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Técnico de Gestão Equipamentos Informáticos

Módulo 1 - Introdução às Redes e Transmissão de


Dados
2. Rede de dados
Redes de dados
• Importância, Aspetos da segurança e Mecanismos de
segurança
• Áreas de Aplicação
• Perspetiva de evolução
o Débitos de transmissão
o Importância da largura de banda
o Medição
o Limitações
o Throughput
o Cálculo da transferência de dados Digital versus
analógico Qualidade de Serviço
• Classificação
o Débito
o Topologia
o Meios físicos
 
• Área Geográfica ou Organizacional
o Redes Locais (LAN)
o Redes de Área Pessoal (PAN)
o Redes de Armazenamento (SAN)
o Redes de Área Metropolitana (MAN)
o Redes de Área Alargada (WAN)
o Virtual Private Network (VPN)
o Vantagens das VPNs
• Intranet e Extranet
 
2. Redes de dados
 Importância
A importância em relação à instalação de redes e computadores
incide essencialmente na:
 Partilha de recursos físicos da rede ou seja, hardware: Torna-
se obviamente mais barato partilhar impressoras, scanners,
etc… do que comprar uma para cada computador;

 Partilha de software: através de uma rede é possível vários


utilizadores acederem a um mesmo programa localizado num
dos computadores da rede.
Basta imaginar um supermercado cujas caixas registadoras
estão ligadas em rede e com acesso a uma única base de dados,
com o seu stock permanentemente atualizado;
 Partilha de dados/informação entre os utilizadores como, por
exemplo, através de mensagens de correio eletrónico,
conversação em direto, transferência de ficheiros, etc…;

 Melhor organização do trabalho, nomeadamente com a


possibilidade de:
- definição de diferentes níveis de acesso à informação
consoante o estatuto dos utilizadores da rede;
- supervisão e controlo do trabalho na rede, por parte
de utilizadores com responsabilidades a esse nível;
- constituição de grupos de trabalho;
- calendarização de tarefas, tais como cópias de segurança.
- etc.
 Aspetos da segurança:
o Confidencialidade – capacidade de limitar o acesso à
informação apenas a quem autorizado.

o Autenticação – garantir que a pessoa (entidade) é quem afirma


ser.

o Integridade – da informação transportada ou armazenada.


 
 Mecanismos de segurança
o Controlo de acesso – diversos mecanismos (passwords, cartões
de acesso, firewalls, …)

o Encriptagem – tornar os dados ilegíveis a terceiros.


- Assinaturas digitais – chave privada e chave pública

o Deteção de intrusão
- Complemento do firewall para a deteção em tempo real de
padrões de ataque e/ou de vírus.
Áreas de Aplicação
 Perspetiva de evolução
A maior evolução das soluções existentes para redes de
comunicação é o do débito ou taxa bruta de transmissão.

Tem vindo também a registar-se ainda uma importante evolução


em termos de mecanismos protocolares e da qualidade de serviço
fornecida pelas redes.

Em termos protocolares, a evolução tem sido no sentido de tornar


os protocolos mais robustos, mas também, por outro lado mais
leves e mais adaptativos.
 Perspetiva de evolução
A variedade e tipo de aplicação que utilizam as redes de
comunicação obrigam a uma resposta bastante eficaz da própria
rede.

Se as redes iniciais eram, quase exclusivamente, utilizadas para a


transmissão de pequenos volumes de dados, hoje em dia as redes
têm que transportar grandes quantidades de informação de
natureza diversificada, seja ela composta por dados, sinais de
áudio ou sinais de vídeo, com requisitos estritos em termos de
perdas, largura de banda, atraso ou variação de atraso.

Várias tecnologias incorporam ¡á mecanismos relativamente


elaborados para o suporte de qualidade de serviço diversificada
(por exemplo, a tecnologia ATM).
 
 Perspetiva de evolução
 
 Largura de banda
A largura de banda é a medida da quantidade de informação que
pode ser transferida de um lugar para o outro num determinado
período de tempo.

Há dois conceitos comuns da expressão largura de banda: um


refere-se a sinais analógicos, o outro, a sinais digitais.
 
A unidade básica usada para descrever o fluxo de informações
digitais de um lugar para o outro é o bit. Para descrever a unidade
básica de tempo usa-se o segundo, daí o termo bits por segundo.
 
 Largura de banda
Se a comunicação se desse a essa taxa, 1 bit por 1 segundo, ela
seria muito lenta. O gráfico resume as várias unidades de largura
de banda.

