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A Lógica

Gr. Logiké; logos, razão,


discurso, raciocínio

Coerência, inteligência

Lógica
Conceito juízo, raciocínio;
formal e informal

Matemática; Filosofia;
ciência do pensamento

Validade da argumentação;
sistematização da validade
da argumentação
Proposições
(teses)

argumentos
As proposições são enunciados (ideias, juízos, asserções
declarativas ou indicativas) suscetíveis de serem
considerados V ou F.
Interrogações, exclamações, ordens, promessas e frases sem
sentido não constituem proposições.
Enunciado Proposição?

Os meus livros estão em cima da secretária.


?
Fecha a porta!
?
Prometo que amanhã te devolvo o dinheiro.
?
Quanto custa um T2 na Baixa do Porto?
?
Será que há vida em Marte?
?
Com armário mil parede prateleira antes
?
Se chover, vou ao cinema.
?
Enunciado Proposição?

Os meus livros estão em cima da secretária.


SIM
Fecha a porta!
NÃO
Prometo que amanhã te devolvo o dinheiro.
NÃO
Quanto custa um T2 na Baixa do Porto?
NÃO
Será que há vida em Marte?
NÃO
Com armário mil parede prateleira antes
NÃO
Se chover, vou ao cinema.
SIM
Tipos de proposições: 1) categóricas
Frases declarativas da forma sujeito-predicado que expressam uma
quantidade (universal ou particular) e uma qualidade (afirmativa
ou negativa), podendo ser analisadas em termos de classes de
coisas.

Todos os homens são mamíferos


Nenhum homem é mamífero (Todos não são)
Alguns homens são mamíferos
Alguns homens não são mamíferos
Quadrado da oposição
Tipos de proposições: 2) condicionais

Frases declarativas que estabelecem uma relação


de implicação, sendo uma a antecedente e outra
a consequente.

Se o Benfica ganhar este jogo,


o Benfica será campeão.
Negação de proposições

Uma característica notória da história da filosofia é que os filósofos


discordam entre si, chegando mesmo a defender teses opostas. (…) É
também importante saber discordar, isto é, saber como se nega uma
dada proposição e o que se segue daí.
Aires Almeida, SPF-APF

A negação de proposições é útil para a Filosofia porque nos


permite negar proposições (isto é, negar teses) de modo que
seja impossível que ambas as proposições sejam
simultaneamente verdadeiras.
Negação de proposições categóricas
Negar uma proposição consiste em alterar a qualidade e a quantidade da
proposição original; negar uma proposição consiste em inverter o valor de
verdade de uma proposição, de forma que se uma for V a outra será F, e se
uma for F a outra será V.
• a negação de uma proposição faz-se sempre através da sua contraditória,
e não através de uma proposição contrária, subcontrária ou subalterna.  
• Todo o S é P <-> Algum S não é P
• Nenhum S é P <-> Algum S é P
• Algum S é P <-> Nenhum S é P
• Algum S não é P <-> Todo o S é P
ATENÇÃO!
É Um erro comum pensar que a negação de uma proposição categórica consiste
em simplesmente alterar a qualidade:
Todo o S é P <-> Nenhum S é P
Algum S é P <-> Algum S não é P
Na verdade, o procedimento correto é a alteração da quantidade e da qualidade
em simultâneo:
Todo o S é P <-> Algum S não é P
Nenhum S é P <-> Algum S é P
Algum S é P <-> Nenhum S é P
Algum S não é P <-> Todo o S é P
Negação de proposições condicionais
A negação de uma condicional consiste em
afirmar a antecedente e negar a consequente.

Se chover, então levo guarda-chuva para a escola.


Está a chover, mas não levei o guarda-chuva para a escola.
Argumentos

Um argumento é um conjunto de proposições estruturadas de tal modo


que se pretende que uma delas (a conclusão) seja apoiada pelas outras
(as premissas). Por exemplo: “A vida tem de fazer sentido porque Deus
existe” é um argumento; a premissa é “Deus existe” e a conclusão é “A
vida tem de fazer sentido”. Os argumentos podem ser válidos ou
inválidos mas não podem ser verdadeiros ou falsos.

Enciclopédia de termos lógico-filosóficos


Um argumento é formado por uma ou mais
premissas e uma conclusão; a conclusão
deverá ser sustentada pela(s) premissa(s).

Premissa 1 Todos os homens são mortais.


Premissa 2 Sócrates é homem.
Conclusão Logo, Sócrates é mortal.
Indicadores de premissa Indicadores de conclusão
Portanto
Ora, Por isso
Posto que Daí que
Dado que Por consequência / Consequentemente
Porque Por conseguinte
Como [mostra] Logo
Por causa de E por essa razão
A razão é que Segue-se
Pode inferir-se de Podemos inferir que / Infere-se que
Uma vez que Concluo que
Que resulta de O que mostra que
O que aponta para
Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil
estacioná-los. Por isso, os lugares de estacionamento devem passar a
ser maiores. É um facto que precisamos de cidades com mais espaços
verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as
pessoas não terem onde deixar os seus carros.

