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PROCESSOS DE

ELETRIZAÇÃO E FORÇA
ELÉTRICA

COOPEX 1

PROFESSORA: ALZIRA MARIA


DISCIPLINA: FÍSICA 2
Os processos de eletrização

Você consegue explicar a imagem abaixo?

Fonte: http://www.faperj.br/img/repositorio/vandeergraf.jpg
Eletrostática é o
ramo da Física que
estuda as cargas
elétricas em repouso
e as interações
atrativas ou
repulsivas que
ocorrem entre elas.
3
Imagem: Átomo de lítio estilizado /  Halfdan./ GNU Free
Documentation License.
Por volta de 600 a.C.,
Tales de Mileto já sabia
que uma certa resina
(âmbar amarelo), depois
de atritada com uma
substância seca (pele de
gato), adquiria a
propriedade de atrair
corpos leves.

4
Imagem: Thales , um dos sete sábios da Grécia / Autor Desconhecido /
Disponibilizado por Tomisti / Public Domain.
No século XVI, Willian
Gilbert já usava a
expressão substância
eletrizada, para
caracterizar qualquer
substância que, pelo
atrito, adquiria a
propriedade de atrair
corpos leves.

5
Imagem: William Gilbert (1544 - 1603) / Autor Desconhecido /
Disponibilizado por Hel-hama  / Public Domain.
CARGA ELÉTRICA
A carga elétrica é uma Nêutrons

propriedade associada a certas


partículas elementares que
constituem o átomo:
prótons;
nêutrons;
elétrons.
Prótons
Os prótons e os nêutrons
localizam-se numa região central do Elétrons
átomo denominada núcleo, enquanto Imagem: Átomo de lítio estilizado /
 Halfdan./ GNU Free
os elétrons movimentam-se ao redor Documentation License.

do núcleo, numa região chamada 6

eletrosfera.
PORTADORES DE CARGAS

Os portadores de carga elétrica são:


elétrons - que transportam carga negativa;
íons - cátions transportam cargas positivas;
ânions transportam cargas negativas.
A unidade de medida de carga elétrica no Sistema
Internacional de Unidades (SI) é o Coulomb, cujo
símbolo é C, em homenagem ao físico francês
Charles Augustin Coulomb.
7
Imagem:Uma pulseira antiestática com um clip crocodilo / Kms / GNU Free Imagem: Ken Bosma from Green Valley, Arizona, USA /
Documentation License . Disponibilizado por Pieter Kuiper / Creative Commons Attribution
2.0 Generic.

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-
Eletrização O átomo tem em seu núcleo
prótons (carga positiva) e
+ neutrons (carga nula). Ao
redor do núcleo, na eletrosfera,
giram os elétrons (carga
negativa).

Um objeto eletricamente neutro Tem o mesmo número de


prótons e elétrons

Um objeto com carga positiva Perdeu elétrons

Um objeto com carga negativa Ganhou elétrons


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Eletrização

Objetos neutros não se atraem


e nem se repelem.

Objetos com cargas de sinais ou


iguais de repelem.
+ + - -

Objetos com cargas de sinais


diferentes se atraem.
+ -
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CARGA ELEMENTAR E QUANTIDADE
DE CARGA ELÉTRICA
• A quantidade de carga elétrica de um corpo é dada
pela expressão:

Q = +/- n . e
Onde:

Q – quantidade de carga elétrica.


e – carga elétrica elementar
+/- número de prótons ou elétrons em excesso
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1 – Noção de Carga Elétrica –e
Próton
Nêutron
Elétron

Quark Down =

Quark Up =

O Próton, é formado por dois


Quarks Up e um Quark Down.

12
Quark Down =

Quark Up =

O Nêutron, é formado por dois


Quarks Down e um Quark Up.

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CORPOS NEUTROS E CORPOS
ELETRIZADOS
• Os objetos materiais são formados por átomos, o que
significa que eles são constituídos de elétrons e prótons (e
nêutrons).
• Um objeto neutro possui mesmo número de elétrons e
prótons.
• Um corpo eletrizado (ou eletricamente carregado) apresenta
um desequilíbrio nos números de prótons e elétrons.
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CORPOS NEUTROS E CORPOS
ELETRIZADOS

Corpo negativamente carregado: número de elétrons superior


ao número de prótons.

Corpo positivamente carregado: número de prótons superior ao


número de elétrons.

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Corpo eletricamente neutro

Corpo eletrizado positivamente

Corpo eletrizado negativamente

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Os processos de eletrização

Condutores e isolantes
Condutores: são as substâncias nas quais os elétrons se locomovem com uma
certa facilidade por estarem ligados fracamente aos átomos.

