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AVALIAÇÃO FAMILIAR

ICBAS-UP  Medicina Geral e Familiar


I
C. Outeirinho 2018-2020
AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Família, …

… o que é?

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Família

 Visão Sociológica
 Visão Biológica
 Visão Psicológica
 Outra

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C. Outeirinho
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 Família

 Murdock (1965)
 Rogers (1973)
 Gordon (1978)
 Smilkstein (1975)
 OMS

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 Família,…

…. Sistema Social

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C. Outeirinho
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 Família,…

….sistema social em que pessoas se


agrupam por laços de sangue ou outros,
que vivem em comum e acordam entre si
estabelecer relações de modo a auto-
cuidar-se partilhando aspectos emocionais,
relacionais e económicos

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C. Outeirinho
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 Família

 Terkelsen e col. (1980)

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Processo do Adoecer

...na FAMÍLIA

… no INDIVÍDUO/PESSOA

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C. Outeirinho
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 Conhecer a Pessoa
 Conhecer a Família

 Definir estratégias terapêuticas


 Promover atitudes preventivas

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C. Outeirinho
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Conhecer a Pessoa Conhecer a Família

Métodos de Avaliação Familiar

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C. Outeirinho
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Conhecer a Pessoa Conhecer a Família

Métodos de Avaliação Familiar


A entrevista clínica continuará a ser o principal método que o
médico tem para obter informação sobre a função da família
G. Smilkstein,1984

Instrumentos de Avaliação Familiar

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Instrumentos para Avaliação Familiar

 Permitem sistematizar o conhecimento


 Permitem integrar o problema trazido pelo
doente, na família a que pertence, tendo em conta
a dinâmica familiar e a influencia recíproca entre
família e doença.
 Estabelecer um plano de cuidados
(utilizando recursos individuais, familiares e sociais, ….)

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C. Outeirinho
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Instrumentos para Avaliação Familiar -


vantagens

 Facilitam a comunicação
 Melhoram a relação técnico-utente-família
 Informam sobre o funcionamento familiar
 Aumentam a capacidade de diagnóstico, identificam
recursos individuais, familiares e sociais
 Proporcionam planos terapêuticos mais personalizados

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 Avaliação familiar, quando?

 ... conhecer a pessoa no seu contexto familiar;

 ... suspeição de disfuncionalidade familiar.

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 Critérios para avaliação familiar


(Janet Christie-Seely)

Conjunto de critérios utilizados


para a suspeição de disfuncionalidade familiar.

A sua presença não indica a disfuncionalidade em si, mas apenas


que a família deve ser alvo de uma avaliação com outros
instrumentos de avaliação familiar

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AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Critérios para avaliação familiar (Janet Christie-Seely)

 Sintomas inespecíficos
 Sobre-utilização dos Serviços de Saúde
 Muitos elementos da família na consulta
 Doença crónica
 Isolamento
 Problemas emocionais graves
 “Imitação” da doença
 Problemas do casal
 Doenças nas fases de transição do ciclo de vida
 Morte, divórcio
 Doenças relacionadas com estilos de vida
 Resistência ao tratamento

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C. Outeirinho
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Instrumentos de Avaliação Familiar

 Genograma

 Ciclo de Vida Familiar de Duvall

 Biopatografia/Linha de vida de Medalie


 Psicofigura de Mitchell

 Apgar Familiar e Ocupacional de Smilkstein

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Instrumentos de Avaliação Familiar

 Circulo Familiar de Thrower


 Eco-Mapa

 Risco Familiar de Segóvia-Dryer/R.F. de Garcia-


Gonzalez
 Dinâmica Familiar de Minuchin
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Instrumentos de Avaliação Familiar

 Escala de Readaptação Social de Holmes e Rahe


 Modelo de Olson

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 Genograma

 Método rápido de colheita e registo de


informação sobre o indivíduo e sobre a família

 Base de toda abordagem familiar

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C. Outeirinho
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 Genograma

 Deve ser realizado na primeira consulta

 ... e perante:
 D. crónica, grave, terminal
 D. de transmissão familiar; psicossomática
 D. relacionada com estilos de vida

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C. Outeirinho
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 Genograma

 Perante:
 Sintomas vagos e indefinidos
 Sobre-utilização de consultas
 Má adesão ao tratamento
 Quando há suspeita de
 Crise ou disfunção familiar

