O documento discute a relação entre cultura e educação em um contexto pragmático. Aborda como as escolas propagam culturalmente e como professores e alunos devem participar da cultura. Também examina como a linguagem e práticas sociais influenciam as práticas educacionais e como diferentes culturas se confrontam no sistema educacional.
O documento discute a relação entre cultura e educação em um contexto pragmático. Aborda como as escolas propagam culturalmente e como professores e alunos devem participar da cultura. Também examina como a linguagem e práticas sociais influenciam as práticas educacionais e como diferentes culturas se confrontam no sistema educacional.
O documento discute a relação entre cultura e educação em um contexto pragmático. Aborda como as escolas propagam culturalmente e como professores e alunos devem participar da cultura. Também examina como a linguagem e práticas sociais influenciam as práticas educacionais e como diferentes culturas se confrontam no sistema educacional.
EDUCAÇÃO COMO ÁREA DE CONFRONTO DE CULTURAS O artigo sublinha a necessidade de respeitar as opções do indivíduo em face da pressão cultural coletiva. as escolas têm sido historicamente usadas para propagar a cultura 'nacional' sobre as outras culturas, sendo este último considerado como importações estrangeiras. Em uma visão pragmática de educação, professores e alunos devem ser participantes de cultura, em vez de o professor considerar-se exclusivamente como o legítimo proprietário e protetor de propriedade de uma cultura, juntamente com a sua linguagem. OS CAMPOS DE BATALHA DA CULTURA
Non scholae vitae sed discimus x as
práticas reais na educação O caso do véu nas escolas francesas: o que significa? A associação entre essas duas buscas - a do branqueamento/ocidentalização do país e a do perfil ideal do Homo economicus (para usar expressão meio fora de moda) - marca todo o projeto e a política imigrantistas do Brasil, encurralando, consequentemente, a população negra na vida nacional. A reflexão acadêmica ou intelectual, desde o transcorrer dos séculos XIX e XX, esteve diretamente influenciando essa retórica e essa política. Seria oportuno lembrar que nessa época o mulato Nina Rodrigues, professor de medicina legal da Universidade da Bahia, antecipando teses de um Brasil dual, tão festejadas nas décadas de 50 e 60 (século XX), apontava em suas pesquisas e reflexões a existência de dois Brasis a se contraporem: de um lado, um Brasil arcaico, pobre, sem perspectivas de progresso; de outro, um Brasil moderno, rico ou mais rico, pautado pelos ideais do progresso. O Brasil primeiro era o Brasil onde predominavam os negros; o Brasil segundo fora colonizado pelos imigrantes brancos - o Brasil Meridional. Esse deveria ser, na opinião desse autor, o Brasil ideal, o país a ser construído. Há no pensamento de Nina Rodrigues, como se sabe, profundas influências das escolas criminológicas italiana e, principalmente, francesa. É um pensamento que flui de uma intensa e sistemática biologização do mundo, característica do século XIX, do qual brotam as teses racistas (Nina Rodrigues, 1935). (PEREIRA, 2011) As questões concernentes à identidade sexual e ao desejo vêm sendo tratadas como algo relativo e como possíveis formas de contestação às normas socioculturais estabelecidas e rígidas. Elas estão sendo vistas como construções sociais e não algo natural e estável, como sendo produzidas, reproduzidas e constantemente repetidas nas relações e discursos sociais e como sendo experiências complexas não redutíveis a modelos simples (Adelman, 2000; Louro, 2001), apontando para a pluralidade do fenômeno da homossexualidade. Neste contexto, a emergência de um debate público sobre a homossexualidade reflete tanto a defesa quanto o combate da mesma. Historicamente, os argumentos propostos, sobretudo contra a prática e a difusão da homossexualidade, têm uma origem mais remota, enquanto os a favor mais recente. Contudo, a visibilidade da homossexualidade afirmativa, através de qualquer linguagem, ainda constitui-se em algo perturbador na sociedade gerando rigidez de ambas as partes, devido à dificuldade de negociação. (SCARDUA; SOUZA FILHO, 2006) Para manter a ordem vigente sem alterar posições ocupadas por determinados segmentos sociais era importante afirmar a supremacia dos brancos e inferioridade daqueles que portassem sangue negro. O principal ponto de desprezo social era a religião: o Candomblé, que se acreditava sinônimo de magia, feitiçaria, curandeirismo, por usar objetos rituais exóticos e realizar sacrifícios sangrentos, transformando a ordem pública. Espetáculo vergonhoso de atraso numa sociedade que pretendia modernizar-se. Expressões como esta aparecem com frequência na literatura e nos periódicos até meados do século XIX, sensíveis que estavam os intelectuais ao choque da temporalidade das culturas diferenciadas. (SIQUEIRA, 2009. p. 42) A SOLUÇÃO (?) PRAGMÁTICA É preciso “uma abordagem que permita os usuários de uma cultura reivindicar a validade de sua própria cultura; ao mesmo tempo, essa abordagem pede- lhes para respeitar o direito dos outros para definir e defender a cultura deles. A Pragmática nos ajuda a encontrar um caminho para fora do cultural. CULTURA: O QUE É ISSO?
