Keity Dayane Reifur

Atenção à Saúde Bucal das crianças entre 0 e 6 anos, Unidade de
Saúde Marcilio Biancheti, São José dos Pinhais, Paraná, Brasil
Orientador: Mateus Casanova dos Santos

Especializanda: Keity Dayane Reifur
Importância da Intervenção
A cavidade bucal do bebê, além de

possibilitar a alimentação, é também um dos
seus contatos com o meio externo, sendo assim
requer cuidados especiais por parte de
familiares e dos profissionais.
Importância da Intervenção
Tendo em vista que a atenção à criança é capaz de gerar na

comunidade mudança, e consequentemente, qualidade de
vida não apenas do recém-nato, mas também da sua família,
esse projeto teve por objetivo a reformulação do programa
de puericultura com foco na saúde bucal no período materno
infantil.

Município: São José dos Pinhais
- Área de 945.717 km²

- População de aproximadamente: 269 mil
- Região sul do Brasil – Estado do Paraná
- Região metropolitana de Curitiba
- 28 unidades de saúde: ESF mistas, centros
integrados da mulher e da criança, CEO.
- Atividades: Industria e Agrícola
Fonte: educarnareal.blogspot.com
Unidade de Saúde Marcilio Biancheti - Ipê
• Inauguração em 15 de dezembro de 2000;

• ESF mista - 4 equipes: 1 para cada micro-área;
• Horário de atendimento: 07h às 17h;
• População: 18.313 habitantes;
• Equipe 3: 3920 habitantes.
Fonte: http://www.regissantos.com.br
Unidade de Saúde Ipê
Puericultura – antes da intervenção
• 2 anos de idade;
• Consultas agendadas: enfermeiro, médico,
dentista, nutricionista e psicólogo;
• Sem busca ativa;
• Primeira consulta agendada pelo hospital;
• Consulta agendada pela solicitação do
responsável.
Objetivo geral
Melhorar a atenção a saúde da criança, com

foco na saúde bucal no período materno infantil.
Objetivos Específicos
• 1. Ampliar a cobertura de atendimento

odontológico das crianças de 0 a 6 anos;
• 2. Melhorar a adesão ao programa de atenção a
saúde bucal da criança;
• 3. Melhorar os registros das informações sobre o
atendimento das crianças no programa de
atenção a saúde bucal da criança;
Objetivos Específicos
• 4. Mapear as crianças de risco;

• 5. Melhorar a qualidade do atendimento no
programa de atenção a saúde bucal da
criança;
• 6. Promover à saúde bucal para as crianças de
0 a 6 anos e responsáveis.
Metas
• Ampliar a cobertura de atendimento

odontológico e consultas agendadas das
crianças de 0 a 6 anos para 50%;
• Manter registro atualizado, em ficha especifica
de avaliação odontológica e ficha espelho, de
100 % das crianças cadastradas no programa
de atenção a saúde bucal da criança;
Metas
• Monitorar 100% das crianças cadastradas no

programa de atenção a saúde bucal da criança
com trauma, cárie dental, outras doenças
bucais, alterações na cavidade bucal e
hábitos bucais deletérios, ex: uso da chupeta e
mamadeira.
Metas
• Organizar 50% da agenda para possibilitar o

atendimento regular das crianças de 0 a 6
anos.
• Fazer a capacitação de 50% dos profissionais
da equipe da ESF conforme protocolo de
atendimento.
Metas
• Orientar 100% dos responsáveis das crianças
cadastradas no programa de atenção a saúde
bucal da criança sobre a importância do
aleitamento materno, dos cuidados com a
dentição decídua, higiene bucal, adequado
uso de creme dental, trauma dental,
importância da primeira consulta já nos
primeiros dias de vida e alimentação saudável
para garantir a saúde geral e também bucal;
Metodologia
• Período de 4 meses;
• Referência: Manual Técnico Caderno de Atenção
Básica n 17 – saúde bucal do Ministério da Saúde,
2008;
• Crianças de 0 a 6 anos, conforme protocolo;
• Levantamento das crianças – agentes comunitárias.
• População da área: 3920
• Número de crianças de 0 a 6 anos: 274
Metodologia
• Atendimento clínico;
• Visitas Domiciliares;
• Avaliação na escola da Área das crianças até 6
anos;
• Acompanhamento do grupo da pesagem do
leite;
• Agendamento das consultas
odontológicas;
Metodologia
Metodologia
• Confecção da ficha-espelho pela equipe;

