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TOXICOLOGIA

Nestor Nurdan Soares


• A toxicologia analisa os efeitos das diversas
substâncias químicas sobre os organismos
vivos, seja humano, animal ou ambiente,
observando seus danos e benefícios a curto e
longo prazo. O seu objetivo principal é evitar
que efeitos nocivos das sustâncias que
utilizamos possam afetar a nossa saúde ou o
meio ambiente.
Toxicologia forense é o uso de
toxicologia e disciplinas como
química analítica, farmacologia e
química clínica para auxiliar na
investigação médica ou legal de
morte, envenenamento e uso de
drogas. 
CONCEITOS GERAIS:

 DROGA: Toda substância ou produto que administrado ao organismo vivo, produz

modificações em uma ou mais de suas funções.

 PSICOTRÓPICOS: Substâncias ou produtos que têm afinidade pela mente. Uma

vez ingerido, produz alterações no psiquismo e sistema nervoso central.

 NARCÓTICOS: Substâncias analgésicas e hipnóticas.

 ENTORPECENTES: Drogas que provocam dependência.

 TÓXICOS: Drogas de abuso, natural ou sintética, capaz de causar tolerância,

dependência ou crise de abstinência.


 DEPENDÊNCIA: Estado psíquico de sujeição, quando a droga se torna tão

importante para as ações, emoções e pensamentos, que fica extremamente difícil parar

de usá-la ou mesmo pensar nela.

 TOLERÂNCIA: Capacidade do organismo de adaptar-se a determinada droga,

necessitando quantidades crescentes para obtenção dos mesmos efeitos. “Overdose”.

 ABSTINÊNCIA: Sofrimento do organismo pela falta repentina da droga. Pode ser

psíquica ou física.
 PSICOLÉPTICOS: Substâncias depressoras do sistema nervoso central.

Exemplos: barbituricos, diazepinicos, opiaceos, etc.

 PSICOANALÉPTICOS: Estimulantes do sistema nervoso central. Exemplos:

Anfetaminas, cocaína, etc.

 PSICODISLÉPTICOS: Drogas perturbadoras do sistema nervoso central,

causando alucinações visuais e auditivas. Exemplos: Maconha, LSD, Mescalina,

etc.
Conceitos básicos de
toxicologia
 Substância perigosa  Biotransformação
 Eliminação
 Risco  Biodisponibilidade
 Toxicidade  Distribuição
 Dose  Acumulação
 Exposição  Biotransformação
 Absorção  Eliminação
 Biodisponibilidade  Efeitos nocivos
 Distribuição  DL50
 Acumulação
TOXICOMANIA
 O termo toxicomania deriva de duas palavras gregas: Toxikon
(veneno) e mania (loucura).

 Portanto pode-se definir toxicomania como sendo a mania de


consumir uma ou mais substâncias químicas e tóxicas.

 Em um sentido mais abrangente podemos definir a toxicomania


como um distúrbio do qual o indivíduo sente uma vontade
avassaladora de consumir drogas (cocaína, êxtase, anfetamina,
etc.) e outras substâncias químicas como o álcool e o cigarro,
tornando-se dependente químico, uma vez que precisa de doses
progressivamente maiores para suprir suas necessidades.
PRINCIPAIS CAUSAS DO USO
Adaptar-se

Escapar ou relaxar

Aliviar o tédio

Parecer adulto

Rebelar-se

Experimentar
MACONHA (Canabis sativa)

 Nativa das regiões equatoriais e temperadas, é a droga mais


consumida no mundo inteiro.
 Origem vegetal, cor verde-cinzenta, variando para marrom
esverdeado.
 Nomes populares: liamba, diamba, fumo, erva, marijuana, etc.
 Elemento Ativo: delta-9-THC (tetrahidrocanabinol).
 Não causa dependência ,tolerância ou crise de abstinência, mas
geralmente leva o viciado a associar outro tipo de droga.
 Sintomas: prostração, variando por agitação e agressividade, efeito de
2-8hs
HAXIXE

 Granular ou sólido, em forma de pequenos pedaços ou


bolinhas, de cor clara ou marrom escuro.

 Derivado da maconha, é 8 a 10 vezes mais forte.

 Retirado da resina seca das folhas esmagadas da maconha e


comercializado na forma de tabletes sólidos.

 Normalmente o haxixe se fuma ou se come.


ÓPIO E DERIVADOS
(MORFINA, CODEÍNA, HEROÍNA)

 ÓPIO (Papaver sonníferum)


 Origem vegetal, conhecido popularmente como papoula.
 Cultivo:Índia, Turquia, Afeganistão, China, México e Colômbia.
 Aparece em forma de naco marrom-escuro, também em pó, sendo comido ou
fumado.
 Fase de excitação geral inicial , posterior depressão ,angustia, depauperação .