A conclusão deste argumento é


(A) «seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus carros.»
(B) «nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais
difícil estacioná-los.»
(C) «os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores.»
(D) «precisamos de cidades com mais espaços verdes e menor área
de estacionamento.»
Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil
estacioná-los. Por isso, os lugares de estacionamento devem passar a
ser maiores. É um facto que precisamos de cidades com mais espaços
verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as
pessoas não terem onde deixar os seus carros.

A conclusão deste argumento é


(A) «seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus carros.»
(B) «nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais
difícil estacioná-los.»
(C) «os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores.»
(D) «precisamos de cidades com mais espaços verdes e menor área
de estacionamento.»
Um argumento dedutivo válido é um argumento no qual, se as premissas
forem verdadeiras, a conclusão será também verdadeira. Se alguém
aceitar as premissas, então será logicamente forçado a aceitar
igualmente a conclusão, se ela decorre das premissas.

Todos os homens são mortais Todos os porcos são bípedes.


Sócrates é homem O Tareco é um porco.
Logo, Sócrates é mortal Logo, o Tareco é bípede.
Todos os homens são mortais Todos os porcos são bípedes.
Sócrates é homem O Tareco é um porco.
Logo, Sócrates é mortal Logo, o Tareco é bípede.

A validade é uma propriedade dos argumentos, é uma relação entre os


valores de verdade, reais ou hipotéticos, das premissas e da conclusão
dos argumentos.
A verdade é uma propriedade das proposições, porque apenas estas
podem ser verdadeiras ou falsas.
Argumentos: validade, solidez e cogência
(1) Se chover, o chão fica molhado.
(2) Choveu.
Diz-se que um argumento é válido (3) Logo, o chão ficou molhado.
quando é impossível que as suas
premissas sejam verdadeiras e a (A) Se chover, o chão fica molhado.
sua conclusão seja falsa.
(B) O chão ficou molhado.
(C) Logo, choveu.
Argumentos: validade, solidez e cogência
(1) Todos os seres humanos são mamíferos
(2) Donald Trump é um ser humano
Diz-se que um argumento é (3) Logo, Donald Trump é mamífero
sólido quando é válido e tem
premissas verdadeiras. (A) Se Donald Trump é chinês, então o
monte Everest situa-se nos Estados
Unidos.
(B) Donald Trump é chinês.
(C) Logo, o monte Everest situa-se nos
Estados Unidos.
Argumentos: validade, solidez e cogência
(1) Se tenho febre muito alta, então
preciso de ir ao médico.
(2) Tenho febre muito alta.
(3) Logo, preciso de ir ao médico.
Diz-se que um argumento é
cogente* quando, além de ser
sólido, tem premissas mais (A) Se tenho febre muito alta, então
preciso de ir ao médico.
plausíveis (ou aceitáveis) do que a
conclusão. (B) Não preciso de ir ao médico.
(C) Logo, não tenho febre muito alta.
* Do latim “cogente”, cogere”, significa aquilo que é vinculativo e não pode ser alterado.

Cf. https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/cogencia/10197
Para ser sólido, um argumento

(A) tem de ser válido, mas pode ter premissas falsas.


(B) tem de ser válido e ter as premissas verdadeiras.
(C) apenas tem de ter as premissas verdadeiras.
(D) apenas tem de ter a conclusão verdadeira.
Para ser sólido, um argumento

(A) tem de ser válido, mas pode ter premissas falsas.


(B) tem de ser válido e ter as premissas verdadeiras.
(C) apenas tem de ter as premissas verdadeiras.
(D) apenas tem de ter a conclusão verdadeira.
Tipos de argumentos: dedutivos e não
dedutivos
Os argumentos dedutivos são Um argumento não dedutivo é
aqueles em que a conclusão se aquele em que a conclusão não
segue necessariamente das deriva necessariamente das
premissas. premissas, podendo apenas ser
provável, como é o caso dos
argumentos indutivos.
Todos os filósofos são pessoas
inteligentes
Kant era um filósofo Na minha escola há uma
biblioteca
Logo, Kant era uma pessoa
inteligente Logo, existem bibliotecas em todas
as escolas
Validade dedutiva

A validade dedutiva aplica-se aos Todos os homens são mortais


argumentos nos quais se verifica Sócrates é homem
ser impossível as premissas
serem verdadeiras e a conclusão Logo, Sócrates é mortal
falsa.
Formalização
… equivale, em linguagem lógica, a

Todos os homens são mortais p


Sócrates é homem q
Sócrates é mortal r
Formalização
Este processo designa-se formalização lógica, e é provavelmente a maior dificuldade dos
estudantes de Lógica. Efetivamente, na linguagem comum não nos expressamos de uma maneira
tão formal, pois usamos expressões idiomáticas ou mais próximas de uma linguagem comum:

“Quando António é um bom aluno, a sua mãe é uma pessoa feliz”

Esta expressão pode ser uniformizada num enunciado lógico:


 
“Se António for um bom aluno, então a sua mãe ficará feliz.”
 