• Empoderamento da família;
• Capacitação dos profissionais;
• Registro Específico na Planilha;
• Material clinico, de consumo, folders, artigos,
fotos.
Resultados
• Cobertura do Programa de Puericultura na
UBS
15,7% 29,2% 40,1% 47,1%
Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora.

Resultados
55,8% 53,3% 62,5% 65,8%
Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

Resultados
4,7% 4% 3,8% 3,5%

Resultados
7% 6,7% 5,8% 6,1%

Resultados
48,8% 44% 49% 51,8%

Resultados
83,7% 84% 85,6% 86,8%

Resultados
- Teste do pezinho: 100%

- Suplementação de Ferro entre 6 e 18 meses : 100%
- Proporção de crianças com agendamento: 100%
- A porcentagem do agendamento em relação ao
total de crianças da micro-area segue no primeiro
mês de 15,7%, no segundo mês de 29,2%, no
terceiro mês 40,1% e no quarto mês de 45,3%.
- Proporção de crianças participantes do programa
com o registro atualizado – 100%
Resultados
23,3% 30,7% 37,5% 41,2%

Resultados
9,5% 16,8% 20,4% 24,1%
Fonte: Diário de campo da pesquisadora

Resultados
39,5% 37,3 33,7 35,1

Resultados
53,3% 49,1% 44% 44.7%

Resultados
39,5% 42,7% 42,3% 42,1%
Proporção de crianças que utilizam mamadeira até 6 anos

Fonte: Diário de campo da pesquisadora.
Resultados
53,3% 54,5% 54,7% 52,9%
Proporção de crianças que utilizam mamadeira até 3 anos

Resultados
20,9% 20% 20,2% 18,4%

Resultados
4,7% 5% 3,6% 3,1%

Resultados
Proporção de crianças com até um ano que apresentam candidíase oral
20.0%
18.0%
16.0%
14.0%
12.0%
10.0%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0.0%
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
12,5% 18,2%
Proporção de crianças com candidíase até 1 ano

Resultados
2,3% 4% 5,8% 6,1%

Resultados
16,3% 14,7% 13,5% 13,2%

Resultados
7% 8% 8,7% 7,9%

Resultados
86% 88% 85,6% 86,8%

Resultados
• Não foi realizada a capacitação de todos os

funcionários da unidade, apenas da equipe.

Resultados
• Orientação de 100% dos responsáveis das
crianças cadastradas no programa de atenção
a saúde bucal da criança sobre a importância
do aleitamento materno, dos cuidados com a
dentição decídua, higiene bucal, adequado
uso de creme dental, trauma dental,
importância da primeira consulta já nos
primeiros dias de vida e alimentação saudável
para garantir a saúde geral e também bucal;
Discussão
• Ampliação da cobertura de atendimento das
crianças de 0 a 6 - aumento total de 47,1%;
• A ação melhorou a adesão das crianças e
famílias as consultas;
• A forma de registro da informação e a
qualidade do atendimento para a criança com
destaque para a promoção de saúde e
empoderamento das crianças e responsáveis
Discussão
• A capacitação da profissional dentista em
relação à saúde coletiva da criança;
• Trabalho integrado: visitas domiciliares,
atendimento clinico, pela equipe composta
pela enfermeira, médica, psicóloga,
nutricionista, dentista e auxiliares de
enfermagem e odontologia, desenvolvendo
uma consulta mais completa e diversificada.
Discussão
• A capacitação da equipe;
• Empoderamento das famílias com mudanças
de hábito como na higienização e diminuição
da candidíase;
• Prioridade no atendimento.
Discussão
• Falta de vagas: ampliar o trabalho de
conscientização da comunidade em relação a
priorização das crianças de 0 a 6 anos;
• Troca constante de médicos: reunião com os
gestores;
• Ampliar o acesso a informação dos
profissionais da UBS.
Reflexão Crítica
• Compreender melhor a ESF como um todo e assim
poder defender melhor seus conceitos e princípios;
• Trabalho em equipe: multiprofissional e
interdisciplinar;
• Planejamento;
• Troca de conhecimento;
• Crescimento pessoal para a vida como um todo: de
paciência, verdades e valores, dignidade e esforço
que serão levados para toda uma vida.
Referências
ASSUNÇÃO, L.; CUNHA, R.; FERELLE, A.; Análise dos traumatismos e suas
seqüelas na dentição decídua: uma revisão da literatura. Pesquisa Brasileira
Odontoped Clin. Integr. João Pessoa, v.7, n.2, p.173-179, 2007
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico Caderno de Atenção Básica

