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ESTUDO DA ENERGIA EM

UM BICO DE FOGUETE.
1° lei da termodinâmica.
INTRODUÇÃO

• Nada nessa vida é tão constante quanto as leis da termodinâmica, em todas as partes do
cosmos essas leis são obedecidas, no motor de foguete não poderia ser diferente!
• Iniciaremos agora uma jornada em busca de entender as incríveis transformações de energia
que acontecem no bico de foguete (tubeira).
CONCEITOS BÁSICOS
• Calor: o calor Q é a energia que flui entre um sistema e a sua vizinhança virtude da
diferença de temperatura existente entre eles. Ou seja, é a energia térmica em trânsito.
• Capacidade térmica: adicionada uma quantidade de calor Q a um objeto de massa “m”, a
variação de temperatura Tf – Ti fica relacionada ao calor do seguinte modo:

Onde C é a capacidade térmica


CONCEITOS BÁSICOS
• Calor específico: capacidade térmica por unidade de massa
PRIMEIRA LEI DA
TERMODINÂMICA
• A lei da conservação da energia aplicada a um material que troca calor e trabalho com o seu
ambiente exprime a primeira lei da termodinâmica. Em linguagem matemática ela assume a
forma:

• Onde U representa a energia interna do material, a qual depende somente do seu estado
(temperatura, pressão, volume e constituição); Q representa o calor adicionado ao sistema e
W representa o trabalho realizado pelo sistema sobre o ambiente.
PRIMEIRA LEI DA
TERMODINÂMICA
• Q e W, em geral, dependem do processo exato através do qual o material vai do estado
inicial até o final, contudo, Uf – Ui não depende do processo; está variação depende apenas
dos estados final e inicial. O valor de U representa a energia armazenada no interior do
material distribuída microscópicamente nas sob a forma de energia cinética e de energia
potencial das partículas do material.
TEORIA DOS BICOS- RICHARD NAKKA

• As diferentes energias dentro do bico são relacionadas da seguinte forma:

Onde h representa a entalpia do fluido, que pode ser interpretada como: a energia disponível
para a transferência de calor. V é a velocidade do fluxo na direção X, Cp é a efetiva capacidade
de calor do fluido e T é temperatura do fluido.
TEORIA DOS BICOS- RICHARD NAKKA

• Essa equação da lâmina anterior fornece informações valiosas sobre como um bico de
foguete funciona. Observar os dois primeiros termos mostra que a mudança (diminuição) na
entalpia é igual à mudança (aumento) na energia cinética. Em outras palavras, o calor do
fluido está sendo usado para acelerar o fluxo a uma velocidade maior. O terceiro termo
representa a mudança resultante (diminuição) na temperatura do fluxo.
ANÁLISE DAS CONSEQUÊNCIAS
• Observando a geometria do bico de foguete, percebe-se que o formato proporciona um
aumento de pressão e um posterior aumento na velocidade.
• Mesmo que não seja um fluxo incompreensível podemos fazer uma relação com o princípio
de Bernolli:
“Se a velocidade de uma partícula do fluido aumenta enquanto ela escoa ao longo de uma
linha de corrente, a pressão do fluido deve diminuir, e reciprocamente.”
• Feito essa comparação grosseira, podemos explicar a consequente perda de pressão e
aumento da velocidade de forma similar ao princípio de Bernolli. Este princípio é uma
consequência do princípio da conservação de energia e da 1° lei da termodinâmica. Podemos
dizer de forma grosseira que a “energia de pressão” cede em favor da energia cinética, em
caso de aumento na velocidade.
ANÁLISE DAS CONSEQUÊNCIAS
• Vamos considerar um caso ideal de uma expansão adibática. Se não há troca de calor pela
1° lei da termodinâmica, temos que a variação da energia interna é igual ao trabalho
exercido pelo gás.
• Fazendo uma relação com os estudos de Nakka, esse trabalho exercido pelo gás seria o
equivalente do aumento da energia cinética, visto que o trabalho é igual à variação da
energia cinética.
• Sabemos que em uma expansão adibática a energia interna diminui, ou seja, trabalho é
realizado pelo gás “utilizando” a energia interna. Isso explica a diminuição de
temperatura que Nakka apresentou na equação da energia. Isso porque, a energia interna
de um gás depende somente de sua temperatura, como mostra a equação a seguir:
ENERGIA INTERNA
REFERÊNCIAS
• Richard Nakka rocketry site;
• Fundamentos de física, terceira edição Halliday e Resnick;
• Engenharia química princípios e cálculos, quarta edição David M. Himmelblau.

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