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SEMINÁRIO DE OLEFINAS

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO

1 2005
CICLOS DE REFRIGERAÇÃO
As plantas da Unidade de Olefinas produzem gases de diferentes
espécies. Entre eles temos os gases que são o objetivo de uma
planta de olefinas; os principais são: etileno e propileno, sendo o
propano, butadieno, metano e hidrogênio co-produtos que tem
também uma grande importância devido a sua aplicação em
diversos processos nas plantas da segunda geração de
petroquímicos.

Para conseguir separar estes produtos é necessário aumentar sua


pressão e depois resfriá-los no seu nível de temperatura e pressão
de equilíbrio para poderem ser manipulados e fracionados nas
colunas de destilação.

Por este motivo a operação destes sistemas são totalmente


vinculados à operação da Área de fracionamento criogénico, sendo
uma relação intensa de usuário e fornecedor de um produto,
(utilidade, refrigeração) entregue para o processo da Área fria,
tendo os ciclos de refrigeração uma grande importância para
garantir a operação otimizada e segura da Área de fracionamento
criogénico.
CICLOS DE REFRIGERAÇÃO

Os ciclos de refrigeração utilizados pelas Plantas são sistemas de


refrigeração por compressão, que consistem em quatro processos
termodinâmicos básicos: compressão, condensação, expansão e
evaporação, interagindo de forma cíclica e continua.

Os sistemas de refrigeração de Propileno e Etileno refrigerante


fornecem ao processo da Área Fría, 7 níveis de temperaturas de
refrigeração (+17 ºC, +3 ºC, -26 ºC, -40 ºC no C3=R) e (-54 ºC, -76
ºC, -100 ºC no C2=R) para conseguir reduzir as temperaturas dos
processos de separação na Área Fria, principalmente.
ASPECTOS TERMODINÂMICOS DOS CICLOS DE
REFRIGERAÇÃO DA UNIDADE DE OLEFINAS

A refrigeração mecânica ou ciclo termodinâmico


INVERTIDO é projetado para "bombear" calor desde
uma temperatura qualquer até outra mais alta, isto é,
reduzir a temperatura de uma substância de modo a
ficar inferior à do meio ambiente. As indústrias de
processos químicos são as que mais empregam as
vantagens da refrigeração.
Usa-se refrigeração para remover o calor produzido
nas reações químicas, para liquefação dos gases de
processo e para separação de gás por destilação e
condensação.
CICLOS DE REFRIGERAÇÃO

Os ciclos de refrigeração utilizados pelas Plantas são sistemas de


refrigeração por compressão, que consistem em quatro processos
termodinâmicos básicos: compressão, condensação, expansão e
evaporação, interagindo de forma cíclica e continua.

Os sistemas de refrigeração de Propileno e Etileno refrigerante


fornecem ao processo da Área Fría, 7 níveis de temperaturas de
refrigeração (+17 ºC, +3 ºC, -26 ºC, -40 ºC no C3=R) e (-54 ºC, -76
ºC, -100 ºC no C2=R) para conseguir reduzir as temperaturas dos
processos de separação na Área Fria, principalmente.
PRINCIPIOS BÁSICOS

A refrigeração se baseia em dois princípios básicos


conhecidos como a primeira e segunda lei da
termodinâmica. A primeira lei diz que a energia não
pode ser criada nem destruída. Se a energia
desaparece sob uma forma, reaparece em outra.
Não pode haver aparecimento de energia sob uma
forma sem que haja um decréscimo correspondente
de energia em outras formas. A segunda lei
estabelece que nenhum sistema pode receber calor
a uma dada temperatura e desprende-lo para um
sistema em temperatura mais alta sem receber
trabalho exterior. O calor flui sempre do corpo mais
quente para o mais frio.
tm MEIO(M) tm  ts Qc
Calor retirado do sistema
para o meio (M)

Calor ganho pelo sistema (S) devido


Qe a que a temperatura do meio
ambiente é maior que a temperatura
do sistema
Qg ts
Qc Qg Calor gerado dentro do
Sistema (S) sistema