Formalizemos:
 

pq
Formalização e ambiguidades

A linguagem natural implica a utilização de


expressões ambíguas. A Lógica terá de interpretar
essas ambiguidades e traduzi-las formalmente em
expressões que permitam a sua clarificação, à
semelhança do que acontece com a aritmética.
Essa formalização é feita com

• símbolos proposicionais
• parênteses
• operadores verofuncionais.
Formalização
As proposições são substituídas, na lógica simbólica, por letras:

Os ratos são homens (p)


Os ratos têm pernas (q)
Logo, os homens têm pernas (r)
A frase “João é um estudante e é pobre” é uma frase complexa na qual estão
expressas duas proposições:
João é estudante
João é pobre
 
Poderíamos traduzir cada uma destas proposições por variáveis proposicionais:
 
João é estudante -- P
João é pobre – Q
 
A frase complexa “João é estudante e é pobre” pode então ser traduzida em
linguagem proposicional por

PQ
Conectivas

Símbolos como , ,  , ↔ são operadores verofuncionais (conectivas


ou conectivos).

Definimos um operador verofuncional de formação de frases como um


operador que gera frases cujos valores de verdade podem ser determinados a
partir do conhecimento dos valores de verdade das frases constituintes.
Newton-Smith (1998)
conectiva símbolo uso exemplo
negação O computador não está ligado.
 p
Não se dá que p
conjunção peq Hume é empirista e Kant
 racionalista
Disjunção inclusiva Vou tomar um café ou um
 pq sumo de laranja
p ou q

Disjunção exclusiva Ou p ou q A porta [ou] está aberta ou


 fechada.
p  q

Condicional pq Se adormecer, não irei ao


 cinema
“Se p, então q”
Bicondicional ↔ p↔q A arte tem valor se e só se for
bela.
“vou a Paris e vejo um filme ou procuro um bom vinho”

é uma frase composta :

P: Vou a Paris
Q: Vejo um filme
R: Procuro um bom vinho
Contudo, subsistem dois significados possíveis, que a lógica ajuda a clarificar:

“Vou a Paris e vejo um filme; ou procuro um bom vinho”


Isto é,
(P  Q)  R

 ou
“Vou a Paris; e vejo um filme ou procuro um bom vinho”
Isto é,
P  (Q  R)
Nas linguagens naturais, a inexistência, em muitos casos, de
indicadores explícitos de âmbito gera ambiguidades sintáticas ou
estruturais de um certo género, as quais são conhecidas como
«ambiguidades de âmbito»

“Vou a Paris e vejo um filme; “Vou a Paris; e vejo um filme


ou procuro um bom vinho” ou procuro um bom vinho”
Isto é, Isto é,
(p  q)  r p  (q  r)
O âmbito (ou alcance, ou escopo) de um operador numa frase ou
fórmula — ou, para sermos mais precisos, o âmbito de uma ocorrência
de um operador numa frase ou fórmula.

Enciclopédia de termos lógico-filosóficos


O âmbito do operador Em contraste com isto,
proposicional ¬ na fórmula
na fórmula ¬p → q,
¬(p → q) o âmbito de
é toda a fórmula; →
e o âmbito do operador é toda a fórmula;
proposicional e o âmbito de

¬
na mesma fórmula é apenas o
é apenas a subfórmula
segmento p → q.
¬p
À semelhança da aritmética, a utilização de parênteses
permite determinar o âmbito de cada conectiva.

No primeiro caso, No segundo caso,


(P  Q)  R P  (Q  R)
o operador  tem por âmbito a o operador  tem por âmbito toda
expressão constituída pelas a expressão (a proposição P e o
variáveis proposicionais que estão que está dentro de parênteses).
dentro de parênteses
O âmbito dos operadores é essencial para a construção de fórmulas bem
formadas, doravante designadas pela abreviatura fbf.
Assim, expressões como
(P  Q)  R
P  (Q  R)

são fbf, mas expressões como


 
PQ ((
P  (P 
 
não são fbf.
A introdução de parênteses permite evitar ambiguidades da linguagem
natural e para indicar o âmbito das conectivas. Apesar de ser verdade que
uma expressão como p  q não dá origem a ambiguidades, os lógicos optam
por escrever (p  q) como fbf. É possível suprimir os parênteses exteriores
(esquerda e direita) das fbf apenas por ser mais cómodo e de leitura mais
agradável, mas é preferível mantê-los.

“A convenção da supressão de alguns parênteses é adotada por ser


conveniente e o estudante não deve hesitar em escrever fórmulas de forma
teoricamente correta, com todos os parênteses, ou com quase todos, se
achar que isso é menos confuso.”
(Newton-Smith)
Formalização – exercícios resolvidos
Como formalizar?
José é rico.
Se José é rico, José é feliz.
Logo, José é feliz.
 
