Sociais
05 01 172101020000000 1 001000000 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Municípios

26
05 01 191199010000000 1 001000000 Multas e Juros de Mora de Outros Tributos
05 01 247102000000000 2 125000001 Transferências de Convênio da União destinadas à Educação
05 01 247106000000000 2 3900000001 Transf. de Convênios da União p Programa de Assist. Social
05 01 247199000000000 2 5500000000 Outras Transferências de Convênios da União
Transferências de Convênios dos Estados para o
05 01 247201000000000 2 2300000001 Sistema Único de Saúde - SUS
Transferências de Convênios dos Estados
05 01 247202000000000 2 125000001 destinadas a Programas de Educação
05 01 247206000000000 2 3120000002 Trans. de Convênios dos estados p Programa de Assist. Social
05 01 247299000000000 2 001000000 Outras Transferências de Convênio dos Estados

05 01 111204310100000 1 001000000 I.R.R.F.PESSOAL CIVIL EFETIVOS

05– Órgão -Secretaria de Finanças


01 – Unidade Orçamentária - Secretaria de Finanças
1.1.1.20.40.11.010- Natureza da Receita–I.R.R.F.PESSOAL CIVIL EFETIVOS
Sub alínea- .I.R.R.F. PESSOAL CIVIL
Alínea -Imposto Sobre Rendimentos do Trabalho
Rubrica - Imposto Sobre a Renda
Espécie- Impostos
Origem- Receita Tributária
CATEGORIA ECONÔMICA - Receita Corrente
1 – Aplicação no exercício
001000000 - Recursos Ordinários

Tabela da Classificação da Receita definida pelo TCE

* vê anexo Receita

A DESPESA PÚBLICA

Órgão
Definido pela estrutura Administrativa do ente público identificado pelo Manual do
SIM com um código numérico de dois dígitos.

Código Descrição
01 Câmara Municipal
02 Gabinete do Prefeito
03 Secretaria Municipal de Educação
05 Secretaria de Finanças

Unidade orçamentária
Desmembramento do Órgão definido pela estrutura administrativa do ente público
identificado pelo Manual do SIM com um código numérico de até quatro dígitos.
27
Órgão Código Descrição
01 01 Câmara Municipal
02 01 Gabinete do Prefeito
03 01 Fundo Municipal de Educação
03 01 Fundo de Valorização do Magistério - Fundeb
05 01 Secretaria de Finanças

Funções

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas
de atuação do setor público. A função se relaciona com a missão institucional do órgão,
por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa.

Definidas pela PORTARIA Nº 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999

COD FUNÇÃO COD FUNÇÃO

01 Legislativa 16 Habitação
02 Judiciária 17 Saneamento
03 Essencial à Justiça 18 Gestão Ambiental
04 Administração 19 Ciência e Tecnologia
05 Defesa Nacional 20 Agricultura
06 Segurança Pública 21 Organização Agrária
07 Relações Exteriores
22 Indústria
08 Assistência Social
23 Comércio e Serviços
09 Previdência Social
10 Saúde 24 Comunicações
11 Trabalho 25 Energia
12 Educação 26 Transporte
13 Cultura 27 Desporto e Lazer
14 Direito da Cidadania 28 Encargos Especiais
15 Urbanismo 99 Reserva de Contingência

28
Subfunções
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e
deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de
determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que
se aglutinam em torno das funções.

COD SUBFUNÇÃO COD SUBFUNÇÃO


031 Ação Legislativa 451 Infra-EstruturaUrbana
032 Controle Externo 452 Seviços Urbanos
038 Edificações Públçicas 453 Transportes Coletivos Urbanos
061 Ação Judiciária 481 Habitação Rural
Defesa do Interesse Público no Precesso
062 Judiciário 482 Habitação Urbana
091 Defesa da Ordem Jurídica 511 Saneamento Básico Rural
092 Representação Judicial e Extrajudicial 512 Saneamento Básico Urbano
121 Planejamento e Orçamento 541 Preservaçãoe Conservação Ambiental
122 Administração Geral 542 Controle Ambiental
123 AdministracãoFinanceira 543 Recuperação deÁreas Degradadas
124 Controle Interno 544 Recursos Hídricos
125 Normalização e Fiscalização 545 Meterologia
126 Tecnologia da Informação 571 Desenvolvimento Cientifíco
DesenvolvimentoTecnológico e
127 Ordenamento Territorial 572 Engenharia
Difusão do Conhecimento Cientifico e
128 Formação de RecusosHumanos 573 Tecnológico
129 Administração de Receitas 601 Promoção da Produção Vegetal
130 Administração de Concessão 602 Promoção da ProduçãoAnimal
131 Comunicação Social 603 Defesa Sanitária Vegetal
151 Defesa Aéria 604 Defesa Sanitária Animal
152 Defesa Naval 605 Abastecimento
153 Defesa Terrestre 606 Extensão Rural
181 Policiamento 607 Irrigação
182 Defesa Civil 608 Promoção da Produção Agropecuária
183 Informação e Inteligência 609 Defesa Agropecuária
211 Relações Diplomáticas 631 Reforma Agrária
212 Cooperação Internacional 632 Colonização
241 Asistência ao Idoso 661 Promoção Industrial
242 Asistência ao Portador de Deficiência 662 Produção Industrial
243 Asistência à Criança e ao Adolescente 663 Mineração
244 Assistência Comunitária 664 Propriedade Industrial
271 Previdência Básica 665 Normalização e Qualidade
272 Previdência do Regime Estatutário 691 Promoção Comercial
273 Previdência Complementar 692 Comercialização
274 Previdência Especial 693 Comércio Exterior
301 Atenção Básica 694 Serviços Financeiros
302 Asistência Hospitalar e Ambulatorial 695 Turismo
303 Suporte Profilático e Terapêutico 721 Comunicações Postais
304 VigilânciaSanitária 722 Telecomunicaçôes
305 Vigilância Epidemiológica 751 Conservação de Energia
29
306 Alimentação e Nutrição 752 Energia Elétrica
331 Proteção e Benefícios ao Trabalhador 753 Combustíveis Minerais
332 Relações do Trabalho 754 Biocombustíveis
333 Empregabilidade 781 Transporte Aério
334 Fomento ao Trabalho 782 Transporte Rodoviário
361 Ensino Fundamental 783 Transporte Ferroviário
362 Ensino Médio 784 Transporte Hidroviário
363 Ensino Profissional 785 Transportes Especiais
364 Ensino Superior 811 Desporto e Rendimento
365 Educação Infantil 812 Desporto Comunitário
366 Educação de Jovens e Adultos 813 Lazer
367 Educação Especial 841 Refinanciamento da Dívida Interna
368 Educação Básica 842 Refinanciamento da Dívida Externa
Patrimônio Histórico, Artístico e
391 Arqueológico 843 Serviço da Dívida Interna
392 Difusão Cultural 844 Serviço da Dívida Externa
421 Custódia e Reintegração Social 845 Outras Transferências
422 Direitos Individuais, Coletivos e Difusos 846 Outros Encargos Especiais
423 Assistência ao Povo Indígena 999 Reserva de Contingência