n 17 – Saúde Bucal. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em:
<http://www. saude.gov.br>. Acesso em: 18 abr. 2012, 20:06:30.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica – Saúde da

Criança: Nutrição Infantil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009.
Disponível em: <http://www. saude.gov.br>. Acesso em: 18 abr. 2012,
20:20:35.
BRASIL. Ministério da Saúde. Autoavaliação para Melhoria do Acesso e

Qualidade da Atenção Básica. Secretaria de Atenção a Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Brasília, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dez Passos para uma Alimentação

Saudável. Guia Alimentar para Crianças menores de dois anos. 2 Edição.
Secretária de Atenção a Saúde. Departamento da Atenção a Saúde. Brasília,
2010.
CARVALHO, S. R.; GASTALDO, D.. Promoção à saúde e empoderamento:

uma reflexão a partir das perspectivas crítico-social pós-estruturalista. Ciência
& Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.13, n.2, p. 2029-40, 2008.
CASTILHO, S. D.; ROCHA, M. A. M.. Uso de chupeta: história e visão

Multidisciplinar. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 8, n.6, p. 480 – 489,
2009.
Referências
CAVALCANTI, A.; ALBUQUERQUE, A.; Perfil do médico pediatra a cidade de
João Pessoa na promoção de saúde bucal. Revista Paulista de
Odontologia. Ano XXIII, n. 5, p. 46-49, 2001
DOCKHORN, D. M. C.; PRETTO, S. M.. Escolaridade, condições sócio-

econômicas e saúde bucal – relação entre mães e filhos. Revista Odonto
Ciência, Rio Grande do Sul, v. 16, n. 32, p.42 – 59, 2001.
FERREIRA, et al; Influencia da classe econômica na postura dos pais frente o

atendimento odontopediatrico. Revista Odonto Ciência, Rio Grande do Sul,
v. 19, n. 43, p.63 – 68, 2004.
MALTZ, M.; LACERDA, P.. Conhecimento do pediatra na área da saúde

Bucal. Revista ABO Nacional, São Paulo, v.9, n.4, p. 210 – 216, 2001.
MATHIAS, M.; ZANESCO, Z.; SANT’ANA, G.; DUARTE, D.; GUARÉ, R.;
Anemia ferropriva e pigmentação dentária por sulfato ferroso: revisão de
literatura e relato de casos clínicos. UFES Revista Odonto, Espírito Santo,
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MELLARA, T.; et al; Seria o hábito de sucção de chupeta capaz de reduzir a

síndrome da morte súbita em lactente?. Disponível em:
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/index.php?p=html&id=1329. Acesso em:
21 abril. 2013, 21:18:30
MEDEIROS, E.; RODRIGUES, M.; Conhecimento das gestantes sobre a

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Referências
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Higiene Alimentar. São Paulo, v. 18, n. 118, p. 15-20, 2004.
OLIVEIRA A.; et al; A integração da odontologia no programa de assistência

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154-162, 2010.
PAULA, M.; DADALTO, E.; Prevalência de cárie em crianças de 0 a 36 meses

de idade. Revista ABO Nacional, São Paulo, v.8, n.2, p. 86 – 91, 2000.
PARANÁ. APSUS - Atenção Primária à Saúde de Qualidade em Todo o

Paraná. 01 oficina. Paraná, setembro/2011.
STARFIELD, B.. Atenção Primária Equilíbrio entre Necessidades de

Saúde, Serviços e Tecnologia. Ministério da Saúde. Brasília, 2012.
VASCONCELLOS, R.; et al. Trauma na dentição decídua: enfoque atual.

