Você está na página 1de 41

Impacto Ambiental

Engenharia Civil, UNICRUZ


Prof. Rodrigo F. S. Salazar, Dr
Impacto ambiental (aula 01)
• Tópicos:
– Meio Ambiente (Introdução & Conceituação);
– Poluição;
• Tipos de poluição (ar, água, solo, magnética, etc);
– Classificação de impactos ambientais

2
Proteção do Meio Ambiente
- CONCEITO/DEFINIÇÃO;
- FONTES DE POLUIÇÃO

3
Impacto ambiental (aula 01)
• Definição:
– “Considera-se Meio Ambiente a totalidade dos
fatores externos suscetíveis de influírem sobre a
vida biológica de um indivíduo ou grupo de
indivíduos. Ou seja: é tudo aquilo que nos rodeia e
que influi em nossa existência.” (Ruppenthal,
2010).

4
Impacto ambiental (aula 01)
• Apesar do meio ambiente significar o conjunto
de fatores que envolvem o homem, onde quer
que este se encontre, existem determinadas
situações que apresenta, características
próprias e particulares, justificando a sua
individualização:
– Ambiente de Trabalho;
– Ambiente das Comunidades;
– Ambiente Global.
5
Impacto ambiental (aula 01)
• “Qualquer alteração produzida no meio ambiente capaz
de interferir na vida biológica dos seres, é definida como
Poluição Ambiental”. (Ruppenthal, 2010)
– Poluição do ar;
– Poluição da água;
– Poluição do solo;
– Poluição radioativa;
– Poluição sonora;
– Poluição térmica;
– Poluição visual;
– Poluição eletromagnética.

6
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição do ar:
– Definição: é aquele que afeta as condições do
ar que respiramos. Suas principais fontes são
as indústrias e os automóveis que lançam
diversos tipos de gases na atmosfera como o
dióxido de carbono, óxidos de enxofre e
materiais particulados.

7
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição da água:
– Definição: “É a introdução de partículas estranhas ao
ambiente natural, bem como induzir condições em
um determinado curso ou corpo de água, direta ou
indiretamente, sendo por isso potencialmente
nocivos à fauna, flora, bem como populações
humanas vizinhas a tal local ou que utilizem essa
água” (Santiago, 2015)
• CONAMA 357:2005 (Classificação de corpos hídricos)
• CONAMA 430:2011 (Padrões de lançamentos de efluentes)

8
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição do solo:
– Definição: “A poluição do solo e do subsolo consiste
na deposição, disposição, descarga, infiltração,
acumulação, injeção ou aterramento no solo ou no
subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em
estado sólido, líquido e gasoso” (Rodriguez, 2013).
• CONAMA 420:2009 (diretrizes para o gerenciamento
ambiental de áreas contaminadas);
• CONAMA 420:2013 (critérios e valores orientadores de
qualidade do solo – padrão químico).

9
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição radioativa:
– Definição: A poluição radioativa (ou nuclear) é
considerada por muitos estudiosos do ramo como
o tipo mais perigoso de poluição. Ela é
proveniente da radiação, que é um efeito químico
derivado de ondas de energia (sejam elas de calor,
de luz ou de outras formas).

10
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição sonora:
– Definição: É considerado como poluição sonora
qualquer ruído os limites estabelecidos pela
legislação ou, que seja capaz de provocar
desconforto, e prejudicar a saúde humana.
• < 65 dB (O.M.S.);
• NBR 10151:2000 (Limites no meio ambiente, Brasil);
• CONAMA Nº 001/1990 (Critérios e padrões de emissão
de ruídos das atividades industriais) – retificada;
• CONAMA Nº002/1990 (“Lei do Silêncio”).

11
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição sonora:

12
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição sonora:

13
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição térmica:
– Definição: consiste no aquecimento das águas
naturais pela introdução da água quente utilizada
na refrigeração de centrais elétricas, usinas
nucleares, refinarias, siderúrgicas e indústrias
diversas.
• CONAMA 357:2005 e CONAMA 430:2011
“A elevação da temperatura afeta a solubilidade do O2 na
água”

14
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição visual:
– Definição: A poluição visual se encaixa naquilo
que é definido pela Lei 6.938/81 em seu Art. 3º,
III, alínea d, como a “...degradação da qualidade
ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente...afetem as condições estéticas e ou
sanitárias do meio ambiente;”