Programas
São todos os programas de governo discutidos com a população e definidos no Plano
Plurianual – PPA.

Cod Programa
0001 EXECUÇÃO JUDICIAL DA DÍVIDA ATIVA E CONTROLE DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO
0002 AÇÃO LEGISLATIVA E CONTRÔLE EXTERNO
0003 PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA AÇÃO PEDAGÓGICA E GESTÃO ESCOLAR
PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA AÇÃO PEDAGÓGICA E GESTÃO ESCOLAR -
0004 FUNDEBEI
PROGRAMA DE MANUTENCAO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL -
0005 FUNDEB
PROGRAMA DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL -
0006 FUNDEBEI
PROGRAMA DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS
0007 E ADULTOS - FUNDE
0008 PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA AÇÃO PEDAGOGICA - FUNDEB EF
0009 PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESCOLAR - FUNDEB 40% - EF
PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO-
0010 FUNDEB 40%EF

Ação
As ações formam um conjunto de projetos e atividades que compõem as ações
estratégicas para implantação e desenvolvimentos das metas estabelecidas no PPA.
Estas ações já são introduzidas na proposta da LOA.

Classificação das ações:

30
1 – Projeto (ou outro número ímpar menos o 9)

2 – Atividades (ou outro número par)

9 – Operações Especiais

As ações devem ser numeradas sequencialmente sem alternância dentro de cada


classificação.

1.001 MODERNIZAR A GESTÃO FISCAL E ADMINISTRATIVA - PNAFM


1.002 CONSTRUÇÃO E REFORMA DA UNIDADES ESCOLARES DO ENSINO
2.001 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE GEOPROCESSAMENTO
2.002 MANUTENÇÃO E FUNCIONAMENTO DO LEGISLATIVO
9.999 RESERVA DE CONTINGÊNCIA

31
NATUREZA DA DESPESA
Os artigos 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa
orçamentária por categoria econômica e elementos. Assim como na receita orçamentária,
o artigo 8º estabelece que os itens da discriminação da despesa orçamentária
mencionados no artigo 13 serão identificados por números de código decimal, na forma
do Anexo IV daquela Lei, atualmente consubstanciados na Portaria Interministerial
STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001, e constantes deste Manual.
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária
forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade
de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária
de todas as esferas de governo.
O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos,
desdobrado até o nível de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o
desdobramento facultativo do elemento:
Categoria Econômica
A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária, é classificada em
duas categorias econômicas, com os seguintes códigos:

3 Despesas Correntes
4 Despesas de Capital

3 – Despesas Orçamentárias Correntes

Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem,


diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Em geral, a Despesa Orçamentária Corrente coincide com a Despesa
Orçamentária Efetiva. Entretanto, há despesa corrente não-efetiva como, por exemplo, a
despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com adiantamento são
despesas correntes que representam um fato permutativo.

4 – Despesas Orçamentárias de Capital

Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente,


para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Em geral, Despesa Orçamentária de Capital coincide com a Despesa
Orçamentária Não efetiva. Entretanto, há despesa orçamentária de capital que é efetiva
como, por exemplo, as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e,
por isso, classificam-se como despesa efetiva.

GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA


É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto
ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

1 Pessoal e Encargos Sociais


2 Juros e Encargos da Dívida

32
3 Outras Despesas Correntes
4 Investimentos
5 Inversões Financeiras
6 Amortização da Dívida
7 Reserva do Regime Próprio de Previdência do
Servidor
9 Reserva de Contingência

1 - Pessoal e Encargos Sociais


Despesas orçamentárias de natureza remuneratória decorrente do efetivo
exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos
proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a
entidades fechadas de previdência, outros benefícios assistenciais classificáveis neste
grupo de despesa, bem como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos
remuneratórios, pertinentes a este grupo de despesa, previstos na estrutura
remuneratória dos militares, e ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal
requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de
excepcional interesse público e despesas com contratos de terceirização de mão-de-obra
que se refiram à substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento ao
disposto no artigo 18, § 1o, da Lei Complementar nº 101/2000.

2 – Juros e Encargos da Dívida


Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros
encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida
pública mobiliária.
3 – Outras Despesas Correntes
Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de
diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras
despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais
grupos de natureza de despesa.
4 – Investimentos
Despesas orçamentárias com o planejamento e a execução de obras, inclusive
com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com
a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 – Inversões Financeiras
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em
utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de
qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e
com a constituição ou aumento do capital de empresas.
6 – Amortização da Dívida
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou
mobiliária.