Temos de começar por construir um dicionário:

P: José é rico
Q: José é feliz

Note-se que na construção do dicionário não indicamos os operadores (se, então, não,
ou, e,…), que são sempre omitidos.
Formalização – exercícios resolvidos
Linguagem natural Formalização

José é rico. P

Se José é rico, José é feliz. PQ

Logo, José é feliz. Q


Enunciado fbf?
(P → ¬Q)

P(¬(q(Ʌ

(P  Q)  R

((P  Q)  R)

P ( Q)  R

PQ)(R

((P V Q) Ʌ ¬(P Ʌ Q))


Enunciado fbf?
(P → ¬Q)
SIM
P(¬(q(Ʌ
NÃO
(P  Q)  R SIM
((P  Q)  R) SIM
P ( Q)  R NÃO
PQ)(R NÃO
((P V Q) Ʌ ¬(P Ʌ Q))
SIM
Conectivas e tabelas de verdade
Uma tabela de verdade é um dispositivo gráfico que permite exibir as condições
de verdade de uma forma proposicional.

Analisaremos seis casos:


1. Negação
2. Conjunção
3. Disjunção inclusiva
4. Disjunção exclusiva
5. Condicional
6. Bicondicional
1. Negação
p: Eça de Queirós escreveu “Os Maias”
p: Eça de Queirós não escreveu “Os Maias”

Se p for verdadeira, p terá de ser falsa,


pois não podem ser ambas V ao mesmo tempo.
1. Negação

Regra da negação:
Sabendo o valor de uma proposição, infere-se imediatamente que a
sua negação tem valor contrário.

p ¬p
V
F
1. Negação

Regra da negação:
Sabendo o valor de uma proposição, infere-se imediatamente que a
sua negação tem valor contrário.

p ¬p
V F
F V
2. Conjunção

A conjunção é uma operação lógica que, aplicada em relação a duas ou


mais proposições (p e q), tem como resultado uma proposição que é V
se todas as proposições componentes forem V; e F se pelo menos uma
das proposições componentes for F.
2. Conjunção
Regra da conjunção:
a conjunção só é verdadeira quando ambas as proposições são
verdadeiras.
p Q pq
V V
V F
F V
F F
2. Conjunção
Regra da conjunção:
a conjunção só é verdadeira quando ambas as proposições são
verdadeiras.
p Q pq
V V V
V F F
F V F
F F F
3. Disjunção
A disjunção pode ser inclusiva ou exclusiva .
• na disjunção inclusiva, ambas podem ser V simultaneamente.
• na disjunção exclusiva, perante p e q só podemos optar por uma delas

disjunção inclusiva: “Galileu era cientista ou filósofo.”


disjunção exclusiva: “Platão ou é grego ou é romano.”
 
3. Disjunção inclusiva
Exemplo de disjunção inclusiva: “Galileu era cientista ou filósofo.”

Na disjunção inclusiva, ambas as proposições podem ser V em


simultâneo, pois Galileu tanto podia ser (como era, de facto)
simultaneamente cientista e filósofo.
3. Disjunção inclusiva
Regra da disjunção inclusiva:
a disjunção inclusiva é sempre verdadeira exceto quando as
proposições são ambas falsas.
p Q
pq
V V
V F
F V
F F
3. Disjunção inclusiva
Regra da disjunção inclusiva:
a disjunção inclusiva é sempre verdadeira exceto quando as
proposições são ambas falsas.
p Q
pq
V V V
V F V
F V V
F F F
4. Disjunção exclusiva
Exemplo de disjunção exclusiva: “Platão ou é grego ou é romano.”

Na disjunção exclusiva não é possível que ambas as proposições sejam


V simultaneamente: Platão ou era grego ou era romano, mas não podia
ser natural da Grécia e natural de Roma simultaneamente.
4. Disjunção exclusiva
Regra da disjunção exclusiva:
a disjunção exclusiva só é verdadeira quando as proposições têm
valores contrários.
p q
pq
V V
V F
F V
F F
4. Disjunção exclusiva
Regra da disjunção exclusiva:
a disjunção exclusiva só é verdadeira quando as proposições têm
valores contrários.
p Q
pq
V V F
V F V
F V V
F F F
5. Condicional
Trata-se de uma relação antecedente / consequente em que a
implicação só é falsa quando o antecedente V implica um consequente
F.

Uma condicional é uma frase formada a partir de Se... então… A frase


que se segue a Se… é a antecedente e a frase que se segue a Então… é
a consequente.
Note-se que na linguagem natural nem sempre o antecedente está
colocado antes do consequente: na proposição “Fico em casa, se
também ficares” a proposição atómica “fico em casa” é consequente
de “(se) também ficares”.
5. Condicional
Regra da condicional:
a implicação é sempre verdadeira exceto quando a antecedente é
verdadeira e a consequente é falsa.
p q p q
V V
V F
F V
F F
5. Condicional
Regra da condicional:
a implicação é sempre verdadeira exceto quando a antecedente é
verdadeira e a consequente é falsa.
p q p q
V V V
V F F
F V V
F F V
6. Bicondicional