 MORFINA
 Pode viciar na primeira dose.
 Droga efetiva contra a dor.
 Profissões de risco: médicos, farmacêuticos, enfermeiros
 Dose progressiva
 Sintomas : iniciais- euforia,extrovertido, alegre...posteriormente-
emagrecimento,palidez,calvície, envelhecimento, geralmente morre devido
infecções oportunisticas.

 HEROÍNA
 Poderoso analgésico produzido pela modificação química da morfina.
 Pó cristalino branco, de sabor amargo, solúvel em água.
 Usado em injeções subcutânea, intramuscular ou intravenosa.
EVOLUÇÃO DO MORFINOMANÍACO OU
COCAINOMANÍACO:

1º) Período de iniciação ou de euforia “lua - de- mel”.

2º) Período de hesitação ou intermitência

3º) Período de hábito impulsivo ou morfinomaníaco

4º) Período de decadência ou caquexia morfínica.


COCAÍNA (Eritroxylon Coca Lank)

 Alcalóide estimulante extraído da folha da coca ( arbusto sul


americano).

 Aspirado e rapidamente absorvido pela mucosa nasal.

 Sinais: contraste entre decadência física e um humor imoderado e


injustificável.

 Olhos do viciado são fundos,pupilas dilatadas,tremores,tiques


nervosos e excitações repentinas.
INTOXICAÇÃO POR COCAÍNA

 Psíquicos: agitação motora, ansiedade,confusão mental e loquacidade.

 Neurológicos: afasia,paralisias,tremores e convulsões.

 Circulatórios: taquicardia, aumento da pressão e dor precordial

 Respiratórios; polipneia e sincope respiratória.


CRACK

 Efeitos semelhante a cocaína, com poder maior de viciar.

 Constituído da pasta base da cocaína,subproduto, menor


valor em relação a cocaína .

 Clinica: dilatação das pupilas,irritabilidade,delírios e


alucinações.
MERLA

 Derivado do crack, obtida da pasta da coca , laboratórios improvisados

 Consistência pastosa,tonalidade ocre (amarelo-marrom claro)

 Usada misturada ao fumo

 Efeitos duram cerca de 15 min, inicia com leveza e bem estar seguida
de nervosismo e mal estar.

 Poder destrutivo maior que o crack.


LSD 25

 É a di-etilamida do ácido lisérgico ou lisergamida.

 Alucinógeno semi sintético extraído do centeio, provoca delírios,

percepção deformada de sons, imagens e do tato.

 Efeito “flashback”

 Consumido em tabletes de açúcar ou em pedaços de cartolina

manchado pela droga.

 Nomes populares: ácido, docinho, selo, microponto, etc.

 DROGA DE MAIOR PODER ALUCINÓGENO CONHECIDO.


REAÇÕES DO LSD

 Megalomaníaca, todo poderoso, ex.: poder de voar.

 Depressão profunda, angustia e solidão

 Paranóia – suicídio ou homicídio.

 Confusão mental: ilusões, alucinações , idéias irracionais,


intoxicação pode durar meses.
ECSTASY ou MDMA

 Inicialmente produzido como moderador do apetite.

 Produz alucinações e excitação.

 Uso relativamente freqüente no Brasil.

 Apresenta-se em pastilhas e compridos.

 Nomes populares: speed, ice, meta, cristal, E, X e XTC.


BARBITÚRICOS

 Medicamentos de uso clinico, também usados de maneira indevida.

 Anticonvulsivantes: fenobarbital

 Morte por parada respiratória.

 Cibalena, veramon, optalidon, fiorinal, etc.

 Tremores,disartria, distúrbios da marcha,sonolência, bradipsiquia.

 Retirada repentina pode trazer convulsões e o excesso pode matar.


ANFETAMINAS (BOLINHAS)

 Causa: insônia, inapetência, “ligada”.

 Motorista: “rebite”, “bolinha”.

 Pervitin

 Via oral ou injetável.

 Inicia-se com inquietação psicomotora, incapacidade de atenção,perda


da consciência e delírios.

 Droga mais usada no Brasil.


COGUMELO

 Alucinações , sons e imagens.

 Uso acentuado pode levar reações intestinais, posterior lesões

hepáticas e renais.

 Quadros graves apresentam sintomas de agitação, delírios , euforia

paradoxal,convulsões e coma.
INALANTES OU SOLVENTES

 Esmaltes, colas, tintas, thinners, vernizes, etc.

 “Cherinho” ou “loló”

 “Lança-perfume”

 Causa estimulação inicial, seguido de depressão, podendo

chegar a alucinação

 Base do produto: clorofórmio


OXI, UMA DROGA AINDA PIOR
 O oxi – uma pedra tóxica feita com cal, gasolina e pasta de cocaína – se espalha pelo
país e assusta as autoridades mais que o crack
Lei nº. 11.343, de 23 de agosto de 2006.

Capítulo III – Dos Crimes e das Penas

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver um depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,

drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes

penas:

I- advertência sobre os efeitos das drogas;

II- prestação de serviços à comunidade;

III- medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas

destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou

psíquica.

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