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C. Outeirinho
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 Genograma

 Registo gráfico da família


 Conter pelo menos 3 gerações
 Nomes, datas de nascimento de todos os elementos da família
 Data e causa da morte dos seus elementos
 Datas de divórcio, separação, abortos, nado-mortos e
adopção

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C. Outeirinho
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 Genograma

 Problemas biopsicosociais relevantes dos membros da família


 Indicação dos indivíduos que habitam na mesma casa
 Os descendentes ordenados da esquerda para a direita por
ordem decrescente de nascimento
 Interacção familiar
 Chave dos símbolos utilizados não estandardizados e data de
realização

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR

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C.Outeirinho 2009-2010
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Aborto Aborto
provocado Espontâneo

Gémeos dizigoticos Gémeos Monozigóticos


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C.Outeirinho 2009-2010
AVALIAÇÃO FAMILIAR

1984 1980 1960


IC + DPOC+ HTA

1991

1986

1992
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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Genograma

 Que informações fornece:

 Estrutura familiar
 Fase do Ciclo de Vida
 Repetição de padrões (morbilidade, estrutura,
funcionamento)
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C. Outeirinho
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 Genograma

 Que informações fornece:

 Acontecimentos Vitais
 Recursos Psicossociais
 Padrões Relacionais (alianças, conflitos,
triangulações)
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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Genograma

 Mais valias na sua utilização:

 Aumenta a informação
 Aumenta a capacidade de diagnóstico
 Aumenta a capacidade de prevenção

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Psicofigura de Mitchel

 Permite registar graficamente o tipo de relacionamento


/interacção entre diferentes elementos de uma família
 Une por linhas de significado determinado, os elementos do
agregado familiar
 Não faz parte do genograma
 Pode ser realizado sobreponível no genograma

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C. Outeirinho
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 Psicofigura de Mitchell

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C. Outeirinho
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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Genograma e Psicofigura

Informações sobre…
 Estrutura Familiar
 Fase do Ciclo de vida
 Repetição de Padrões:
 Morbilidade
 Estrutura
 Funcionamento

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Genograma e Psicofigura

Informações sobre …
 Acontecimentos de vida
 Recursos Psicossociais
 Padrões Relacionais:
 Alianças
 Conflitos
 Triangulações

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Genograma e Psicofigura

Vantagens em utilizar:
 amplia a informação
 aumenta a capacidade de diagnóstico
 aumenta a prevenção
 melhora a relação médico/paciente /família
 identifica recursos pessoais e familiares

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Tipos de Família

 Clássicos  Nuclear

Estrutura  Monoparental
 Alargada
 Unitária
 Recombinada

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Tipos de Família

 Outras  Díade nuclear

Dinâmica  Família Grávida


 Prole extensa
 Reconstruída
 Homossexual

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Tipos de Família
 Outras
 Dança a dois
 Família de co-habitação  Família Hospedeira
 Família comunitária  Família adoptiva
 Família consanguínea  Família com fantasma
 Família com dependente  Família acordeão
 Família flutuante  Família múltipla
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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Ciclo de vida Familiar de Duvall

 Método dinâmico de observação do


desenvolvimento da família, desde
a constituição do casal até à viuvez

Restrições: em casais s/ filhos, famílias


monoparentais e outros tipos de família

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C. Outeirinho
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 Ciclo de vida Familiar de Duvall

 Define as etapas de evolução da família

 Antecipa a identificação de factores geradores


de problemas de saúde no agregado familiar

 Aumenta a capacidade de diagnóstico

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Ciclo de vida Familiar de Duvall

 Informa sobre:
a Fase em que se encontra a família;
as Tarefas necessárias à passagem para a fase seguinte;
as Dificuldades na realização das tarefas;
as Crises na mudança de fase ou relacionadas com
Acontecimentos Vitais (naturais ou acidentais)

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Ciclo de vida Familiar de Duvall
 Quando Utilizar:
 Na primeira consulta

 Durante a entrevista familiar

 Perante: Doença crónica grave; Ansiedade/depressão;


D. psicossomáticas e somatizações; Alterações da estrutura
familiar; Repetição de padrões de comportamento;
Maus tratos

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Ciclo de vida Familiar de Duvall

 Quando Utilizar:

 Para avaliação de problemas relacionais na família


 Em famílias reconstruídas
 Em famílias a cumprir tarefas correspondentes a mais do
que uma fase do Ciclo de Vida Familiar

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Ciclo de vida Familiar de Duvall

I
II
III
VIII
IV

V
VII
VI

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Ciclo de vida Familiar de Duvall

 Estadio I - Casal sem filhos


 Estadio II - Família com filhos pequenos
 Estadio III - Família com filhos em idade pré-escolar
 Estadio IV - Família com filhos em idade escolar
 Estadio V - Família com filhos adolescentes
 Estadio VI- Família com filhos adultos jovens
 Estadio VII - Casal na meia idade (saída dos filhos de casa)
 Estadio VIII - Casal idoso (após a reforma; só um elemento do casal)

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR

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C. Outeirinho
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 Ciclo de vida Familiar de Duvall

 Movimento centrípto (I, II, III, VII, VIII)

Individualidade; Complementaridade; Intimidade;


Autonomia/dependência; Negociação

 Movimento centrifugo (IV, V, VI)


Fronteiras; Modelos educativos;
Redes; Poder; Regras

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Linha de vida de Medalie/Biopatografia

 Correlaciona cronologicamente os acontecimentos


vitais e os problemas de saúde

Consideram-se 2 linhas paralelas, uma correspondente a Biografia


outra à Patografia

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C. Outeirinho
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 Linha de vida de Medalie/Biopatografia

1984 mudança de casa

Biografia
Ulcera péptica-1984

Patografia

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Linha de vida de Medalie/Biopatografia

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Apgar Familiar de Smilkstein

 Avalia como o indivíduo sente a sua posição na


família num determinado momento da vida

 Informa sobre:
 Adaptação
 Participação
 Crescimento
 Afecto

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C. Outeirinho
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 Apgar Familiar de Smilkstein

 Informa sobre:

 Adaptação – modo como os recursos são partilhados; satisfação


pela assistência recebida

 Participação - modo como as decisões são partilhadas; satisfação


pela reciprocidade na comunicação e sol. de problemas

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Apgar Familiar de Smilkstein

 Informa sobre:

 Crescimento – modo como a maturidade é partilhada; satisfação


pela liberdade dada no que respeita à mudança de funções
até se atingir um crescimento físico e emocional.

 Afecto – modo como as experiências emocionais são partilhadas;


satisfação com a intimidade e interacção emocional que
existe na família.
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C. Outeirinho
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 Apgar Familiar de Smilkstein
Quase Algumas Quas
sempre vezes e
(2) (1) nunca
(0)

Estou satisfeito com a ajuda que recebo da minha família, sempre que
alguma coisa me preocupa.
Estou satisfeito pela forma como a minha família
discute assuntos de interesse comum e partilha comigo a solução do
problema.

Acho que a minha família concorda com o meu desejo de encetar novas
actividades ou de modificar o meu estilo de vida.
Estou satisfeito com o modo como a minha família manifesta a sua
afeição e reage aos meus sentimentos, tais como, irritação, pesar e
amor.

Estou satisfeito com o tempo que passo com a minha família.


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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Apgar Familiar de Smilkstein

O a 3 - Disfunção acentuada
4 a 6 - Moderada disfunção
7 a 10 – Altamente funcional

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Apgar Ocupacional

 Sinto-me satisfeito por poder contar com um colega de trabalho


quando alguma coisa me está a perturbar.
 Estou satisfeito pela forma como os problemas são discutidos e
partilhados com os meus colegas de trabalho.
 Estou satisfeito pelo facto dos meus colegas de trabalho
aceitarem e apoiarem as minhas novas ideias ou pensamentos.

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Apgar Ocupacional

 Estou satisfeito com o modo como os meus colegas de trabalho


respondem aos meus sentimentos, tais como, irritação, pesar ou
alegria.
 Estou satisfeito com o modo e o tempo que partilho com os meus
colegas de trabalho.
 Estou satisfeito com o modo como me relaciono com o meu
chefe.
 Estou satisfeito com as actividades que desempenho no meu
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local de trabalho. C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Apgar Ocupacional

O a 4 - Disfunção acentuada
5 a 9 - Moderada disfunção
10 a 14 – Altamente funcional

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Circulo Familiar de Thrower

 Representação gráfica do valor ou importância


que tem para um indivíduo, pessoas, objectos e
seres que lhe são próximos

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Circulo Familiar de Thrower

Pai

João
Mãe trabalho
Ana

Eu

Avó

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Circulo Familiar de Thrower

Após a execução o entrevistador deve questionar:

1 – Está contente com a representação que fez da sua família?