Trata-se da equivalência material de duas proposições, de tal modo que


p implica q e q implica p. Corresponde à expressão portuguesa “se e só
se”. Assim, o valor de verdade dessa bicondicional só será V quando
ambas as proposições tiverem o mesmo valor de verdade.
6. Bicondicional
Regra da bicondicional:
a bicondicional só é verdadeira quando ambas as proposições têm o
mesmo valor de verdade.
p q p↔q
V V
V F
F V
F F
6. Bicondicional
Regra da bicondicional:
a bicondicional só é verdadeira quando ambas as proposições têm o
mesmo valor de verdade.
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Tabelas de verdade e teste de validade das
formas argumentativas
Inspetores de circunstâncias

Podemos usar sequências de tabelas de verdade para verificar se


determinado argumento é V ou F, desde que esse argumento seja
construído com alguma das cinco conectivas que estudamos. Ao fazê-
lo, estamos a aplicar um inspetor de circunstâncias.

Um inspetor de circunstâncias é um dispositivo gráfico que nos permite


determinar se a forma lógica de um argumento é ou não válida.
Determinar a validade dos argumentos que podem ser adequadamente
formalizados (…) é uma questão de construir aquilo a que chamamos um
inspetor de circunstâncias. Um inspetor de circunstâncias faz a lista das letras
proposicionais e das circunstâncias possíveis no que respeita à sua verdade e
falsidade. Seguidamente fornece para cada circunstância o valor de verdade de
cada premissa e da conclusão. Um argumento válido é aquele no qual cada
linha do inspetor de circunstâncias que torna todas as premissas verdadeiras é
uma linha na qual a conclusão é verdadeira; ou, o que é equivalente, um
argumento no qual não existe nenhuma linha que torne todas as premissas
verdadeiras e a conclusão falsa. (…) Os argumentos não têm valor de verdade;
só as premissas e as conclusões têm valor de verdade. Os argumentos são
válidos ou inválidos e não verdadeiros ou falsos. Referirmo-nos a tabelas de
verdade para fórmulas e inspetores de circunstâncias para argumentos ajuda
a ter esta diferença em mente.
Newton-Smith
(P V Q)  P
Comecemos por construir tabelas de verdade a partir de fórmulas.
O primeiro passo é determinar os valores de verdade de P e Q. P e Q podem
ser ambos V, ambos F ou um V e outro F.
p q (p V q )  P

V V V

V F V

F V F

F F F
O segundo passo consiste em determinar o valor da conectiva com menor âmbito, neste
caso aquilo que está dentro de parênteses:
(P V Q)
Trata-se de uma disjunção inclusiva. A regra da disjunção inclusiva enuncia que a disjunção
inclusiva é sempre verdadeira exceto quando as proposições são ambas falsas.

p q (p V q )  P

V V V V

V F V V

F V V F

F F F F
A seguir, a outra conectiva:
(P V Q)  P
Trata-se de uma conjunção. A regra da conjunção enuncia que a conjunção só
é verdadeira quando ambas as proposições são verdadeiras. Então, teremos de
tomar os valores obtidos na expressão (P V Q) e fazer a conjunção com P.
p q (p V q )  P

V V V V V

V F V V V

F V V F F

F F F F F
Podemos aumentar o número de variáveis proposicionais – p, q e r.
Exemplifiquemos:
 

(p V q)  r
p q r (p V q)  r
V V V V
V V F F
V F V V
V F F F
F V V V
F V F F
F F V V
F F F F
p q r (p V q)  r
V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F F
p q r (p V q)  r
V V V V V V
V V F V F F
V F V V V V
V F F V F F
F V V V V V
F V F V F F
F F V F F V
F F F F F F
Se as duas expressões anteriores tivessem uma
conclusão, constituiriam um argumento e seria possível
avaliar a sua validade recorrendo a um inspetor de
circunstâncias. Como não têm uma conclusão,
chamam-se fórmulas e sobre elas apenas podemos
fazer tabelas de verdade.
Recorde:

Um argumento dedutivo é válido se, sempre


que todas as premissas sejam verdadeiras, a
conclusão for verdadeira.
Argumento
1.ª premissa: Se o Boavista ganhar o jogo, ganho €2000.
2.ª premissa: Se eu ganhar €2000, poderei pagar as minhas dívidas.
Conclusão: Logo, se o Boavista ganhar o jogo, poderei pagar as minhas dívidas.
 
Interpretação (Dicionário):
p: O Boavista ganha o jogo
q: Eu ganho €2000
r: Eu pago as minhas dívidas
 
Formalização:
pq
qr
pr
1.ª premissa 2.ª premissa Conclusão
p q r pq qr pr
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
1.ª premissa 2.ª premissa Conclusão
p q r pq qr pr
V V V V
V V F V
V F V F
V F F F
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V
1.ª premissa 2.ª premissa Conclusão
p q r pq qr pr
V V V V V
V V F V F
V F V F V
V F F F V
F V V V V
F V F V F
F F V V V
F F F V V
1.ª premissa 2.ª premissa Conclusão
p q r pq qr pr
V V V V V V
V V F V F F
V F V F V V
V F F F V F
F V V V V V
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V
Lembra-se?

