Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Resolução Exercícios MCC-02

Prof. Dr. Genésio José Menon

Haroldo Marinho dos Reis

 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Exercício 5.7

Ar entra num tubo liso a 300K e escoa com uma

velocidade média de 5m/s. O tubo e liso e tem diâmetro de
10cm, comprimento de 30cm, com a parede mantida a uma
temperatura uniforme de 450K. Admitindo que a temperatura
média do ar é 400K e o escoamento seja desenvolvido
térmica e hidrodinamicamente, pede-se para determinar:

a)A perda de carga , N/m²

b)A temperatura de saída do ar , K
c)A taxa de transferência de calor recebido pelo ar, W
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica
Dados

Te = temperatura de entrada
Um = velocidade média
D = diâmetro
Tw = temperatura da parede
Tm = temperatura média ar
Tw= 450 K

D=0,1m
Te = 300 K Ts = ? K
Um = 5 m/s

L = 30m
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Propriedades físicas do ar na temperatura média

Tm= 400 K (conforme Tabela B1 do Anexo B)

Massa especifica  ρ= 0,8826 kg/m³

Viscosidade dinâmica  μ= 2,286.10-3 kg/m.s
Capacidade calorífica  Cp= 1014 J/kg.ºC
Viscosidade cinemática  v= 25,90.10-6 m²/s
Condutividade térmica  k= 0,03365 W/ m.K
Número de Prandt  Pr= 0,689
Difusibilidade térmica  α= 0,3760.104 m²/s
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

A perda de carga pode ser calculada pela Equação 1

dada por:
2
L  U m
P  P1  P2  f   Eq. 1
Dh 2

Onde: f = fator de atrito

Porém, primeiramente, devemos verificar o
comportamento do escoamento para a determinação da
perda de carga através do cálculo do número de Reynolds.
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

Para o cálculo do número de Reynolds (Re) utilizamos a

Equação 2:

U m  Dh U m  D Eq. 2
Re  
 
5  0,10

25,90  10 6

Re  19305,02 Portanto, o escoamento turbulento.

 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

 Para escoamento turbulento em tubo liso, a determinação

do fator de atrito é dada pela Equação 3:

f  1,82  log(Re)  1,64

2 Eq. 3

 1,82  log(19305,02)  1,64

2

f  0,0263
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

Portanto, a perda de carga calculada pela Equação 1

será de:
2
L  U m
P  P1  P2  f  
Dh 2
30 0,8826  (5)²
0,026354  
0,1 2
N
P  87,22
m²
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Temperatura de saída do ar

A temperatura de saída do ar pode ser calcula pela

Equação 4 representada como:

T T
T T  w e Eq. 4
s w exp( )

Onde α é calculado pela Equação 5 , descrita abaixo

4L Nu
  Eq. 5
Dh Re Pr
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Temperatura de saída do ar

Para a obtenção do valor de α devemos calcular o

número de Nusselt que para escoamento turbulento no
interior de tubo liso e descrito pela equação de Dittus-Boeter
representada na Equação 6.
0 ,8 n
Nu  0,023  Re  Pr Eq. 6

Onde n = 0,4 devido o fluido estar aquecido

0, 4
 0,023  (19305,02)  0,689 0,8

Nu  53,15
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Temperatura de saída do ar

Portanto , obtemos o valor de α, utilizando a Equação 5.

4L Nu 4.30 53,15
     4,7956
Dh Re Pr 0,1 19305,02  0,689

A temperatura de saída do ar calculada pela Equação 4 será

de:
450  300
Ts  450 
exp( 4,7956)
Ts  448,76 K
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

c) Taxa de transferência de calor recebido pelo ar

A taxa de transferência de calor é dada pela Equação 7.

Q  h  ( P  L)  Tm  ( A´U m )C p (Ts  Te ) Eq. 7

  D2
 (   U m )  C p  (Ts  Te )
4
2
π  0,1
 (0,8826   5) 1014  (448,76  300)
4
Q  5228,148 W
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Exercício 5.8

Óleo entra num tubo liso à 20ºC e escoa com uma

velocidade média de 2m/s. O tubo é liso e tem diâmetro de
10cm, comprimento de 30cm e com a parede mantida a uma
temperatura uniforme de 60ºC. Admitindo que a temperatura
média do óleo é 40ºC e o escoamento seja desenvolvido
térmica e hidrodinamicamente, pede-se para determinar:

a)A perda de carga , N/m²

b)A temperatura de saída do óleo , K
c)A taxa de transferência de calor recebido pelo ar, W
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica
Dados

Te =Temperatura de entrada
Um = Velocidade média
D = Diâmetro
Tw= temperatura da parede
Tm = temperatura média ar
Tw= 60ºC

D=0,1m
Te = 20ºC Ts = ? K
Um = 2 m/s

L = 30m
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Propriedades físicas do óleo na temperatura média

Tm= 40ºC (conforme Tabela B2 do Anexo B)

Massa especifica  ρ=876,05 kg/m³

Capacidade calorífica  Cp= 1964 J/kg.ºC
Viscosidade cinemática  v=24.10-5 m²/s
Condutividade térmica  k= 0,144 W/ m.K
Número de Prandt  Pr=2,870
Difusibilidade térmica  α= 0,834 m²/s
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

A perda de carga pode ser calculada pela Equação 1

dada por:
2
L  .U m
P  P1  P2  f . . Eq. 1
Dh 2
Onde: f = fator de atrito
Porém, primeiramente, devemos verificar o
comportamento do escoamento para a determinação da
perda de carga através do cálculo do número de Reynolds.
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