Unidades de Largura de banda

A largura de banda é um elemento muito


importante numa rede, ainda que seja um
pouco abstracto e difícil de entender.
 Largura de banda
Vamos ver três analogias que podem ajudar a entender o que é a
largura de banda:

 1ª Analogia
 
A largura de banda é como o diâmetro de um cano. Imagine uma
rede de canos que levam água até às nossas casas e leva o esgoto
embora.
Esses canos têm diferentes diâmetros:
- o principal cano de água da cidade pode ter 2 metros de
diâmetro, enquanto a torneira da cozinha pode ter 2 centímetros.
O diâmetro do cano mede a capacidade do cano levar água.
 
 Largura de banda
Nesta analogia, a água é como a informação, e o diâmetro do
cano é como a largura de banda. Na verdade, muitos especialistas
em redes falam em termos de "colocar canos maiores", o que
significa mais largura de banda, ou se¡a, mais capacidade de
transmitir informações.
 

Figura da analogia dos canos:


 Largura de banda
 2ª Analogia
 
Largura de banda é como o número de faixas de uma estrada.
Imagine uma rede de estradas que atenda à cidade ou município.
Podem haver estradas com oito faixas, com saídas para estradas de
2 e 3 faixas, que podem, por sua vez, levar a estradas com duas
faixas não divididas e, finalmente, à garagem da sua casa.
 
Nesta analogia, o número de faixas é como a largura de banda, e
o número de carros é como a quantidade de informação que
pode ser transportada.
 
 Largura de banda
Figura da analogia da estrada:
 Largura de banda
 3ª Analogia
 
A largura de banda é como a qualidade do som num sistema de
áudio. O som é a informação, e a qualidade do som que se ouve é
a largura de banda.

Se pedissem para classificarem como preferiam ouvir a música


favorita -pelo telefone, por uma rádio AM, por uma rádio FM ou
por CD-ROM – provavelmente escolheriam o CD, depois a rádio
FM, a rádio AM e finalmente o telefone. As larguras de bandas
analógicas reais para eles são, respetivamente, de 20 KHz, 15 KHz e
3 KHz.
 Largura de banda
Figura da analogia do sistema de áudio:
 Largura de banda
O significado de largura de banda verdadeiro e real, é o número
máximo de bits que podem passar teoricamente através de uma
área determinada por um tempo específico (sob dadas condições).

As analogias usadas são apenas para tornar mais fácil entender o


conceito de largura de banda.

A largura de banda é um conceito muito útil. Porém tem


limitações, tais como:
-não importa como se envia mensagens, ou que meio físico
usa, a largura de banda.
 
 Largura de banda
O quadro mostra a largura de banda digital máxima possível, com
as limitações de comprimento, para alguns meios de rede comuns.
Os limites são físicos e tecnológicos.
 
 Largura de banda
A figura seguinte resume os diferentes serviços WAN e a largura de
banda associada a cada serviço.

 
 Throughput de dados em relação à largura de
banda digital
Além da largura de banda há outro conceito importante que deve
levar em conta que é o throughput.
O Throughput refere-se à largura de banda real, medida a uma
determinada hora do dia, com o uso de rotas específicas da
Internet, enquanto é feito download de um determinado ficheiro.

Infelizmente, por muitas razões, o throughput é muito menor que


a largura de banda digital máxima possível do meio que está a ser
usado.

 
 Throughput de dados em relação à largura de
banda digital
Alguns dos fatores que determinam o throughput e a largura de
banda:
 dispositivos de internet working
 tipos de dados a serem transferidos
 topologia
 número de utilizadores
 computador do utilizador
 computador servidor
 falhas de energia ou induzidas pelo tempo
 
Fórmula simples para calcular o tempo estimado de transferência
dos dados.

 
 Throughput de dados em relação à largura de
banda digital

 
 Necessidades das aplicações

   Débito binário das aplicações:


– Ritmo binário constante – comunicações áudio ou vídeo.
– Ritmo binário variável – de tempo real ou virtual
dependendo das especificações de parâmetros de atraso.
– Ritmo disponível variável – é aproveitado a largura
de banda disponível adaptando-se às condições de tráfego.
– Bit rate não especificado (best-effort) – para dados não
prioritários.
 Necessidades das aplicações

   Caracterização das aplicações em função dos requisitos de


débito e variação do atraso
 Necessidades das aplicações


  Taxas de transmissão de sinais áudio digitalizados
 Necessidades das aplicações
 Taxa de transmissão de imagens paradas (uma imagem por
  segundo)
 Necessidades das aplicações
 Taxas de transmissão de videotelefone e videoconferência
 
 Necessidades das aplicações
 Taxas de transmissão de video e full-motion
 
 Necessidades das aplicações

 
 A largura de banda é finita

Independentemente dos meios, a largura de banda é limitada


pelas leis da física. Por exemplo, as limitações da largura de banda,
devido às propriedades físicas dos fios telefónicos de par
entrançado, é o que limita a 56 kbps o throughput dos modems
convencionais.

