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ELETROMECÂNICA
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3 UNIDADE 1 - Introdução
4 UNIDADE 2 - Eletricidade e Magnetismo
4 2.1 Breve evolução histórica
SUMÁRIO
9 2.5 Histerese
46 REFERÊNCIAS
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UNIDADE 1 - Introdução
priedade magnética por muito tempo, até mo é uma propriedade básica de qualquer
por muitos anos, ou perdê-la logo depois material. As propriedades magnéticas dos
que cesse a causa da imantação. No pri- materiais têm sua origem na estrutura
meiro caso, o ímã é chamado permanente; eletrônica dos átomos. Do ponto de vista
no segundo, ímã temporal, ou transitório. clássico, são de dois tipos os movimentos,
Os eletroímãs são sempre ímãs temporais. associados ao elétron que podem explicar
Os ímãs naturais são permanentes (USP, a origem dos momentos magnéticos: o mo-
2007). mento angular orbital do elétron, e o mo-
mento angular do “spin” do elétron.
As regras do eletromagnetismo são re-
gidas pelas quatro equações de Maxwell.
os materiais paramagnéticos em
Susceptibilidade magnética (Xm) campos magnéticos sofrem o mesmo
tipo de atração e repulsão que os ímãs
normais, mas quando o campo é removi-
do o movimento Browniano rompe o ali-
b) Materiais Paramagnéticos:
pequenos valores positivos de X
(o campo de magnetização desaparece
quando se retira o campo aplicado).
De maneira bem simples, podemos de- nética é sujeita a uma magnetização al-
finir histerese como a tendência de um ternada há uma perda de energia que se
material ou sistema em conservar suas transforma em calor e que é, por unidade
propriedades na ausência de um estímu- de volume, proporcional à área do ciclo de
lo que as gerou. histerese cada vez que este é percorrido.
UNIDADE 4 - Transformadores
rio, como ocorre na conexão estrela sem o As impedâncias Z1, Z2 e Z3 são determi-
fio neutro. Por essas razões, transforma- nadas a partir dos testes de curto-circuito e
dores são projetados com um enrolamento se relacionam com as impedâncias mútuas
terciário conectado em delta. de dispersão entre os circuitos 1,2 e 3 (a no-
tação com subíndice duplo indica os circui-
No caso do transformador de três enro-
tos mútuos) pelas seguintes relações:
lamentos, veja a ilustração abaixo que apre-
senta o seu circuito equivalente.
Teste de curto-circuito:
São necessários três ensaios de cur-
to-circuito:
1. Aplica-se tensão no primário com o
secundário curto-circuitado e o terciário
aberto e determina-se a impedância de
dispersão entre os circuitos 1 e 2:
Tipos de motores
Sistema de Campo ou Polos de Exci- los ou polos comutadores, que são bobinas
tação: parte do motor que fornece o fluxo de poucas espiras de fio grosso, enroladas
magnético necessário para criar o torque. com núcleos laminados estreitos dispostos
Têm a finalidade de gerar o fluxo magnético. entre os polos principais da máquina que são
São constituídos de condutores enrolados ligados em série com a armadura. Nas má-
sobre núcleos de chapas de aço laminadas quinas grandes há normalmente tantos in-
cujas extremidades possuem um formato terpolos quanto são os polos principais e nas
que se ajusta a armadura e são chamadas de máquinas pequenas quase sempre usa-se a
sapatas polares. metade.
b.2)Motores síncronos:
Os motores síncronos, comparativamente
aos motores de indução e de rotor bobinado,
são de pequena utilização em instalações in-
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Estes motores são construídos com o ro- De acordo com a ilustração do reostato,
tor envolvido por um conjunto de bobinas pode-se observar que, quando é acionado o
normalmente interligadas, em configura- contator geral C1 ligado aos terminais 1-2-3,
ção estrela, com os terminais conectados a o motor parte sob o efeito das duas resis-
três anéis, presos mecanicamente ao eixo tências inseridas em cada bobina rotórica.
do motor, porém isolados eletricamente, Após um certo período de tempo, previa-
e ligados através de escovas condutoras a mente ajustado, o contator C3 curto-circui-
uma resistência trifásica provida de cursor ta o primeiro grupo de resistência do reos-
rotativo. Assim, as resistências são coloca- tato, o que equivale ao segundo estágio.
das em série com o circuito do enrolamento
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Rotor em gaiola
O rotor em gaiola é constituído de um
conjunto de barras não isoladas e interliga- onde:
das através de anéis condutores curto-cir-
Ws = velocidade síncrona
cuitados e tem grande aplicação industrial.
W = velocidade angular do rotor
O motor de indução opera normalmente
a uma velocidade constante, variando ligei- Voltando agora aos motores síncro-
ramente com a aplicação da carga mecânica nos, é importante entender que a cor-
no eixo. rente absorvida pelo circuito estatório
é função da corrente de excitação para
O funcionamento de um motor de indu-
uma determinada carga acionada pelo
ção baseia-se no princípio da formação de
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motor. Quando o motor está girando a va- mecânica para correção do fator de po-
zio, a corrente do estator é praticamente tência de uma instalação industrial re-
igual à corrente de magnetização. Se for quer cuidados adicionais com respeito
acoplada ao motor uma carga mecânica, a às flutuações no torque, devido à natu-
corrente absorvida pelo estator aumen- reza da própria carga. Também, motores
tará, estabelecendo um conjugado motor síncronos, de potência inferior a 50 cv,
suficiente para vencer o conjugado resis- não são adequados à correção do fator
tente. de potência, em virtude da sensibilidade
de perda de sincronismo quando da ocor-
Quando a corrente de excitação é de
rência de flutuações de tensão na rede
valor reduzido, isto é, o motor está su-
de alimentação.
