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Instrumentação

Biomédica
Prof: Melissa Souza
Curso: Biomedicina
Disciplina: Instrumentação
Biomédica
Prof: Melissa Souza
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Roteiro da Disciplina
01/04/23
I: Microscopia

II: Material e Utensílios – Equipamentos de Bancada

06/04/23
III: Equipamentos de Apoio

IV: Automatização do Laboratório de Análises Clínicas


Microscopia
Microscopia
Células e diversos micro-organismos são muito pequenos para serem
visualizados a olho nu, sendo essencial o uso de um microscópio. Esses
aparelhos permitem visualizar imagens milhares de vezes maiores do
que o tamanho original. Antes de serem visualizadas em um
microscópio, muitas células precisam de um preparo especial de
coloração.
Unidades de Medida
Tipos de Microscópio Campo claro
Campo escuro
Contraste de fase
Ópticos Fluorescência,
Confocal
Cada microscópio possui suas Dois fótons
particularidades e deve ser utilizado em
situações específicas, de acordo com a
amostra que você quer analisar. Na sua
rotina profissional, você precisará
identificar o melhor método e utilizá-lo Transmissão
Eletrônicos
para emitir os laudos que envolvam o Varredura

uso dessa tecnologia.

Acústica
de
varredura
Microscópio Óptico
Dentro da categoria de microscópios ópticos, existem os
campo claro, campo escuro, contraste de fase (CF
e CID), fluorescência, confocal e dois fótons. Todos
eles utilizam a luz para visualizar as amostras, mas têm
aplicações distintas. O tipo de luz também varia
acarretando em efeitos específicos na obtenção da
imagem.
Microscópio óptico de campo claro
A quantidade de luz branca que sai
do iluminador é controlada pelo
diafragma antes de atravessar o
condensador. Esse, por sua vez,
focalizará a luz e permitirá que a
mesma ilumine a amostra. A luz
atravessa a lente objetiva,
aumentando a imagem de acordo
com a lente e chegando na lente
ocular onde a imagem é
aumentada em mais 10x.
Óleo de imersão
Para utilizar a lente objetiva 100x,
deve-se obrigatoriamente utilizar
óleo de imersão. O óleo de imersão
diminui a refração da luz e permite
que você tenha uma visão nítida da
amostra e que a mesma seja
visualizada na coloração correta.
Microscópio óptico de campo escuro
O microscópio de campo escuro é indicado para
amostras que possuem pouco contraste com o meio.
O microscópio de campo escuro possui um
condensador especial com um disco opaco que
bloqueia os raios de luz direta, permitindo que
apenas a luz indireta entre na objetiva e ilumine o
objeto por angulo oblíquo. O resultado é uma
amostra iluminada contra um campo escuro.
Microscópio óptico de contraste de fase
O microscópio óptico de contraste de fase pode ser utilizado
quando precisamos visualizar tecidos e células não coradas.
Esse microscópio possui um condensador com um
diafragma anular que faz com que parte da luz seja
refratada e parte não refratada ao passar pela amostra. A
luz não refratada é aquela que não sofre alteração pela
amostra, ou seja, seus raios de luz estão em fase gerando
uma imagem de coloração clara. Já a luz refratada é aquela
que sofre alteração pela amostra e seus raios de luz não
estão em fase, gerando imagens escuras que variam em
tons de cinza a preto. O resultado final é a combinação
desses raios refratados e não refratados, gerando imagens
com contraste de coloração.
Microscópio óptico de contraste de fase
Uma variação desse tipo de instrumento é o microscópio de contraste com
interferência diferencial (CID) que utiliza dois feixes de luz que são separados por
prismas. Isso gera uma imagem com cores mais contrastantes e com maior
resolução que um microscópio de fase tradicional e que aparenta ser quase
tridimensional.
Microscópio óptico de fluorescência
Os microscópios de fluorescência emitem uma luz
ultravioleta (UV). Os comprimentos de onda da luz UV
são absorvidos pela amostra que, por sua vez, emite
luz em um comprimento de onda diferente do que foi
excitado. Dessa forma, a luz que excita a amostra sai
pela lente objetiva, fazendo com que a objetiva
também funcione como um condensador direcionando
os raios de luz que passarão pela amostra. Em
seguida, a luz emitida pela amostra será coletada pela
mesma lente objetiva e, por fim, direcionada para a
lente ocular. Algumas substâncias emitem luz
naturalmente quando são excitadas com luz
ultravioleta, entretanto, a maioria das amostras não
são autofluorescentes. Para que as mesmas possam
ser observadas no microscópio, é preciso torná-las
fluorescentes com o uso de corantes chamados
fluorocromos ou fluoróforos.
Microscópio óptico de fluorescência
Alguns fluorocromos são absorvidos naturalmente por algumas amostras, como é o caso da
