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Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica - DEE
4. Zonas de proteção
Objetivo
Manter a integridade dos equipamentos;
Garantir a segurança de pessoal;
Assegurar a continuidade de serviço.
Definição
é um sistema ao qual estão associados todos os equipamentos
necessários para detectar, localizar, iniciar e completar a eliminação
de uma falta ou de uma condição anormal de operação de um
sistema elétrico (NBR 8769).
Proteção:
Ação automática provocada por dispositivos sensíveis a
determinadas condições anormais que ocorrem num circuito, no
sentido de evitar ou limitar danos a um sistema ou equipamento
elétrico (NBR 5460, 1992).
Equipamento de proteção:
Qualquer dos componentes necessários ao desempenho da função
completa de um sistema de proteção (NBR 8769, 1985).
Zonas de Proteção
Zona de Proteção Principal
Zona de Proteção de Retaguarda.
Local;
Remota.
D2 D1 Zona de Proteção do
B2 Barramento B2
D3
Zona de Proteção do
TR Transformador TR
BC Zona de Proteção
D9 D4 da Barra B1
B1
D5 D6 D7 D8
Zona de Proteção do
Alimentador AL4
AL1 AL2 AL3 AL4
F2
R3
R1 R2
s
F1
R4
F3
Sobreposição de zonas de proteção no SEP
O ideal para o sistema de proteção é que as zonas de proteção sejam
sobrepostas, garantido desta forma que nenhuma parte do sistema
elétrico esteja desprotegido.
Sobreposição de Zonas de Proteção na SE
D2 D1 Zona de Proteção do B2
B2
D3
Zona de Proteção do TR
TR
BC Zona de Proteção da B1
D9 D4
B1
D5 D6 D7 D8
Zona de Proteção do AL
AL1 AL2 AL3 AL4
Zona de Proteção do BC
Falta
Esquema com e sem zona sobreposta
Proteção Principal
Sistema ou parte do sistema de proteção do qual se espera a iniciativa
de operar em resposta a uma condição de falta, eliminando-a dentro
de sua zona protegida. (NBR 8769,1985).
Ocorrência
Falta no alimentador AL1 TR
Proteção principal atua eliminando a falta
R3
D3
R1 R2
D1 D2
AL1 AL2
Proteção de Retaguarda
Sistema ou parte do sistema de proteção destinado a operar como
substituto da proteção principal, quando uma falha desta, ou de
sua incapacidade de operar (NBR 8769, 1985).
Equipamento ou sistema de proteção destinado a operar quando
uma falta no sistema elétrico não é eliminada no devido tempo, por
causa de uma falha ou inabilidade da proteção principal em operar,
ou no caso de falha ou inabilidade da proteção principal em operar,
ou no caso de falha de operação de um disjuntor outro que o
disjuntor associado (NBR 5460, 1992).
Proteção de Retaguarda
TR
Zona de Proteção de Retaguarda ( backup)
D5
R4 R3 R2 R1
D4 D3 D2 D1
F P1 P2 P3
Falta
Seletividade
Ótima discriminação/coordenação.
Seletividade amperimétrica
Curto tempo de atuação e difícil aplicação.
Difícil discriminação/coordenação.
Seletividade Lógica.
Curto tempo de atuação.
Ótima discriminação/coordenação.
Unidade de proteção
Atuação independe do tempo.
SE 1
Sistema de Geração SE 2
Sistema de Transmissão Sistema de Distribuição
G TC
D D D D
C
R4 R3 LT R2 R1
t1
0 d4 d3 d2 d1 d(km)
Coordenação
A coordenação de um sistema de proteção é o relacionamento adequado
entre as características e os tempos de operação dos dispositivos de
proteção de um sistema ou parte de um sistema elétrico, ou de um
equipamento elétrico de forma a garantir a seletividade (NBR 5660, 1996).
SE 1
Sistema de Geração SE 2
Sistema de Transmissão Sistema de Distribuição
G TC
D D D D
C
R4 R3 LT R2 R1
t1
0 d4 d3 d2 d1 d(km)
Características da Seletividade - Cronométrica
A velocidade de resposta da proteção freqüentemente depende da
severidade da falta.