Um argumento dedutivo é válido se, sempre


que todas as premissas sejam verdadeiras, a
conclusão for verdadeira.
1.ª premissa 2.ª premissa Conclusão
p q r pq qr pr
V V V V V V
V V F V F F
V F V F V V
V F F F V F
F V V V V V
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V

O argumento é válido.
Regras de inferência válida
Existem casos em que não é necessário, sequer, avaliar a validade do
argumento recorrendo a um inspetor de circunstâncias.
“Há muitos casos em que podemos dispensar o teste de validade das
tabelas de verdade, pois há formas de inferência válida muito comuns e
que são facilmente reconhecíveis. Trata-se de formas argumentativas
em que a verdade das premissas, sejam elas quais forem, garante a
verdade da conclusão. “
Aires Almeida
Negação dupla

Formas de inferência válidas


Modus ponens

Modus tollens

Contraposição

Silogismo
disjuntivo
NOTA: as definições e
Silogismo exemplos que se seguem
hipotético foram retirados de Aires
Almeida, 2018

Leis de De Morgan
Negação dupla

Não é verdade que o


conhecimento não vem da
¬¬P
experiência.
Logo, o conhecimento vem ∴P
da experiência.
Modus ponens

Se Deus existir, a vida tem P→Q


sentido.
Ora, Deus existe. P

Logo, a vida tem sentido. ∴Q


Modus tollens
Se Deus existir, a vida tem P→Q
sentido.
Dado que a vida não tem ¬Q
sentido,
segue-se que Deus não
existe. ∴ ¬P
Contraposição
Se Deus existir, a vida tem P→Q
sentido.
Portanto, se a vida não ∴ ¬Q → ¬P
tiver sentido, Deus não
existe.
Silogismo disjuntivo
Deus existe ou a vida é P∨Q
absurda.
Ora, Deus não existe. ¬P

Daí que a vida seja ∴Q


absurda.
Silogismo hipotético
Se a arte agrada, então é P→Q
bela.
Se é bela, tem valor. Q→R

Logo, se a arte agrada, ∴P→R


tem valor.
Leis de De Morgan (1)
Não é verdade que a arte ¬(P ∨ Q)
é bela ou provocatória.

Logo, a arte não é bela ∴ ¬P ∧ ¬Q


nem é provocatória.
Leis de De Morgan (2)

Não é verdade que a ¬(P ∧ Q)


democracia e a ditadura
sejam boas.

Assim, ou a democracia
não é boa ou a ditadura ∴ ¬P ∨ ¬Q
não é boa.
Falácias formais
Falácia da afirmação da consequente

Falácia da negação da antecedente


Falácia da afirmação da consequente

Se Deus existir, a vida tem P→Q


sentido.

Dado que a vida tem Q


sentido,

segue-se que Deus existe.


∴P
Falácia da negação da antecedente
Se Deus existir, a vida tem sentido. P→Q

Dado que Deus não existe,


¬P

segue-se que a vida não tem ∴ ¬Q


sentido.
Argumentos não dedutivos
indutivos

analogia

autoridade
Argumentos indutivos

A característica mais conspícua A) Até 1995 nenhuma mulher foi


dos raciocínios indutivos reside no Presidente da República
facto de partirem de certas frases Portuguesa.
e chegarem a uma outra que B) Nunca uma mulher será
generaliza, de algum modo, sobre Presidente da República
as frases de que se partiu. Portuguesa.
(Enciclopédia de termos lógico-
filosóficos)
Argumentos por analogia
Estabelece-se uma analogia quando se
afirma uma semelhança entre duas
coisas. (Aires)
Um argumento por analogia é sempre
um argumento indutivo e nunca um "Os patins estão para o patinador,
argumento dedutivo, isto é, trata-se de
um argumento que da verdade das assim como os esquis estão para o
premissas infere a conclusão como esquiador"
provavelmente verdadeira, e não de
um argumento no qual a verdade da
conclusão se segue necessariamente da
verdade das premissas.(Enciclopédia)
Argumentos de autoridade
Um argumento baseado na opinião
de um especialista. Os argumentos
• A professora ensinou que 2X2=4.
de autoridade têm geralmente a
seguinte forma lógica (ou são a ela Portanto, 2X2=4
redutíveis): «a disse que P; logo, • O médico recomendou-me
P». Um argumento de autoridade tomar sinvastatina. Portanto,
pode ainda ter a seguinte forma devo tomar sinvastatina.
lógica: «Todas as autoridades • O técnico de informática
dizem que P; logo, P». recomendou-se usar um
(Enciclopédia de termos lógico- antivírus. Portanto, vou instalar
filosóficos) um antivírus no computador.
G

Generalização precipitada

Falácias informais
Apelo ilegítimo à autoridade
Falsa analogia
Apelo à ignorância
Falso dilema
Falsa relação causal
Boneco de palha / espantalho
Derrapagem
Petição de princípio
NOTA: todas as definições e exemplos
são retirados do Guia de falácias de
Ad hominem Stephen Downes, traduzido e adaptado
por Júlio Sameiro e disponível em
http://
www.lemma.ufpr.br/wiki/images/5/5c/
Ad populum Falacias.pdf
Generalização precipitada
A amostra é demasiado limitada e • Fred, o australiano, roubou a minha
é usada apenas para apoiar uma carteira. Portanto, os Australianos
conclusão tendenciosa. são ladrões. (Claro que não devemos julgar os
Australianos na base de um exemplo.)