bactéria Mycobacterium tuberculosis, que absorve o fluorocromo auramina-O, o qual possui
uma coloração amarelada quando excitado com a luz ultravioleta. Outro exemplo é a
substância DAPI, que se liga naturalmente à molécula de DNA, permitindo a visualização do
ácido nucleico de coloração azul.
Para organismos não absorve fluorocromos nem são autofluorescentes uma técnica chamada
imunofluorescência, que é utilizada. Essa técnica consiste na produção de anticorpos contra
antígenos presentes nas amostras. Esses anticorpos estão ligados ou conjugados a
fluorocromos e, quando entram em contato com o antígeno, ligam-se especificamente ao
mesmo. Ao serem excitados por uma luz ultravioleta, emitem fluorescência. A coloração da
amostra dependerá do tipo de fluorocromo conjugado ao anticorpo. O resultado é um campo
de fundo escuro com as amostras fluorescentes com colorações específicas. É possível marcar
cada alvo de estudo com um tipo de fluorocromo diferente.
Microscópio óptico de fluorescência
Microscópio confocal
A microscopia confocal é um tipo especializado de microscopia óptica que também
utiliza sondas fluorescentes para rastrear a localização de certos antígenos celulares.
O microscópio confocal permite a obtenção de imagens de diferentes planos seriados,
que são chamadas de séries Z.
Essas imagens isoladas são montadas por um software, gerando uma figura final
que é tridimensional. Como cada série Z contém um tipo de informação de acordo
com a profundidade na célula, é possível reconstituir células inteiras visualizando
tridimensionalmente.
Para que seja possível reconstruir as imagens tridimensionais, o microscópio confocal
deve estar acoplado a um computador. Existe a opção de utilizar duas ou mais
sondas para checar informações mais completas de uma determinada célula ou
fenômeno celular.
Microscópio confocal
Microscópio de dois Fótons
Enquanto a microscopia confocal permite a visualização de células com espessura de
até 100 μm, a microscopia de dois fótons permite a obtenção de imagens de células
e tecidos de até 1 mm de espessura. Esse tipo de microscópio utiliza dois fótons para
excitar o fluorocromo, ao invés de um e um comprimento de onda que não danifica
as células, podendo ser utilizado para estudar células vivas.
Microscópio eletrônico
Vírus, detalhes celulares menores que 0,2 μm,
organelas e estruturas internas não podem ser
visualizados pela microscopia óptica. Os
comprimentos de onda de luz utilizada nesse
tipo de microscopia impõem um limite de
resolução para esse tipo de microscópio. Os
microscópios eletrônicos utilizam feixes de
elétrons. Os comprimentos de onda dos
elétrons são mais curtos que os da luz, fazendo
com que a resolução seja muito superior aos
microscópios ópticos.
Microscópio eletrônico
Um canhão de elétrons fica localizado na
parte superior da amostra dentro de um
sistema a vácuo onde os elétrons são
acelerados em direção à amostra. Antes de
chegar à amostra, esse feixe passa por uma
série de lentes eletromagnéticas. As bobinas
de alinhamento controlam a posição e a
inclinação do feixe, enquanto as lentes
condensadoras diminuem o tamanho do feixe
para que se obtenha uma boa resolução. As
lentes objetivas focalizam a amostra. Para
que sejam visualizadas, o objeto de estudo
precisa estar recoberto por partículas de ouro
ou carbono.
Microscópio eletrônico
As imagens obtidas (micrografias de transmissão), são de coloração preto e branco, mas
podem ser alteradas com o uso de softwares, introduzindo cores para realçar detalhes
importantes.
Microscopia eletrônica de transmissão - os cortes devem ser muito finos, pois os elétrons não
conseguem penetrar profundamente na amostra. As estruturas celulares internas podem ser
observadas em regiões mais claras ou escuras, de acordo com o total de elétrons absorvidos
por cada região. A imagem obtida é bidimensional.
Microscopia eletrônica de varredura - são obtidas imagens tridimensionais da superfície da
amostra em detalhes de até 10 nm. O nome é devido ao fato da amostra ser “varrida” ou
escaneada por um feixe de elétrons em todas as direções, permitindo a obtenção da imagem
tridimensional.
Microscópio eletrônico
Microscópio acústico de varredura
Esse tipo de microscopia permite a análise de
amostras vivas que estão abaixo de uma superfície
ou aderidas a outras superfícies. É possível estudar
a formação de trombos, de biofilmes bacterianos
em equipamentos hospitalares, células
cancerígenas, entre outras aplicações. Ondas
sonoras são emitidas por um aparelho, entram em
contato com a amostra e podem ser dispersas,
absorvidas e refletidas ou então transmitidas
quando em contato com determinados tipos de
superfície. Em seguida, são capturadas por um
detector e então interpretadas revelando a presença
