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ECONOMIA CRIATIVA E

ECONOMIA DA CRIATIVIDADE
Impulsionando as iniciativas criativas de indivíduos e comunidades
PRIMEIRO ASPECTO DA ANÁLISE

• Cultura como recurso para o indivíduo e a


coletividade;
• Evolução da distribuição de bens simbólicos no
comércio mundial (filmes, programas de TV,
música, turismo, entre outros) em larga escala;
(George Yüdice)
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SEGUNDO ASPECTO DA ANÁLISE

• Pensar em termos de Economia e criatividade é


pensar em formas criativas de melhor dispor
todos os recursos disponíveis e pensar que cada
pessoa, como recurso, capital humano e capital
social, só dá o melhor de si quando alcança
realização pessoal e coletiva.
IMPORTANTE

• A pessoa não é um organismo individual que


precisa de “recarga” de bens e energia física;
• É um ser relacional, que alcança qualidade de vida
e segurança através das relações;
• Mundo em movimento > Inspira, Cria, Inova,
Impulsiona
• João Paulo II (carta aos artistas) – “creation ex nihilo
sui et subiecti” >>>>> Quem cria, dá o próprio ser
TODA A EXPERIÊNCIA E MEMÓRIA DA IGREJA

• Material que expressa o Imaterial, a experiência, a coletividade


• “Faço novas todas as coisas...”
• Experiência Estética – Fortalece a Educação da Sensibilidade
• Experiência Comunitária – Fortalece o Tecido Social
• Experiência Religiosa – Fortalece a Consciência de Humanidade
• Experiência Memorial – Fortalece o Processo Identitário
• Tudo que INSPIRA, abre as portas para criar
• Algo desenvolve o ser humano? Inspira
• Algo estimula buscar conhecer outras culturas? Inspira
• Algo promove as comunidades e a dignidade do ser humano? Inspira

Tradições Práticas
comunitárias pessoais

Religiosidade
REFERÊNCIA UNESCO / UNCTAD

CRIAÇÕES FUNCIONAIS PATRIMÔNIO ARTES MÍDIA

Serviços criativos
Artes Performáticas Editoria e Mídia impressa
(Arquitetura, Publicidade, Espaços culturais (Museus,
(Teatro, Circo, Dança, (livros, imprensa e outras
P&D criativo, cultural e Bibliotecas, Exposições)
Música, teatro de bonecos) publicações
recreativo, turismo cultural)
Expressões tradicionais
Novas Mídias (software, Artes Visuais (pintura,
(artesanato, festejos Audiovisual (TV, Cinema,
Jogos digitais, conteúdos escultura, fotografia,
tradicionais, gastronomia e Rádio, etc)
digitais criativos) antiguidades)
culinária)
Design (Moda, Móveis,
Jóias, interiores, MOSTRAS E FESTIVAIS
brinquedos, etc)
INDUSTRIAS CRIATIVAS
ÍNDICE DE POTENCIAL CRIATIVO (FECOMÉRCIO SP)
ÍNDICE DE VITALIDADE CULTURAL (AUSTRÁLIA)

Desenvolvimento econômico
• empregos, despesas com cultura, investimentos públicos,
impactos das atividades culturais na economia geral;
Desenvolvimento de Valores culturais
• Identidade, ativos culturais, capital humano, capital social,
inovação e criatividade;
Compromisso e impactos sociais
• Participação, audiência, acesso, educação e formação em arte e
cultura.
ÍNDICE DE CRIATIVIDADE Capital
(HONG KONG) Humano

Resultados
Impactos da
Capital Capital
da
Social
criatividade
criatividade
institucional

Capital
Cultural
Criatividade humana
Economia da Criatividade,
em contraponto à ideia mais simplista de
Economia Criativa;
QUAL O MOTIVO DE PENSAR EM CRIATIVIDADE?

• Além de lugar de realização da condição


humana, a cultura é também lugar de
mediação para a ampliação dessa condição,
desenvolvimento do Capital Humano e do
Capital Social;
• Vínculos entre Cultura e desenvolvimento
humano;
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QUAL O MOTIVO DE PENSAR EM CRIATIVIDADE?