15
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição eletromagnética:
– Definição: oriundo de campos eletromagnéticos
(CEM) e dispositivos emissores de radiação
eletromagnética (REM) de radiofrequência. Riscos:
• Câncer ;
• Estresse celular;
• Radicais livres perniciosos;
• Danos genéticos

16
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição eletromagnética:
(Espectro eletromagnético)

17
Impacto ambiental (aula 01)
• Poluição eletromagnética:
– A radiação ionizante pode ser avaliada no
ambiente, utilizando-se o contador GEIGER, ou
individualmente, com os dosímetros de filmes de
bolso.
– Para radiação não ionizante, os medidores são
específicos para cada tipo de radiação (micro-
ondas, laser e ultravioleta).

18
Impacto ambiental (aula 01)
• Estudos de Proteção do Meio Ambiente:
– Resolução 001:1986 CONAMA: “impacto ambiental é
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas
e/ou biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que direta ou indiretamente,
afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da
população, as atividades sociais e econômicas a
biota, as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente, e a qualidade dos recursos ambientais”

19
Impacto ambiental (aula 01)
• Classificação usual para explicar a dinâmica
espaço-tempo de propagação dos impactos:
– Impactos Ambientais Diretos;
– Impactos Ambientais Indiretos;
– Impactos Ambientais de Curto Prazo;
– Impactos Ambientais de Longo Prazo.

20
Impacto ambiental (aula 01)
• Impactos Ambientais Diretos:
– impactos ambientais diretos ou primários consiste
na alteração de determinado aspecto ambiental
por ação direta do ser humano

Rio de Ouro e Soja - Tapajós (Foto: Oldair Lamarque) 21


Impacto ambiental (aula 01)
• Impactos Ambientais Indiretos:
– Impactos ambientais indiretos ou secundários
decorrem do I.A. direto. (Ex.: crescimento
demográfico)

Curionópolis – PA (Serra Pelada, Sebastião Salgado 1980) 22


Impacto ambiental (aula 01)
• Impactos Ambientais de Curto Prazo:
– Ocorre normalmente logo após a realização da
ação, podendo desaparecer em seguida.

23
Impacto ambiental (aula 01)
• Impactos Ambientais de Longo Prazo:
– É verificado depois de certo tempo da realização
da ação. Ex.: modificação do regime de rios,
doenças respiratórias, etc

Usina Nuclear de Chernobyl Chernobyl (antes e depois do desastre) 24


Impacto ambiental (aula 01)
• Outras classificações de impactos ambientais
– Existem ainda outras classificações importantes,
tais como I.A. cumulativo e sinérgicos, que
consideram o somatório dos efeitos sobre o meio
ambiente e I.A.(s) reversíveis e irreversíveis, dada
a reversibilidade ou não das alterações
provocadas sobre o meio.

25
Impacto ambiental (aula 01)
• Exemplos de impactos ambientais cumulativos
e sinérgicos:

Serra Pelada (Atual) Chernobyl (Consequências)


Impacto ambiental (aula 01)
• Entretanto os problemas de poluição
ambiental e de saneamento do meio estão
longe de serem inteiramente solucionados
– Geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos
crescente a cada ano;
– Existência de muitas áreas primitivas ou marginais
que não foram contempladas com saneamento
básico.
Impacto ambiental
TERMINOLOGIAS (ECOLOGIA –
EFLUENTES)

28
Terminologias
• BIOSFERA. Região do planeta que contém todo
o conjunto de seres vivos e na qual a vida é
permanentemente possível. Divide-se em
LITOSFERA (terra), HIDROSFERA (água) e
ATMOSFERA (ar);

• ECOLOGIA (oikos = casa) Ciência que estuda os


costumes ou comportamentos específicos das
espécies
29
Terminologias
• ETOLOGIA. Ciência que estuda os costumes ou
comportamentos específicos das espécies;

• NUTRIÇÃO. É o processo de obtenção de


matéria e energia para a construção do
organismo e realização de suas atividades.
Existem os autótrofos e os heterótrofos.