de limites ou de objetos.
Preparo da Amostra
Muitas amostras são transparentes e não podem ser visualizadas nos microscópios.
Existem preparações baratas, simples e rápidas que podem ser utilizadas para
visualizar amostras em microscópios de campo claro, que são as colorações.
Obtenção da amostra
Amostras de sangue, mucosa oral e cultivos bacterianos, podem ser observadas pela
técnica do esfregaço. Essa técnica consiste em espalhar o material coletado em uma
lâmina com auxílio de outra lâmina de vidro inclinada em um angulo de 45°. É
importante produzir uma camada muito fina para que as células não fiquem
empilhadas umas sobre as outras, e para que a luz consiga atravessar a amostra.
Esfregaço Sanguíneo
Obtenção da amostra
Material de biópsia ou pedaços de órgãos,
precisam ser submetidas a cortes histológicos
para que possam ser visualizadas. Nesse caso,
são produzidos vários cortes seriados e a
análise do material deve ser feita por
completo, pois uma informação importante
pode estar presente em um plano, mas não no
outro. O micrótomo é um aparelho que faz
esses cortes seriados muito finos das amostras.
Fixação
Antes da coloração, as células precisam ser fixadas às lâminas de microscopia. Essa
etapa mata as células e faz com que as amostras fiquem aderidas à lâmina em seu
formato preservado. Álcool, formol e ácido acético são substâncias comumente
utilizadas no processo de fixação. Em seguida, as amostras são submetidas a etapas
de coloração de acordo com o que se quer visualizar. Cada corante possui afinidade e
se associa a determinado componente celular.
Coloração
Corantes ácidos: possuem carga negativa e são atraídos por estruturas positivas. Ex:
eosina, a fucsina ácida e a nigrosina.
Corantes básicos: possuem carga positiva e possuem afinidade por estruturas
negativas. Ex: hematoxilina, o cristal violeta, azul de metileno, verde de malaquita,
safranina.
Hematoxilina e eosina (HE)
A técnica mais comum em citologia. A
hematoxilina é um corante básico e possui
afinidade por estruturas como ácidos nucleicos e
grupos fosfatos. Isso faz com que esse corante
core a heterocromatina, o nucléolo e o RNA
ribossômico. Também é responsável, pela
coloração de matriz extracelular de cartilagens. A
hematoxilina possui coloração azul-arroxeada. A
eosina é um corante ácido de coloração rosa-
alaranjada e cora o citoplasma, as mitocôndrias e
o colágeno.
Coloração de Gram
Essa coloração é utilizada para diferenciar amostras
bacterianas. O protocolo consiste em incubar um
esfregaço bacteriano com corante cristal violeta que
possui a coloração. Após lavagem do excesso de
corante, as amostras são incubadas com iodo, que
forma um complexo cristal violeta-iodo (CV-I). De
forma sucinta, as bactérias gram-positivas possuem
uma parede celular de peptideoglicano bastante
espessa que impede a saída do complexo CV-I,
mantendo a coloração púrpura após a lavagem com
álcool. Já as bactérias gram-negativas possuem
uma camada fina de peptideoglicano que não
impede a saída do complexo CV-I. Após a lavagem,
essas bactérias ficam incolores e precisam ser
coradas com safranina (coloração rosa) para serem
visualizadas no microscópio.
Coloração de Gram
Coloração alcool-ácido resistente
As bactérias do gênero Mycobacterium não são coradas pela
coloração de Gram, pois sua parede celular externa contêm
alta concentração de um lipídeo céreo hidrofóbico (ácido
micólico) que impede a entrada de corantes. Essa camada é
externa à camada de peptideoglicano. Nessa coloração, o
esfregaço bacteriano é incubado com um corante vermelho
chamado carbolfucsina. Após aquecimento da lâmina para
aumentar a penetração e retenção do corante, o excesso é
lavado com água e em seguida com álcool-ácido. As bactérias
que são álcool-ácido resistentes retêm o corante vermelho,
pois a cabolfucsina é mais solúvel nos lipídeos da parede-
celular dessas bactérias do que na solução de lavagem álcool-
ácido. Dessa forma, essas bactérias permanecem com
coloração vermelha após a lavagem com álcool. As bactérias
que não são álcool-ácido resistentes, precisam ser coradas
com azul de metileno (coloração azul).
Para transportar
um microscópio,
qual a melhor
maneira de
segurá-lo?
Que peça é
movimentada
quando giramos o
parafuso
macrométrico?
Para que serve o
parafuso
micrométrico?
Como calcular o
aumento que o
microscópio
fornece?
Onde deve ser colocada
a lâmina contendo a
preparação para
observação? Qual
objetiva deve ser
inicialmente usada para
o procedimento de
focalização?
A que distância
da lâmina deve
ser colocada a
objetiva antes de
ser focalizado o
material
desejado?
Para utilizar a lente
objetiva de imersão, um
líquido com índice de
refração superior ao do ar
deve ser posicionado entre
a lâmina e a objetiva.

