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Eletrostática: Eletrização
INTRODUÇÃO
A eletricidade é um fenômeno que desperta interesse na humanidade desde a
antiguidade. Ao redor de 600 a.C. os gregos já sabiam que atritando o âmbar (resina amarelada)
com pele de animais era possível atrair partículas leves. Em 1600 William Gilbert, com o livro
De Magnete, [Gilbert, 1958], apresenta a construção do versariam, considerado o primeiro
aparelho para o estudo da eletrostática, descrevendo diversas experiências com ele. Hoje sabe-
se que toda matéria é constituída de átomos, que por sua vez são formados de partículas que
apresentam cargas positiva e negativa: prótons e elétrons, respectivamente. A interação entre
cargas é denominada “elétrica”, sendo muitas ordens de grandeza maior do que a interação
gravitacional.
O eletromagnetismo é uma interação fundamental, muito mais importante que a
gravitação no domínio que nos é mais familiar, sendo a interação eletromagnética aquela que
compreendemos melhor [Nussenzveig, 2001]. As forças elétricas podem ser atrativas ou
repulsivas, dependendo apenas de quais cargas estão interagindo. Cargas de mesmo sinal se
repelem e de sinais opostos se atraem. Na forma “natural” a matéria apresenta-se neutra, ou
seja, possui o mesmo número de cargas positivas e negativas cancelando assim os efeitos de
interações elétricas (considerando os dois corpos neutros) [Chabay e Sherwood, 2002]. No
entanto, é possível remover ou adicionar partículas negativas, elétrons, o que acarretará um
desequilíbrio entre o número de cargas positivas e negativas.
A carga líquida num material é a soma das cargas positivas e negativas, sendo
que a carga total terá o sinal daquela em maior quantidade. Nesses processos de troca de carga
entre corpos sempre há conservação da carga elétrica total, ou seja, se algum corpo perde carga
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negativa o outro deve recebê-la. Existem três processos principais pelos quais os materiais são
eletrizados: atrito, contato e indução. Eletrização por atrito é o processo bem simples de geração
de cargas eletrostáticas, ele pode ocorrer sempre que dois corpos de materiais diferentes são
esfregados um no outro. A eletrização por atrito não acontece entre metais porque eles são bons
condutores e a descarga é muito rápida, não conseguindo mantê-los eletrificados. O processo
de indução eletrostática ocorre quando um corpo eletrizado redistribui cargas de um condutor
neutro. O corpo eletrizado, o indutor, é colocado próximo ao corpo neutro, o induzido. Isso
permite que as cargas do indutor atraiam ou repilam as cargas negativas do corpo neutro, devido
a Lei de Atração e Repulsão entre as cargas elétricas. A distribuição de cargas no corpo induzido
mantém-se apenas na presença do corpo indutor. Para eletrizar o induzido deve-se colocá-lo em
contato com outro corpo neutro e de dimensões maiores, antes de afastá-lo do indutor.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Eletrização é o processo que torna um corpo eletricamente neutro em um corpo eletricamente
carregado. Corpos neutros são aqueles que apresentam a mesma quantidade de prótons e
elétrons, uma vez que essas são as partículas subatômicas dotadas de carga elétrica.
Todos os processos de eletrização consistem em retirar ou fornecer elétrons a um corpo. O
mesmo não pode ser dito dos prótons, que, por estarem presos no núcleo atômico, não podem
ser conduzidos entre um átomo e outro. Desse modo, quando um corpo neutro recebe elétrons,
sua carga torna-se negativa, reciprocamente, ao perder elétrons, sua carga torna-se positiva.
Eletrização por atrito
A eletrização por atrito acontece principalmente quando dois ou mais corpos isolantes são
esfregados um contra o outro. O processo de atritar os corpos fornece energia aos elétrons
desses materiais. Os elétrons dos materiais isolantes geralmente encontram-se fortemente
atraídos pelos núcleos de seus próprios átomos, por isso, precisam de uma energia extra para
saltar de um corpo para outro. Durante a eletrização por atrito, um dos corpos perde elétrons e
o outro ganha elétrons. Dessa forma, ao final do processo, os dois corpos estarão com cargas
de módulo igual, mas de sinais opostos.
Eletrização por indução
A eletrização por indução consiste em aproximar um corpo previamente carregado, chamado
de indutor, de um corpo condutor eletricamente neutro, chamado de induzido, de modo que a
presença das cargas do indutor faça com que os elétrons do corpo induzido movimentam-se em
seu interior, ocorrendo uma polarização de cargas.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para o primeiro procedimento experimental, foi posicionado em uma bancada, foi
adicionado ao mesmo uma garra, em seguida foi amarrado um barbante com uma bolinha de
papel alumínio em uma das pontas. Um canudo de plástico atritado em um papel toalha foi
aproximado da bolinha de papel alumínio. Depois destas etapas, o canudo foi colocado em
contato com a bolinha de alumínio, os resultados foram anotados.
Para o segundo procedimento experimental, dois canudos de plásticos foram amarrados no
suporte universal, com a ajuda de fio barbante, um terceiro canudo que foi atritado foi
adicionado ao meio dos dois canudos suspensos. Após essa etapa, os dois canudos suspensos
foram atritados, o dedo de uma pessoa foi colocado próximo aos canudos atritados.
ANÁLISE E RESULTADOS
Os canudos neutros foram atraídos porque o terceiro canudo carregado provocou uma indução
eletrostática, separando as cargas nos canudos neutros.
2. Por que os dois canudos se repeliram após serem atritados com papel toalha?
Os dois canudos se repeliram porque, após o atrito com papel toalha, ambos adquiriram a
mesma carga, resultando em repulsão.
3. . Explique o que aconteceu quando você aproximou o dedo dos canudos carregados.
Ao aproximar o dedo dos canudos carregados, as cargas se redistribuem no dedo, causando uma
repulsão.
4. Por que os dois canudos carregados forma repelidos pelo terceiro canudo carregado?
Os dois canudos carregados se repeliram porque tinham cargas iguais.
5. Por que o atrito entre alguns corpos provoca o acumulo de cargas elétricas? De onde estas
cargas são provenientes?
O atrito provoca o acúmulo de cargas elétricas porque os elétrons são transferidos entre os
corpos, criando um desequilíbrio
6. A força de repulsão depende da força com que os canudos são atritados?
A força de repulsão pode depender da intensidade do atrito, mas também da capacidade dos
materiais envolvidos de reterem cargas.
7. Atritando os canudos com uma flanela e aproximando-os ocorre repulsão. você poderia criar
uma situação onde ocorresse atração?
Atritando os canudos com uma flanela e aproximando-os, a atração pode ocorrer porque a
flanela pode transferir cargas opostas para os canudos.
CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos, conclui-se que corpos neutros podem ser eletrizados
sem a alteração de sua carga neutra, por meio de um indutor.
REFERÊNCIAS
HELERBROCK, Rafael. "Processos de eletrização"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/processo-eletrizacao.htm. Acesso em 24 de novembro de
2023.