33
7 – Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor
Os ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas
num determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial, destinado a
garantir desembolsos futuros do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, do ente
respectivo. Assim sendo, este superávit orçamentário representará a fração de ingressos
que serão recebidos sem a expectativa de execução de despesa orçamentária no
exercício e constituirá a reserva orçamentária para suportar déficit futuros, onde as
receitas orçamentárias previstas serão menores que as despesas orçamentárias.
Dessa forma, o orçamento do fundo próprio de previdência deve ser constituído,
do lado da receita orçamentária, pela previsão das contribuições dos segurados e demais
receitas, e do lado da despesa, a dotação das despesas a serem realizadas durante o
exercício, evidenciando a reserva correspondente dos recursos que não serão
desembolsados por se tratar de poupança para fazer face aos compromissos futuros.
Por ocasião da elaboração do orçamento de um exercício, deve ser apurada a
diferença entre receita orçamentária prevista e despesa orçamentária fixada, a ser
realizada neste exercício, no intuito de evidenciar a Reserva correspondente ao superávit,
utilizando a mesma metodologia da Reserva de Contingência descrita neste Manual.
Ressalte-se que este procedimento é efetuado apenas para fins de elaboração e
transferência do orçamento, pois a execução correspondente refletirá o superávit
orçamentário fixado pela reserva que será utilizada para pagamentos previdenciários
futuros.
A constituição da reserva orçamentária do RPPS, utilizando ações e
detalhamentos específicos do RPPS, combinadas com a natureza de despesa
“7.7.99.99.”, distinguindo as das Reservas de Contingências constantes no inciso III, do
artigo 5º da LRF, Lei Complementar nº 101/2000 que também utilizará ações e
detalhamentos específicos, combinados com a natureza de despesas “9.9.99.99”.
9 – Reserva de Contingência
Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de passivos
contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. Essa reserva poderá
ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde que definida na LDO.
Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas em
processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo Poder Público.
Os outros riscos a que se refere o § 3º do artigo 4º da Lei Complementar nº 101/2000 são
classificados em duas categorias:
− Riscos Fiscais Orçamentários;
− Riscos Fiscais de Dívida.
Os Riscos Fiscais Orçamentários estão relacionados à possibilidade das receitas
e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária anual não se
confirmarem durante o exercício financeiro.
Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas podem
influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais podem-se destacar: o
nível de atividade da economia e as taxas de inflação, câmbio e juros. A redução do
Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo, provoca queda na arrecadação de tributos por
todos os entes da federação.
No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação de
obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer alteração na
programação original constante da Lei Orçamentária.
Os Riscos Fiscais da Dívida estão diretamente relacionados às flutuações de
variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial e inflação.

34
Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC, por
exemplo, um aumento sobre a taxa de juros estabelecido pelo Comitê de Política
Monetária do Banco Central do Brasil elevaria o nível de endividamento do governo.

Modalidades de Aplicação
A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são
aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo
ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente,
possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou
descentralizados. Também indica se tais recursos são aplicados mediante transferência
para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior.
Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos artigos 16 e 21 da Lei nº
4.320/1964 compreende as subvenções, auxílios e contribuições que atualmente são
identificados em nível de elementos na classificação econômica da despesa. Não se
confundem com as transferências que têm por finalidade indicar se os recursos são
aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo
ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades e que são registradas na
modalidade de aplicação constante da atual codificação.

20 Transferências à União
30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal
40 Transferências a Municípios
50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
60 Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
70 Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais
80 Transferências ao Exterior
90 Aplicações Diretas
99 A Definir

20 – Transferências à União
Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito
Federal, mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas
entidades da administração indireta.

30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal


Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos
financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para
suas entidades da administração indireta.
40 – Transferências a Municípios
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos
financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da
administração indireta.

35
50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos
financeiros a entidades sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração
pública.
60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos
financeiros a entidades com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração
pública.
70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos
financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por
dois ou mais países, inclusive o Brasil. 71 – Transferências a Consórcios Públicos
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a
entidades criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei no 11.107, de 6
de abril de 2005, objetivando a execução dos programas e ações dos respectivos entes
consorciados.
80 – Transferências ao Exterior
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos
financeiros a órgãos e entidades governamentais pertencentes a outros países, a
organismos internacionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles
que tenham sede ou recebam os recursos no Brasil.
90 – Aplicações Diretas
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou
oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos
Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo.
91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades
Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas
estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de
impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos
recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou
outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo.
99 – A Definir
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, vedada a execução
orçamentária enquanto não houver sua definição, podendo ser utilizada para classificação
orçamentária da Reserva de Contingência.
Elemento de gasto
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e
vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob
qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material
permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a
consecução de seus fins, conforme códigos definidos neste Manual.

36
Cod Elemento
01 Aposentadorias RPPS, Reserva Remunerada e Reformas Militares
03 Pensões do RPPS e do Militar
04 Contratação por Tempo Determinado
05 Outros Benefícios Previdenciários
07 Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
08 Outros Benefícios Assistenciais do Servidor e do Militar
09 Salário-Família
10 Seguro Desemprego e Abono Salarial
11 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
12 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar
13 Obrigações Patronais
14 Diárias - Civil
15 Diárias - Militar
16 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
17 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
18 Auxílio Financeiro a Estudantes
19 Auxílio-Fardamento
20 Auxílio Financeiro a Pesquisadores
21 Juros Sobre a Dívida por Contrato
22 Outros Encargos Sobre a Dívida por Contrato
23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
24 Outros Encargos Sobre a Dívida Mobiliária
25 Encargos Sobre Operações de Créd. por Antecipação da Receita
26 Obrigações Decorrentes de Política Monetária
27 Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares
28 Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos
29 Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Dependentes
30 Material de Consumo
31 Premiações Culturais, Artíst., Científicas, Desp. e Outras
32 Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita
33 Passagens e Despesas com Locomoção
34 Outras Desp. de Pessoal Decorr.de Contratos de Terceirização
35 Serviços de Consultoria
36 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
37 Locação de Mão-de-Obra
38 Arrendamento Mercantil
39 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
41 Contribuições
42 Auxílios
43 Subvenções Sociais
45 Subvenções Econômicas
46 Auxílio-Alimentação

37
47 Obrigações Tributárias e Contributivas
48 Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas
49 Auxílio-Transporte
51 Obras e Instalações
52 Equipamentos e Material Permanente
53 Aposentadorias do RGPS - Área Rural
54 Aposentadorias do RGPS - Área Urbana
55 Pensões do RGPS - Área Rural
56 Pensões do RGPS - Área Urbana
57 Outros Benefícios do RGPS - Área Rural
58 Outros Benefícios do RGPS - Área Urbana
59 Pensões Especiais
61 Aquisição de Imóveis
62 Aquisição de Produtos para Revenda
63 Aquisição de Títulos de Crédito
64 Aquisição de Títulos Rep. de Capital já Integralizado
65 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
66 Concessão de Empréstimos e Financiamentos
67 Depósitos Compulsórios
70 Rateio pela Participação em Consórcio Público
71 Principal da Dívida Contratual Resgatado
72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada
74 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada
75 Correção Mon. da Dív. De Oper. de Créd. por Ant. da Receita
76 Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado
77 Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
81 Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
91 Sentenças Judiciais
92 Despesas de Exercícios Anteriores
93 Indenizações e Restituições
94 Indenizações e Restituições Trabalhistas
95 Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
96 Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
97 Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS
98 Compensações ao RGPS
99 Reserva de Contingência

01 – Aposentadorias e Reformas
Despesas orçamentárias com pagamentos de inativos civis, militares reformados
e segurados do plano de benefícios da previdência social.

