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Universidade Federal do Ceará - UFC

Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica - DEE

Prof. Raimundo Furtado Sampaio


1. Classificação dos Relés

2. Funções de Controle e Proteção

3. Elementos Funcionais de um Relé

4. Diagrama Funcional Simplificado


 Definição
 São dispositivos que atuam, a partir da comparação das
grandezas medidas no sistema elétrico com valores pré-definidos
no próprio relé, comandando a abertura de equipamento(s) de
disjunção ou outros dispositivo(s)
 Aplicação
 A aplicação de relés no sistema elétrico depende de um conjunto
de características específicas do sistema ou equipamento a ser
protegido, como por exemplo:
 Tamanho
 Configurações
 Condições operacionais
 Características construtivas.
 Para preencher todos os requisitos de proteção com ótima
rapidez para as diferentes configurações, condições de operações
e características construtivas do sistema elétrico de potência, foi
desenvolvido muitos tipos de relés que respondem a várias
funções de medições de grandezas elétricas do sistema.
 Quanto a tecnologia
 Eletromecânicos.
 Estáticos.
 Digitais.
 Numéricos
 Quanto a função no sistema elétrico:
 Relé de Proteção;
 Relé Auxiliares;
 Relé de Monitoração
 Relé de Controle
 Quanto ao tipo de medição:
 Relé primário
 Relé secundário.
 Quanto ao tempo de atuação:
 Instantâneo.
 Temporizados.
 Quanto a construção:
 Eletromagnético ou eletromecânico;
 Estado sólido ou estático;
 Baseado em Microprocessador
 Digital.
 Numérico ou Dispositivo Eletrônico Inteligente (IED)
 Não elétrico:
 Térmico,

 Pressão,

 Óticos, etc.

 Quanto as grandezas físicas e de atuação:


 Elétricos;

 Mecânicos;

 Térmicos;

 Óticos, etc.
 Quanto as grandezas de entrada:
 Corrente;

 Tensão;
 Tensão e corrente;
 Potência;
 Freqüência;
 Temperatura;
 Pressão;
 Velocidade, etc.
 Quanto tipo de proteção:
 relé de sobrecorrente

 relé direcional;
 relé de distância;
 relé diferencial;
 relé de sobretensão;
 relé de subtensão;
 relé de freqüência, etc.
 Quanto ao elemento ou equipamento protegido:
 Relé para proteção de linhas de transmissão

 Entrada de linha;
 Saída de linha.
 Relé para proteção de transformador;
 Relé para proteção de barramento;
 relé para proteção de banco de capacitores;
 relé para proteção de alimentadores;
 Relé para proteção de geradores
 Relé para proteção de motores
CÓDIGO ANSI FUNÇÃO DE PROTEÇÃO E CONTROLE
50/50N Sobrecorrente instantânea de fase/de neutro
51/51N Sobrecorrente temporizada de fase/de neutro
50/51NS Sobrecorrente neutro sensível
46 Desequilíbrio de corrente (condutor partido)
sobrecorrente seqüência negativa I2 ou I2/I1
64 Sobrecorrente de terra (relé de carcaça)
67/67N Direcional de fase/Direcional de neutro
32 Direcional de potência
25 Cheque sincronismo (synchrocheck)
26 Temperatura do óleo
49 Imagem térmica
71 Nível de óleo
63 Relé de pressão (de nível/fluxo/líquido/gás)
52 Disjuntor
 Normas:
 ANSI (American National Standards Institute)

 Norma IEC (International Electrotechnical Commission)


CÓDIGO ANSI FUNÇÃO DE PROTEÇÃO
87 Diferencial
21 Distância
27 Subtensão
59 Sobretensão
81 Sub ou sobrefreqüência
51G Sobrecorrente de terra;
61 Desequilíbrio de corrente.
79 Religamento
62/50BF Falha do disjuntor
30 Relé anunciador
37 Subcorrente
43 chave de transferência
47 sobretensão de sequência negativa
CÓDIGO ANSI FUNÇÃO DE PROTEÇÃO
81 sub ou sobrefreqüência
86 relé de bloqueio
90 dispositivo de regulação
94 relé de desligamento ou disparo livre
Valores
de Referência

Elemento Elemento Elemento


Elemento de de de
de Comparação Decisão Atuação
Medição

 Condições para o relé atuar:


 Valor medido maior do que a corrente ajustada no relé.
 Duração da falta ultrapassar o valor do tempo pré-definido no
relé.
 O Cálculo e ajustes dos relés envolve os conceitos de:
 TAP’s ou faixas de ajuste

 Corrente de pick-up

 Curvas

 Dial de tempo ou multiplicador de tempo

 Múltiplo

 Margem de coordenação
 TAPs:
 São as derivações da bobina do relé que permite o ajuste do relé
para diversas correntes de atuação.