30
Terminologias
• ECOSSISTEMA. Qualquer unidade que inclua todos
os organismos de uma determinada área interagindo
com o meio físico. Sistema resultante da integração
de todos os fatores vivos (bióticos) e não vivos
(abióticos) do meio ambiente;

• EQUILÍBRIO NATURAL. Processo dinâmico no qual


um ecossistema recupera-se de uma perturbação e
estabelece alguns graus de estabilidade. Repetição
cíclica de comunidade.
31
Terminologias
• SUCESSÃO. Interação dinâmica complexa entre a
comunidade que habita o ecossistema, os fatores
geológicos determinantes dos padrões de
transferência de matérias, o fluxo característico do
ecossistema como um todo e o tempo;

• NICHO. Conjunto de características ambientais


estáticas (fatores físicos, alimentos e inimigos) que
definem o lugar no sentido funcional da espécie na
natureza (profissão).
32
Terminologias
• HABITAT. Lugar (no sentido espacial,
geográfico) em que vive uma espécie, ou onde
pode ser encontrada (endereço);

• FATOR LIMITANTE. Principal responsável pelo


maior ou menor desenvolvimento de uma
espécie ou pela competição entre duas
espécies em equilíbrio. É sempre relativo.

33
Terminologias
• RESISTÊNCIA AMBIENTAL. Diferença entre potencial
biótico (crescimento que uma espécie teria em ambiente
irrestrito) e o crescimento real nas condições ambientais
oferecidas (ambiente natural ou artificial, perturbado por
poluição, etc);

• FLUXO TRÓFICO. O mesmo que cadeia ou rede alimentar.


É o fluxo de energia estabelecido e que percorre uma
cadeia (ou mesmo uma rede complexa) de organismos,
alimentando-se uns dos outros ou de seus dejetos.

34
Terminologias
• HOMEOSTASE. Tendência ou capacidade dos
ecossistemas em resistir as mudanças, isto é, mantém-se
em equilíbrio, pela ação de “feed-backs” ou mecanismos
de retroação de um efeito sobre uma de suas causas;

• CICLOS BIOGEOQUÍMICOS. É o intercâmbio dos


elementos químicos, acompanhado de ganhos ou perdas
de energia, gerando um ciclo entre o meio biológico e o
meio geofísico (ciclo do carbono, ciclo da água, ciclo do
nitrogênio, etc).

35
Terminologia (efluentes)

• CARACTERÍSTICAS FÍSICAS. As principais são:


conteúdo de sólidos (fixos, voláteis,
suspensos, orgânicos, inorgânicos, totais, etc);

• CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS. Vários


parâmetros que definem a existência de
matéria orgânica e inorgânica, tóxica ou não,
no efluente (pH, DBO, DQO, metais, etc).

36
Terminologia (efluentes)

• DEMANDA BIOQUÍMICA – DBO5. Quantidade


de O2 necessário para oxidar bioquimicamente
(bactérias e outros) a matéria orgânica de um
efluente. Medida em 5 dias a 20ºC e expressa
em mg de O2 por litro;

37
Terminologia (efluentes)

• DEMANADA QUÍMICA DE OXIGÊNIO - DQO.


Quantidade de oxigênio que está presente
(dissolvido) na água, expressa em mg L-1 ou
ppm. Varia com a solubilidade do gás, pressão
parcial do gás na atmosfera, temperatura,
sólidos dissolvidos, sólidos suspensos, etc.

2 H 2 SO4 Ag 2 SO4
0
2      (150 º C )
O O 2

38
Terminologia (efluentes)

• RAZÃO DBO/DQO. Número adimensional que


reflete a biodegradabilidade da matéria
orgânica sujeita ao tratamento biológico;
– Valor compreendido entre 0 e 1;
– Efluente recalcitrante (r => 0);
– Efluente biodegradável (r => 1).

39
Terminologia (efluentes)

• CORPO RECEPTOR. Local onde um efluente é


lançado ( rio, lago, lagoa, oceano);
• AUTODEPURAÇÃO. Processo de estabilização
natural de um corpo receptor. Depende
essencialmente da existência de OD suficiente
para realização dos processos de
biodegradação;

40
Terminologia (efluentes)
• BIODEGRADAÇÃO. Estabilização, decomposição
enzimática, microrgânica, em processo biológico de
nutrição e respiração (mais ou menos longos e
complexos), de substratos orgânicos, em que elementos
químicos como carbono, nitrogênio, fósforo e outros
presentes nas proteínas, lipídios e glicídios, são
devolvidos ao meio ambiente (solo, água ou ar), nas
formas mais simples, tais como: gás carbônico, nitratos,
fosfatos, que posteriormente serão assimilados por
seres autótrofos, fechando o ciclo.

41

Você também pode gostar