( )Verdadeiro
( )Falso
Uma célula está sendo observada
no microscópio óptico com uma
objetiva que possui um aumento
de 40x e uma ocular com aumento
de 10x. Qual é o aumento em que
essa célula está sendo observada?

A) 400x
B) 800x
C) 600x
D) 750x
E) 550x
Em um microscópio de luz, os
componentes ópticos compreendem
três sistemas de lentes, a saber:
A) Refratário, resolutiva e óptico.
B) Condensador, objetiva e ocular.
C) Condensador, refratário e ocular.
D) Objetiva, resolutiva e óptico.
E) Óptico, resolutiva e condensador.
O óleo de imersão é um líquido viscoso e claro
utilizado em microscopia, em especial com a lente
objetiva de 100X.
Sua função é

A) facilitar a passagem da luz pela amostra e, assim,


clarear a imagem.
B) reduzir a refração da luz e eliminar distorções da
imagem.
C) hidratar a amostra e reduzir a formação de
artefatos.
D) inverter a imagem formada nas lentes objetivas.
Tendo em vista que a microscopia óptica possibilita identificar
alterações e anormalidades estruturais dos tecidos e células, o que
auxilia no diagnóstico de neoplasias e anormalidades, assinale a opção
correta acerca dessa modalidade de microscopia. 

