Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e i
r
Di
de Direito Internacional
d e
l da
c u
Fa Prof. Eduardo Pitrez de Aguiar Corrêa
Estados
ONG`s
Indivíduos
O Caso no Sistema Interamericano - fase quase-judicial (CIDH)
Demandantes perante a CIDH
O Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM/RJ), a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos
de São Paulo (CFMDP/SP), o Centro Pela Justiça e Direito Internacional (CEJIL) e o Human Rights
Watch/Americas (HRWA) apresentaram, em 1995, petição contra o Brasil na Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) - Caso 11.552.
Fatos submetidos
Apontaram que durante as ações de repressão à Guerrilha do Araguaia, Julia Gomes Lund e outros 21 pessoas
foram assassinadas na região ao sul do Pará. Desde 1982 os familiares destas 22 pessoas tentam, em uma
ação na Justiça Federal, obter informações sobre as circunstâncias da desaparição e morte dos guerrilheiros,
bem como a recuperação dos seus corpos.
Violações apontadas
Afirmaram que os fatos narrados constituíram violações de direitos garantidos nos artigos I (direito a vida,
liberdade, segurança e integridade pessoal), XXV (direito a proteção contra a detenção arbitrária) e XXVI
(direito a um processo) da Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem; e nos arts. 4 (direito a vida),
8 (garantias judiciais), 12 (liberdade de conciência e religião), 13 (liberdade de pensamento e expressão), e 25
(proteção judicial), c/c art.1.1 (obrigação de respeitar os direitos) da Convenção Americana de Dtos Humanos.
O Caso no Sistema Interamericano - fase quase-judicial
Relatório de Mérito da CIDH: conclusão
O Caso no Sistema Interamericano - fase jurisdicional (Corte IDH)
CIDH submete caso à Corte IDH
Após o Estado não cumprir as recomendações feitas pela CIDH em seu relatório de mérito, o caso é submetido
à Corte.
Alegação
responsabilidade do Estado pela detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado de 70 pessoas, entre
membros do Partido Comunista do Brasil […] e camponeses da região, […] resultado de operações do Exército
brasileiro empreendidas entre 1972 e 1975 com o objetivo de erradicar a Guerrilha do Araguaia.
em virtude da Lei nº 6.683/79 […], o Estado não realizou uma investigação penal com a finalidade de julgar e
punir as pessoas responsáveis pelo desaparecimento forçado de 70 vítimas e a execução extrajudicial de Maria
Lúcia Petit da Silva […]; porque os recursos judiciais de natureza civil, com vistas a obter informações sobre os
fatos, não foram efetivos para assegurar aos familiares dos desaparecidos e da pessoa executada o acesso a
informação sobre a Guerrilha do Araguaia; porque as medidas legislativas e administrativas adotadas pelo
Estado restringiram indevidamente o direito de acesso à informação pelos familiares; e porque o
desaparecimento das vítimas, a execução de Maria Lúcia Petit da Silva, a impunidade dos responsáveis e a falta
de acesso à justiça, à verdade e à informação afetaram negativamente a integridade pessoal dos familiares
dos desaparecidos e da pessoa executada.
O Caso no Sistema Interamericano - fase jurisdicional (Corte IDH)
Violações
Art.1. Obrigação de respeitar os direitos
1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e
liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que
esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor,
sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem
nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e
moral.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos
ou degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito
devido à dignidade inerente ao ser humano.
2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previamente fixadas
pelas constituições políticas dos Estados Partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas.
4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e notificada, sem demora, da
acusação ou acusações formuladas contra ela.
5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade
autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser
posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias
que assegurem o seu comparecimento em juízo.
6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este
decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a
detenção forem ilegais. [...]
O Caso no Sistema Interamericano - fase jurisdicional (Corte IDH)
Violações
Art.8 Garantias judiciais
1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou
tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer
acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil,
trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove
legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias
mínimas: [...]
a. a assegurar que a autoridade competente prevista pelo sistema legal do Estado decida sobre
os direitos de toda pessoa que interpuser tal recurso;
Sentença: mérito:
pontos resolutivos
O Caso no Sistema Interamericano - fase jurisdicional (Corte IDH)
Sentença: mérito:
pontos resolutivos
O Caso no Sistema Interamericano - fase jurisdicional (Corte IDH)
Sentença: mérito:
pontos resolutivos
Seguimos na próxima aula…..
eduardo.pitrez.correa@furg.br