RTC = 100/5 = 20
TAP = 1,5x Icarga/RTC
TAP = (1,4x100)/20 = 7A
TAP disponível no relé = 7,5

 O ajuste do TAP define a corrente de pick-up do relé.


 Se Icc < Ipick-up, o relé não fechará seu contato NA.
 Ipick-up = RTCxTAP
 Corrente de Pick-up:
 É o termo genérico designado para a menor corrente de operação
ajustada no relé que proporciona o fechamento dos seus contatos
e o comando de abertura do disjuntor.
 Ipick-up = RTCxTAP

RTC = 100/5 = 20
TAP = 1,5x Icarga/RTC
TAP = (1,4x100)/20 = 7A
TAP disponível no relé = 7,5
Ipick-up = RTCxTAP
Ipick-up = 7,5x20
Ipick-up = 150 A

 Também denominada corrente de atuação ou corrente de


acionamento ou corrente de operação.
 Múltiplo (M):
 Relação entre a corrente de curto-circuito e a corrente de
pick-up.
 O múltiplo do relé indica o quanto a corrente de curto-circuito
é maior do que sua corrente de ajuste.

Icc Icc
M 
Ipick _ up RTC * TAP

Onde:
M – Múltiplo
Ipick-up – Corrente de atuação do relé
Ip – Corrente de curto-circuito no primário.
TAP – Corrente de ajuste do relés
 Curva:
 As normas IEE 255 e BS 142 define o tempo de operação
matematicamente pela fórmula:
kx
t 
 Icc 
   1
 Ipick  up 
Esta relação corresponde ao Múltiplo

Onde:
t – tempo de operação do relé em segundos;
k – Dial ou tempo multiplicador
Icc - Corrente de curto-circuito;
Ipick-up – Corrente de atuação do relé.
 Curva:
 As constantes  e  determinam a inclinação da curva
característica do relé. Para os três tipos de relés de sobrecorrente
padrão seus valores são dados na tabela a seguir:
 DIAL de tempo ou tempo multiplicador
 O ajuste do dial ou multiplicador defini o tempo exato da
operação do relé.

Ajuste do dial de tempo


t

3
2
1

I
 Margem de Coordenação
 Ao determinar os ajustes dos relés de sobrecorrente e demais
dispositivos de proteção em série, deve-se manter uma margem de
tempo adequada entre suas curvas características a fim de se obter
uma operação coordenada.

t4

t3
t2
t1
M1 M2 M3 M4 M
 Margem de Coordenação (Δt):
 é a mínima diferença de tempo em que dois relés próximos devem ter
para garantir a coordenação.

t  t relé a mon tan te  t relé a jusante

 Ex.: Relé de tempo inverso


T
TR

R1

D1
Margem de t2
cordenação R2 R3 R4
t1 D2 D3 D4

M AL1 AL2 AL3


ma
Falta
 Coordenograma:

COORDENOGRAMA DE NEUTRO - (QXD 21P4-11B1) E (12L1


JTM)
62,52

100,00 RELIGADOR 21P4 IPK=30,40A


DISJ. GERAL 11B1 IPK= 84A
DISJ. 12L1-(JTM) *(IPKF=140A (69kV))
23,76

7,02
5,31
10,00
(100A-1,17)

8,60

1,76
T EMPO ( seg . )

1,35
3,15

1,00
1,39
(126A-0,85)

1,03

0,62

0,62
0,62

0,62
(200A-0,48)

(400A-0,22)

(1810A-0,14)

(3610A -0,14)

(4332A-0,14)
(1050A-0,14)

(2000A-0,14)
(800A-0,14)

0,10

0,01
100 1000 10000

CURTOS-CIRCUITOS MONOFÁSICOS ( A )
 Trip:
 Ponto em que o relé fecha o contato de saída na ocorrência da
manutenção do valor da corrente ou tensão de pick-up por um
período ou curva pré-determinada pelo usuário.

 Condições para o relé atuar:


• Valor medido maior do que a corrente ajustada no relé.
• Duração da falta ultrapassar o valor do tempo pré-definido no relé.
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Tópico 4: Evolução dos Relés de Proteção

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