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Escola Técnica Multi Tech

BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO

Aula 12
BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO
Para haver um sistema eficiente de segurança contra
incêndios, é preciso observar três aspectos:

1. Seleção e instalação correta de equipamentos:

2. Manutenção adequada dos equipamentos:

3. Pessoal treinado:
TIPOS DE BRIGADAS
Brigadas de incêndios:

 São aquelas destinadas ao combate de princípios de incêndio


nas edificações e compostas de funcionários treinados,
pertencentes a diversos setores (ou de vários andares) da
empresa.

 A estrutura da brigada de incêndio e o número de seus


componentes depende das características do local de trabalho.

 A brigada de incêndio é estruturada de acordo com as


responsabilidades de seus brigadistas.
TIPOS DE BRIGADAS
Coordenador-geral: é o responsável por todas as edificações
que compõem a empresa. O coordenador é a autoridade
máxima.
Chefe da assessoria: é o responsável pelo treinamento,
fiscalização e reciclagem da brigada.
Chefe da brigada: é o responsável por uma edificação com mais
de um pavimento, compartimento ou setor.
Líder: é o responsável pela coordenação e execução das ações
de emergência em sua área de atuação
(pavimento/compartimento/setor).
Brigadista: membro da brigada de incêndio
TIPOS DE BRIGADAS

Brigadas de abandono:

 São aquelas destinadas a retirar a população das edificações


em caso de emergência; são compostas de funcionários com
treinamento específico para o abandono do local.

 Estes funcionários não fazem parte da brigada de incêndios,


pois em uma situação de emergência, devem deixar o local
junto com a população da edificação.

 Em um abandono coordenado, cada brigadista tem sua


função específica e sua responsabilidade, durante o processo
de evacuação do local.
TIPOS DE BRIGADAS
Coordenador geral: Responsável por todo o abandono e é quem
determina o seu início.
Coordenador de andar: Responsável pelo controle do abandono
em seu andar. Organiza a fila, verifica se todas as pessoas do
seu andar estão na fila e chegaram ao ponto de encontro.
Puxa-fila: Primeiro componente da brigada de abandono de
cada andar e deve estar identificado com o número do seu
pavimento.
Cerra-fila: Último componente da brigada de abandono e o
responsável por ajudar na conferência das pessoas na fila.
Auxiliar: é o componente da brigada de abandono que auxilia os
demais componentes na vistoria das dependências do
estabelecimento.
TIPOS DE BRIGADAS

Brigadas de emergência:

São aquelas que, além de combater princípios de


incêndio, realizam a orientação para o abandono do
local; são também responsáveis por sinistros e riscos em
locais específicos, como inundações, vazamentos de
produtos perigosos e etc.
CURSO DE FORMAÇÃO
 É obrigatório para os candidatos que já foram previamente
selecionados pelo responsável pela brigada.

 Tem por objetivo proporcionar aos alunos conhecimentos


para atuar na prevenção e no combate ao princípio de
incêndio, abandono de área e primeiros socorros.

 A carga horária mínima e o conteúdo ministrado nestes


cursos deve atender ao que está disposto na NBR
14276/2006, intitulada - Brigada de Incêndios – Requisitos.
CURSO DE FORMAÇÃO
 A norma define as características do curso conforme o grupo:
tipo de ocupação da planta (comércio, laboratório, hospitais,
escolas...), o grau de risco da planta e o número de pessoas
da população fixa do pavimento.
 O curso poderá ser realizado na modalidade básica,
intermediária ou avançada, com atividades teóricas e
práticas.
 Certificado de brigadista com validade de um ano, somente
para aqueles que obtiverem aproveitamento mínimo de 70%
nas avaliações teóricas e práticas.
 Os brigadistas devem realizar uma reciclagem anual das
informações, na qual é obrigatória a realização de aulas
práticas com e sem fogo.
CURSO DE FORMAÇÃO
No certificado, devem constar as seguintes informações:

 Nome completo da pessoa que foi aprovada no curso.

 Registro Geral (RG) dessa pessoa.

 Carga horária e ementa do curso.

 Data do início e do fim do treinamento.

 Nome completo, nível de formação, registro geral (RG) e


cadastro de pessoa física (CPF) do instrutor responsável pelo
curso.
COMPOSIÇÃO DA BRIGADA

A composição e formação da brigada de incêndio deve ser


realizada de acordo com as disposições da
NBR14276/2006.

Considerações (notas) elaboradas pela NBR 14276/2006


e exemplos de composição de brigada de incêndio:

1. A definição do número mínimo de brigadistas por


setor, pavimento e compartimento deve prever os turnos,
a natureza de trabalho e os eventuais afastamentos.
COMPOSIÇÃO DA BRIGADA

2. A composição da brigada de incêndio deve levar em


conta a participação de pessoas de todos os setores.

3. O grupo de apoio e/ou os bombeiros profissionais civis


ou privados não são considerados na composição da
brigada de incêndio da planta, devido as suas funções
específicas.