• Perguntei a seis dos meus amigos o


que eles pensavam das novas
restrições ao consumo e eles
concordaram em que se trata de
uma boa ideia. Portanto, as novas
restrições são populares.
Apelo (ilegítimo) à autoridade

Ainda que às vezes seja apropriado citar • O famoso psicólogo Dr. Frasier Crane
uma autoridade para suportar uma recomenda que compre o último modelo
opinião, a maioria das vezes não o é. O de carro da Skoda.
apelo à autoridade é especialmente
impróprio se: • O economista John Kenneth Galbraith
defende que uma apertada política
1. A pessoa não está qualificada para ter econômica é a melhor cura para a
uma opinião de perito no assunto. recessão. (Apesar de Galbraith ser um perito, nem
2. Não há acordo entre os peritos do todos os economistas estão de acordo nesta questão.)
campo em questão. • Caminhamos para uma guerra nuclear. A
3. A autoridade não pode, por algum semana passada Ronald Reagan disse que
motivo ser levada a sério — porque começaríamos a bombardear a Rússia em
estava brincando, estava ébria ou por menos de cinco minutos. (Claro que o disse por
qualquer outro motivo. piada ao testar o microfone.)
Falsa analogia

Numa analogia mostra-se, primeiro, • Os empregados são como pregos.


que dois objetos, a e b, são Temos de martelar a cabeça dos
semelhantes em algumas das suas pregos para estes desempenharem
propriedades, F, G, H. Conclui-se, a sua função. O mesmo ocorre com
depois, que como a tem a os empregados.
propriedade E, então b também deve
• Governar um país é como gerir
ter a propriedade E. A analogia falha
quando os dois objetos, a e b, diferem uma empresa. Assim, como a
de tal modo que isso possa afetar o gestão de uma empresa responde
fato de ambos terem a propriedade E. unicamente ao lucro dos seus
Diz-se, neste caso, que a analogia não acionistas, o governo também
teve em conta diferenças relevantes. deve fazer o mesmo.
Apelo à ignorância
Os argumentos desta classe • Os fantasmas existem! Já provou
concluem que algo é verdadeiro que não existem?
por não se ter provado que é falso; • Como os cientistas não podem
ou conclui que algo é falso porque provar que vamos ter uma
não se provou que é verdadeiro. guerra global, provavelmente tal
(Isto é um caso especial do falso não ocorrerá.
dilema, já que presume que todas
as proposições têm de ser • Otávio disse que era mais
realmente conhecidas como esperto do que Augusto, mas
verdadeiras ou falsas). Mas a falta não provou. Portanto, isso deve
de provas não é uma prova. ser falso.
Falso dilema
É dado um limitado número de • Ou concorda comigo ou não.
opções (na maioria dos casos (Porque se pode concordar
apenas duas), quando de facto há parcialmente.)
mais. O falso dilema é um uso • Reduz-te ao silêncio ou aceita o
ilegítimo do operador "ou". Pôr as país que temos.
questões ou opiniões em termos
de "ou sim ou sopas" gera, com • Ou votamos no Silva ou será a
frequência (mas nem sempre), desgraça nacional.
esta falácia.
Falsa relação causal (post hoc ergo propter hoc)
O nome em Latim significa: • A imigração do Nordeste para
"depois disso, logo, por causa São Paulo aumentou mal a
disso". Um autor comete esta prosperidade aumentou.
falácia quando pressupõe que, por Portanto, o incremento da
uma coisa se seguir a outra, então imigração foi causado pelo
aquela teve de ser causada por incremento da prosperidade.
esta. • Tomei o EZ-Mata-Gripe e dois
dias depois a minha constipação
desapareceu...
Boneco de palha / espantalho
O argumentador, em vez de atacar • As pessoas que querem legalizar o
o melhor argumento do seu aborto querem a prevenção
opositor, ataca um argumento irresponsável da gravidez. Mas nós
diferente, mais fraco ou queremos uma sexualidade
responsável. Logo, o aborto não
tendenciosamente interpretado. deve ser legalizado.
Infelizmente é uma das "técnicas"
de argumentação mais usadas. • Devemos manter o serviço militar
obrigatório. As pessoas não querem
fazer o serviço militar porque não
lhes convém. Mas devem
reconhecer que há coisas mais
importantes do que a conveniência.
Derrapagem (bola de neve)