Fonte: http://www.cemig.com.br/imgs/dicas_seg/seg7.jpg

Isolantes: ao contrário dos condutores, os isolantes ou dielétricos como


também são conhecidos, são substâncias nas quais os elétrons estão
fortemente ligados aos átomos, ou seja, têm pouca liberdade de locomoção.
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Fonte: http://www.cbaborrachas.com.br/3M/Eletricas/fita_isolante_color_temflex1000.gif
SÉRIES TRIBOELÉTRICAS
A série triboelétrica foi criada para classificar os materiais que se eletrizam
por atrito, quanto à facilidade de trocarem cargas elétricas. Série triboelétrica
é portanto o termo utilizado para designar uma listagem de materiais em
ordem crescente quanto à possibilidade de perder elétrons. Ou seja, quanto
maior a facilidade em adquirir cargas positivas, mais alta é a posição que
ocupa na tabela. É o caso do atrito entre lã e PVC. Desse modo, foram
classificados conforme o quadro abaixo:

+ Vidro Mica Lã Seda Algodão Madeira Âmbar Enxofre Metais -


Pele humana seca

Cabelo humano

Polietileno ('fita
Pele de coelho

Borracha dura
Níquel, Cobre,
Fibra sintética

Ouro, Platina,

Polipropileno
Latão, Prata,
Pele de gato

('magipack')
Poliuretano

Vinil (PVC)
Filme PVC
Alumínio

adesiva')
Poliéster
Chumbo

Algodão

Silicone
Madeira
(nylon)

Âmbar

Isopor
Couro

Teflon
Papel
Vidro

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Seda

Aço

ELETRIZAÇÃO
Explicação do fenômeno de eletrização:
entre as partículas fundamentais são importantes
para a explicação dos fenômenos elétricos o próton,
o elétron e o nêutron. Os prótons e os nêutrons se
encontram numa região do átomo chamada núcleo.
Os elétrons ficam girando ao redor do núcleo,
dispostos em várias órbitas.
Atualmente explicamos a eletrização dos corpos
com a noção que temos da estrutura dos átomos.
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Os processos de eletrização

Eletrização por atrito


Tem-se a eletrização por atrito quando atrita-se dois corpos. Exemplo:
pegando-se um canudinho de refrigerante e atritando-o com um pedaço de
papel (pode ser higiênico), observa-se, através de experimentos, que ambos
ficam carregados com a mesma quantidade de cargas, porem de sinais
contrários (positiva e negativa).

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Os processos de eletrização

Eletrização por atrito

Fonte: http://conecte.arqui-aju.com.br/aulas/Fisica/Eletrizacao_coulomb/Eletrizacao_Lei_Coulomb.htm
21
Os processos de eletrização

Eletrização por atrito

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Fonte: http://conecte.arqui-aju.com.br/aulas/Fisica/Eletrizacao_coulomb/Eletrizacao_Lei_Coulomb.htm
Indução e polarização

Eletrização por indução: Ao aproximar uma objeto carregado de


um objeto neutro, este último será induzido a uma eletrização.

Aproxima-se um bastão +
+
eletricamente carregado - ++ Os elétrons são
do objeto neutro. + -
+ - + atraídos pela carga
- + positiva
+ - +
+
Corpo neutro e +
isolado Ao ligar um fio terra
no corpo que estava
inicialmente neutro,
Ao afastar o bastão ele passa a atrair
eletricamente carregado, elétrons.
o corpo inicialmente +
neutro passou a ficar +
- - -
- carregado + - -
- - - negativamente. + - -
- - - -
- - + - - 23
+
+
Indução e polarização

Polarização: É o efeito que


- ocorre quando as extremidades
- ++
opostas de um corpo ficam
- +
- + eletrizadas cor cargas de sinais
- + contrários. Nota-se, porém, que
a carga total no dielétrico
permanece neutra.

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Os processos de eletrização

Eletrização por indução

A indução ocorre quando se tem um corpo que está inicialmente


eletrizado e é colocado próximo a um corpo neutro. Com isso, a configuração
das cargas do corpo neutro se modifica de forma que as cargas de sinal
contrário ao do bastão tendem a se aproximar do mesmo. Porém, as de sinais
contrários tendem a ficar o mais afastadas possível. Ou seja, na indução
ocorre a separação entre algumas cargas positivas e negativas do corpo neutro
ou corpo induzido.