Para o cálculo do número de Reynolds (Re) utilizamos a

Equação 2:

U m  Dh U m  D Eq. 2
Re  
 
2  0,10

24  10 5

Re  833,33
Portanto, escoamento laminar.
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

 Para escoamento laminar em tubo liso, a determinação do

fator de atrito é dada pela Equação 3:

64 64 Eq. 3
f  
Re 833,33

f  0,0768
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Cálculo da perda de carga

Portanto, a perda de carga calculada pela Equação 1

será de:
2
L  U m
P  P1  P2  f  
Dh 2
30 876,05  (2)²
0,0768  
0,1 2
N
P  40368,384
m²
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Temperatura de saída do ar

A temperatura de saída do óleo pode ser calcula pela

Equação 4 representada como:
T T
T T  w e Eq. 4
s w exp( )
Onde α é calculado pela Equação 5 , descrita abaixo

4L Nu
  Eq. 5
Dh Re Pr

Sendo que o valor de Nu=3,657 , retirado da Tabela 7.1

 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Temperatura de saída do ar

Para a obtenção do valor de α devemos calcular o número

de Nusselt que para escoamento turbulento no interior de
tubo liso e descrito pela equação de Dittus-Boeter
representada na Equação 6.
0 ,8 n
Nu  0,023  Re  Pr Eq. 6

Onde n = 0,4 devido o fluido estar aquecido

0, 4
0,023  (19305,02)  0,689 0,8

Nu  53,1559
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Temperatura de saída do ar

Portanto , o valor de α, utilizando a Equação 5.

4L Nu 4.30 3,657
     1,835
Dh Re Pr 0,1 833,33  2,870
A temperatura de saída do ar calculada pela Equação 4 será
de:

60  20
Ts  60 
exp(1,835)
Ts  53,61º C
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

c) Taxa de transferência de calor recebido pelo ar

A taxa de transferência de calor recebida pelo óleo pode

ser calculada pela Equação 7.
Q  h( PL)Tm  ( A´U m )C p (Ts  Te ) Eq. 7
2
D
 ( U m )C p (Ts  Te )
4
2
π  0,1
 (876,05   2)  1964  (53,61  20)
4
Q  908361,6W
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Exercício 5.12 – Convecção Natural

Uma placa vertical de altura 0,3m e largura 1m é

mantida na temperatura Tw=124ºC. O ar ambiente está em
repouso na temperatura T∞=30ºC. Pede-se determinar:

a)O coeficiente de convecção , W/m² ºC

b)A taxa de transferência de calor recebido pelo ar nos dois
lados da placa, W
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Dados

Altura da placa= L
Largura da placa = w
Temperatura da parede = Tw
Temperatura do ar = T∞
Coeficiente de convecção= h
Taxa de transferência de calor = Q

Tw= 124°C
L = 0,3m
T∞ = 30°C

w=0,1m
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Resolução

As propriedades físicas do ar devem ser obtidas na

temperatura média (Tf ) calculada pela Equação 8.

Tw  T
Tf  Eq. 8
2
124  30

2

T f  77C
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

Resolução

As propriedades físicas do ar na temperatura média Tf =77°C

foram coletadas da Tabela B1 no Anexo B da apostila.

Massa especifica  ρ=0,9980 kg/m³

Capacidade calorífica  Cp= 1009 J/kg.ºC
Viscosidade cinemática  v=20,76.10-6 m²/s
Condutividade térmica  k= 3.10-2 W/ m.K
Número de Prandt  Pr=0,697
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Coeficiente de convecção , W/m°C

O coeficiente de convecção (h) pode ser calculado

pela Equação 9 onde:

Nu  k Eq. 9
h
L
A expressão para o cálculo do Nu varia conforme o
tipo de escoamento ocorrido na placa .
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Coeficiente de convecção , W/m°C

 A determinação do tipo de escoamento sobre a placa é dado

através do cálculo do número de Rayleigh pela Equação 10.

Ra  Gr  Pr Eq. 10

Sendo Gr= número de Grashof , calculado pela Equação 11.

g    (Tw  T )  L3 1
Gr  
v2 Eq. 11, onde Tf éo

coeficiente de expansão volumétrica para os gases com Tf

em Kelvin
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Coeficiente de convecção , W/m°C

Portanto, Gr, calculado pela Equação 11 será :

3
g    (Tw  T )  L
Gr  2
v
1 3
9,81  (124  30)  0,3
 350
(20,76 10 6 ) 2

8
Gr  1,65 10
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Coeficiente de convecção , W/m°C

O número de Rayleigh calculado pela Equação 9 é

Ra  Gr  Pr
8
 1,65 10  0,697
Ra  1,15 108

Como Ra<109 , o escoamento é laminar

 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Coeficiente de convecção , W/m°C

Como o escoamento é laminar, o número de Nusselt é dado

pela Equação 12 onde:
14
Nu  0,59  Ra Eq. 12
8
 0,59 1,15.10
Nu  61,10
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

a) Coeficiente de convecção , W/m°C

Portanto, o coeficiente de convecção , calculado pela

Equação 9 será:

Nu  k
h
L
2
3.10  61,10

0,3
h  6 ,11 W/m²C
 Universidade Federal de Itajubá – Instituto de Engenharia Mecânica

b) Taxa de transferência de calor recebido pelo ar nos dois

lados da placa , W.

A Equação 13, representa a taxa de transferência de calor

Q  h  [2  ( L  W )]  (Tw  T )
 6,1165  [2  (0,3 1)]  (124  30)

Q  344,97 W