• Se aprovarmos leis contra armas automáticas,


não demorará muito até aprovarmos leis
contra todas as armas, e então começaremos a
Para mostrar que uma proposição, P, é restringir todos os nossos direitos. Acabaremos
inaceitável, extraem-se consequências por viver num estado totalitário. Portanto, não
inaceitáveis de P e consequências das devemos banir as armas automáticas.
consequências... O argumento é falacioso • Nunca deverás entrar nos “jogos de azar”.
quando pelo menos um dos seus passos é Quando começares a jogar verás que é difícil
falso ou duvidoso. Mas a falsidade de deixar o jogo. Em breve estarás a perder todo o
teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, pode
uma ou mais premissas é ocultada pelos acontecer que caias no mundo do crime para
vários passos "se... então..." que constitui pagar despesas e dívidas.
o todo do argumento. • Se eu abrir uma exceção para ti, terei de abrir
exceções para todos.
Petição de princípio
A verdade da conclusão é • Dado que não estou a mentir,
pressuposta pelas premissas. segue-se que estou a dizer a
Muitas vezes, a conclusão é verdade.
apenas reafirmada nas premissas • Sabemos que Deus existe,
de uma forma ligeiramente porque a Bíblia o diz. E o que a
diferente. Nos casos mais subtis, a Bíblia diz deve ser verdadeiro,
premissa é uma consequência da dado que foi escrita por Deus e
conclusão. Deus não mente. (Neste caso teríamos de
concordar primeiro que Deus existe para
aceitarmos que ele escreveu a Bíblia.)
Ad hominem
Ataca-se a pessoa que apresentou um 1. Ad hominem (abusivo): em vez de
argumento e não o argumento que atacar uma afirmação, o
apresentou. A falácia ad hominem argumento ataca a pessoa que a
assume muitas formas. Ataca, por proferiu.
exemplo, o caráter, a nacionalidade, a 2. Ad hominem (circunstancial): em
raça ou a religião da pessoa. Em vez de atacar uma afirmação, o
outros casos, a falácia sugere que a autor aponta para as circunstâncias
pessoa, por ter algo a ganhar com o em que a pessoa a fez e as suas
argumento, é movida pelo interesse. A circunstâncias.
pessoa pode ainda ser atacada por
associação ou pelas suas companhias. 3. Tu quoque: esta forma de ataque à
pessoa consiste em fazer notar que
a pessoa não pratica o que diz.
Ad populum
Com esta falácia sustenta-se que • Se você fosse bela poderia viver
uma proposição é verdadeira por como nós. Compre também Buty-
ser aceite como verdadeira por EZ e torne-se bela.
algum sector representativo da • As sondagens sugerem que os
população. liberais vão ter a maioria no
parlamento, por isso também
deverás votar neles.
• Todo a gente sabe que a Terra é
plana. Então por que razão insistes
nessas teorias excêntricas ?
Bibliografia
• AAVV (2019). Tabelas de verdade na validação de formas argumentativas. Edição APF. Disponível em https://
apfilosofia.org/wp-content/uploads/2018/09/04-Aplica%C3%A7%C3%A3o-das-tabelas-de-verdade-na-determina%C3%A7
%C3%A3o-da-validade-dos-argumentos_2018jul31.pptx

• Almeida, A. (2017). Racionalidade argumentativa da Filosofia e dimensão discursiva do trabalho filosófico. Edição APF-SPF,
disponível em https://apfilosofia.org/wp-content/uploads/2018/09/AE.pdf
• Almeida, A; Dias, L.; Lagoa, S. (2017). Racionalidade argumentativa da Filosofia e dimensão discursiva do trabalho
filosófico – Exercícios 1. Edição APF-SPF, disponível em
https://apfilosofia.org/wp-content/uploads/2017/10/AE-LO_GICA_caderno_1_V5_18.10.2017.pdf
• Almeida, A; Dias, L.; Lagoa, S. (2017). Racionalidade argumentativa da Filosofia e dimensão discursiva do trabalho
filosófico- Exercícios 2. Edição APF-SPF, disponível em
https://apfilosofia.org/wp-content/uploads/2017/11/AE-LOGICA_caderno_2_-paginado-SEM-solucoes.pdf
• Branquinho, J. (2005). Enciclopédia de termos lógico-fiosóficos. Lisboa: Gradiva.
• Downes, Stephen (s/d). Guia de falácias (tradução de Júlio Sameiro). Disponível em http://
www.lemma.ufpr.br/wiki/images/5/5c/Falacias.pdf
• Faria, D.; Veríssimo, L. (2018). Lógica proposicional e outras ferramentas para o trabalho filosófico. Lisboa: Sebenta.
Versão resumida disponível em https://domingosfaria.net/logica/logicaproposicional.pdf
• Newton-Smith (2003). Lógica: um curso introdutório. Lisboa: Gradiva.
Ficha técnica

• Autor: Sérgio Lagoa


• Título: A Lógica na Didática da Filosofia
Apresentação produzida no âmbito de uma ação de formação
promovida pelo CFAEPPP, julho de 2019

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