Calor a ser retirado do


Qe Qt sistema (S) para variar sua
temperatura em t ºC.
COMPARANDO COM O NOSSO CASO DOS
CICLOS DE REFRIGERAÇÃO DO C3=R E C2=R
TEMOS:
Meio , M , está formado pelos produtos a serem refrigerados
pelo ETILENO ou PROPILENO refrigerante, os gases e líquidos
dos processo em geral e os sistemas que são aquecidos como a
água de refrigeração e refervedores.
A temperatura do Meio é (tm) .
Sistema , S, é o fluido refrigerante, propileno ou etileno que
está sendo empregado pelo ciclo respectivo onde o limite do
sistema são as paredes das linhas , dos vasos e as carcaças dos
compressores e permutadores
O equilíbrio térmico se consegue, em regime estacionário ou
contínuo, mantendo a temperatura, ts, do sistema constante,
retirando o calor , Qc , do sistema. Para conseguir isto, o
sistema tem que equilibrar a energia gerada pelo sistema em
forma de trabalho mecânico no compressor mais o calor, Qe ,
ganho pelo sistema, ou seja, pelo primeiro princípio da
termodinamica, deve fechar o balanço energético:
Qc = calor total retirado do sistema
Qc  Wc  Qe Wc = trabalho de compressão
Qe = calor entregue pelo sistema (transferido
pelos usuários do sistema de refrigeração)

Wc pode-se exprimir também como Qw , ou seja, energia


térmica entregue ao gás usado como refrigerante pelo
compressor, assim podemos escrever também:

Qc = calor retirado pelos condensadores


da descarga e pelos recuperadores de
calor no caso do C3=R ou pelos
condensadores da descarga no caso do
C2=R.
Qc  Qw  Qe Qw = equivalente em calor da energia
entregue pelo compressor
Qe = calor transferido ao sistema pelos
usuários do sistema de refrigeração.
(todos os resfriadores)
Exemplo de como funciona o ciclo:

Caso do topo da Fracionadora de Etileno

Identificação dos elementos do exemplo

•Sistema a ser resfriado/condensado: etileno do topo da Fracionadora

•Elemento refrigerante (ou sustância de trabalho do ciclo) que


absorverá calor do sistema: propileno refrigerante.

•Dispositivo para entregar energia ao C3R para elevar sua pressão de


condensação: Compressor de C3R.

•Meio que receberá calor retirado do ciclo: sistema de água de


refrigeração nos condensadores da descarga

•Objetivo deste processo: condensar produto de topo, etileno da


Fracionadora de Etileno, nos Condensadores de Tôpo
Como é feito este processo?

Transferindo o calor do produto (etileno) na forma de energia


térmica ( Qe ) para o fluido refrigerante (C3=R). Esta
quantidade de calor recebida pelo C3=R faz com que ele
mantenha um processo de evaporação, mudando da fase
líquida para fase vapor (neste caso troca de calor latente,
vaporizando o propileno liquido na carcaça do condensador),
processo no qual não ocorre aumento de temperatura (a
troca é feita a aprox. -38ºC ) . O que possibilita esta
transferência é a diferença de temperatura entre o sistema: ts
= -29 ºC e o refrigerante te = -38 ºC.
A quantidade de calor (Qe) recebida pelo C3=R é
transportada pela fase vapor do C3=R para a sucção
do compressor. Esta quantidade de calor (energia)
tem que ser removida do sistema de C3=R para que
ele possa completar o ciclo de refrigeração. Mas,
como poderá transferir esta energia para o meio
(Água de Refrigeração) se sua temperatura (te = -
38ºC) é menor do que a temperatura do meio (t m =
30ºC) ? Aí entra a segunda lei da termodinâmica
que diz que "nenhum sistema pode receber calor a
uma dada temperatura (C3=R a -38ºC) e desprendê-
la para um sistema com temperatura mais alta,
neste caso o sistema de água de refrigeração "AGR“
que opera com 30ºC , sem receber trabalho
exterior", este trabalho é realizado pelo compressor.
O compressor entrega energia ao gás.
O C3=R na descarga do compressor está com
uma quantidade de calor,energia , Qc, que é o
resultado da soma da quantidade de calor (energia)
retirada do sistema de etileno na forma de C3R
vapor (Qe) mais a quantidade de calor, energia (Qw)
ganha pelo trabalho executado pelo compressor.
Qc = Qe + Qw ( Wc = trabalho de compressão;
Qw = equivalência em calor do trabalho de
compressão ).
Como a temperatura do gás na descarga do
compressor é maior do que a temperatura do
sistema de água de refrigeração "AGR" a 30ºC,
haverá uma transferência de calor retirada do
sistema de C2 (etileno) para o meio, "AGR",
atingindo o objetivo do processo de refrigeração e
fechando o ciclo.
O gráfico abaixo, diagrama de Mollier do propileno, p-h,
pressão – entalpia, na figura mostra os processos físicos
  que ocorrem na compressão, condensação, expansão e
vaporização do C3R:
O gráfico a seguir mostra os processos físicos que ocorrem
na compressão, condensação, expansão e vaporização do
C3R:
S=C
S=C