A largura de banda do espectro eletromagnético é finita – há


apenas um determinado número de frequências nas ondas de
rádio, nas micro-ondas e no espectro infravermelho.

A fibra ótica tem largura de banda virtualmente ilimitada.


Entretanto, o resto da tecnologia para fazer redes de largura de
banda extremamente alta que use inteiramente o potencial da
fibra ótica só agora está a ser desenvolvida e implementada.
 A Fundação para a Computação Científica
Nacional

A FCCN tem  como principal atividade o planeamento, gestão e


operação da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS), uma
rede de alto desempenho para as instituições com maiores
requisitos de comunicações, constituindo-se assim uma plataforma
de experimentação para aplicações e serviços avançados de
comunicações.
 
A RCTS é uma rede informática que usa os protocolos da Internet
para garantir uma plataforma de comunicação e colaboração entre
as instituições do sistema de ensino, ciência, tecnologia e cultura.
 
Para além da gestão da RCTS, a FCCN é a entidade competente
para a gestão do serviço de registo de domínios de .pt.
 A Classificação

As redes de comunicação podem ser classificadas segundo um ou


mais critérios como, por exemplo, o débito (baixo, médio, alto,
muito alto), a topologia (bus, anel, estrela, híbrida), os meios
físicos (cobre, fibra ótica, micro-ondas, infravermelhos), a
tecnologia de suporte (comutação de pacotes, comutação de
circuitos, assíncronas, plesiócronas, síncronas, etc.) ou, mesmo, o
ambiente aplicacional a que se destinam (redes de escritório, redes
industriais, redes militares, etc…).
.

 
 Área Geográfica ou Organizacional

Um das classificações mais frequentes baseia-se na área –


geográfica ou organizacional – abrangida pela rede.

As redes podem ser classificadas segunda a área abrangente em:


• Redes Locais (LAN)
• Redes de Área Pessoal (PAN)
• Redes de Armazenamento (SAN)
• Redes de Área Metropolitana (MAN)
• Redes de Área Alargada (WAN)
• Virtual Private Network (VPN)

 
 Área Geográfica ou Organizacional

As redes locais (Local Area Networks, LAN) são um dos tipos de


redes de computadores mais utilizados. Através delas, é possível
interligar postos de trabalho, servidores e dispositivos de
interligação de redes numa área geográfica limitada a um edifício
ou um conjunto de edifícios próximos.

Essa interligação possibilita, por exemplo, a partilha de sistemas de


ficheiros, a partilha de impressoras, a comunicação entre
utilizadores ou o acesso a outras redes. Atualmente, a tecnologia
de rede local mais utilizada é a Ethernet.

 
 Área Geográfica ou Organizacional

 
 Área Geográfica ou Organizacional

Dois outros tipos de rede são, também, utilizados para interligar


dispositivos em áreas restritas:
As redes de área pessoal (Personal Area Networks, PAN) são
redes que utilizam tecnologias de comunicação sem fios para
interligar computadores, periféricos e equipamentos de voz numa
área reduzida.

 
 Área Geográfica ou Organizacional
As redes de armazenamento
(Storage Area Networks, SAN)
destinam-se à interligação de
grandes computadores e
dispositivos de armazenamento de
massa, também numa área
relativamente pequena (por
exemplo, uma sala ou um centro
de informática). Dado que um dos
requisitos destas redes é o rápido
acesso à informação armazenada,
utilizam, normalmente, tecnologias
de comunicação a muito alto
débito como por exemplo, a
tecnologia Fiber Channel.
 Área Geográfica ou Organizacional

A interligação de redes e
equipamentos numa área
metropolitana é feita com recurso
a redes MAN (Metropolitan Area
Networks). As MANs são,
normalmente utilizadas para
interligar redes locais situadas em
diversos pontos de uma cidade. Por
exemplo, poderão ser utilizados
para interligar um conjunto de
ministérios ou organismos
governamentais, ou para interligar
polos universitários.
 Área Geográfica ou Organizacional

As redes de área alargada (Wide Area Networks, WAN)


possibilitam a interligação de equipamentos, redes locais e redes
metropolitanas dispersas por uma grande área geográfica (um país,
um continente ou vários continentes). Dado que as distâncias
podem ser consideráveis, os atrasos de propagação nestas redes
poderão ser não negligenciáveis, principalmente se forem
utilizadas ligações via satélite. Assim, a débitos elevados, as
quantidades de informação em trânsito nestas redes podem ser
grandes, o que coloca problemas em termos de controlo de erros e
de eficiência.
 Área Geográfica ou Organizacional