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Os processos de eletrização

Eletrização por contato


Quando dois corpos condutores entram em contato, sendo um neutro e
outro carregado, observa-se que ambos ficam carregados com cargas de
mesmo sinal. Exemplo: tendo-se um bastão carregado e uma esfera neutra
inicialmente, ao tocar-se as esferas com este bastão verifica-se que a
esfera adquire a carga de mesmo sinal daquela presente no bastão.

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Os processos de eletrização

Eletrização por contato

Fonte: http://conecte.arqui-aju.com.br/aulas/Fisica/Eletrizacao_coulomb/Eletrizacao_Lei_Coulomb.htm
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Os processos de eletrização

Eletrização por contato

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Fonte: http://conecte.arqui-aju.com.br/aulas/Fisica/Eletrizacao_coulomb/Eletrizacao_Lei_Coulomb.htm
Os processos de eletrização

Como ocorrem os raios?

29

Fonte: http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/RAIO1.JPG
Os processos de eletrização

Assim ocorrem os raios:

30

Fonte: http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/pararaio.htm
Os processos de eletrização

O que acontece a um avião atingido por um


raio?

Ao contrário do que
poderíamos pensar, os raios
não são perigosos para os
aviões. Como o avião não está
em contacto com a terra, não
há descarga elétrica e o raio
segue o seu caminho com
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destino ao solo.

Fonte: http://elbaeverywhere.blogspot.com/2007_08_01_archive.html
Os processos de eletrização

Gerador de Van der Graff:


Robert Jemison Van der Graff (1901-
1967) foi um físico norte-americano e
criador de vários instrumentos na
Universidade de Princeton, entre eles o
Gerador de Van der Graff.

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Fonte: http://www2.unicid.br/telecom/fintel/VII-Fintel/feira/logos/Fig1%20-%20Van.GIF

Fonte: http://picasaweb.google.com/bdowney/MakerFaire/photo#5066524717694634770
GERADOR DE VAN DE GRAAFF
É uma máquina
eletrostática na qual um
gerador de alta voltagem
fornece cargas elétricas a
uma correia móvel que as
conduz para uma cúpula
metálica onde é atingida
uma voltagem
elevadíssima.
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GERADOR DE VAN DE GRAAFF
• Projetado para produzir energia
estática. A máquina foi empregada em
física nuclear para produzir as tensões
muito elevadas necessárias em
aceleradores de partículas.
• Versões pequenas do gerador são
freqüentemente vistas em
demonstrações sobre eletricidade.

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ELETROSCÓPIO DE FOLHAS

Para determinar o sinal da carga do corpo que irá ser testado, deve-se carregar o
eletroscópio anteriormente com cargas de sinal conhecido. Quando aproximamos o corpo
em teste, dois casos são possíveis de ocorrerem:
a) se as lâminas abrirem mais, o corpo em teste possui cargas com o mesmo sinal das
cargas do eletroscópio.
b) se as lâminas se aproximarem, o corpo possui cargas de sinal contrário às do
eletroscópio.

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LEI DE COULOMB

FORÇA ELETROSTÁTICA

Quando temos um corpo eletrizado cujas dimensões são desprezíveis em comparação


com as distâncias que o separam de outros corpos eletrizados, chamamos esse corpo de
carga elétrica puntiforme.

Dados dois corpos eletrizados, sendo Q1 e Q2 suas cargas elétricas, observamos


que:
1) Se Q1 e Q2 têm o mesmo sinal, existe entre os
corpos um par de forças de repulsão.

2) Se Q1 e Q2 têm sinais opostos, existe entre os corpos


um par de forças de atração.
Gráfico da Lei de Coulomb
Se mantivermos fixos os valores das cargas e variarmos apenas a distância
entre elas, o gráfico da intensidade de F em função da distância (d) tem o
aspecto da Figura.

F F

F1/d2
LEI DE
COULOMB
INTERAÇÃO ELETROSTÁTICA

Cargas Opostas = Atração

38

Cargas Iguais = Repulsão


LEI DE
COULOMB
Consideremos dois corpos eletrizados (com cargas Q1 e Q2) e
separados por uma distância d.

Quando as dimensões desses corpos são muito menores do que a 39

distância d, podemos representá-los por pontos e chamá-los de


cargas elétricas puntiformes.
LEI DE
COULOMB
Como os corpos estão eletrizados, há uma interação elétrica
(força F) entre eles.

A intensidade de diminui à medida que se aumenta a distância de


separação d. A direção de é a direção da reta que une os corpos.

