Engenharia Civil 1º e 2º Períodos Parte 4 – Aplicações das Leis de Newton Atrito estático
O atrito é um fenômeno complicado, que não se entende
completamente, provocado pela ligação entre moléculas de duas superfícies que estão em contato íntimo. Esta ligação é do mesmo tipo da ligação molecular que mantém a integridade de um corpo sólido.
Onde é o coeficiente de atrito estático, grandeza adimensional
que depende da natureza das superfícies em contato. Atrito Cinético
Ligações entre as moléculas formam-se e rompem-se
continuamente, e pequeninos fragmentos das superfícies são arrancados. Também chamado de atrito por escorregamento, que se opõem ao movimento.
Onde é o coeficiente de atrito cinético e depende da natureza das
superfícies em contato. Atrito cinético < atrito estático. Atrito Materiais Aço sobre aço 0,7 0,6 Latão sobre aço 0,5 0,4 Cobre sobre ferro fundido 1,1 0,3 Vidro sobre vidro 0,9 0,4 Teflon sobre teflon 0,04 0,04 Teflon sobre aço 0,04 0,04 Borracha sobre concreto (seco) 1,0 0,8 Borracha sobre concreto 0,3 0,25 (molhado) Madeira parafinada sobre neve 0,1 0,05 (0) Atrito de rolamento
Quando uma roda rígida ideal rola a velocidade constante sobre
uma estrada plana horizontal, sem escorregar, não há força acelerando-a. Como, porém, um pneumático real continuamente se deforma e a banda de rodagem e a superfície da estrada continuamente são separadas uma da outra, é preciso uma pequena força para manter a velocidade constante. O coeficiente de atrito por rolamento é razão entre a força que mantém a roda rodando a velocidade constante sobre a superfície plana horizontal e a força normal da superfície sobre a roda. Valores típicos de são 0,01 a 0,02 para a borracha no concreto e 0,001 a 0,002 para rodas de aço sobre trilhos de aço. Atrito Exemplo: A massa m foi escolhida de tal modo que o bloco de massa M está prestes a escorregar. a) Se M = 7 kg e m = 5 kg, qual o coeficiente de atrito estático entre a superfície da prateleira e o bloco? b) Com um pequeno empurrão, os dois blocos movimenta-se com a aceleração a. Calcular a se o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfície for 0,54. Atrito
Uma caneca de chope, de 0,45 kg, escorrega horizontalmente
sobre o balcão de um bar com velocidade inicial de 3,5 m/s. A caneca fica em repouso depois de escorregar 2,8 m. Calcular o coeficiente de atrito cinético. Aceleração centrípeta
Newton mostrou que uma partícula que se move com velocidade
de módulo constante v sobre um círculo de raio r tem aceleração de módulo v²/r dirigida radialmente para o centro do círculo. Esta aceleração é a aceleração centrípeta e exige que haja uma força dirigida para o centro do círculo.
O tempo necessário para que uma partícula em movimento com
velocidade constante complete uma revolução é o período T. A velocidade escalar é dada por: Aceleração centrípeta Quando uma partícula percorre um círculo com velocidade de módulo variável, tem uma componente da aceleração tangencial ao circulo, dv/dt, e outra componente radial, dirigida para o centro do círculo v²/r . No movimento sobre uma curva qualquer podemos imaginar que cada arco da curva seja aproximado por um arco de círculo. A partícula tem então uma aceleração v²/r dirigida para o centro da curvatura e , se o módulo da velocidade for variável, uma aceleração tangencial dv/dt. Força centrípeta
Como qualquer aceleração, é preciso haver uma resultante de
forças na direção da aceleração para produzi-la. No caso da aceleração centrípeta, essa força é a força centrípeta. A força centrípeta pode ser a força de uma mola, de um fio ou uma força de contato, como uma força normal ou uma força de atrito. Sempre está dirigida para o lado côncavo da trajetória, para o centro do círculo do movimento. Força centrípeta Exemplo: Um balde cheio de água gira num círculo vertical de raio r. A velocidade do balde no topo do círculo é . Achar a força exercida pelo balde sobre a água no topo da trajetória. Calcular a força do balde sobre a água na parte mais baixa da trajetória, se a sua velocidade for .