Retardo na atuação das proteções:
Inviabilidade técnica em algumas aplicações;
Superdimensionamento de cabos e painéis;
Maiores danos a instalação devido o maior tempo sob efeito
do curto;
Subtensão momentânea.
Seletividade Amperimétrica:
As proteções, em sucessivas zonas, são configurados para operar com
valores de corrente ajustados de acordo com a seqüência dos
equipamentos de proteção.
Características:
Necessita uma significativa impedância no sistema para o
ajuste garantir a coordenação.
Apresenta limitações quanto a sua aplicação (Icc >>).
Quanto mais próximo da fonte ocorre a falta, maior a
intensidade da corrente de curto.
Seletividade com Unidade de proteção
Unidades de proteção são sistemas de proteção que responde somente
para faltas dentro de uma zona definida.
Sua operação não envolve graduação de tempo, por esta razão sua
atuação é relativamente rápida.
A velocidade de resposta independe da severidade da falta.
Exemplos:
Proteção falta restrita a terra.
Proteção diferencial.
Teleproteção.
Unidade de proteção
Unidade de proteção
A unidade de proteção usualmente compara as grandezas elétricas nas
extremidades da zona de proteção definida pela localização dos
transformadores de corrente.
Zona não Protegida Zona Protegida Zona não Protegida
I1 I2
Elemento
Protegido
k1I1 87 k2I2
Seletividade Lógica:
Proporciona coordenação entre unidades instantâneas sujeitos ao
mesmo nível de curto-circuito.
A coordenação é obtida através do envio de sinais digitais de um relé
para o bloqueio da atuação de um outro relé.
Exemplo:
A coordenação entre a função instantânea dos relés dos
alimentadores e a função instantânea do relé associado ao
disjuntor geral da barra de média tensão.
Relés Eletromecânicos não coordenam.
Relés Microprocessados podem coordenar utilizando
seletividade lógica.
Seletividade Lógica:
Coordenação entre unidades instantâneas
TR
R1
D1
R2 R3 R4
D2 D3 D4
Falta
Rapidez ou Velocidade
Capacidade de resposta dentro do menor tempo possível, de modo a
garantir a estabilidade do sistema.
A função do sistema de proteção é isolar as faltas no sistema de
potência o mais rápido possível, de modo a garantir a estabilidade do
sistema, evitar a extensão dos danos no sistema e garantir
continuidade de fornecimento pela remoção de cada distúrbio antes
que este se espalhe e conduza a uma perda de sincronismo e
conseqüentemente ao colapso do sistema de potência.
Rapidez ou Velocidade
A rapidez da atuação da proteção:
Mantém a estabilidade do sistema;
Minimiza os danos provocados pela falta no sistema, dado que
a energia liberada é proporcional ao quadrado da corrente
vezes a duração da falta (R.I2.t).
A manutenção de condições normais de operação nas partes
não afetadas do sistema.
Velocidade – Estabilidade em regime transitório
A rapidez da atuação da proteção:
Quando a carga no sistema de potência aumenta, a defasagem
angular entre as tensões nos diferentes barramentos aumenta,
proporcionando o aumento de perda de sincronismo quando
ocorrer um distúrbio provocado por uma falta.
E1 E2
P = E1 E2 sen
X
Sendo:
X E1 - tensão na barra 1
P E2 - tensão na barra 2
X - reatância de transferência
- diferença angular entre E1 e E2
P - fluxo de potência
Velocidade - Relação entre Carregamento do Sistema e Tempo de
Eliminação das Faltas.
Faltas entre fases proporciona maior efeito no sistema e requer a
eliminação da falta mais rápida.
Velocidade - Depende da característica do sistema elétrico:
Depende da característica do sistema elétrico:
Sistemas de distribuição:
Normalmente não requer rápida eliminação da falta, sendo
usualmente protegidos por sistema de proteção com
graduação de tempo.