2 – Se não está como gostaria que fosse?

3 – A quem recorreria se precisasse de ajuda?

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C. Outeirinho
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 Risco Familiar de Garcia-Gonzalez

 Risco Familiar de Segóvia-Dreyer

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR

Famílias vulneráveis G-G


V. Famílias, nas quais um membro seja centro da
I. Famílias compostas por pais jovens e filhos atenção dos outros e que, por isso, altere as
pequenos que moram todos num quarto alugado. relações intra-familiares (deficiente mental ou físico
que não é aceite, pai alcoólico, etc.).
II. Famílias cuja dinâmica de relação esteja alterada
e em que, pelo menos, metade dos seus filhos, VI. Famílias que, pelos seus antecedentes
estejam sujeitos a insucesso escolar. familiares, estejam sujeitas a um risco mais elevado
de padecer de determinado tipo de doenças embora
III. Famílias que solicitam em excesso os cuidados essas doenças não estejam presentes na
do centro de saúde. actualidade.

IV. Famílias cujos membros, na sua totalidade ou na Resultado:


grande maioria, compartilhem um factor de risco Alto Risco ≥ 4 items presentes
comum (fumadores, obesos ou alcoólicos). Médio Risco ≥ 2 items presentes

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
Factores de risco S-D 2 Pontos
 Alcoolismo
1 Ponto  Droga
 Morbilidade crónica  Desnutrição
 Invalidez  Ausência de um dos pais
 Hospitalizações frequentes  Pais analfabetos
 Mãe analfabeta  Apgar familiar < 4
 Mãe solteira  Filho grande deficiente
 Chefe de família desempregado  Chefe de família preso
 Ausência temporária de um dos pais  Filho com carências afectivas graves
 Chefe de família com emprego temporário Total de 12 pontos
 Morte de pai ou de mãe Resultado:
Alto Risco ≥ 6 pontos
Médio Risco ≥ 3 pontos

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Escala de Readaptação Social de Holmes –


Rahe

 Permite que a partir da valorização de determinadas


situações de crise se possa avaliar as dificuldades a que
um indivíduo ou família estiveram sujeitos e determinar
a probabilidade de aquele vir a desenvolver uma doença
psicossomática.

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AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Escala de Readaptação Social de Holmes –Rahe
Nº Acontecimento Valor médio
1 Morte do Cônjuge 100
2 Divorcio 73
3 Separação conjugal 65
4 Saída da cadeia 63
5 Morte de um familiar próximo 53
6 Acidente ou doença grave 53
7 Casamento 50
8 Despedimento 47
9 Reconciliação conjugal 45
10 Reforma 45

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AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Escala de Readaptação Social de Holmes –Rahe
Nº Acontecimento Valor médio

11 Doença grave na família 44


12 Gravidez 40
13 Problemas sexuais 39
14 Aumento do agregado familiar 39
15 Readaptação profissional 39
16 Mudança de situação económica 38
17 Morte de um amigo intimo 37
18 Mudança no tipo de trabalho 36
19 Alteração n.º de discussões c/ o cônjuge 35
20 Contrair um grande empréstimo 31

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Escala de Readaptação Social de Holmes –Rahe
Nº Acontecimento Valor médio
21 Acabar de fazer um grande empréstimo 30
22 Mudança de responsabil. no trabalho 29
23 Filho que abandona o lar 29
24 Dificuldades com a família do cônjuge 29
25 Acentuado sucesso pessoal 27
26 Cônjuge que inicia /termina emprego 26
27 Inicio ou fim de escolaridade 26
28 Mudança nas condições de vida 25
29 Alteração dos hábitos pessoais 24
30 Problemas com o patrão 23
31 Mudança de condições ou hábitos de trabalho 20

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Escala de Readaptação Social de Holmes –Rahe
Nº Acontecimento Valor médio
32 Mudança de residência 20
33 Mudança de escola 19
34 Alterações nas actividades de lazer 18
35 Alteração de actividades religiosas 19
36 Alteração de actividades sociais 18
37 Contrair uma pequena divida 17
38 Mudança nos hábitos de sono 16
39 Mudança do n.º de reuniões familiares 15
40 Mudança nos hábitos alimentares 15
41 Férias 13