4. A planta que não for enquadrada em nenhuma das


divisões previstas no anexo da NBR 14276/2006 deve ser
classificada por analogia com o nível de risco mais
próximo.
COMPOSIÇÃO DA BRIGADA

5. Quando a população fixa de um pavimento,


compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será
acrescido:

 Mais um brigadista para cada grupo de até 20 pessoas


para risco baixo.
 Mais um brigadista para cada grupo de até 15 pessoas
para risco médio.
 Mais um brigadista para cada grupo de 10 pessoas para
risco alto.
EXEMPLO
Compor a brigada de incêndio em um escritório em um
único setor, de risco médio, com população fixa de 25
pessoas.
Pelo Anexo A da NBR 14276/2006, o escritório
administrativo pertence à divisão D-1.
No quadro destacado em vermelho, o escritório de grau de risco
médio, com população fixa de até 10 pessoas, é preciso ter 4
brigadistas de incêndio.

Para uma população fixa de 25 pessoas, de acordo com a Nota 5 da


NBR 14276/2006, deve-se avaliar o número de pessoas que
ultrapassa a quantidade de 10 e, a partir do resultado, acrescentar
mais alguns brigadistas.
EXEMPLO
 A população fixa de 25 pessoas ultrapassa em 15
pessoas. Desta forma, de acordo com a Nota 5, para um
grau de risco médio, devemos adicionar mais um
brigadista para cada grupo de 15 pessoas.
 Como o número foi ultrapassado exatamente em 15
pessoas, deve-se acrescentar mais um brigadista ao valor
já indicado na tabela.

 Em resumo:
A brigada será formada por 5 pessoas, ou seja, 4
brigadistas (da população fixa até 10) mais 1 brigadista (da
população fixa acima de 10).
COMPOSIÇÃO DA BRIGADA

 6. Quando em uma planta houver mais de uma classe de


ocupação, o número de brigadistas é determinado
levando-se em conta a classe de ocupação do maior
risco.

 O número de brigadista só é determinado por classe de


ocupação se as unidades forem compartimentadas e os
riscos forem isolados.
EXEMPLO

Compor brigada de incêndio em uma planta com duas


edificações:

 Sendo a primeira uma área de escritórios administrativos


em um único setor, de grau de risco baixo, com três
pavimentos e 19 pessoas por pavimento.
 Sendo a segunda área uma indústria de risco alto com 116
pessoas.

Considere que as edificações têm pavimentos


compartimentados e riscos isolados.
EXEMPLO
a) Cálculo do número de brigadistas para o escritório
administrativo em um único setor.

Usando a mesma imagem, vê-se que para um grau de risco


baixo e para uma população fixa de até dez pessoas são
necessários 2 brigadistas.
EXEMPLO
 Pela Nota 5 da NBR14276/2006, para um risco baixo, a cada
grupo de 20 pessoas que ultrapasse a 10, é preciso
acrescentar mais um brigadista.

 Fazendo o cálculo temos: 9 ÷ 20 = 0,45 pessoa que devemos


adicionar. Como não há possibilidade, precisamos
arredondar o resultado encontrado para cima, até
chegarmos ao número inteiro mais próximo, que neste caso
é 1.

 Assim, devemos acrescentar mais um brigadista ao grupo, de


forma que teremos, por pavimento, um total de 3
brigadistas (2 + 1).
EXEMPLO
b) Cálculo do número de brigadistas para indústria em um
único setor.

Pela tabela A-1 do anexo A da NBR 14276/2006 temos que a


indústria pertence à divisão I-3.
EXEMPLO
 Conforme em destaque pelo quadrado vermelho, para uma
indústria de risco alto, com população fixa de até 10 pessoas,
são necessários 8 brigadistas.

 A população é de 116 pessoas.

 A quantidade de pessoas que ultrapassa a 10, neste caso é:


116 – 10 =106 pessoas a mais.

 A Nota 5, da NBR 14276/2006, diz que para um risco alto, a


cada grupo de 10 pessoas que ultrapassem a quantidade
referência de 10, devemos acrescentar um brigadista.
EXEMPLO
Calculando:

Temos que: 106 ÷ 10, resultam na adição de mais 10,6


brigadistas.

Conforme já observado, quando obtemos números decimais,


devemos arredondá-lo para o maior e mais próximo inteiro.
Neste caso, arredondamos para 11.

Portanto, temos um total de 19 brigadistas na indústria (8 + 11).

Conclui-se que nesta planta deve-se ter 28 brigadistas (9 para o


escritório + 19 para a indústria).
REQUISITOS PARA SER BRIGADISTA

O candidato ou pessoa escolhida para participar da brigada


de incêndio deve atender a certos requisitos ou, pelo
menos, ao maior número de critérios determinados pela NBR
14276:2006. Os requisitos básicos são:

a) Permanecer na empresa durante o seu turno de trabalho.


b) Possuir boa condição física e boa saúde.
c) Possuir bom conhecimento das instalações.
d) Ter mais que 18 anos.
e) Ser alfabetizado.
OBRIGADO!!!

DANIEL BARBOSA DE OLIVEIRA


Engenheiro Ambiental
e de Segurança do Trabalho

E-mail: danieloliveira.ssma@hotmail.com

Fone: (38) 9.9849-8129

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