38
03 – Pensões
Despesas orçamentárias com pensionistas civis e militares; pensionistas do plano
de benefícios da previdência social; pensões concedidas por lei específica ou por
sentenças judiciais.
04 – Contratação por Tempo Determinado
Despesas orçamentárias com a contratação de pessoal por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, de acordo com
legislação específica de cada ente da Federação, inclusive obrigações patronais e outras
despesas variáveis, quando for o caso.
05 – Outros Benefícios Previdenciários
Despesas orçamentárias com outros benefícios do sistema previdenciário
exclusive aposentadoria, reformas e pensões.
06 – Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
Despesas orçamentárias decorrentes do cumprimento do artigo 203, inciso V, da
Constituição Federal, que dispõe:
“Art. 203 – A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: [...]
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
07 – Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
Despesas orçamentárias com os encargos da entidade patrocinadora no regime
de previdência fechada, para complementação de aposentadoria.
08 – Outros Benefícios Assistenciais
Despesas orçamentárias com: Auxílio-Funeral devido à família do servidor ou do
militar falecido na atividade, ou aposentado, ou a terceiro que custear, comprovadamente,
as despesas com o funeral do ex-servidor ou do ex-militar; Auxílio-Reclusão devido à
família do servidor ou do militar afastado por motivo de prisão; Auxílio-Natalidade devido à
servidora ou militar, cônjuge ou companheiro servidor público ou militar por motivo de
nascimento de filho; Auxílio-Creche ou Assistência Pré-Escolar e Auxílio Invalidez pagos
diretamente ao servidor ou militar.
09 – Salário-Família
Despesa orçamentária com benefício pecuniário devido aos dependentes
econômicos do militar ou do servidor, exclusive os regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, os quais são pagos à conta do plano de benefícios da previdência social.
10 – Outros Benefícios de Natureza Social
Despesas orçamentárias com abono PIS/PASEP e Seguro-Desemprego, em
cumprimento aos §§ 3º e 4º do artigo 239 da Constituição Federal.
11 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil
Despesas orçamentárias com: Vencimento; Salário Pessoal Permanente;
Vencimento ou Salário de Cargos de Confiança; Subsídios; Vencimento do Pessoal em
Disponibilidade Remunerada; Gratificações, tais como: Gratificação Adicional Pessoal
Disponível; Gratificação de Interiorização; Gratificação de Dedicação Exclusiva;

39
Gratificação de Regência de Classe; Gratificação pela Chefia ou Coordenação de Curso
de Área ou Equivalente; Gratificação por Produção Suplementar; Gratificação por
Trabalho de Raios X ou Substâncias Radioativas; Gratificação pela Chefia de
Departamento, Divisão ou Equivalente; Gratificação de Direção Geral ou Direção
(Magistério de lº e 2º Graus); Gratificação de Função-Magistério Superior; Gratificação de
Atendimento e Habilitação Previdenciários; Gratificação Especial de Localidade;
Gratificação de Desempenho das Atividades Rodoviárias; Gratificação da Atividade de
Fiscalização do Trabalho; Gratificação de Engenheiro Agrônomo; Gratificação de Natal;
Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação de Contribuições e de Tributos;
Gratificação por Encargo de Curso ou de Concurso; Gratificação de Produtividade do
Ensino; Gratificação de Habilitação Profissional; Gratificação de Atividade; Gratificação de
Representação de Gabinete; Adicional de Insalubridade; Adicional Noturno; Adicional de
Férias 1/3 (art. 7º, inciso XVII, da Constituição); Adicionais de Periculosidade;
Representação Mensal; Licença-Prêmio por assiduidade; Retribuição Básica
(Vencimentos ou Salário no Exterior); Diferenças Individuais Permanentes; Vantagens
Pecuniárias de Ministro de Estado, de Secretário de Estado e de Município; Férias
Antecipadas de Pessoal Permanente; Aviso Prévio (cumprido); Férias Vencidas e
Proporcionais; Parcela Incorporada (ex-quintos e ex-décimos); Indenização de Habilitação
Policial; Adiantamento do 13º Salário; 13º Salário Proporcional; Incentivo Funcional –
Sanitarista; Abono Provisório; “Pró-labore” de Procuradores; e outras despesas correlatas
de caráter permanente.
12 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar
Despesas orçamentárias com: Soldo; Gratificação de Localidade Especial;
Gratificação de Representação; Adicional de Tempo de Serviço; Adicional de Habilitação;
Adicional de Compensação Orgânica; Adicional Militar; Adicional de Permanência;
Adicional de Férias; Adicional Natalino; e outras despesas correlatas, de caráter
permanente, previstas na estrutura remuneratória dos militares.
13 – Obrigações Patronais
Despesas orçamentárias com encargos que a administração tem pela sua
condição de empregadora, e resultantes de pagamento de pessoal, tais como Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço e contribuições para Institutos de Previdência, bem como
os encargos resultantes do pagamento com atraso das contribuições de que trata este
elemento de despesa.
14 – Diárias – Civil
Despesas orçamentárias com cobertura de alimentação, pousada e locomoção
urbana, do servidor público estatutário ou celetista que se desloca de sua sede em objeto
de serviço, em caráter eventual ou transitório, entendido como sede o Município onde a
repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício em caráter permanente.
15 – Diárias – Militar
Despesas orçamentárias decorrentes do deslocamento do militar da sede de sua
unidade por motivo de serviço, destinadas à indenização das despesas de alimentação e
pousada.
16 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil
Despesas orçamentárias relacionadas às atividades do cargo/emprego ou função
do servidor, e cujo pagamento só se efetua em circunstâncias específicas, tais como: hora