A) No microscópio óptico, as lentes oculares, localizadas acima do


revólver, são incapazes de ampliar a imagem real do objeto. 
B) Para realizar a observação por microscopia óptica, é necessário
utilizar amostras congeladas pelo criostato.
C) No microscópio óptico, associada à platina, existe uma peça
chamada charriot, cuja função é movimentar a lâmina no plano
horizontal.
D) Na rotina diagnóstica laboratorial, o microscópio eletrônico é
comumente mais utilizado que o microscópio óptico. 
E) O microscópio óptico permite a formação de uma imagem resultante
da interação de um feixe de elétrons incidentes sobre o material a ser
observado. 
Secções finas são efetivamente pedaços
bidimensionais de tecidos e não transmitem a
organização tridimensional dos componentes
celulares. Apesar da terceira dimensão poder ser
reconstruída, a partir de secções seriais, este é
um processo lento e trabalhoso. Felizmente,
existem formas mais diretas para se obter uma
imagem tridimensional, em uma técnica que é
usualmente mais utilizada para se estudar células
intactas e tecidos do que organelas
subcelulares, pois apenas características da
superfície podem ser observadas. Essa técnica,
no entanto, apresenta resolução um pouco mais
baixa do que o microscópio eletrônico
de transmissão. Assinale o tipo de microscópio
capaz de gerar a imagem tridimensional
mencionada acima.

