Os Lusíadas - A estrutura e reflexões do poeta

Releitura(s)
Os Lusíadas
Outras Expressões, 12.º ano
Os Lusíadas
Os Lusíadas
A estrutura externa e interna

Os Lusíadas
A estrutura externa e interna
Número de cantos 10
Estrofes Oitavas
Estrutura
Versos Decassílabos
externa
abababcc
Esquema rimático
Proposição
Invocação
Partes constituintes Dedicatória
Os Lusíadas Narração
Ação Viagem de Vasco da Gama à
Estrutura Índia em 1497-98
central
interna
Planos Ação História de Portugal
estruturais secundária Imaginário mitológico pagão
Plano não Considerações (reflexões)
narrativo do Poeta
Os Lusíadas
A estrutura interna
Proposição Invocação Dedicatória

O poeta
poeta apresentaNarração
dirige-se oàs
assunto
Tágides,
daSebastião.
sua
pedindo-lhes
epopeia, enunciando
inspiração opara
que
O poeta oferece a sua obra a D.
cumprir,
se propõeem
cantar.
estilo adequado, grandioso e solene, a tarefa que
O poeta relata os acontecimentos que constituem
anunciou. Plano da viagem
Plano das
a matéria da
reflexões
epopeia, associando diferentes planos (da viagem, da História
Plano da História
do poeta
de Portugal e da mitologia) e neles intercalando reflexões
pessoais.
de Portugal
Plano da mitologia Outras Expressões, 12.º ano

Os Lusíadas
Chegada a Lisboa e reflexões

do poeta sobre a falta de
reconhecimento pela sua
obra e pela decadência
moral do país (X, 144-156) Traições
Chegada sofridas
à Índia,em Calecute
relato de
Estadia em Melinde, narração
e reflexões do poetade sobredo
o
Paulo da Gama e reflexões
Vasco da Gama e reflexões do
poder
poeta corruptor
sobre do ouro
a desvalorização
poeta sobre o desprezo pela
Incidentesdaemobra (VIII, 96-99)
artística
Mombaça e(VII, 78-87)
cultura (V, 90 e 92-100)
reflexões do poeta sobre a
Regresso a Portugal
A “máquina do
condição humana (I, 105-106)
eMundo”
chegadana à Ilha dos
Amores
Amores(IX,
(X, 52-53,
75-91)
Início da 66-70, e 88-95)
narração (I, 19)
Ilustração de Pedro Gonçalves e Clara Vilar, in Na Crista da Onda, n.º 14, março de 1997
Os Lusíadas
As reflexões do poeta
Canto I [est. 105-106]
A chegada da armada portuguesa a

Acontecimento motivador
da reflexão Mombaça, após várias vicissitudes
ocorridas em Moçambique e Quíloa,
urdidas por Baco.
Tema da reflexão
Os limites da condição humana –
Posicionamento crítico
efemeridade e circunstâncias da vida.
do poeta
In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Os Lusíadas, Luís de Camões – Mensagem , Fernando Pessoa. Porto: Ideias de Ler (adaptado) Outras Expressões, 12.º ano
Os Lusíadas
Canto III [est. 142-143]
Acontecimento motivador Os amores de Inês de Castro e

da reflexão Pedro; a paixão de D. Fernando por
D. Leonor Teles.
Tema da reflexão O poder do amor, que a todos toca

Posicionamento crítico e transforma.
do poeta

Os Lusíadas
Canto IV [est. 95-104]
Acontecimento motivador As despedidas em Belém.

da reflexão
Tema da reflexão A procura insensata da fama e a

Posicionamento crítico ambição desmedida, que trazem
do poeta consequências dolorosas para a
humanidade.

Os Lusíadas
Canto V [est. 92-100]
Acontecimento motivador O fim da narrativa de Vasco da

da reflexão Gama ao rei de Melinde.

O desprezo das artes e das letras e a
Tema da reflexão
importância do registo escrito de
grandes façanhas como glorificação
do poeta
do povo português e incentivo a
novos heróis.