40
extra; substituições; e outras despesas da espécie, decorrentes do pagamento de pessoal
dos órgãos e entidades da administração direta e indireta.
17 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar
Despesas orçamentárias eventuais, de natureza remuneratória, devidas em
virtude do exercício da atividade militar, exceto aquelas classificadas em elementos de
despesas específicos.
18 – Auxílio Financeiro a Estudantes
Despesas orçamentárias com ajuda financeira concedida pelo Estado a
estudantes comprovadamente carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento
de estudos e pesquisas de natureza científica, realizadas por pessoas físicas na condição
de estudante, observado o disposto no artigo 26 da Lei Complementar nº 101/2000.
19 – Auxílio-Fardamento
Despesas orçamentárias com o auxílio-fardamento, pago diretamente ao servidor
ou militar.
20 – Auxílio Financeiro a Pesquisadores
Despesas Orçamentárias com apoio financeiro concedido a pesquisadores,
individual ou coletivamente, exceto na condição de estudante, no desenvolvimento de
pesquisas científicas e tecnológicas, nas suas mais diversas modalidades, observado o
disposto no artigo 26 da Lei Complementar nº 101/2000.
21 – Juros sobre a Dívida por Contrato
Despesas orçamentárias com juros referentes a operações de crédito
efetivamente contratadas.
22 – Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida pública contratada, tais
como: taxas, comissões bancárias, prêmios, imposto de renda e outros encargos.
23 – Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
Despesas orçamentárias com a remuneração real devida pela aplicação de
capital de terceiros em títulos públicos.
24 – Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida mobiliária, tais como:
comissão, corretagem, seguro, etc.
25 – Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita
Despesas orçamentárias com o pagamento de encargos da dívida pública,
inclusive os juros decorrentes de operações de crédito por antecipação da receita,
conforme artigo 165, § 8º, da Constituição.
26 – Obrigações decorrentes de Política Monetária
Despesas orçamentárias com a cobertura do resultado negativo do Banco Central
do Brasil, como autoridade monetária, apurado em balanço, nos termos da legislação
vigente.

41
27 – Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares
Despesas orçamentárias que a administração é compelida a realizar em
decorrência da honra de avais, garantias, seguros, fianças e similares concedidos.
28 – Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos
Despesas orçamentárias com encargos decorrentes da remuneração de cotas de
fundos autárquicos, à semelhança de dividendos, em razão dos resultados positivos
desses fundos.
30 – Material de Consumo
Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel
automotivo; lubrificantes automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; gás
engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e
laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais; material de
coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de alimentação;
material de construção para reparos em imóveis; material de manobra e patrulhamento;
material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente;
material de cama e mesa, copa e cozinha, e produtos de higienização; material gráfico e
de processamento de dados; aquisição de disquete; material para esportes e diversões;
material para fotografia e filmagem; material para instalação elétrica e eletrônica; material
para manutenção, reposição e aplicação; material odontológico, hospitalar e ambulatorial;
material químico; material para telecomunicações; vestuário, uniformes, fardamento,
tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e embalagem; suprimento de
proteção ao vôo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e motores de
navios e esquadra; explosivos e munições; bandeiras, flâmulas e insígnias e outros
materiais de uso não-duradouro.
31 – Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras
Despesas orçamentárias com a aquisição de prêmios, condecorações, medalhas,
troféus, etc, bem como com o pagamento de prêmios em pecúnia, inclusive decorrentes
de sorteios lotéricos.
32 – Material de Distribuição Gratuita
Despesas orçamentárias com aquisição de materiais para distribuição gratuita,
tais como livros didáticos, medicamentos, gêneros alimentícios e outros materiais ou bens
que possam ser distribuídos gratuitamente, exceto se destinados a premiações culturais,
artísticas, científicas, desportivas e outras.
33 – Passagens e Despesas com Locomoção
Despesas orçamentárias com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais
ou marítimas), taxas de embarque, seguros, fretamento, pedágios, locação ou uso de
veículos para transporte de pessoas e suas respectivas bagagens, inclusive quando
ocorrer em decorrência de mudanças de domicílio no interesse da administração.
34 – Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização
Despesas orçamentárias relativas à mão-de-obra, constantes dos contratos de
terceirização, classificáveis no grupo de despesa “1 – Pessoal e Encargos Sociais”, em
obediência ao disposto no artigo 18, § 1º, da Lei Complementar nº 101/2000.

42
35 – Serviços de Consultoria
Despesas orçamentárias decorrentes de contratos com pessoas físicas ou
jurídicas, prestadoras de serviços nas áreas de consultorias técnicas ou auditorias
financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.
36 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física
Despesas orçamentárias decorrentes de serviços prestados por pessoa física
pagos diretamente a esta e não enquadrados nos elementos de despesa específicos, tais
como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física sem
vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente contratados; gratificação por
encargo de curso ou de concurso; diárias a colaboradores eventuais; locação de imóveis;
salário de internos nas penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa
física.
37 – Locação de Mão-de-Obra
Despesas orçamentárias com prestação de serviços por pessoas jurídicas para
órgãos públicos, tais como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em
que o contrato especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado.
38 – Arrendamento Mercantil
Despesas orçamentárias com a locação de equipamentos e bens móveis, com
opção de compra ao final do contrato.
39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica
Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas
jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de
energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios,
etc.); fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à
conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e
materiais permanentes; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral
(exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de
divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas
com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-transporte; vale-refeição;
auxílio-creche (exclusive a indenização a servidor); software; habilitação de telefonia fixa
e móvel celular; e outros congêneres.
41 – Contribuições
Despesas orçamentárias às quais não corresponda contraprestação direta em
bens e serviços e não seja reembolsável pelo recebedor, inclusive as destinadas a
atender a despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado,
observado o disposto na legislação vigente.
42 – Auxílios
Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou
inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins
lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos artigos 25 e 26 da Lei
Complementar nº 101/2000.

