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Introdução à

Economia Criativa
Uma abordagem das atividades
econômicas que fomentam as
cidades criativas

Erivânio da Silva Santos – Graduando em Ciências Econômicas NG/UFPE-CAA


O QUE IREMOS APRENDER HOJE?

• O que é Economia Criativa


• Conceito de Atividades Criativas e Cidades Criativas
• As atuais áreas de atividades criativas

• A Economia Criativa e a busca por sustentabilidade


• Como surgem as Cidades Criativas
• Quais os benefícios que estas cidades trazem

• Requisitos de permanência no título de Cidade Criativa


• A reinvenção de novas áreas de forma criativa
VOCÊ SABE O QUE É ECONOMIA
CRIATIVA?

De acordo com o SEBRAE, Economia Criativa é o conjunto de negócios


baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade que gera valor
econômico.

“Economia criativa é toda riqueza que você pode gerar a partir de recursos
intangíveis.” LALA DEHEINZELIN
UM POUCO MAIS SOBRE ECONOMIA
CRIATIVA
• A Economia Criativa abrange os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam

criatividade, cultura e capital intelectual como insumos primários.

Concretamente, a área criativa gerou uma riqueza de R$ 155,6 bilhões para a economia brasileira em 2015,

segundo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil” (em PDF), publicado pela Firjan em dezembro de 2016.

• Na ocasião, a participação do PIB Criativo estimado no PIB brasileiro foi de 2,64% em 2015, quando a Indústria

Criativa era composta por 851,2 mil profissionais formais.

O Sebrae atua para transformar a habilidade criativa natural em ativo econômico e recurso para o

desenvolvimento de negócios duradouros. E estimular modelos inovadores que desenvolvem a economia

criativa brasileira.
*Trecho extraído do portal Sebrae.
ATIVIDADES (ECONÔMICAS)
CRIATIVAS
• Segundo o autor inglês John Howkins no livro “The Creative Economy”,
publicado em 2001, são atividades nas quais a criatividade e o capital
intelectual são a matéria-prima para a criação, produção e distribuição
de bens e serviços.

FONTE: freepik.com
SETORES E EXEMPLOS
• Não existe um consenso sobre as áreas englobadas pela economia
criativa. Cada instituição que estuda o tema tem uma lista de acordo
com seus interesses e metas de ação. Elas também diferem de país para
país de acordo com os potenciais e mercados de cada um deles.

• A Conferência das Nações Unidas para o Comércio Internacional e o


Desenvolvimento (UNCTAD) organiza as áreas em quatro grupamentos:
1) Herança ou Patrimônio: no qual se encontram as expressões culturais tradicionais como artesanatos,
festivais e celebrações; além dos sítios culturais (museus, bibliotecas, exposições etc.) e arqueológicos.

2) Artes: visuais (pintura, escultura, fotografia e antiguidades) e performáticas (música ao vivo, teatro, 


dança, ópera, circo, marionetes etc).

3) Mídia: reúne a produção de conteúdo criativo com objetivo de comunicação com o grande público,
como a editorial (livros, imprensa e outras publicações) e a audiovisual (cinema, televisão, rádio e outras
transmissões).

4) Criação funcional: grupo formado por atividades como design (de interior, gráfico, moda, joias, 


brinquedos); a chamada nova mídia (software, videogames e conteúdo criativo digitalizado); e os
“serviços criativos”, como o arquitetônico, a publicidade, os culturais e os recreativos, P&D, entre
outros.
ENQUANTO ISSO NO BRASIL...
• Atualmente, as cidades que compõem a Rede Cidades Criativas da Unesco
(Unesco Creative Cities Network – UCCN) são: Belém (PA), Florianópolis (SC) e
Paraty (RJ), no campo da gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR), no do
design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes folclóricas; Salvador (BA), na
música; e Santos (SP), no cinema. Tais municípios estão entre os 180 de 72 países
destacados pelo seu histórico na atuação de alguma das sete categorias
consideradas pela Unesco como impulsionadores da economia: artesanato e
artes folclóricas; artes midiáticas (integração entre diferentes linguagens
artísticas e novas tecnologias); design; cinema; gastronomia; literatura e música.
GASTRONOMIA
DESIGN
ARTESANATO E ARTES
FOLCLÓRICAS
MÚSICA
CINEMA
MAS O QUE SÃO CIDADES
CRIATIVAS?
JÁ CONSEGUE RESPONDER O QUE
SÃO CIDADES CRIATIVAS?

• “Cidades criativas são aquelas onde há senso de


conforto e familiaridade, uma boa mistura do velho
com o novo, variedade e escolha e um equilíbrio
entre o calmo e o vivificante ou entre o risco e a
cautela” (LANDRY, 2013, p. 45)
ONDE ENTRA A SUSTENTABILIDADE?

• Produção sob demanda e consumo consciente;


• Compartilhamento de recursos;
• Negócios sustentáveis.
COMO SURGEM AS CIDADES
CRIATIVAS?

• De acordo com Ana Carla Fonseca Reis, uma cidade


criativa segue a [...] lógica de busca de diferenciação
a partir de suas singularidades, em um processo de
dentro para fora. Mas a cidade envolve claramente
outras dinâmicas, além da econômica.
O QUE SE ESPERA DESTAS CIDADES?
• Ao ingressar na Rede, as cidades se comprometem a compartilhar suas
melhores práticas e desenvolver parcerias ao envolver os setores público
e privado, bem como a sociedade civil, a fim de:
• fortalecer a criação, a produção, a distribuição e a disseminação de
atividades, bens e serviços culturais;
• desenvolver centros de criatividade e inovação e ampliar as
oportunidades para criadores e profissionais do setor cultural;
• melhorar o acesso e a participação na vida cultural, em particular para
grupos e indivíduos marginalizados ou vulneráveis;
• integrar a cultura e a criatividade de forma plena em planos de
desenvolvimento sustentável.
SOMENTE CIDADES PODEM SER
CRIATIVAS?

• Marketing: conhecer o comportamento do consumidor e conhecer técnicas de exposição de

marca tornaram-se conhecimentos altamente especializados e requisitados em um cenário

de consumo cada vez mais segmentado e mediado pela comunicação digital.

• Design: não basta tecnologia, é fundamental garantir que produtos e serviços sejam

desejados e fáceis de usar. O paradigma criado pelos produtos da Apple levou para outras

áreas a necessidade de projetar colocando os usuários no centro do projeto.

• Audiovisual: a exigência de veiculação de conteúdo nacional nos canais pagos gerou

demanda e valorização dos profissionais da área. A produção de conteúdos digitais,

enquanto a abrangência dos veículos de mídia mais tradicionais decaem, também gera

oportunidades.
• Biotecnologia: o esforço para o aproveitamento das riquezas naturais do país

refletiu em expansão da procura por geneticistas e biomédicos. O avanço da

tecnologia torna essa uma das áreas mais promissoras da economia criativa.

• Indústria clássica: inovar virou palavra de ordem em todos os setores da

produção. Para rever processos, mapear oportunidades e criar soluções, os

profissionais da economia criativa também estão presentes nos setores mais

tradicionais da indústria.

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