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LEI DE
COULOMB
SENTIDO DA FORÇA ELÉTRICA

1 - Se os corpos forem eletrizados com cargas elétricas de mesma


natureza (mesmo sinal), a força elétrica será de repulsão.

+ +
41

- -
LEI DE
COULOMB
SENTIDO DA FORÇA ELÉTRICA

2 - Se os corpos forem eletrizados com cargas elétricas de sinais


contrários, a força elétrica será de atração.

+ - 42
LEI DE
COULOMB A BALANÇA DE TORÇÃO DE
COULOMB

Coube a Charles Augustin de Coulomb, com sua


célebre balança de torção (na verdade, um
dinamômetro), estabelecer a lei matemática que
possibilita o cálculo da intensidade da força elétrica
entre dois corpos eletrizados.

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Imagem: Sertion / domínio público.


LEI DE
COULOMB
COULOMB CONSTATOU QUE:

DEFINIÇÃO

O módulo da força de interação entre duas cargas


elétricas puntiformes (Q1 e Q2) é diretamente
proporcional ao produto dos valores absolutos (módulos)
das duas cargas e inversamente proporcional ao 44
quadrado da distância d entre elas.
LEI DE
COULOMB

Onde:
F = força elétrica (N)
Q1 e Q2 = são as cargas elétricas
puntiformes (C)
d = distância entre as cargas (m)
K= é a constante eletrostática do
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meio (Nm2/C2)
LEI DE
COULOMB
CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE
O valor da constante K, denominada constante eletrostática,
depende do meio em que as cargas se encontram. Essa constante K é
definida, no SI, por:

onde  é a permissividade
absoluta do meio onde se
encontram as cargas. 46
LEI DE
COULOMB
CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE
Como o meio considerado é o vácuo, nesse dielétrico temos, no SI:

47
LEI DE
COULOMB
GRÁFICO DA LEI DE COULOMB
Se mantivermos fixos os valores das cargas e variarmos apenas a
distância entre elas, o gráfico da intensidade de F em função da
distância (d) tem o aspecto de uma hipérbole.
Outros meios:
Substância
F (N) d (m)
F d ar seco
F/4 2d água
F/16 4d benzeno
petróleo
4F d/2
etanol 48
16F d/4
LEI DE
COULOMB GRÁFICO F x d

F (N) d (m)
16F
F d
F/4 2d
F/16 4d
4F d/2
16F d/4
Hipérbole Cúbica
4F
F
d(m) 49
0 d/4 d/2 d 2d 4d
APLICAÇÃO DA LEI DE
COULOMB
Determine a força de interação entre as cargas Q A e QB.
3,0m

QA = 3µC QB = -4mC

= 12 N
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NATUREZA VETORIAL DA FORÇA
ELÉTRICA
Q1 Q2 Q3 F
FR F
1º F F
4
+ 4 + +

d 2d
a = 180o
Vetorialmente: FR = F1 + F2

Módulo da resultante:
FR = Ö F 12 + F 22 + 2F1 .F2.cos a

F 3F
FR = 51

FR = F - 4
4
NATUREZA VETORIAL DA FORÇA
ELÉTRICA
F
Q1 Q2 Q3
2º F 4 F
FR
+ + -
F
d 2d 4

a = 0o
Vetorialmente: FR = F1 + F2
Módulo da resultante:
FR = Ö F 12 + F 22 + 2F1 .F2.cos a

F 5F
FR = F + FR = 52

4 4
3º F1
a = 90o
FR = F1 + F2
Q1
+
FR = ÖF 1
2
+ F22 + 2F1 .F2.cos a

d
Q2 F2 F2 Q3
2d
+ -
a

FR = ÖF 1
2
+ F2 2
53
F1
FR
4º F1
a = 120o

Q2 a
+ FR

FR = F1 + F2
F2
Q1
Q3
+ -

FR = Ö F12 + F22 + 2F1 .F2.cos a


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5º F1 a = 120o
Q2 a
+
FR

F2
FR = F1 + F2
Q1
-2Q3
+ -

FR = Ö F1 2 + F2 2 + 2F1 .F2.cos a
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EXERCÍCIO Determine a força resultante sobre Q’.
1
24N
Q2=8mC Q’=4C
4,0 m Q’

18N
3,0 m
=30N
Q1=6mC

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PARA REFLETIR EM ALGUM MOMENTO…

“Somos o que fazemos, mas


somos, principalmente, o
que fazemos para mudar o
que somos.”

Eduardo Galeano

OBRIGADA PELA
ATENÇÃO E ATÉ A
PRÓXIMA. 57

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