43
43 – Subvenções Sociais
Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições privadas de
caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16,
parágrafo único, e 17 da Lei nº 4.320/1964, observado o disposto no artigo 26 da LRF.
45 – Equalização de Preços e Taxas
Despesas orçamentárias para cobrir a diferença entre os preços de mercado e o
custo de remissão de gêneros alimentícios ou outros bens, bem como a cobertura do
diferencial entre níveis de encargos praticados em determinados financiamentos
governamentais e os limites máximos admissíveis para efeito de equalização.
46 – Auxílio-Alimentação
Despesas orçamentárias com auxílio-alimentação pago em pecúnia diretamente
aos militares e servidores ou empregados da Administração Pública direta e indireta.
47 – Obrigações Tributárias e Contributivas
Despesas orçamentárias decorrentes do pagamento de tributos e contribuições
sociais e econômicas (Imposto de Renda, ICMS, IPVA, IPTU, Taxa de Limpeza Pública,
COFINS, PIS/PASEP, etc.), exceto as incidentes sobre a folha de salários, classificadas
como obrigações patronais, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso
das obrigações de que trata este elemento de despesa.
48 – Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas
Despesas orçamentárias com a concessão de auxílio financeiro diretamente a
pessoas físicas, sob as mais diversas modalidades, tais como ajuda ou apoio financeiro e
subsídio ou complementação na aquisição de bens, não classificados explicita ou
implicitamente em outros elementos de despesa, observado o disposto no artigo 26 da
Lei Complementar nº 101/2000.
49 – Auxílio-Transporte
Despesas orçamentárias com auxílio-transporte pago em pecúnia diretamente
aos militares, servidores ou empregados da Administração Pública direta e indireta,
destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal,
intermunicipal ou interestadual nos deslocamentos de suas residências para os locais de
trabalho e vice-versa, ou trabalho-trabalho nos casos de acumulação lícita de cargos ou
empregos.
51 – Obras e Instalações
Despesas orçamentárias com estudos e projetos; início, prosseguimento e
conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da
entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas;
instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores,
aparelhagem para ar condicionado central, etc.
52 – Equipamentos e Material Permanente
Despesas orçamentárias com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição;
aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios
médico, odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e equipamentos para esporte e
diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos; coleções e materiais
bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento; equipamentos
de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos musicais e artísticos;

44
máquinas, aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e
equipamentos gráficos e equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de
escritório; máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e
equipamentos agrícolas, rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário em geral;
obras de arte e peças para museu; semoventes; veículos diversos; veículos ferroviários;
veículos rodoviários; outros materiais permanentes.
61- Aquisição de Imóveis
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis considerados necessários à
realização de obras ou para sua pronta utilização.
62 – Aquisição de Produtos para Revenda
Despesas orçamentárias com a aquisição de bens destinados à venda futura.
63 – Aquisição de Títulos de Crédito
Despesas orçamentárias com a aquisição de títulos de crédito não
representativos de quotas de capital de empresas.
64 – Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado
Despesas orçamentárias com a aquisição de ações ou quotas de qualquer tipo de
sociedade, desde que tais títulos não representem constituição ou aumento de capital.
65 – Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
Despesas orçamentárias com a constituição ou aumento de capital de empresas
industriais, agrícolas, comerciais ou financeiras, mediante subscrição de ações
representativas do seu capital social. 66 – Concessão de Empréstimos e Financiamentos
Despesas orçamentárias com a concessão de qualquer empréstimo ou financiamento,
inclusive bolsas de estudo reembolsáveis.
67 – Depósitos Compulsórios
Despesas orçamentárias com depósitos compulsórios exigidos por legislação
específica, ou determinados por decisão judicial.
71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado
Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do principal da dívida pública
contratual, interna e externa.
72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do valor nominal do título da
dívida pública mobiliária, interna e externa.
73 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada
Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor do principal da
dívida contratual, interna e externa, efetivamente amortizado.
74 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada
Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor nominal do título da
dívida pública mobiliária, efetivamente amortizado.

45
75 – Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação de
Receita
Despesas orçamentárias com correção monetária da dívida decorrente de
operação de crédito por antecipação de receita. 76 – Principal Corrigido da Dívida
Mobiliária Refinanciado Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal da
dívida pública mobiliária, interna e externa, inclusive correção monetária ou cambial, com
recursos provenientes da emissão de novos títulos da dívida pública mobiliária.
77 – Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal da dívida pública
contratual, interna e externa, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos
provenientes da emissão de títulos da dívida pública mobiliária.
81 – Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a outras esferas de
governo de receitas tributárias, de contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista
na Constituição ou em leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão
transferidor.
91 – Sentenças Judiciais
Despesas orçamentárias resultantes de:
a) pagamento de precatórios, em cumprimento ao disposto no art. 100 e seus
parágrafos da Constituição, e no art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias – ADCT;
b) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de empresas
públicas e sociedades de economia mista, integrantes dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social;
c) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de pequeno valor,
na forma definida em lei, nos termos do § 3o do artigo 100 da Constituição; e
d) cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segurança e
Medidas Cautelares, referentes a vantagens pecuniárias concedidas e ainda não
incorporadas em caráter definitivo às remunerações dos beneficiários.
92 – Despesas de Exercícios Anteriores
Cumprimento do artigo 37 da Lei nº 4.320/1964, que dispõe: “Art. 37. As despesas
de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito
próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à
conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento,
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.
93 – Indenizações e Restituições
Despesas orçamentárias com indenizações, exclusive as trabalhistas, e
restituições, devidas por órgãos e entidades a qualquer título, inclusive devolução de
receitas quando não for possível efetuar essa devolução mediante a compensação com a
receita correspondente, bem como outras despesas de natureza indenizatória não
classificadas em elementos de despesas específicos.

46
94 – Indenizações e Restituições Trabalhistas
Despesas orçamentárias de natureza remuneratória resultantes do pagamento
efetuado a servidores públicos civis e empregados de entidades integrantes da
administração pública, inclusive férias e aviso prévio indenizados, multas e contribuições
incidentes sobre os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, etc, em
função da perda da condição de servidor ou empregado, podendo ser em decorrência da
participação em programa de desligamento voluntário, bem como a restituição de valores
descontados indevidamente, quando não for possível efetuar essa restituição mediante
compensação com a receita correspondente.
95 – Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
Despesas orçamentárias com indenizações devidas aos servidores que se
afastarem de seu local de trabalho, sem direito à percepção de diárias, para execução de
trabalhos de campo, tais como os de campanha de combate e controle de endemias;
marcação, inspeção e manutenção de marcos decisórios; topografia, pesquisa,
saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais.
96 – Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
Despesas orçamentárias com ressarcimento das despesas realizadas pelo órgão
ou entidade de origem quando o servidor pertencer a outras esferas de governo ou a
empresas estatais não-dependentes e optar pela remuneração do cargo efetivo, nos
termos das normas vigentes.
99 – A Classificar
Elemento transitório que deverá ser utilizado enquanto se aguarda a classificação
em elemento específico, vedada a sua utilização na execução orçamentária.