T=C S=C
Líquido
(P) Sub-
  resfriado 2’ 2
[Kg/cm²a] 3
3’

Líquido 4 1
Saturado Vapor
Superaquecido

Líquido + Vapor Vapor Saturado


Saturado

(h) Kcal
 
Kg
Processos desenvolvidos e apresentados no
diagrama:

•1>2 : Compressão Politrôpica


S=C
(adiabática irreversível, sem S=C

perda de calor para o meio) T=C S=C


•1>2´: Compressão Isentrópica Líquido
(adiabática reversível, entropia (P) Sub-
  resfriado
constante caso ideal) 2’ 2
[Kg/cm²a] 3
•2>2´, 3>3´: Processo Isobárico 3’

(pressão constante)
CONDENSAÇÃO Líquido
Saturado
4 1
Vapor
•3>4 : Processo Isoentálpico Superaquecid
o
(desenvolvido sem perda de Líquido + Vapor
calor com o meio a entalpia Vapor
Saturado
Saturado

constante) EXPANSÃO NA (h)


Kcal
VALVULA DE CONTROLE  
Kg
•4>1 : Processo Isobárico e
isotérmico: VAPORIZAÇÃO
Componentes do Sistema

O esquema mais simples aplicado ao estudo de nossos sistemas de


refrigeração está descrito na figura a seguir que representa um
diagrama simplificado:

Qe M (tm)

E X C Qc
te tc
S(ts)
Wc
Devido à compressão do fluído refrigerante ( C3=R/C=2R ) é
gerada a energia útil (Wc), e sua temperatura passa de (te)
para (tc), sendo ( tc > tm ), podemos ver que o elemento (C =
condensador) cede a quantidade de calor (Qe) mais a energia
térmica (Qw) recebida pelo gás no processo de compressão, ao
meio (M) com temperatura (tm) em nosso caso a água de
refrigeração dos condensadores da descarga no sistema de
C3=R.

Pela primeira lei da termodinâmica temos que:

Qc  Qw  Qe
Onde Q w = Wc energia de
compressão (equivalente em forma de calor)
Componentes do Sistema

Uma instalação frigorífica opera do seguinte modo:


O componente (E = evaporador) com temperatura (te) menor do que
(ts), retira calor (Qe) do Sistema (S); um dispositivo (X = compressor)
por meio da sua energia útil (Wc) , eleva a pressão e temperatura do
fluído refrigerante ( propileno, etileno ) receptor do calor de
evaporação,(Qe) , do valor (te) para (tc), onde ( tc > tm ), para que
esse fluído ceda o calor (Qc) ao meio (M) , ( Condensadores da
descarga)
Devido a (te) ser menor que (ts), o componente (E), representado por
qualquer KETTLE , ganha uma quantidade de calor (Qe).

Qe
M (tm)
E Wc
C Qc
te tc
S(ts)

X
Pela primeira lei da termodinâmica temos que:

Qc  Qw  Qe
Onde Q w = Wc energia de
compressão (equivalente em forma de calor)

Pela Segunda lei da termodinâmica, temos que


aplicar trabalho (Wc) ao gás refrigerante para
conseguir receber o calor e desprendê-lo ao meio
(M).
CICLO DE REFRIGERAÇÃO
A seguir temos a aplicação do esquema de refrigeração, onde vemos
os principais componentes: E = evaporador ou Kettle , (X=
compressor) e (C = condensadores com AGR ).

VASO PULMÃO
DE DESCARGA

(E)
SUB
RECUPERADOR KETTLE RESFRIADOR
LC

4 3´

LCV
1

(x)
VASO DE
SUCÇÃO
(C)
COMPRESSOR CONDENSADORES
2 3

AGR
Vasos de Sucção: permitem a separação V/L, os vapores vão para o
compressor e o líquido para os vaporizadores (Kettle´s)

Compressor (X): compressor de propileno, cuja função é succionar os


vapores formados nos evaporadores (Kettle) e elevar a pressão a fim de
elevar a temperatura de condensação dos vapores por meio de água de
refrigeração nos condensadores.
A energia útil entregue ao sistema é Qw, ou seja, o trabalho de
compressão, Wc.

