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Sistemas Térmercos

Geradores de Vapor:
Superaquecedores e Economizadores
CONTEÚDO
Superaquecedores
Economizadores
Aquecedores de Ar
Dispositivos de Controle e Segurança
Tiragem
SUPERAQUECEDORES
Definição
- São feixes tubulares determinados a elevar a temperatura do vapor
proveniente do tambor da caldeira.
- São localizados de modo a melhor aproveitar o calor disponível nos
gases de combustão.
- A temperatura requerida para o vapor é fator determinante para
localização do superaquecedor.
- Para temperaturas mais altas do vapor é conveniente que sejam
instalados o mais perto possível da câmara de combustão.
SUPERAQUECEDORES
Classificação
- De acordo a sua localização:
Convectivos: São instalados no trajeto dos gases de combustão, onde a
troca de calor se desenvolve por convecção e por radiação gasosa.
Radiantes: São geralmente instalados no topo da câmara de combustão,
onde é predominante a troca de calor por radiação.
A necessidade de obter vapor com temperaturas mais elevadas (instalações
de maior porte), tem exigido a instalação de superaquecedores em locais
expostos ao calor radiante da fornalha.
SUPERAQUECEDORES
Alguns unidades tem superaquecedores instalados junto as paredes frontais
e laterais no topo da câmara de combustão (unidades de grande porte),
sobretudo se o combustível queimado for carvão pulverizado, de modo que
a combustão se complete antes que os gases venham a atingir os feixes
tubulares (fornalhas precisam de volumes maiores para combustão
completa do combustível).
Nos superaquecedores radiantes, a temperatura de saída do vapor tende a
diminuir com o aumento de carga da caldeira.
SUPERAQUECEDORES

Mistos: A exigência de temperaturas estáveis, com a variação de carga da


caldeira, tem sugerido o uso combinado de superaquecedores radiantes e
convectivos.
Os superaquecedores mistos são menos afetados pela variação de carga da
caldeira.
O aumento da capacidade de convecção tende a ser contrabalanceada pela
redução da capacidade relativa de radiação.
Geralmente os superaquecedores são divididos em módulos, de modo a
simplificar a construção, facilitar a manutenção e facilitar o controle da
temperatura do vapor.
SUPERAQUECEDORES
Forma construtiva
- É bastante diversificada utilizando-se tubos com diâmetro externo de
25 a 65 mm.
- Os tubos são convenientemente espaçados e conectados a coletores de
entrada e saída.
- O espaçamento transversal dos tubos é determinado levando em conta
a temperatura dos gases, a perda de tiragem, o tipo de combustível,
investimento inicial e custos relacionados com a limpeza de fuligem.
- Para temperaturas acima de 800°C, recomenda-se espaçamento
transversais superiores a 100 mm de modo a minimizar problemas
relacionados com a aglomeração de cinzas.
SUPERAQUECEDORES

Forma construtiva
- É recomendado espaçamentos amplos para fileiras de tubos situadas nas
zonas de altas temperaturas e espaçamentos menores para fileiras de tubos
situadas nas zonas de temperaturas mais baixas.
- Valores maiores é recomendado para unidades a carvão pulverizado. Aprox.
400 mm de espaçamento para zonas de temperaturas mais altas.
- Espaçamentos transversais menores (entre 200 – 100 mm) são utilizados
em superaquecedores convectivos devido ao esfriamento progressivo dos gases.
- Espaçamentos longitudinais (paralelos ao fluxo dos gases), não oferece
problemas, podendo assumir valores inferiores a 100 mm.
SUPERAQUECEDORES
Projeto: considerações básicas

- É conveniente que seu peso esteja distribuído uniformemente entre seus


próprios tubos.
- Superaquecedores horizontais devem ser sustentados por meio de
suportes (forma de alça) que não se deformem e permitirem movimentos
relativos entre os próprios tubos do superaquecedor e outras partes da
caldeiras, as quais estão fixados.