bexcitado, a força eletromotriz induzida
no circuito estatórico é pequena, fazen- Os motores síncronos apresentam di-
do com que o estator absorva da rede ficuldades operacionais práticas, pois
alimentação uma determinada potência necessitam de fonte de excitação, re-
reativa necessária à formação de seu querendo manutenção constante e mui-
campo magnético e cuja corrente está tas vezes dispendiosa.
atrasada em relação à tensão da rede. Se
Uma das desvantagens de utilização
a corrente de excitação for aumentada
do motor síncrono está na partida, pois
gradativamente, mantendo-se a grande-
é necessário que se leve o mesmo a uma
za da carga e, consequentemente, ele-
velocidade suficientemente próxima
vando-se o valor da força eletromotriz no
da velocidade síncrona, a fim de que ele
estator, deve-se chegar num determina-
possa entrar em sincronismo com o cam-
do instante em que a corrente estatóri-
po girante.
ca, até então atrasada, fica em fase com
a tensão da rede significando um fator de Para essa finalidade são empregados
potência unitário. Se este procedimento dentre outros recursos, a utilização de
continuar, isto é, se a corrente de excita- um motor de corrente contínua acoplado
ção for aumentada ainda mais, a corrente ao eixo do motor síncrono e/ou a utiliza-
estatórica se adiantará em relação à ten- ção de enrolamento de compensação.
são, caracterizando a sobre-excitação do
Através da aplicação deste último mé-
motor síncrono, fazendo com que este
todo, o comportamento do motor síncro-
passe a fornecer potência reativa à rede,
no durante a partida é semelhante ao do
trabalhando com um fator de potência
motor de indução.
capacitativo.
Durante a partida do motor síncrono,
Esse é o princípio básico da correção
dotado de enrolamentos de compensa-
do fator de potência de uma instalação,
ção também conhecidos como enrola-
utilizando o motor síncrono em alterna-
mentos amortecedores, o enrolamen-
tiva a banco de capacitores (MAMEDE FI-
to de campo de corrente contínua deve
LHO, 2012).
ser curto-circuitado, enquanto se aplica
A utilização de motores síncronos a tensão da rede nos terminais do esta-
acionando determinados tipos de carga tor até levar o motor a vazio à condição
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da ponto do eixo. Esta dimensão está asso- e os polos do estator são resultados do en-
ciada ao valor H. rolamento embutido no estator conforme
o arranjo simplificado mostrado na figura,
B – é a dimensão axial da distância entre
onde cada par a/a’, b/b’, e assim por diante,
centros dos furos dos pés. A cada dimensão
contribui para a geração dos polos magnéti-
de H podem ser associadas várias dimensões
cos, como segue.
B, o que permite reconhecer motores mais
longos e mais curtos. Máquina síncrona de dois polos
A – é a dimensão entre os centros dos fu- Máquina com polo saliente
ros dos pés no sentido frontal.
O grupo a/a’, b/b’, c/c’ produz um fluxo tensão gerada pelo gerador síncrono é:
distribuído senoidalmente correspon-
dente a um dos pares de polos, enquanto
o grupo -a/-a’, -b/-b’, -c/-c’ contribui para
o outro par de polo. As conexões das bobi-
nas que compõem os enrolamentos tam-
bém são mostradas na figura acima. Note onde n é a velocidade mecânica em
que as bobinas formam um ipsilon (cha- volta por minuto. Alternativamente, se a
mado também de estrela). A distribuição velocidade for expressa em radianos por
resultante do fluxo é tal que o fluxo com- segundo, temos:
pleta dois ciclos senoidais em torno da
circunferência do entreferro. Note tam-
bém que cada braço da conexão estrela
foi dividido em duas bobinas, enroladas
em diferentes posições, conforme o dia-
grama do estator na figura do alternador
onde ωm é a velocidade mecânica de
trifásico de quatro polos. Pode-se imagi-
velocidade em radianos por segundo. O
nar então configurações análogas com
número de polos usado num gerador sín-
maior número de polos, obtidas do mes-
crono é determinado então por dois fa-
mo modo, isto é, dividindo cada braço da
tores: a frequência desejada para a gera-
conexão estrela em mais enrolamentos.
da (por exemplo, 60 Hz, se o gerador for
O arranjo mostrado na ilustração exige usado para produzir uma potência CA) e a
que outra distinção seja feita entre graus velocidade de rotação do motor primário.
mecânicos θm e graus elétricos θe. No al- Sobre esta última, existe uma diferença
ternador de quatro polos, o fluxo verá significativa, por exemplo, entre a veloci-
dois ciclos completos durante uma volta dade de rotação de um gerador com tur-
do rotor, portanto a tensão gerada nas bina a vapor e um gerador hidroelétrico,
bobinas oscilará também com o dobro da sendo a primeira muito maior.
frequência de velocidade.
Uma aplicação comum do alternador
Em geral, os graus elétricos (ou radia- pode ser vista num sistema de carga de
nos) são relacionados com os graus me- bateria, no qual, no entanto, a tensão CA
cânicos pela expressão: gerada é retificada para fornecer a cor-
rente contínua necessária para a carga
da bateria (RIZZONI, 2013).
P = dW/dt.
e) Parafusos de potência:
Quando um parafuso é girado, com a
porca mantida imóvel, ele se desloca na
direção axial, e, assim sendo, pode ser
empregado para mover cargas; o nome
dado ao parafuso, quando ele tem esta
função, é parafuso de potência. São os
casos, por exemplo, de algumas prensas
e do macaco mecânico.
REFERÊNCIAS