Os Lusíadas
Canto VI [est. 95-99]
Acontecimento motivador A tempestade e o agradecimento de

da reflexão Vasco da Gama a Deus pela
proteção recebida.
Tema da reflexão O verdadeiro valor da glória e os

Posicionamento crítico modos de a conquistar: esforço,
do poeta sofrimento, perseverança e
humildade.

Os Lusíadas
Canto VII [est. 2-15]
Acontecimento motivador A chegada da armada portuguesa à

da reflexão barra de Calecute.

O elogio do espírito de cruzada dos
Tema da reflexão
portugueses e a crítica às nações
europeias que não seguem o
do poeta
exemplo português de expansão da
fé cristã.

Os Lusíadas
Canto VII [est. 78-87]
Pedido do Catual a Paulo da Gama
Acontecimento motivador
da reflexão para que lhe explique o significado
das figuras desenhadas nas bandeiras
da nau.
O lamento do poeta pelos infortúnios

Tema da reflexão sofridos e pelo não reconhecimento
Posicionamento crítico do seu mérito, facto inviabilizador do
do poeta incentivo a futuros escritores.

Os Lusíadas
Canto VIII [est. 96-99]

As traições sofridas por Vasco da
Acontecimento motivador Gama em Calecute, nomeadamente
da reflexão
o seu sequestro, ultrapassadas pela
entrega de valores materiais.
Tema da reflexão O poder corruptor do ouro, que

Posicionamento crítico tudo compra.
do poeta

Os Lusíadas
Canto IX [est. 89-95]
Acontecimento A explicação de Tétis a Vasco da Gama
motivador sobre o significado alegórico da Ilha dos
da reflexão Amores.

O verdadeiro caminho para atingir a fama:
Tema da reflexão
· Domínio do ócio;
· Refreio da cobiça e da ambição;
do poeta
· Aplicação de leis igualitárias e justas;
· Luta contra os sarracenos.

Os Lusíadas
Canto X [est. 145-156]
Acontecimento motivador A chegada da armada de Vasco da
da reflexão Gama a Portugal .
As lamentações do poeta pela falta de
reconhecimento pátrio e a crítica
Tema da reflexão amarga ao estado de decadência
Posicionamento crítico moral do país; o incentivo ao rei para
do poeta que seja monarca digno da grandeza
do nome de Portugal; a manifestação
da disponibilidade para servir o país
pelas armas e pela escrita.

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores
“Episódio que conclui a ação d’ Os Lusíadas,

considerada nos três grandes níveis que a
compõem:
▪ a primeira viagem marítima dos
Portugueses à Índia;
▪ a história dos Lusitanos;
▪ a intriga mitológica.”
(José Augusto Cardoso Bernardes)

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores e a mitificação do herói
“Os navegadores, partindo da Europa, tinham

cumprido o seu dever de rasgar o caminho
marítimo para a Índia até a alcançar; tinham
contactado novas culturas e gentes; tinham
celebrizado o nome do seu Rei e da sua Pátria:
eram verdadeiros Heróis, apagando de vez as
celebridades antigas, cantadas nas epopeias
clássicas.”

Os Lusíadas
“Merecem pois a honra e a glória de serem

também celebrizados e imortalizados com o
nome gigante de “deuses”, porque
necessariamente a memória das pessoas nunca
mais os irá esquecer.
O regresso prepara-lhes um lugar
paradisíaco, onde a satisfação e o descanso
sejam os seus pratos fortes.”
(José Oliveira Macêdo)

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores – “Tethys e a ilha angélica”
O aparecimento da Ilha (IX, est. 52-53)
O encontro das ninfas (IX, est. 66-69)

com os marinheiros
A perseguição das (IX, est. 70)

ninfas pelos nautas

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores – “Tethys e a ilha angélica”
A união entre os
(IX, est. 88)
navegadores e as ninfas
O significado (IX, est. 89-92)

alegórico da ilha

Os Lusíadas
“O prémio das grandes ações” dos heróis lusitanos

(José Saramago)
“O poeta torna imortais os feitos do herói nacional,

elevando os nautas, que, metonimicamente,
representam o povo português, à condição de deuses”
(Conceição Jacinto e Gabriela Lança)