Exemplo de classificação orçamentária da despesa

01 01 01 031 0002 2 002 0000 31901100 1 01 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
02 01 27 812 0119 2 019 0000 33503900 2 18 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
02 01 27 812 0119 2 019 0000 33503900 2 22 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
02 01 27 812 0119 2 019 0000 33901800 1 01 Auxílio Financeiro a Estudantes
20 02 04 122 0409 2 048 0000 33903602 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
20 02 04 122 0409 2 048 0000 33903603 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
20 02 04 122 0409 2 048 0000 33903604 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
20 02 04 122 0409 2 048 0000 33903900 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
20 02 04 122 0409 2 048 0000 33909300 1 01 Indenizações e Restituições
20 02 04 122 0409 2 048 0000 44905200 1 01 Equipamentos e Material Permanente
20 03 18 541 0039 1 190 0000 32909300 1 01 Indenizações e Restituições
20 03 18 541 0039 1 190 0000 33503900 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
20 03 18 541 0039 1 190 0000 33903000 1 01 Material de Consumo
20 03 18 541 0039 1 190 0000 33903200 1 01 Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita
20 03 18 541 0039 1 190 0000 33903500 1 01 Serviços de Consultoria
20 03 18 541 0039 1 190 0000 33903603 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
20 03 18 541 0039 1 190 0000 33903900 1 01 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
20 03 18 541 0039 1 190 0000 44905200 1 01 Equipamentos e Material Permanente
99 01 99 999 0999 9 999 0000 99999999 1 01 Reserva de Contingência

47
01 01 01 031 0002 2 002 0000 31901100 1 0010000 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

01 – Órgão - Câmara Municipal


01 – Unidade Orçamentária - Câmara Municipal
01 – Função – legislativa
031 – Subfunção – Ação legislativa
0002 – Programa - AÇÃO LEGISLATIVA E CONTRÔLE EXTERNO
2 – Ação tipo – Atividade
002 – Ação Número - MANUTENÇÃO E FUNCIONAMENTO DO LEGISLATIVO
0000 – Subação - facultativo
3.1.90.11.00 Natureza da despesa
Elemento - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
Modalidade da Aplicação - Aplicações Diretas
Grupo de Natureza da despesa - Pessoal e Encargos Sociais
Modalidade Econômica - Despesas Correntes
1 - Recursos do exercício
001000000- Recursos Ordinários

48
Projeto de Lei Orçamentária Anual

O PL LOA deverá conter:


Ofício de encaminhamento
Projeto de lei
Anexos
Receita por Fontes e Despesa por Órgãos
Receita por Fontes e Despesa por Unidades Orçamentárias
Receita por Fontes e Despesa por Funções
Receita e Despesa Segundo as Categorias Econômicas
Receita Segundo as Categorias
Despesa Segundo as Categorias
Detalhamento da Despesa
Programa de Trabalho
Programa de Trabalho Consolidado
Despesa por Funções, Subfunções, Programas por Projetos e Atividades
Despesa por Funções, Subfunções Conforme o Vínculo
Consolidação da Natureza da Despesa Segundo as Categorias Econômicas
Despesas por Órgãos e Funções
Receita por Fontes e Legislação
Ações por Projetos, Atividades e Operações Especiais
Receita por Fontes
Despesa por Órgãos
Programação da Execução Orçamentária e Financeira

49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
São autorizações constantes na Lei Orçamentária para a realização de despesas.
O que, por vício de generalização de conceitos, muitas vezes são confundidos com o
termo: Dotações Orçamentárias.
De acordo com o mestre Giacomoni, em sua obra "Orçamento Público":

"A lei orçamentária é organizada na forma de créditos


orçamentários, aos quais estão consignadas dotações. Em consequência da
imprecisão com que são utilizadas na legislação, é comum o emprego das
expressões crédito orçamentário e dotação como sinônimos. Na realidade, o
crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias
classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas
pela lei orçamentária. [...] Por seu turno, dotação é o montante de recursos
financeiros com que conta o crédito orçamentário."

CRÉDITOS ADICIONAIS
São autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na
lei de orçamento. Estes créditos classificam-se em:
Suplementares: Os destinados a reforços de dotação orçamentária. Ex: acréscimo
das despesas com pessoal, acima do previsto, em virtude do aumento dos vencimentos.
Especiais: Os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica. Ex: criação de órgão.
Extraordinários: Os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, em caso de
guerra ou calamidade pública.
Os Suplementares e Especiais são autorizados por lei e abertos por decreto do
Executivo; os extraordinários são abertos por decreto do Executivo, que dará imediato co-
nhecimento ao Poder Legislativo. Normalmente, a própria lei orçamentária já autoriza o
Poder Executivo a abrir créditos suplementares até um determinado limite. Deve-se,
contudo, observar que a transposição, o remanejamento, ou a transferência de recursos
de uma categoria de programação para outra, ou de um órgão para outro, é proibida sem
prévia autorização legislativa (art. 167, VI da CF).
A vigência dos créditos adicionais não pode ultrapassar o exercício financeiro,
exceto os especiais e os extraordinários, quando houver expressa determinação legal.

FONTES DOS CRÉDITOS ADICIONAIS


São as seguintes as origens dos créditos adicionais:
Excesso de arrecadação — É o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a
mês, entre a receita realizada (arrecadada) e a prevista.
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior —
saldo positivo entre o ativo e o passivo financeiro.
Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais -
eliminação de despesas
Operações de Crédito realizadas - empréstimos tomados no mercado financeiro.
Recursos decorrentes de vetos, de emendas ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual.