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Escala de Readaptação Social de Holmes-Rahe
Nº Acontecimento Valor médio
42 Natal 12
43 Pequenas transgressões à lei 11

≥ 300  80% probabilidade de adoecer


de 200 a 300  50% probabilidade de adoecer
de 150 a 200  outra

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Eco –Mapa

 Avalia o indivíduo família ou grupo no seu contexto


ambiental, permitindo uma visão rápida dos
elementos constituintes suas interacções e conexões
 Regista os elementos do meio que são relevantes
para o indivíduo ou família, analisando as suas
interligações, influências, fontes de estímulo, de
suporte ou de recursos
 Foca a dinâmica inter-relacional

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C. Outeirinho
AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Eco -Mapa

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AVALIAÇÃO FAMILIAR
 Dinâmica Familiar de Minuchin
Avalia o elo emocional e o apoio que os elementos de uma
família dão entre si

 Família funcional:
Coesa (Família ideal)
 Famílias Disfuncionais:
Família Dispersa/Desagregada
Família Emaranhada/Aglutinada

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Dinâmica Familiar de Minuchin


 Famílias Disfuncionais:

Família Dispersa/Desagregada
Ligação fraca entre os seus membros que impede a colaboração
e a comunicação dentro da família
Família Emaranhada/Aglutinada
Ligação excessiva entre os seus membros que impede a
individualização dos seus membros

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Dinâmica Familiar de Minuchin

Família Dispersa/Desagregada

Família Emaranhada/Aglutinada

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Modelo de Olson

 Abordagem familiar, na linha da terapêutica


familiar, baseado em 3 dimensões:

 coesão
 adaptabilidade
 comunicação

dentro do sistema familiar...

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Coesão:
 Ligação emocional entre os seus membros
 Grau de autonomia individual

Independência; Ligações emocionais; Alianças; Coligações;


Grau de Coesão
Familiar Partilha do espaço e do tempo; Amigos; Tomadas de decisões;
Avaliação Ocupação dos tempos livres e interesses
AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Adaptabilidade

 Capacidade do sistema familiar, perante uma situação de


stress (interno ou externo) para poder:

A estrutura do poder; As regras ralacionais;


Mudar O desempenho de papéis ; O tipo de negociação;
O sistema de feed-back
AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Comunicação

 … facilitadora nas mudanças do sistema

Famílias equilibradas Famílias extremas


AVALIAÇÃO FAMILIAR
AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Síntese

 Apgar Familiar de Smilkstein


 Círculo Familiar de Thrower
 Psicofigura de Mitchell
 Desenho infantil

Permitem conhecer a perspectiva do indivíduo


sobre a sua família

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Síntese

 Eco-Mapa
 Coop-Wonca (Escalas)
Recursos de Saúde física: Aptidão Física e Dor
Recursos interpessoais: Estado Afectivo-Emocional e Qualidade de Vida
Recursos sociais: Convívio e Vida Social; Apoio Social; Actividades do Dia-a-dia

Identificam recursos Bio-Psico-Sociais

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Síntese

 Escala de Holmes-Rahe
 Linha de Vida de Medalie
 Grandes Consumidores de Consultas
 Historia Clínica/Biografia Clínica

Facilitam a passagem do Plano Orientado para o


Indivíduo para o Plano Orientado para a Família

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

 Síntese

 Modelo de Olson
(Comunicação; coesão; adaptabilidade)

 Consulta Familiar

Permitem a Avaliação do Funcionamento da


Família e das Interacções Familiares

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AVALIAÇÃO FAMILIAR

Referências bibliográficas

1. Agostinho M, Rebelo L. Família:do conceito aos meios de avaliação. Rev Port


Clín Geral 1988;5(32):6-17.

2. Sampaio D, Dantas AM. Alguns instrumentos para avaliação da família – sua


aplicação em clínica geral e medicina familiar. Rev Port Clín Geral 1990;7(7):
263-6.

3. Medalie JH. Family Medicine:principles and applications. Baltimore:


Williams and Wilkins Co, 1978.

4. Bowen M. The Key to the Genogram.Washington: Georgetown University


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