Os Lusíadas
“os heróis lusíadas alcançam na

Ilha dos Amores o clímax da sua
ascensão divinificatória”
(Vítor Aguiar e Silva)
Mitificação do herói

Os Lusíadas
“Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas,

Tethys e a Ilha angélica pintada,
Outra cousa não é que as deleitosas
Honras que a vida fazem sublimada.”
(Os Lusíadas, IX – est. 89)

Os Lusíadas
“Vénus consegue, por artes mágicas, atrair os

navegantes para a sua Ilha Divina. Última etapa
da escada ascendente da Glória, a Ilha dos
Amores constitui:
▪ uma alegoria da justeza do prémio dado ao
mérito e ao valor;
▪ a desmistificação da mitologia clássica;

Os Lusíadas
▪ a imortalidade ideal, concedida aos humanos,

que se transcenderam e que exigem dos
restantes mortais a memória inesquecível dos
seus feitos e da sua consagração aos ditames
da fé e do Império, da virtude e do dever, do
valor e da aventura, da razão e da loucura… de
ser Português.”
(José Oliveira Macêdo)

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores

“A grande máquina do Mundo”
O convite de Tethys a
Gama para ver
“o que não pode a vã (X, est. 75-76)
ciência / Dos errados e
míseros mortais”
Descrição do “globo” (X, est. 77-79)

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores

Explicação sobre o
significado da “grande
máquina do Mundo” e
apresentação (X, est. 81-91)
detalhada dos seus
elementos
constituintes

Os Lusíadas
A Ilha dos Amores
In CAMÕES, Luís de, 2014. Os Lusíadas (Edição organizada por Emanuel Paulo Ramos). Porto: Porto Editora (p. 576)
Os Lusíadas
A Ilha dos Amores

“Por concessão de Deus, Vasco da Gama vai
poder ver o que a ciência dos homens não pode
ver (…).
A contemplação da máquina do mundo, que
Tétis proporcionou a Vasco da Gama, tem algo
de iniciação ao conhecimento do Universo,
porque a iniciação é a passagem do mundo
profano, vulgar, para um mundo sagrado, para
um nível diferente.”
Os Lusíadas
A Ilha dos Amores

“O espectáculo da “máquina do mundo” […]
constitui sem dúvida uma notável celebração da
felicidade, pela inteligência e contemplação,
proporcionada por Tétis aos navegantes, como
prémio das suas altas realizações.”
(Silvério Benedito)

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Releitura(s)

Outras Expressões, 12.º ano

Proposição Invocação Dedicatória

Plano da mitologia Outras Expressões, 12.º ano

Chegada a Lisboa e reflexões

A chegada da armada portuguesa a

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Acontecimento motivador Os amores de Inês de Castro e

Tema da reflexão O poder do amor, que a todos toca

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Acontecimento motivador As despedidas em Belém.

Tema da reflexão A procura insensata da fama e a

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Acontecimento motivador O fim da narrativa de Vasco da

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Acontecimento motivador A tempestade e o agradecimento de

Tema da reflexão O verdadeiro valor da glória e os

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Acontecimento motivador A chegada da armada portuguesa à

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

O lamento do poeta pelos infortúnios

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

Tema da reflexão O poder corruptor do ouro, que

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

In RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida, 2010.

A Ilha dos Amores

“Episódio que conclui a ação d’ Os Lusíadas,

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

“Os navegadores, partindo da Europa, tinham

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

“Merecem pois a honra e a glória de serem

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores – “Tethys e a ilha angélica”

O aparecimento da Ilha (IX, est. 52-53)

O encontro das ninfas (IX, est. 66-69)

A perseguição das (IX, est. 70)

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores – “Tethys e a ilha angélica”

O significado (IX, est. 89-92)

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

“O prémio das grandes ações” dos heróis lusitanos

“O poeta torna imortais os feitos do herói nacional,

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

“os heróis lusíadas alcançam na

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

“Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas,

(Os Lusíadas, IX – est. 89)

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

“Vénus consegue, por artes mágicas, atrair os

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores e a mitificação do herói

▪ a imortalidade ideal, concedida aos humanos,

Outras Expressões, 12.º ano

A Ilha dos Amores

Descrição do “globo” (X, est. 77-79)