A) Microscópio confocal.
B) Microscopia de fluorescência.
C) Microscópio eletrônico de varredura.
D) Microscópio ótico.
E) Microscópio de contraste de fase.
Material e Utensílios –
Equipamentos de
Bancada
Utensílios
Anel ou argola
Estrutura de metal em formato circular, utilizada para prender funis em processos de
filtração. O anel, por sua vez, deve estar preso a um suporte universal.
Barras magnéticas
Barras imantadas que podem ser colocadas dentro de
recipientes durante o preparo de soluções. Quando o
recipiente é colocado em cima de um agitador magnético,
essas barras giram e auxiliam na homogeneização de
soluções. São recobertas de teflon, pois devem ser
protegidas de corrosão. O material utilizado na produção
dessas barras é quimicamente inerte de forma a não
interferir na composição da solução preparada;
Bastão de vidro
Utilizado para homogeneizar
soluções.
Cadinho de porcelana
Recipiente em formato de pote, utilizado para aquecer substâncias.
Dessecador
Recipiente de vidro que mantém baixo teor de umidade
em seu interior. Possui dimensões e formatos
específicos, devendo ser mantido sempre fechado. É útil
para preservar substâncias higroscópicas.
Espátulas
Geralmente confeccionadas em aço
inox. Podem ser encontradas em
diferentes formatos. São utilizadas
para auxiliar na pesagem de
substâncias.
Funil de vidro ou plástico
Possui uma abertura de diâmetro maior, por onde são
adicionadas as soluções que serão transferidas de um
frasco para outro e uma abertura de diâmetro menor
que encaixa no frasco para onde a substância será
transferida. É também empregado para filtrar
soluções utilizando papel de filtro.
Funil de Buchner
É um funil de porcelana
amplamente utilizado em
filtrações a vácuo quando
acoplado a um Kitasato.
Possui vários orifícios, tal
como uma peneira.
Garrafa de cultivo celular
Utilizada em alguns experimentos e testes de análises que
exigem o crescimento de células. Existem garrafas de diferentes
tamanhos de acordo com a necessidade. Podem ter tampas
tradicionais que lacram a garrafa, ou tampas que possuem um
filtro permitindo trocas gasosas com o meio.
Gral e pistilo
Podem ser de vidro ou porcelana. São utilizados para triturar substâncias e reduzi-las
a pó. Os de porcelana são mais eficazes, mas mancham com produtos que possuem
cor.
Lâminas
É utilizada para colocar as amostras que serão analisadas por
microscopia. Comumente são planas, mas existem algumas
com pequenas cavidades. Um tipo especializado de lâmina é a
câmara de contagem, ou câmara de Neubauer, amplamente
utilizada na contagem de células. Essa câmara possui uma
grade desenhada em sua superfície para estabelecer áreas e
orientar a contagem.
Lamínula
Utilizada para cobrir as amostras que são colocadas em lâminas de microscopia.
Serve para proteger as amostras e evitar o contato das mesmas com as lentes
objetivas do microscópio. As lamínulas utilizadas para cobrir amostras em câmaras
de Neubauer são mais espessas e proporcionam melhor qualidade ótica.
Microplaca de microtitulação
Utilizada em diversos experimentos e testes de análises clínicas, tais como sorologia,
Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (ELISA), absorbância, Ensaio Imunoenzimático
(EIA), análises microbiológicas... Essas placas vários poços que podem ter fundo
achatado ou formatos de U ou V de acordo com a necessidade. As suas bordas
possuem marcação alfanumérica, facilitando na identificação de cada poço.
Placa 1 (TELO) - 12.03.2021
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
A 149 149 209 209 228 228 250 250 F64 STD1 STD1 STD1
B 202 202 210 210 229 229 257 257 F64 STD2 STD2 STD2
C 203 203 214 214 232 232 259 259 F65 STD3 STD3 STD3
D 204 204 222 222 234 234 260 260 F65 STD4 STD4 STD4
E 205 205 223 223 235 235 263 263 CN STD5 STD5 STD5
F 206 206 225 225 238 238 F69 F69 F69 STD6 STD6 STD6
G 207 207 226 226 243 243 F73 F73 F73 F52 Ref Ju Ref Ju
H 208 208 227 227 246 246 F18 F18 F18 F52 129 129
Pera de sucção
Feita de borracha, é utilizada acoplada a pipetas para sugar e eliminar líquidos.
Pinças
Possuem funções diversas, de acordo com o seu formato; por exemplo, pinças de
madeira ou de metal em formato de garra ou de grampo de varal são utilizadas para
segurar recipientes aquecidos. As pinças histológicas servem para manipular
amostras, cortes de tecidos que serão visualizados em microscopia.
Pipetador manual ou automático
Assim como as peras, os pipetadores são utilizados para sugar e eliminar líquidos de
