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CRISE NA EDUCAÇÃO OU

NA ECONÔMIA?
Ingrid Cristina Costa Santos
CRISE NA EDUCAÇÃO OU NA
ECONÔMIA?
Durante a década de 80 discursos de reforma que fazem apelo à
excelência, à eficácia, à competitividade e a eficiência e a outros campos
da produtividade econômica começaram a ganhar forma. Para alguns
pensadores, esses discursos indicam a existência de uma crise no sistema
educativo.

O surgimento de relatórios propondo reformas na educação justificadas por


necessidades na economia tem levado a opinião pública a aceitar que a
causa principal da deterioração das condições econômicas e sociais é
consequência da crise na educação.
O DISCURSO CONSERVADOR DOS EUA
SOBRE EDUCAÇÃO
O discurso conservador dos EUA fortaleceu a tese que vinculava o fracasso
cotidiano do norte americano médio ao fracasso da escola pública. Todo o
discurso fortaleceu a ideia de que uma contenção de gastos nas escolas
públicas era necessário visto que o sistema público de educação não
entregava resultados satisfatórios no ponto de vista econômico. 
O SURGIMENTO DA LINGUAGEM DE
EXCELÊNCIA
Em meio ao novo cenário que se desenhava surgiu a linguagem de
excelência como marco orientador de um novo consenso em torno da
educação e como "ideologia organizativa de reforma meritocrática".
Tornando o discurso da excelência um discurso moral que culpabiliza os
indivíduos pela crise e pelo fracasso das instituições. 
A CONFLITUOSA RELAÇÃO EDUCAÇÃO
X EMPREGO
A constante insistência na relação educação x emprego, entre o que o
sistema escolar realiza e o que o mundo empresarial requer, acaba por
incutir a ideia de que o desemprego é culpa dos indivíduos que não
souberam adquirir a educação adequada ou certa, ou dos poderes públicos
que não souberam oferece-la, mas nunca das empresas.
A CRISE DE ACUMULAÇÃO 

Por fim podemos concluir que a chamada "crise de acumulação" vividas


nos países centrais e semiperiféricos, bem como questões envolvendo o
enquadramento ideológico e sócio-político em que essa crise ocorreu,
podemos considerar que, nesse período, as reformas administrativas
tenderam a obscurecer e deteriorar ainda mais os problemas educativos.

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