No entanto, em distâncias da ordem das centenas de quilómetros e


a débitos não muito elevados (até 1 Mbps), o comportamento
destas redes é relativamente transparente para os utilizadores.
 Área Geográfica ou Organizacional

A possibilidade de interligar equipamentos à escala global,


independentemente da sua localização, decorrente dos tipos de
redes acima referidos, conduziu ao conceito de rede de área
virtual (Virtual Area Networks, VAN).
No entanto, este conceito é, normalmente, associado às redes de
área metropolitana, sobre as quais podem ser constituídas diversas
VANs independentes para ligação de redes e equipamentos
pertencentes a diferentes clientes.
Uma dada VAN comporta-se como uma rede totalmente distinta de
outras VANs, independentemente de as diversas VANs serem
constituídas sobre a mesma WAN.
 Área Geográfica ou Organizacional

O conceito de rede virtual tem, também, aplicação nas redes locais.


Numa dada rede local podem ser constituídas várias redes locais
virtuais (Virtual Local Area Networks, VLAN), sendo a
comunicação entre VLANs efectuada através de encaminhadores,
como se de redes distintas se tratasse.

A constituição de VLANs pode justificar-se por questões


organizacionais (diferentes departamentos terão a sua VLAN),
questões de segurança (acesso a determinados servidores só será
possível a utilizadores de uma dada VLAN) ou questões de
compartimentação de tráfego (determinados utilizadores
interagem mais frequentemente.
 Área Geográfica ou Organizacional

VPN - Virtual Private Network - Rede privada virtual usada por


uma Empresa, ou grupo privado, para efetuar ligações entre vários
locais, para comunicações de voz ou dados, como se se tratassem
de linhas dedicadas entre tais locais.

O equipamento usado encontra-se nas instalações do operador de


telecomunicações e faz parte integrante da rede pública, mas tem
o software disposto em partições para permitir uma rede privada
genuína. A vantagem destas redes em relação às redes privadas
dedicadas é que nas VPN é possível a atribuição dinâmica dos
recursos de rede.
 Área Geográfica ou Organizacional

Atualmente é praticamente impossível falar de redes


informáticas sem falar da Internet.
 Internet

A Internet é um aglomerado de redes em escala mundial de


milhões de computadores interligados pelo Protocolo de
Internet que permite o acesso a informações e todo tipo de
transferência de dados. A Internet é a principal das novas
tecnologias de informação e comunicação (NTICs).

O grande sucesso e popularidade da Internet deve-se, em


grande parte, a uma das aplicações que dela fazem uso: a World
Wide Web (que significa "rede de alcance mundial", em inglês;
também conhecida como Web e WWW) – permite aceder de
forma intuitiva à informação e a serviços.
 Internet e Extranet

A aplicação do paradigma e tecnologia em uso na Internet às


redes privadas das organizações conduziu ao conceito de
intranet.
 
Uma intranet não é mais do que uma rede privada (private
network), que usa o espaço 1918 de endereços IP. Estes
endereços são associados aos dispositivos que precisem se
comunicar com outros dispositivos numa rede privada (que não
faz parte da Internet).
 Internet e Extranet

A aplicação do paradigma e tecnologia em uso na Internet às


redes privadas das organizações conduziu ao conceito de
intranet.
 
Uma intranet não é mais do que uma rede privada (private
network), que usa o espaço 1918 de endereços IP. Estes
endereços são associados aos dispositivos que precisem se
comunicar com outros dispositivos numa rede privada (que não
faz parte da Internet).
 Extranet

Uma intranet que evoluiu para uma abertura ao exterior,


permitindo o acesso à rede da entidade por pessoas fisicamente
distantes, nomeadamente colaboradores externos ou recursos
de outras entidades (normalmente, clientes e fornecedores).
Este acesso pode ser feito através de linhas dedicadas, de um
número de telefone específico para o efeito, ou através da
Internet (modo cada vez mais utilizado), entre outras opções.
 Extranet

Uma vantagem que se pode apontar na implementação de uma


extranet é a necessidade incontornável de desenvolver um
sistema, sempre necessário mas vulgarmente desconsiderado,
por falta de prioridade, para ordenar e organizar as categorias de
informação interna da entidade promotora. Ou seja, é o
momento ideal para se definir o que é considerado público e
privado, resultando daí um melhor conhecimento interno da
entidade. Claro está, que ao “abrir" uma parte da intranet para o
exterior, para uma extranet, a entidade terá de encontrar um
modo de separar as duas áreas através de um sistema de
segurança, ou firewall.

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