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O movimento começou a ser organizado nos As Forças Armadas realizaram três campanhas
anos de 1966 e 1967, com a chegada dos militares e operações de inteligência na região,
primeiros militantes do PCdoB à região do mobilizando cerca de 10 mil homens. No ano
Sudeste do Pará e proximidades, com o de 1972, foram feitos prisioneiros, mas, depois
objetivo de realizar projeto de “guerra popular disso, a ordem do comando militar era
prolongada”, inspirado na Revolução Chinesa. “eliminar” todos os envolvidos.
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RESUMO PROCEDIMENTAL PERANTE A CORTE
Na CIDH Na Corte
7 de agosto de 1995
26 de março de 2009
Petição
Submissão pela CIDH
6 de março de 2001
Relatório de
Admissibilidade 24 de novembro de 2010
Sentença
31 de outubro de 2008
Relatório de Mérito
Supervisão do Cumprimento
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ATORES PERANTE A CORTE
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ALEGAÇÕES DO ESTADO: EXCEÇÕES PRELIMINARES
Corte: alegou que o caráter contínuo ou permanente do desaparecimento forçado de pessoas foi
reconhecido reiteradamente pelo Direito Internacional dos Direitos Humanos, e que ele se inicia
“com a privação da liberdade da pessoa e a subsequente falta de informação sobre seu destino”, e
permanece “até quando não se conheça o paradeiro da pessoa desaparecida e os fatos não tenham
sido esclarecidos”.
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ALEGAÇÕES DO ESTADO: EXCEÇÕES PRELIMINARES
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ALEGAÇÕES DO ESTADO: EXCEÇÕES PRELIMINARES
Corte: manifestou expressamente que as ações levavam anos sem uma decisão definitiva e que essa
demora não podia ser considerada razoável. Com base nisso, negou a exceção preliminar interposta
pelo Brasil.
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ALEGAÇÕES DO ESTADO: EXCEÇÕES PRELIMINARES
Regra da 4ª Instância
Estado: o Brasil fez menção à decisão do STF em relação à ADPF que tentava derrubar a Lei de Anistia
– o Supremo declarou a ação improcedente em 29 de abril de 2010. Para a defesa brasileira, a Corte
Interamericana funcionaria como “tribunal de quarta instância” se revisasse uma decisão da mais alta
Corte brasileira.
Corte: considerou que a demanda apresentada pela CIDH não pretendia revisar a sentença do
Supremo Tribunal Federal, mas que se estabelecesse que o Estado violou determinadas obrigações
internacionais dispostas em diversos preceitos da Convenção, afirmando ainda a incompatibilidade
da lei de anistia com as obrigações internacionais do Brasil contidas na Convenção Americana.
Rejeitando a exceção.
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DIREITO RELEVANTE AO CASO
Amparados pela Lei da Anistia (Lei nº Os acordos de paz aprovados pelas Nações Unidas
6.683/1979) nenhum militar foi julgado nunca podem prometer anistias por crimes de
genocídio, de guerra, ou de lesa-humanidade, ou
pelos crimes cometidos durante a por infrações graves dos direitos humanos.
Guerrilha do Araguaia.
Os autores de violações não poderão beneficiar-se
Em virtude dessa lei, o Estado não da anistia, enquanto as vítimas não tenham obtido
justiça.
investigou, processou ou sancionou
penalmente os responsáveis pelas
O Brasil, comparado aos demais países da América
violações de direitos humanos cometidas
Latina, ainda não estabeleceu uma política de
durante o regime militar, inclusive as do direitos humanos.
presente caso.
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