pipetas. A vantagem é que os pipetadores permitem pipetar volumes exatos e
precisos, pois é possível controlar a velocidade e o volume de aspiração.
Pissetas
Recipientes plásticos normalmente utilizados para armazenar álcool para limpeza ou
água destilada para lavar amostras. Pode armazenar outras substâncias desde que
devidamente etiquetadas.
Placa de Petri
Pode ser de vidro ou de plástico. É arredondada, achatada e possui uma base e uma
tampa. É amplamente utilizada como recipiente para meios de cultura.
Suporte universal
É constituído por uma base e uma haste de metal onde são colocadas pinças em
garra, argolas ou anéis para prender vidrarias ou segurar equipamentos.
Tela de amianto
É uma tela quadrada feita de arame de aço contendo uma folha circular de cerâmica
ou lã de rocha prensada no centro. Essa folha faz com que o calor da chama do bico
de Bunsen seja distribuído uniformemente. Serve de suporte para vidrarias e é
utilizada sobre um tripé
Tripé
Suporte utilizado em conjunto com a tela de amianto – ver a referência sobre a tela
de amianto – para aquecer soluções contidas em frascos.
Termômetros
Utilizados para medir a temperatura de soluções ou de banhos-maria.
Vidrarias e material para medir volumes
ou armazenar soluções
Medir volumes líquidos é uma etapa muito importante
no preparo de soluções e na realização de experimentos.
Algumas situações demandam grande precisão na
medição, em outros casos não. A escolha da vidraria
adequada influenciará na precisão obtida.
A água e grande maioria dos líquidos formam uma
curvatura na superfície que é facilmente observada em
cilindros mais finos. Essa curvatura chama-se menisco
e a leitura do volume deve ser feita na curvatura
inferior. É importante que a linha de visão do
profissional seja mantida na altura do menisco.
Balão
» Destilação: possui um escape lateral para a saída de vapores
oriundos da condensação.
» Volumétrico: recipiente que permite medir volumes únicos e fixos
com precisão. No gargalo, existe um traço que indica até onde o
líquido deve ser preenchido para atingir o volume específico do
balão volumétrico.
Béquer
Amplamente utilizado no laboratório para pesar
substâncias, fazer diluições e no preparo de soluções. Os
béqueres de vidro podem ser aquecidos em caso de
necessidade. Embora muitos béqueres venham com
medidas de graduação, a precisão volumétrica não pode
ser obtida com a utilização dessa vidraria
Bureta
Recipiente fino e alongado que possui uma torneira em uma das
extremidades para o escoamento de líquidos ou soluções. Permite a adição
controlada de um volume específico durante o preparo de soluções. É
utilizada em experimentos que envolvam titulações onde é necessário o
gotejamento de água ou de outra substância.
Erlenmeyer
Frasco de base ampla e gargalo estreito, permitindo que as soluções
sejam agitadas manualmente sem que ocorra derramamento. É
utilizado para dissolver substâncias, no preparo de soluções e em
titulações. Embora venham com medidas de graduação, a precisão
volumétrica não pode ser obtida.
Kitasato
É um frasco de vidro com abertura superior em uma lateral, a qual permite a saída
de gases. É utilizado em processos de filtração. Pode ser empregado juntamente com
o funil de Buchner em filtrações a vácuo.
Pipetas
Empregadas para a transferência de líquidos de um recipiente para
outro.
• Pipetas volumétricas
• Pipetas graduadas
• Micropipetas
• Pipetas Pasteur
Proveta
Instrumento de formato cilíndrico que pode ser elaborado de material plástico ou de
vidro. Possui graduação e é útil na medição do volume aproximado de líquidos,
variando a capacidade de 5 mL a 2.000 Ml.
Tubos de ensaio
Pequenos tubos de vidro cilíndricos e alongados com fundo arredondado em formato
de U. O fundo em formato arredondado não permite que esses tubos sejam mantidos
na posição vertical sem o auxílio de uma estante ou de um suporte. São empregados
para realizar ensaios em geral ou para coletar e misturar amostras.
Tubos Eppendorf
São pequenos tubos de plástico em formato cilíndrico e fundo cônico, utilizados para
armazenar pequenos volumes. Esses tubos encaixam em microcentrífugas, suportam
baixas e altas temperaturas e não dissolvem com solventes orgânicos.
Tubos cônicos Falcon
São tubos utilizados para armazenar material em volumes de até 15 mL ou 5 mL.
Cada unidade possui graduação de volume e tampa rosqueável. São elaborados de
plástico de alta resistência e podem ser submetidos à centrifugação, homogeneização