• Todas as formas de criatividade, memória e inovação


que atravessam o espectro de atividade humana podem
ser vistas como fontes de diversidade cultural;
• Produção simbólica e Criatividade: Nossos sistemas
simbólicos revelam as formas de produção e acesso a
significados e sentidos, através das formas de criação e
interpretação das realidades;
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Valorização
do Artista Profissional,
das Expressões das Culturas Populares,
da Criatividade e da Inovação na sociedade
MARCOS REGULATÓRIOS EM ÂMBITO MUNDIAL

• Convenção da Diversidade Cultural (2005);


• Convenção do Patrimônio Imaterial (2003);
• Recomendação acerca do status do Artista (1980);
• Recomendação de proteção aos artistas;
• Agenda21 da Cultura;
• Plataforma UNESCO de Indicadores Culturais;
• Bases para Turismo Cultural, Turismo Criativo e Turismo de Base
Comunitária;
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ECONOMIA E CRIATIVIDADE

• Pensar um Novo modelo de desenvolvimento:


• Com crescimento econômico combinado com a
realização dos seres humanos,
• gozando dos seus direitos,
• abertos para o mundo sem perder suas referências.

Relatório UNESCO “Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural”


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RECONHECER NA CULTURA

• Campo de contradições e paradoxos, com múltiplas


tendências,
• em contínuo processo de negociação, com níveis diversos de
tensões e enfrentamentos políticos, simbólicos e econômicos.
• Políticas culturais, em contextos inclusivos e democráticos,
enfrentam este movimento político de identidades e práticas
sociais nem sempre convergentes e cooperativas.
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MULTIPLICIDADE DA CULTURA

•Cultura é:
•Complexidade
•Contradição
•Contaminação
COMPLEXIDADE

• Milhões de aspectos da criatividade


individual se encontram com outros
aspectos comunitários, ambientais, legais e
tornam qualquer elemento cultural um
conjunto complexo de perspectivas.
CONTRADIÇÃO

• Múltiplas tendências contrapostas, em negociação,


em construção estabelecem um nível de tensão
“primordial” para o desenvolvimento de nossa
capacidade criativa.
– níveis diversos de tensões e enfrentamentos políticos,
simbólicos e econômicos
CONTAMINAÇÃO

• circulação de modos diferentes de ser, de ideias


novas ou novas leituras que contaminam o que
entendemos por puro, original ou tradicional, o que
abre espaços para termos o surgimento de novas
tradições, novas originalidades “contaminadas”.
Contaminações
Somos,
por um lado, herdeiros de uma história,
e por outro, construtores de uma nova História
a qual surge das negociações e trocas,
da “contaminação” entre as tradições e inovações.
PERSPECTIVA NOVA PARA “A NOVA URBE”

• Implicar a criatividade no planejamento urbano;


• mobilidade, acessibilidade urbana, inteligências
urbanas e inovações urbanas: Proteção e Promoção;
• Cidades inteligentes, centradas no ser humano e nas
criatividades, tomadas como condição para que os
fluxos, deslocamentos, interesses expressos e não
expressos possam existir e contaminar-se.
CONCILIAR

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DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA E CRIATIVIDADE
• Lutar contra tudo que atente contra a dignidade da pessoa, contra a
justiça e a solidariedade
• humanismo integral e solidário, que anime uma nova ordem social,
econômica e política
• diálogo com todos que desejam o bem do homem
• promover a dignidade da pessoa, a qualidade das suas condições de
existência, o encontro e a solidariedade
• A realização da pessoa humana é mediada pelas relações da pessoa
com as outras pessoas, as quais alcançam a sua perfeição graças ao
empenho por melhorar o mundo, na justiça e na paz.
PROGRESSO SOCIAL (PAULO VI)

• Discurso à FAO em 1970: “os progressos científicos


mais extraordinários, as invenções técnicas mais
assombrosas, o desenvolvimento econômico mais
prodigioso, se não estiverem unidos a um progresso
social e moral, voltam-se necessariamente contra o
homem”
LAUDATO SI’ (PAPA FRANCISCO)