Kettle´s (E): representam todos os permutadores que evaporam o


fluido refrigerante entregando a quantidade de calor, Qe , ao sistema.
A transformação é ISOBÁRICA.

Condensadores (C) / Recuperadores: representam o meio externo ao


sistema de refrigeração e permitem retirar a quantidade de calor, Qc ,
do sistema, deixando com isso o propileno na sua temperatura de
equilíbrio no vaso pulmão da descarga. Processo Isobárico

Sub-resfriador: é um permutador que sub-resfria o propileno para


melhorar a expansão na LCV. Processo Isobárico
Nos recuperadores, o C3 entrega calor de vaporização para o processo
(etileno para clientes, reboiler´s, etc.) sub-resfriando ou condensando
o C3.

LCV: é a válvula de controle que será atuada por o controlador que


regula o nível de C3 no trocador tipo Kettle.
A função desta válvula é expandir o fluído refrigerante permitindo
assim que pelo efeito JOULE-THOMPSOM, o fluído sofra uma
queda significativa de temperatura a jusante. A transformação é
adiabática e irreversível ( ISOENTÁLPICA ).
Processo de Expansão - Efeito Joule Thompson

É por meio deste processo que se consegue os diferentes níveis de


temperaturas. O delta P existente na válvula (LCV) é o responsável
por este efeito onde, ao haver expansão do líquido, ele se resfria sem
troca de calor com o meio ambiente. Neste processo existe a
formação de fase vapor (menor quantidade) que não contribui
significativamente para a troca de calor no trocador.
Quanto maior for a fase vapor após a LV, menor será a economia
no sistema, pois além de não contribuir na troca de calor, o
compressor terá de rodar mais para comprimi-lo junto com o vapor
gerado na troca de calor latente no usuário.
Influência da variação da Pressão nos Refervedores

REBOILER DA DEMETANIZADORA DA-1301

5,6º C

FA-1504
14"
9,43 kg/cm2
16,7º C
FC

EA-1318

OR

FA-1506

10"

LC MIN
1,8º C

FA-1503
6,46 kg/cm2
2,84º C
Influência da variação da Pressão nos Refervedores
• O ponto mais importante para controle é a pressão do vapor a ser
condensado, no caso, no FA-1504 (8,43 kg/cm2g) .

• O vapor está saturado (16,7ºC) , de modo que condensa fácil ao


entrar em contato com o produto mais frio (fundo da DA-1301 a 1,6
ºC ).

• Diminuindo a pressão no FA-1504 diminui a temperatura, sendo


necessário aumentar a vazão para compensar o calor necessário.

• O selo líquido após o trocador no FA-1506 é importante para manter


a pressão de condensação na temperatura correspondente.
para manter o selo, há controle "override" por nível baixo .

• Se aumentar a pressão a jusante no FA-1503, ocorrerá uma queda na


vazão do C3=R e aumento do nível de selagem. Como o controle de
temperatura da torre está pedindo uma vazão determinada, ao
diminuir esta vazão haverá uma maior abertura da FCV para voltar
a mesma vazão pedida pelo controle de temperatura/calor.
Influência da Variação da Pressão num Trocador
Kettle

Compressor
Compressor

FA-1502 FA-1503

1,65 kg/cm2g
-24,54º C
VF: 100%

EA-1448

LC

1,65 kg/cm2g 5,44 kg/cm2g


FA-1401 -24,54º C 2,7º C
VF: 15,8% 78,74 t/h
Influência da Variação da Pressão num Trocador
Kettle

O efeito Joule-Thompson (expansão) é função do delta P e não da


abertura da LCV.
Exemplo: se com um delta P = 10 Kg/cm² na LCV e com uma
abertura de 30%, temos 80% fase líquida e 20% fase vapor; caso
esta abertura mudasse para 50% devido variação do processo, porem
mantendo o dela P = 10 Kg/cm² continuaríamos com 80% de fase
líquida e 20% de fase vapor após a expansão na LCV .

Se aumentarmos a pressão no FA-1502 ( delta P baixo )


a) aumenta a temperatura do refrigerante após a LCV
b) aumenta o nível de refrigerante no trocador .
c) a quantidade total de vapor para o FA-1502 diminui.
d) maior dificuldade na refrigeração do usuário.
Influência da Variação da Pressão num Trocador
Kettle

Se diminuirmos a pressão no FA-1503 ( delta P baixo )


a) Diminui a temperatura do refrigerante antes da LCV .
b) diminui a fase vapor na expansão na LCV .
c) diminui o total de vapor para o FA-1502.
d) aumenta abertura da LCV.