Cultura como resistência
CULTURA: O QUE É ISSO? PROBLEMAS COM CULTURA PARTICULAR: A EDUCAÇÃO E SEUS PROBLEMAS Ação fora do indivíduo Ação incorporada pelo indivíduo Preservação da identidade cultural de determinada comunidade Consequência das divisões sociais (indexador) Preservar barreiras sociais e raciais CULTURA NO CONTEXTO EDUCACIONAL De qual cultura estamos falando, quando estamos fazendo a educação? Autonomia e independência – a questão da hegemonia “A imagem mostrada no espelho” – ex. do Inglês negro como significado de instrução nos EUA A resistência para ser educado na própria cultura Isolamento como conceito de preservação Educação e conjuntura – questões macro indissociáveis. LÍNGUA ESTRANGEIRA COMO UM PROBLEMA PRAGMÁTICO- CULTURAL Primeiras abordagens e uma ‘mini-revolução’ – método comunicativo Atos de fala situados e a criação de regra de situação - o método de completar o discurso (mas o que se entende por discurso? Como se produz a linguagem em contexto de interação natural?) Atos de fala através da linguagem: similaridade ou circularidade? Atos de fala não são unidades encapsuladas de significados, daí um novo problema (RE) SOLVENDO O DILEMA INTRA- TERCULTURAL Competência pragmática X conhecimento gramatical
Não basta ter o conhecimento gramatical de uma língua para se aprendê-
la se não se é capaz de compreender culturalmente essa língua. Criar contextos para ensinar uma língua equivale a proporcionar várias experiências aos alunos e vários questionamentos acerca de a serviço de quê ou de quem o conhecimento é construído.
Co-criação no diálogo: atos pragmáticos e aquisição de
língua CONCLUSÃO: IMERSÃO PRAGMÁTICA A imersão faz mais que mostrar uma face pragmática da situação, ela acentua nossa habilidade cognitiva de enfatizar a totalidade da informação que está disponível em uma situação. Incide em preparar os aprendizes não somente para situações escolares, mas para a vida e o que isso efetivamente significa. REFERÊNCIAS MEY ,Jacob L. Culture and education in a pragmatic context . In: Cadernos de linguagem e sociedade. Vol. 9, nº 2, 2008. p. 57-85. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/les/article/view/1217/875 Acessado em 21 de outubro de 2016. PEREIRA, João Baptista Borges. Diversidade e pluralidade: o negro na sociedade brasileira. In: Rev. USP no.89. São Paulo mar./maio 2011. Disponível em: http://rusp.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-99892011000200 019&lng=pt&nrm=iso . Acessado em 21 de outubro de 2016. SCARDUA, Anderson; SOUZA FILHO, Edson Alves de. O debate sobre a homossexualidade mediado por representações sociais: perspectivas homossexuais e heterossexuais In: Psicologia. Reflexão e Crítica. vol.19 no.3 Porto Alegre 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 79722006000300017 Acessado em 21 de outubro de 2016. SIQUEIRA, Sonia Apparecida de Multiculturalismo e Religiões Afrobrasileiras O Exemplo do Candomblé In: Revista de Estudos da Religião março / 2009 / p. 36-55Disponível em: http://www.pucsp.br/rever/rv1_2009/t_siqueira.pdf. Acessado em 21 de outubro de 2016.