64
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Ciclo da Receita
Cumprido todos os prazos fixados, a partir do início do exercício financeiro, logo
após publicação do QUADRO DE DETALHAMENTO DA DESPESA (QDD – publicado até
20 dias após a LOA) inicia-se a fase de execução.  Consiste na realização ou não, ao
longo do exercício financeiro, na realização das despesas efetivadas por meio da
arrecadação de receitas, propiciando o alcance dos planos de governo em prol da
sociedade.  Caso haja algum incidente no decorrer do ciclo orçamentário que impeça a
disponibilização da dotação orçamentária no início do exercício, os órgãos poderão fazer
uso do DUODÉCIMO, desde que autorizado na LDO. Esse Instituto consiste na
possibilidade de executar um doze avos do PLOA a cada mês, de modo a não prejudicar
totalmente a execução orçamentária prevista para o exercício.
Estágios
De maneira geral, são três os estágios da receita: fixação, arrecadação e
recolhimento. Em relação às contas públicas, há ainda a fase de LANÇAMENTO e, em
relação a fixação, a receita pública não pode ser fixada, mas PREVISTA. Assim temos,
como fases da receita pública:

1)PREVISÃO
2)LANÇAMENTO
3)ARRECADAÇÃO
4)RECOLHIMENTO.

Previsão - Tem relação como o processo de planejamento que integra o ciclo


orçamentário e consiste no estudo técnico do processo de elaboração das propostas de
cada unidade orçamentária que, unificadas e consolidadas pelo MPOG (SOF),
consubstancia-se em elementos que custearão as contas públicas, podendo serem
efetivamente arrecadadas ou não. Feita com base em cálculos que consideram as
receitas arrecadadas nos dois últimos exercícios e a receita prevista para o exercício em
que se elabora a proposta, ajustando-se o valor encontrado em função do cenário
econômico projetado. O Executivo deve disponibilizar memória de cálculo para os outros
Poderes e MP, segundo a LRF (podem contestar antes do envio das propostas pelo
Executivo). Estimativas feitas por tipo de receitas.

Lançamento - Os arts. 52 e 53 da Lei 4.320/64 definem o lançamento como o segundo


estágio da receita, representando “o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.”
Nem sempre o lançamento ocorrerá antes da arrecadação do tributo; Pode ser feito pelas
seguintes modalidades:

Arrecadação - Se dá no momento em que o contribuinte recolhe, ao agente arrecadador,


o valor do seu débito. Relaciona-se, diretamente, com o princípio contábil da Unidade de
Tesouraria, uma vez que as receitas arrecadadas devem ser depositadas na Conta Única
do Tesouro Nacional; É nesse estágio que se considera REALIZADA a receita, uma vez
que houve o desembolso por parte do contribuinte;

65
Recolhimento - O recolhimento da receita acontece no momento em que o agente
arrecadador repassa o produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal
Mesmo que o contribuinte já tenha pago seus tributos, o dinheiro não encontra-se
disponível às unidades da administração. Há a necessidade da transferência do dinheiro
para a conta do poder público, que receberá, classificará e fará a apropriação. Somente
após o recolhimento, pode-se dizer que os recursos estão efetivamente disponíveis para a
utilização pelos gestores financeiros, de acordo com a programação financeira
estabelecida.

Ciclo da Despesa
Etapas da despesa
Inicialmente cabe destacar que os termos "etapas" e "estágios", quando
relacionados com as despesas públicas, não são tratados como sinônimos. O Manual da
Despesa Nacional afirma que as etapas da despesa orçamentária são três:

1 - Planejamento;
2 - Execução;
3 - Controle e Avaliação
Planejamento
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação da
despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programação
orçamentária e financeira e o processo de licitação.

Execução
Após a publicação da Lei Orçamentária, do quadro de detalhamento da despesa e
observadas as normas de execução orçamentária e de programação financeira do
exercício, já existem condições para que as unidades orçamentárias iniciem a execução
orçamentária.

Controle e Avaliação
Esta etapa compreende a fiscalização realizada pelos órgãos de controle e pela
sociedade.
O Sistema de Controle visa à avaliação da ação governamental, da gestão dos
administradores públicos e da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito
Privado, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial.

Estágio da Despesa

Empenho
É o ato que cria a obrigação de pagamento para o Estado, pendente ou não do
implemento de condição.
O empenho precede a realização da despesa e está restrito ao limite de crédito
orçamentário. Além disso, é vedada a realização de despesa sem o prévio empenho.

66
"Empenhar deduz o valor da dotação orçamentária, tonando a quantia empenhada
indisponível para nova aplicação"(JUND, 2008, p. 208).
O estágio do empenho está sujeito a três etapas:
Autorização;
Indicação da modalidade licitatória, sua dispensa ou inexigibilidade;
Formalização, comprovada pela emissão da nota de empenho e a respectiva
dedução do valor da despesa.
O empenho ainda, conforme sua natureza e finalidade, pode ser emitido em uma
das seguintes formas:
Empenho ordinário: o montante é conhecido e o pagamento deve ocorrer em uma
única vez;
Empenho global: o montante também é conhecido, mas o pagamento será
parcelado. Exemplos: aluguéis, contrato de prestação de serviços por terceiros,
vencimentos, salários, proventos e pensões, inclusive as obrigações patronais
decorrentes, entre outros.
Empenho por estimativa: o montante não pode ser previamente determinado e a
base é periodicamente não homogênea. Exemplos: serviços de abastecimento de água,
fornecimento de energia elétrica e telefone, gratificações, diárias e reprodução de
documentos, entre outras.
Liquidação
Conforme dispõe o artigo 63 da Lei 4.320/64, a liquidação consiste na verificação
do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito e tem por objetivo apurar:
I. A origem e o objeto do que se deve pagar;
I. A importância exata a pagar; e
II. A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.
Jund (2008) explica que o estágio da liquidação envolve todos os atos de verificação e
conferência, desde a entrada do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento
da despesa.
Pagamento
É o último estágio da realização da despesa. Consiste na entrega de numerário
ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta, e
só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
A Lei 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de pagamento como sendo o
despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada
seja paga. A ordem de pagamento só pode ser exarada em documentos processados
pelos serviços de contabilidade.

67
ROTEIROS CONTÁBEIS

68

Você também pode gostar