em agitador vortex e armazenamento em freezer. Embora sejam popularmente
conhecidos como Falcon – marca –, existem diversos outros fabricantes no mercado.
Micropipetas
As micropipetas são amplamente utilizadas no laboratório quando é necessária a pipetagem com grande
precisão de volumes consideravelmente pequenos.
Possuem um botão de rotação para determinar o volume que se deseja aspirar e um embolo utilizado para
sugar e dispensar o líquido. No corpo das micropipetas estão anotados a abrangência de volumes que
podem ser pipetados.
As pipetas multicanais permitem o acoplamento de 8 a 12 ponteiras simultaneamente, sendo que cada
canal aspira o mesmo volume. Essas pipetas são úteis quando precisamos pipetar o mesmo volume em
placas com vários poços.
O líquido aspirado não entra em contato com as micropipetas, uma vez que ponteiras descartáveis são
utilizadas para aspirar cada amostra. Para cada micropipeta existem ponteiras individuais e específicas.
Micropipetas
Aparelhos e Equipamentos de Bancada
Agitadores
Homogeneizar - agitar - misturar
O tipo específico de agitador deve ser escolhido com cautela para não danificar as
amostras. Deve-se levar em consideração o volume da amostra, a viscosidade da
solução, a temperatura e o tempo necessários para homogeneização, assim como a
velocidade permitida. Por exemplo, células sanguíneas, se homogeneizadas
incorretamente, podem ser danificadas e fazer com que o laudo do exame seja
errôneo.
• Agitador gangorra
• Agitador magnético
• Agitador orbital
• Agitador vortex
Agitador gangorra
Faz movimentos parecidos com uma gangorra.
Agitador magnético
Aparelho que possui um imã giratório por baixo de uma placa
de metal. Serve para auxiliar na homogeneização de soluções.
Quando as barras magnéticas são colocadas dentro de
recipientes contendo soluções, esse aparelho cria um campo
magnético, fazendo com que as barras girem em diferentes
velocidades.
Agitador orbital
Realiza um movimento circular horizontal contínuo e uniforme. É amplamente
utilizado no cultivo de microrganismos que precisam de aeração para crescimento.
Agitador vortex
Aparelho que serve para agitar e homogeneizar soluções contidas dentro de tubos de
ensaio, Falcon ou eppendorfs.
Balança para Pesagem
Semianalítica
Analítica
Deve ser colocada em uma sala com condições controladas de
temperatura e umidade. Possui uma câmara protegida por
portinholas de vidro, pois a mínima corrente de ar pode interferir
no resultado, levando a erros de leitura.
Banho-Maria
Serve para aquecer substâncias, soluções e reagentes que
não podem ser levados diretamente ao fogo ou para
mantê-los aquecidos na temperatura ideal.
Pode ser analógico ou digital e a sua temperatura sempre
deve ser confirmada pela presença de termômetros em
seu interior.
É importante sempre respeitar os equipamentos de uso
comum e nunca utilizar um banho para descongelar
soluções se alguém estiver utilizando, pois o
descongelamento poderá alterar a temperatura.
Alguns modelos possuem uma plataforma interna que
agita os frascos contidos em seu interior; outros
promovem a circulação constante da água.
Bico de Bunsen
É utilizado para aquecer soluções em
laboratório.
Ao redor do bico de Bunsen é criado um
ambiente estéril, é útil para procedimentos
microbiológicos.
Esse dispositivo possui uma entrada lateral
para gás, orifícios na parte inferior para
entrada de ar, uma válvula para regular a
passagem do gás e uma saída para a chama na
parte superior.
A chama amarelada não é suficientemente
quente para aquecer substâncias. Deve-se
controlar a entrada de ar pelo orifício para que
a chama fique azulada. A combinação do
oxigênio com o gás torna a queima mais eficaz
e permite que a temperatura na região mais
quente atinja 1.500o C.
Bomba de Vácuo
É um equipamento utilizado para retirar o ar de
recipientes, produzindo o vácuo. Quando o ar é retirado,
a pressão dentro do frasco abaixa e o processo de
filtração é facilitado. Dessa forma, a parte sólida fica
retida no funil e apenas a parte líquida atravessa a
membrana, ficando armazenada no Kitasato – este
processo é útil em filtrações para esterilizar soluções que
serão utilizadas para fins microbiológicos.
Para filtrar uma
solução utilizando
uma bomba a
vácuo. Quais
vidrarias são
utilizadas?
Qual vidraria você
escolheria para
medir um volume
com precisão?
ATÉ A
PRÓXIMA!
melissa.eh@hotmail.com

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