Revista de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial. Disponível em:
http://www.revistacirurgiabmf.com/2003/v3n2/v3n2.htm. Acesso em: 21 abril,
21:47:33.
VITOLO M. R. et al . Impactos da Implementação dos dez passos da

Alimentação saudável para crianças: ensaio randomizado. Caderno Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v.21, n. 5, p. 1448 – 1457, 2005.
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Atenção à Saúde Bucal das crianças entre 0 e 6 anos, Unidade de

Saúde Marcilio Biancheti, São José dos Pinhais, Paraná, Brasil

Orientador: Mateus Casanova dos Santos

A cavidade bucal do bebê, além de

Tendo em vista que a atenção à criança é capaz de gerar na

- Área de 945.717 km²

• Inauguração em 15 de dezembro de 2000;

Melhorar a atenção a saúde da criança, com

• 1. Ampliar a cobertura de atendimento

• 4. Mapear as crianças de risco;

• Ampliar a cobertura de atendimento

• Monitorar 100% das crianças cadastradas no

• Organizar 50% da agenda para possibilitar o

• Confecção da ficha-espelho pela equipe;

15,7% 29,2% 40,1% 47,1%

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora.

55,8% 53,3% 62,5% 65,8%

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

4,7% 4% 3,8% 3,5%

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

7% 6,7% 5,8% 6,1%

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

48,8% 44% 49% 51,8%

83,7% 84% 85,6% 86,8%

- Teste do pezinho: 100%

23,3% 30,7% 37,5% 41,2%

9,5% 16,8% 20,4% 24,1%

Fonte: Diário de campo da pesquisadora

39,5% 37,3 33,7 35,1

Fonte: Diário de campo da pesquisadora

53,3% 49,1% 44% 44.7%

39,5% 42,7% 42,3% 42,1%

Proporção de crianças que utilizam mamadeira até 6 anos

53,3% 54,5% 54,7% 52,9%

Proporção de crianças que utilizam mamadeira até 3 anos

20,9% 20% 20,2% 18,4%

Fonte: Diário de campo da pesquisadora.

4,7% 5% 3,6% 3,1%

Fonte: Diário de campo da pesquisadora.

Proporção de crianças com até um ano que apresentam candidíase oral

Proporção de crianças com candidíase até 1 ano

2,3% 4% 5,8% 6,1%

Fonte: Diário de campo da pesquisadora

16,3% 14,7% 13,5% 13,2%

Fonte: Diário de campo da pesquisadora

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

86% 88% 85,6% 86,8%

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

• Não foi realizada a capacitação de todos os

Fonte: Diário de intervenção da pesquisadora

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico Caderno de Atenção Básica

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica – Saúde da

BRASIL. Ministério da Saúde. Autoavaliação para Melhoria do Acesso e

BRASIL. Ministério da Saúde. Dez Passos para uma Alimentação

CARVALHO, S. R.; GASTALDO, D.. Promoção à saúde e empoderamento:

CASTILHO, S. D.; ROCHA, M. A. M.. Uso de chupeta: história e visão

DOCKHORN, D. M. C.; PRETTO, S. M.. Escolaridade, condições sócio-

FERREIRA, et al; Influencia da classe econômica na postura dos pais frente o

MALTZ, M.; LACERDA, P.. Conhecimento do pediatra na área da saúde

MELLARA, T.; et al; Seria o hábito de sucção de chupeta capaz de reduzir a

MEDEIROS, E.; RODRIGUES, M.; Conhecimento das gestantes sobre a

OLIVEIRA A.; et al; A integração da odontologia no programa de assistência