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Socialização - Seminário

Tutora: Georgia Freitas


Alunas: Ana Falcão e Janaína Jesus de Paula
ESTRANGEIRISMOS E MOVIMENTOS
SOCIAIS
Considerações sobre a instrumentalização e globalização da
linguagem
INTRODUÇ
ÃO
Um olhar histórico nos permitiu propor o estrangeirismo como orgânico às origens da língua portuguesa. No contexto colonialista brasileiro, sua
instrumentalização e consequente epistemicídio e linguicídio , deixaram pouco espaço para contribuições dos mais de 1000 idiomas falados e de toda a
cultura trazida pelos povos que por aqui passaram.
A evolução da tecnologia é um dos principais motivos para influência do estrangeirismo, principalmente nos movimentos sociais que temos hoje.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
O trânsito da condição de índio específico, conformado segundo a tradição de seu povo ,à de índio
genérico, quase indistinguível do caboclo, se dá pelo que eu chamo de processo de transfiguração
étnica .Em seu curso ,sob pressões de ordem biótica ,ecológica, cultural, socioeconômica e psicológica ,um
povo indígena vai transformando seu modo de ser e viver para resistir àquelas pressões
(RIBEIRO,D.,2017,LOC.132)

Ao impor a todo enunciado a sua lógica de identidade, a linguagem produziu a ficção de duração, de
estabilidade, de verdade do mundo. É a explicitação do jogo niilista de forças que deu nascimento a esta
rede de signos que Nietzsche chama de genealogia. É preciso colocar os valores em questão
(MOZÉ,V.,2018,lOC,.150).
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
“No caso específico do Brasil, os discursos sobre as mulheres e os feminismos têm se
desenvolvido cada vez mais através das possibilidades técnicas e socioculturais dos
sites de redes sociais.” (SILVA, 2016, p. 21)

É como resistência e ressignificação à história da construção da tecnologia levando em seu


bojo as estruturas políticas e mercado montadas sob a base patriarcal de valores, que se
trabalha a hipótese dos feminismos atrelados à tecnologia das comunicações, se tornarem
aliados para uma política das mulheres. (FERRAZ, 2017, p.8)
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
“O Ciberfeminismo alcança novos desdobramentos, levantando marcos de
atuação como a organização da primeira internacional ciberfeminista, realizada
na Alemanha”. (DUTRA, 2018, P.23)
As hashtags #MeuPrimeiroAssédio, #MeuAmigoSecreto e #AgoraÉQueSãoElas, foram campanhas que
mobilizaram milhares de mulheres, a compartilhar suas experiências para mostrar episódios de machismo,
abuso sexual e misoginia. Mostrando a função de ferramentas digitais das redes sociais, com o alcance dessas
campanhas, ligando mulheres de várias cidades do país através de seus comentários e histórias. (DUTRA,
2018, p.24-25)
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
#meuprimeiroassedio #meuamigosecreto

Fonte: Reprodução/ThinkOlga Fonte: Reprodução/Twitter


RESULTADOS E
DISCUSSÕES
Considerar a linguagem, que em sua epistemologia incute sua importância na organização e construção de cultura e
sociabilidade ,como instrumento de imposição cultural eurocêntrica ,ocorrido de forma bastante violenta no contexto
colonial escravocrata brasileiro, traz à tona a necessidade de resgate dessas identidades culturais que foram silenciadas.
Há movimentos tímidos nesse sentido se compararmos com as recentes agressões aos povos originários e ao racismo
estrutural.
Sobre os exemplos de movimentos sociais apresentados, fica claro que a tecnologia, mais do que nunca, une e mistura
as diferentes culturas e influência o comportamento humano, assim como no exemplo do ciberfeminismo, iniciado na
Alemanha e hoje com forte presença no Brasil através de discussões sobre o feminismo no ambiente digital.
REFERÊNCI
AS
ARAÚJO, J. #MeuAmigoSecreto: Hashtag como ferramenta de coalização ativista e produção de memória em redes sociais . IV Encontro Regional Sudeste de História de Mídia. 2016

BILAC, Olavo. Tarde. São Paulo:Principis, 2023. 2 ed.


 
DUTRA, Zélia Aparecida Pereira. A primavera das mulheres: ciberfeminismo e os movimentos feministas. Revista Feminismos, Bahia, 2018, v. 6, n.2, p. 23-25.

HUMBOLDT, W. V, Transcultural communication in a multicultural world – Translating humanity. First published. New York:Camden House,2022.

MOZÉ, Viviane. Nietzsche e a grande política da linguagem. Edição digital. RJ:Vozes,2018 *

NASCIMENTO,G.-Racismo linguístico:os subterrâneos da linguagem e do racismo –Edição digital –Belo Horizonte :Letramento,2019


REFERÊNCI
AS
RIBEIRO, Darcy. Os índios e a civilização -A integração das populações indígenas no Brasil
moderno. Edição digital. São Paulo: Global, 2017.
 
SILVA, Ariel Heringer Salles Da. O feminismo nas redes sociais: uma análise de discurso
sobre o empoderamento feminino em páginas do Facebook. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Comunicação Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
 
SILVA, Pedro Henrique Correia. Análise dos Estrangeirismos no Português Brasileiro.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) - Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife, 2018.
 
WINK, Oto. Minha pátria em língua -Identidade e sistema literário na Galiza. Edição digital.
Paraná:Appris,2017.343

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