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O CORAÇÃO COMO CENTRO DA

EXPERIÊNCIA RELIGIOSA NA RENOVAÇÃO


CARISMÁTICA CATÓLICA: CONTEXTOS,
EXPRESSÕES, FORMAS E SIGNIFICADOS.
EDMILSON SOUSA ROCHA
ORIENTADOR: HELMUT RENDERS
UMESP - 2022
Roteiro
 Introdução
 Objetivos da pesquisa
 Justificativa
 As formas e origens Religio Cordis na Renovação Carismática
Católica – RCC (1º e 2º cap.).
 Significados das expressões visuais da Religio Cordis brasileira na
RCC (3º cap.)
 Considerações Finais
Introdução

 A RCC é um dos movimentos leigos surgidos na Igreja católica logo


após o Concílio Vaticano II (1962- 1965) que inseriu a participação no
leigo na vida e missão da Igreja, antes reservada aos eclesiásticos.
 É um movimento de espiritualidade focada na experiência pessoal de
caráter subjetivo relacionada com o Espírito Santo contrapondo com a
Cebs movimento surgido no mesmo período ligado a Teologia da
libertação.
 Motivos de estudo: a presença da religião do coração na cultura
visual da RCC.
Justificativa

 Há diversos estudos da utilização da religio cordis no catolicismo


brasileiro em diferentes épocas da história, inclusive em nossos
dias.
 No entanto não há uma discussão do uso da religio cordis pela
RCC, ficando o movimento restrito a outras abordagens.
 Essa pesquisa propõe-se a contribuir na compreensão do processo
de apropriação da linguagem da religio cordis pela RCC, um
movimento situado na modernidade.
Objetivo geral

 Descrever, analisar e interpretar o processo de apropriação da


religio cordis pela RCC no âmbito nacional, estadual (São Paulo) e
regional (diocese de Osasco)do movimento nos anos de 2000 a
2020.
Objetivos específicos

 Descrever a utilização da religio cordis pela RCC.


 Analisar as ideias inerentes da religio cordis e suas diferentes forma
de apresentação pela RCC.
 Interpretar o uso da religio cordis a partir do método iconológico e
iconográfico de Panofsky e aproximando da teoria das formas
simbólicas de Ernst Cassirer. (metodologia)
As formas e origens da Religio Cordis na RCC
Cultura Visual (1º e 2º cap.)
Figura 1: RCC tema anual, 2015 Figura 2: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus,
1944.

Fonte: www.rccbrasil.org.br
Fonte: www.franciscanos.org.br
Cultura Visual

Figura 4: Antônio Wierix. Cor


Jesu Amanti Sacrum, 1586/87.
Figura 3: RCC tema anual 2018 Emblema 2: Jesus bate à porta
do coração

Fonte: rccsaogoncalo.blogspot.com
Fonte: www.ngv.vic.gov.au
Cultura Visual

Figura 5: RCC- SP Dia Consagrado a missão Figura 11: Albin Egger-Lienz. O


semeador. 1903

Fonte: www.rccsp.org.br Detalhe semeadura mão

Figura 11: Albin Egger-Lienz. O


semeador. 1903
Gestos
Figura 5 : RCC gesto mãos ao coração Figura 6: RCC gesto bíblia ao coração

Fonte: www.facebook.com/rccosasco Fonte: www.facebook.com/rccosasco


Ornamentação de espaço

Figura 23: RCC Osasco encontro diocesano, 2018 Detalhe

Fonte: facebook.com/rccosasco
Significados da religio cordis Brasileira na RCC
(3º cap.)

- Período Colonial
 A arte barroca , ênfase na religiosidade interior, figuras marcantes Inácio
de Loyola (exercícios espirituais), Teresa de Ávila (Carmelita), Gertrudes
de Helfta (Beneditina) - União mística. Irmandades e Ordens Terceiras.
 Fim do Período Imperial – Ultramontano – Sagrado coração de Jesus
(Espiritualidade da Reparação)
 Segunda metade do século 20 nova perspectiva da Religio cordis,
(Encíclica Hauretis Aquas- Pio XII)- Concílio Vaticano II- Karl Rahner –
misericórdia e serviço
Cultura visual colonial
Figura 29 – Santa Gertrudes de Hefta séc.
17/18
Figura 28 - Transverberação do coração de Santa Teresa D’Ávila

Fonte: Ordem Terceira de Carmo da Cachoeira, BA foto: Eduardo V.


Santos, 2009 Fonte: facebook.com/mosteirosp/photos/
Cultura Visual Ultramontana
Figura 33 – Igreja de Santo Antônio séc. 19 Itapecerica- MG
Figura 32- Vaso para santos óleos -
séc. 18

Fonte: Museu de Arte Sacra de São


Paulo
Fonte: Foto Gustavo Fonseca, 2013
Cultura visual pós conciliar e contemporânea
Figura 39: Julian, O discípulo amado, Figura 37: Claudio Pastro, Cristo Bom
ano? Pastor, Florianópolis, [19??]

Fonte:viverevangelizando.com

Fonte: br.pinterest.com
Função hierofânica e função simbólica
 Hierofania
[...] o sagrado enquanto realidade transcendente, mostra-se (hierofania) e, ao mostrar-
se, limita-se. Mas, dessa maneira, ao revestir um objeto ou uma pessoa de sacralidade,
torna possível ao ser humano comunicar-se com o transcendente, o sagrado em sua
forma absoluta, o divino. O símbolo religioso está localizado em primeiro lugar,
“entre” o totalmente Outro e o sujeito humano que o experimenta (CROATTO, 2010,
p. 83).
 Função Simbólica (religião, arte, e realidade transcendente)
Não estando mais num universo merante físico, o homem vive num universo
simbólico. O homem não pode mais confrontar-se com a realidade imediatamente; não
pode vê-la, por assim dizer frente a frente. Envolveu-se de tal modo em formas
linguísticas, imagens artísticas, símbolos míticos ou ritos religiosos que não consegue
ver ou conhecer coisa alguma a não ser pela interposição desse meio artificial.
(CASSIRER, 2005, p. 48).
Concluímos que:

 É evidente a prática da religião do coração na RCC


 Que a RCC se serve de diversos elementos utilizados na Religio
Cordis ao longo da história.
 A figura do coração como “hierofania”, lugar da manifestação,
morada e relação com a divindade.
 Apesar de não figurar na identidade visual do movimento, o coração
possui uma importante centralidade nas narrativas do movimento.
 Continuidade e inovação

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