Se diminuirmos a pressão no FA-1502 ( delta P alto )


a) diminui a temperatura do refrigerante após a LCV .
b) diminui o nível necessário dentro do trocador .
c) melhora a eficiência do trocador, facilitando o resfriamento do
usuário .
d) a quantidade total de vapor para o FA-1502 aumenta devido a
expansão.
e) diminui a abertura da LCV .
Expansão de Líquido Saturado

Kg/cm²a

A
P1

(V2) VAPOR GERADO


V1+V2 PELA TROCA DE A1
CALOR LATENTE
B
P2

EA´s1408
LC

(V1) GERADO
NA EXPANSÃO 100% Fase Líquida
+ LIQUIDO (L) LIQUIDO
(P1)
Fase Vapor
(P2)
(h) Btu/lbm
B A
Expansão de Líquido Saturado

EXEMPLO: EA-1408
1) C3=R no ponto A= 1,47 Kg/cm²g e -26,4° C ( FA-1502 )
Liquido saturado.
2) C3=R do ponto A=>B = expansão na LCV ( efeito Joule-
Thompson )
3) C3=R no ponto B= 0,44 Kg/cm² g e -40°C ( FA-1501)
4) Conforme o gráfico, na expansão houve formação de
pequena quantidade de C3=R fase vapor, que não tem
impacto na troca de calor com o usuário; a fase líquida após a
LV é a que aporta a maior liberação de calor para conseguir o
resfriamento do usuário.
5) O mesmo processo no próximo gráfico, com Líquido
Subresfriado, mostra a vantagem do sub-resfriamento, pois a
fase vapor após a expansão é menor.
EXPANSÃO DO LÍQUIDO SUBRESFRIADO

Kg/cm²a C3R EA-1452

(V2) VAPOR GERADO


V1+V2 PELA TROCA DE
CALOR LATENTE
A
P1

Expansão
B
EA-1602
LC
na LV
L
A1
P2
(V1) GERADO
NA EXPANSÃO 100%
+ LIQUIDO (L) LIQUIDO
(P2) (P1)

B A Fase Líquida
Kcal
(h)
Fase Vapor Kg
Expansão de Líquido Subresfriado

EXEMPLO: EA-1602
1) C3=R no ponto A= 15,82 Kg/cm²g e 33° C. Liquido
subresfriado
2) C3=R do ponto A=>B = expansão na LCV ( efeito Joule-
Thompson ) 8,89 Kg/cm²g, 18,27 º C e 11% de vapor.
3) C3=R no ponto B= 8,89 Kg/cm² g, 18,27°C e 100%
vapor.
4) Conforme o gráfico, na expansão houve formação de
pequena quantidade de C3=R fase vapor, que não tem
impacto na troca de calor com o usuário; a fase líquida após a
LV é a que aporta a maior liberação de calor para conseguir o
resfriamento do usuário.
5) Neste processo, com Líquido Subresfriado, mostra a
vantagem do sub-resfriamento, pois a fase vapor após a
expansão é menor. Portanto V1+V2 gerado e que vai para o
compressor é menor caso o líquido for saturado.
PONTOS QUE ORIGINAM SOBRECARGA O RECIRCULAÇÃO
DESNECESSÁRIA NOS CICLO DE PROPILENO E ETILENO.

Serpentina ou spray dos vasos de sucção do 1º estágio, ainda que


resfriam a descarga quando há liquido no vaso de sucção, caso fique
aberta desnecessariamente gera um reciclo desnecessário o que origina
uma sobrecarga adicional no compressor.

Trabalhar com margens de surge muito conservativas, origina a


abertura desnecessária dos mini flow´s o que origina uma sobre
carga adicional no compressor.

Operar colunas de destilação, que usam nos seus condensadores C3R


ou C2R, com excesso de refluxo ou excesso de calor, provoca uma
demanda adicional e desnecessária para os ciclos de refrigeração.