Plantas de geração e sistemas Extra Alta Tensão (EHV):
I cc ,min
Fs
I pick up
Confiabilidade (Segurança e Disponibilidade)
É a Probabilidade de um componente, equipamento ou sistema
funcionar corretamente quando sua atuação for requerida.
Grau de certeza de não omissão de disparo
A confiabilidade têm dois aspectos:
Disponibilidade
Segurança
Segurança
Um sistema seguro é aquele em que havendo um defeito ou
condição anormal, a proteção nunca deve realizar uma
operação falsa ou falhar.
Segurança é o grau de certeza de não haver operação
indesejada.
Ex.: Trip falso.
Rp
Rb
Disponibilidade :
É o grau de certeza de operação correta.
Probabilidade de uma função ser executada quando solicitada.
Rp Rb
Aspectos associado a confiabilidade - Operação Indesejada:
A operação incorreta ou intempestiva de um dispositivo pode ser
atribuída a uma das seguintes categorias:
Projeto incorreto.
Projeto do sistema de proteção.
Projeto do relé.
Ajuste incorreto.
Testes incorreto.
Instalação incorreta.
Degradação em serviço.
Aspectos associado a confiabilidade – Projeto do Esquema de Proteção
deve considerar:
A natureza, freqüência e duração das possíveis faltas;
Os parâmetros relevantes do sistema elétrico;
O tipo de proteção utilizada;
O projeto do próprio equipamento.
Projeto do Relé
Especificação Técnica
Análise Técnica do Relé.
Testes em fábrica
Ensaios de rotina.
Ensaios de Tipo (apresentação de ensaios).
Teste no laboratório do cliente utilizando mala de teste.
Aspectos associado a confiabilidade – ajustes dos Relés
Grupo de Ajuste dos Relés:
É essencial considerar os parâmetros do sistema primário nos
ajustes dos relés, incluindo níveis de faltas e cargas,
transformadores de instrumentos, requisitos de desempenho
dinâmicos, etc.
TC Fonte CC TP
Relé
Bobina de
Abertura
Mecanismo
do Disjuntor
Diagrama de Bloco Típico configurações de Controle
Redundância de relés
TC Fonte CC TP
Relé
Bobina de
Abertura
Mecanismo
do Disjuntor
Diagrama de Bloco Típico configurações de Controle
Redundância de relés, TC’s e TP’s:
TC TP Fonte CC TC TP
1 1 2 2
Relé Relé
1 2
Bobina de
Abertura
Mecanismo
do Disjuntor
Diagrama de Bloco Típico configurações de Controle
Redundância de relés, TC’s, TP’s e bobinas de abertura:
TC TP Fonte CC TC TP
1 1 2 2
Relé Relé
1 2
Bobina de Bobina de
Abertura Abertura
1 2
Mecanismo
do Disjuntor
Diagrama de Bloco Típico configurações de Controle
Redundância de relés, TC’s, TP’s, bobinas de abertura e fontes CC:
TC TP Fonte CC Fonte CC TC TP
1 1 2 2
Relé Relé
1 2
Bobina de Bobina de
Abertura Abertura
1 2
Mecanismo do
Disjuntor
Custo
Máxima proteção com o menor custo.
Depende das características do sistema:
Sistema de Geração.
Sistema de Transmissão.
Sistema de Distribuição.
Instalação Industrial.
Sistema aéreo ou subterrâneo.
Custo
Sistema Interligado de Alta Tensão:
A estabilidade do sistema está em risco se a falta não for
eliminada rapidamente. Neste caso, faz-se necessário investir
em sistemas para assegurar rápido e confiável comando de
abertura, para evitar a extensão dos danos.
Exemplos:
Múltiplos sistemas de proteção principal em paralelo e
possivelmente de diferentes tipos
Proteção de distância distância e unidade de proteção
(teleproteção).
Proteção de sobrecorrente de retaguarda.
Custo
Máxima proteção com o menor custo.
Conclusão:
Um sistema de proteção que satisfaça a todos os requisitos
mencionados é praticamente impossível. Porém, dentro de uma
avaliação custo/benefício deve-se buscar as melhores alternativas
para os projetos do sistema de proteção.
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