• Encíclica de Papa Francisco, não só para os católicos,


mas para toda a humanidade
• Contexto: COP21 e AGNU – ODS
• Ideia principal: Cuidado com a casa comum a partir
de uma ecologia integral
• Deus não dá a terra ao homem; Deus confia a terra à
humanidade
MERCADOS E CIRCULAÇÃO
• Entende-los como “espaços de negociação” e não
com a conotação negativa de ser apenas “espaço de
praticar comércio de mercadorias”.
• Mercado vem de mercātus, que quer dizer
“negociação, comércio”.
• O tempo todo negociamos e trocamos: valores,
identidades, espaço, atenção, competências, afetos,
significados, descobertas, conquistas, fracassos.
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MERCADOS E CIRCULAÇÃO

• Circulação e acesso a produtos e formas de


produzir >
• Lápis-Lazuli / Massas / Café-Borracha;
• Circulação e acesso a conteúdos e valores >
• Produção de conteúdos criativos: Música / Dança /
Teatro / Literatura / Audiovisual / Artes Visuais, etc;
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Espaços de Espaços de
negociação Concepções negociação
Solidários Funcionais
de mercado
Espaços de
negociação
Espaços de
Espaços de negociação
Negociação Alto
Simbólicos impacto
ESPAÇOS DE NEGOCIAÇÃO SOLIDÁRIOS

• Compreendem o universo das trocas e


escambos, da cooperação e
colaboração, do intercâmbio, das ações
de natureza coletiva e colaborativa.
ESPAÇOS DE NEGOCIAÇÃO FUNCIONAIS

• Compreendem o universo da criatividade


frente às necessidades do cotidiano, que
podem representar melhor qualidade de
vida, inovações operativas, ou diminuir o
esforço humano para realizar determinadas
atividades ou processos.
ESPAÇOS DE NEGOCIAÇÃO SIMBÓLICOS

• Compreendem o universo de valores,


ideias, símbolos e imagens, princípios,
modos de ser, conhecimentos,
sustentabilidade, tradições, de fluxos de
conteúdos, de representações de lugares e
tudo que isso comporta.
ESPAÇOS DE NEGOCIAÇÃO DE ALTO IMPACTO

• Compreendem o universo do uso e


consumo em si, para status, para atender
ao mais imediato possível ou com o
objetivo principal de obter retorno
financeiro, com alto índice de
obsolescência e desgaste dos recursos.
CULTURA, TURISMO, CRIATIVIDADE, SUSTENTABILIDADE

1. Contribuição econômica dos setores criativos para os municípios: catalisar


agentes econômicos, sociais e políticos das comunidades locais;
2. Melhoria do ambiente local de negócios: Geração de ocupação criativa,
emprego e renda,;
3. Incentivo à produção e consumo de bens e serviços LOCAIS;
4. Alternativa para populações tradicionais e conhecimentos locais;
5. Alternativa para indução ao desenvolvimento microrregional;
6. Conciliar Memória, Inovação e Desenvolvimento Local Sustentável;
EXEMPLIFICAÇÃO

• A Gastronomia sustentável, na perspectiva UNESCO,


valoriza a origem dos ingredientes, a forma com a
qual são cultivados, o uso de produtos naturais para
realçar o sabor dos alimentos e pratos.
• Importância de conhecer quem faz, conhecer os
modos de produção dos alimentos, os temperos e
sabores, Doces, Quitandas, Pratos locais;
Memória do fazer e ser
Além das quitandas, roscas e biscoitos,
a quitandeira e sua cozinha ou fogão;
Além dos doces, a doceira e os seus tachos;
Além dos queijos, o queijeiro;
Além das dezenas de pratos típicos,
quem faz com que eles sejam típicos e originais.
A Economia da Criatividade

Recompõe a memória, dá espaço para


as capacidades locais, possibilita
inovar e criar novos futuros
individuais e coletivos.
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A Economia da Criatividade entretece

• As escolhas pessoais
• As interações que acontecem ao longo
da vida e
• A forma com a qual lidamos
criativamente com as circunstâncias
que a vida nos cria.
SECULT MINAS
economiacriativa@secult.mg.gov.br

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