Operar com pressão de descarga alta, demanda mais do compressor,


por isto é conveniente operar com a máxima condensação (todos os
condensadores operando)

O alto envio de etileno para tanque sobrecarrega os ciclos de C3R e


C2R, gasta-se 105,5 kw/h para cada tonelada de etileno que vai para
armazenamento.
PONTOS QUE ORIGINAM SOBRECARGA O RECIRCULAÇÃO
DESNECESSÁRIA NOS CICLO DE PROPILENO E ETILENO.

Operar com pressão de sucção muito baixa, sem necessidade, aumenta o


head do compressor, demandando maior potência e maior consumo de
vapor nas turbinas.

Problemas de passagem por defeito nas válvulas mini flow ou de


quench, aumentam as recirculações desnecessárias.
TERMODINÂMICA DA COMPRESSÃO EM UM
COMPRESSOR CENTRIFUGO.

A compressão de um gás em um compressor centrifugo sem


resfriamento interno, é um processo aproximadamente adiabático.
Se é desconsiderado o ganho de calor pelo fluido devido às
perdas internas, como atrito e choques. A compressão do gás
constitui um processo ideal , adiabático e reversível, e portanto
isentrópico
Obedecendo à equação e supondo gás ideal:
T 2’
P2
2

2”
P1
pv  cte.
1

S
TERMODINÂMICA DA COMPRESSÃO EM UM
COMPRESSOR CENTRIFUGO.
Contudo as perdas acontecem, e a transformação sofrida pelo gás é
sensivelmente irreversível, diferente de uma isentrópica. Para
simplificar o tratamento teórico do problema, se supõe que o gás
sofre uma transformação reversível com ganho de calor do meio do
tipo politropica e a equação que representa este processo é:

n
p  v  cte.
onde n > k e é constante ao longo da transformação. Pode-se
observar no diagrama TxS, o ganho de calor pelo gás devido às
perdas internas causa um aumento na entalpia do gás e portanto da
temperatura. Em um compressor centrifugo resfriado, a
transformação se faz com perda de calor para o meio, e portanto a
entalpia do gás é menor.
TERMODINÂMICA DA COMPRESSÃO EM UM
COMPRESSOR CENTRIFUGO.

Este processo pode ser aproximado por uma politropica , onde 1 < n < k
e é constante ao longo da transformação.

n
p  v  cte.
EFICIÊNCIA DE COMPRESSÃO.

O trabalho cedido a uma unidade de peso de fluido


durante o processo de compressão é na realidade
maior que aquele calculado em um processo
reversível. Para relacionar o head necessário em
um processo reversível e um processo real é
definida uma eficiência de compressão.

A eficiência politropica de compressão, ηp é


definida como:

Hp w N → potencia realmente empregada na


p  compressão
N w → vazão mássica de gás.
EFICIÊNCIA DE COMPRESSÃO.

A eficiência isentrópica de compressão, ηs é definida como:

N → potencia realmente empregada


na compressão
Hs  w
s  w → vazão mássica de gás.
N
EFICIÊNCIA DE COMPRESSÃO.

A definição de uma eficiência de compressão apresenta duas finalidades


praticas:

1ª: Mediante o conhecimento de uma dessas eficiências, é


fácil determinar por calculo qual a potencia a ser empregada
na compressão, pois:

w H p w HS
N  
p S

2ª : A eficiência permite verificar qual é o grau de perfeição


com que o compressor executa o processo.
EFICIÊNCIA DE COMPRESSÃO.

A eficiência politropica é o critério mais verdadeiro para avaliar a


perfeição com que um impelidor efetua a cessão de energia ao fluido,
pois ela compara a energia que foi cedida ao fluido (head teórico
dinâmico menos slip). (1)
Já a eficiência isentrópica de compressão considera um processo
reversível entre o estado na sucção e um estado na descarga com o gás
à mesma entropia que na sucção, estado esse que não é real. A
eficiência isentrópica de compressão não leva em conta o fato de que o
gás, recebendo trabalho do impelidor, atingiu uma entalpia mais alta
(supondo processo adiabático, ponto 2’ na fig. 5, do que um processo
isentrópico e portanto seria necessário um maior head que o
isentrópico para atingir aquele estado (ponto 2’), mesmo em um
processo reversível.
Assim a eficiência politropica constitui a eficiência hidráulica do
impelidor, independendo, a menos de condições incomuns, do gás
sendo comprimido ou das condições de serviço. Ela será apenas função
da vazão em volume na sucção para uma determinada rotação.
As curvas head e eficiência v/s vazão fornecidas pelos
fabricantes se referem, portanto aos valores dessas grandezas para o
processo politropico de compressão.

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