- Superaquecedores verticais tem seu peso suportado pelos próprios


coletores localizados acima da caldeira.
- É necessário o uso de grampos para garantir o espaçamento entre tubos e
suportes laterais.
SUPERAQUECEDORES

Projeto: considerações básicas


Considerações de fundamental importância:
- Temperatura e velocidade dos gases de combustão,
- Temperatura e velocidade do vapor,
- Arranjo e posicionamento do banco de tubos,
- Tipo de material recomendado para tubos e suportes.
SUPERAQUECEDORES
Projeto: considerações básicas
Material utilizado vai depender da faixa de temperaturas dos gases de combustão:
- Temperaturas maiores que 420 °C, recomenda-se aço carbono molibdênio ou aço
liga cromo – molibdênio.
- Temperaturas acima de 520 °C recomenda-se aço inoxidável Cr – Ni.
- Suportes e espaçadores estão sujeitos a temperaturas maiores que os tubos. Por
esse motivo, são confeccionados em aço inoxidável para resistir as deformações e
oxidações.
SUPERAQUECEDORES
Projeto: considerações básicas
- Em função de sue aspecto construtivo e localização, o mesmo
superaquecedor pode ter seus tubos submetidos a diferentes temperaturas,
podendo assim ocasionar superaquecimentos localizados e, em
consequência, o aparecimento de trincas ou de rupturas nas serpentinas ou
nos coletores.
- A presença de cinzas nos gases de combustão é outro fator preocupante.
Parte delas se depositam facilmente nos superaquecedores e a deposição
gradual pode resultar em blocos de grande dimensões, que caindo ao fundo
da fornalha, podem provocar distúrbios na câmara de combustão, extinção
parcial da chama e até o bloqueio da caldeira provocando sobrepressões
violentas por eventuais explosões no interior da fornalha.
SUPERAQUECEDORES
Controle da temperatura de superaquecimento
É conveniente que a temperatura do vapor se mantenha estável,
independente do regime de operação da caldeira.
Ao variar a carga da caldeira, varia o fluxo de vapor, varia o fluxo de
gases de combustão e naturalmente a temperatura do vapor superaquecido.
Os superaquecedores tem comportamentos diferenciados para seus
diferentes tipos em relação da carga com a temperatura do vapor de saída
do superaquecedor.
Em superaquecedores convectivos ao aumentar a carga, aumenta o fluxo
de gases de combustão em proporção maior que o fluxo de vapor,
aumentando assim a temperatura de saída do vapor no superaquecedor.
SUPERAQUECEDORES
Controle da temperatura de superaquecimento

Em superaquecedores radiantes, a temperatura


de equilíbrio na câmara de combustão varia em
proporções muito menor que a variação de fluxo
de vapor, não havendo aumento considerável no
calor transferido por radiação.
Em superaquecedores mistos, devido a correta
distribuição de seus módulos, ao longo do circuito
de gases, garante temperaturas relativamente
estáveis ao longo de todo o ciclo de operação.
SUPERAQUECEDORES
Controle da temperatura de superaquecimento

É importante o controle permanente da temperatura final do vapor


superaquecido.
Para isso são usados diversos recursos:
Atemperador: é o dispositivo mais empregado. São dispositivos projetados
para reduzir a temperatura mediante a injeção de agua no vapor superaquecido.
Pode-se utilizar vários atemperadores intercalados entre os diversos módulos de
superaquecedores numa mesma unidade geradora de vapor.
A construção dos superaquecedores em módulos, a instalação de
atemperadores, a recirculação dos gases de combustão, a operação balanceada
dos queimadores na fornalha, são todos recursos eficientes para controlar a
temperatura final de superaquecimento do vapor.
SUPERAQUECEDORES
Controle da temperatura de superaquecimento
ECONOMIZADORES
Definição:
Economizadores são trocadores de calor determinados a elevar a
temperatura de alimentação da água da caldeira mediante o
aproveitamento da energia residual ainda disponível nos gases de
combustão.
Normalmente são instalados depois dos superaquecedores e antes dos
aquecedores de ar.
A forma construtiva varia de acordo com o tipo de instalação.
São construído geralmente em aço carbono com tubos de 40 a 80 mm de
diâmetro externo.
Para pressões inferiores a 30 bar, são também empregados tubos de ferro
fundido por ser mais resistentes a corrosão.
ECONOMIZADORES
Material construtivo e considerações:
A escolha do tipo de material, o projeto da estrutura de sustentação e o
espaçamento entre tubos, seguem as mesmas recomendações que para projetos de
superaquecedores.
A presença de economizador na unidade é vantajosa aumentando assim o
rendimento térmico, mais por questões de ordem técnico e econômico, sua
aplicação está restrita a unidades de porte maior.
De ordem técnico, devesse investigar a presença de SO3 nos gases da combustão
e a possível formação de H2SO3 sobre as superfície fria do economizador .
De ordem econômico, analisar o retorno de capital, considerando os
investimentos e a energia realmente economizada.
Para pressões inferiores de 15 bar, dispensam-se o uso de economizadores em
todo tipo de caldeiras.

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