cresceu em Nova York, onde seu pai trabalhava. Era a época de Elliot Ness, a lei seca e a máfia. Ele aprendeu a tocar bandoneon em sua infância. Quando era adolescente, ele foi estudar música na Europa, algo que ele faria ao longo de sua vida. PIAZZOLA E Piazzolla conheceu Carlos Gardel em GARDEL Manhattan em 1934. O cantor o convidou para aparecer no filme que estava rodando, El día que me quieras, como um jovem vendedor de jornais. Também o convidou a acompanhá-lo em sua viagem pela América com seu bandoneon, mas seu pai não o permitiu porque ele ainda era muito jovem, 14 anos. Essa decepção acabou sendo uma grande sorte, pois Gardel e toda sua banda perderam suas vidas em um acidente de avião. Em 1978, em uma carta imaginária para Gardel, Piazzolla brincou sobre isso, dizendo-lhe: “Charlie, eu fui salvo! Em vez de tocar o bandoneon, eu estaria tocando harpa.” PIAZZOLA E TROILO
De volta a Buenos Aires, ele andou
em cabarés e cafés em busca de boas orquestras de tango, para entender o tango e parar de tocar como um galego, como Gardel lhe tinha dito. Então ele conheceu Aníbal Troilo, a cuja orquestra ele se juntou. Depois de alguns anos, ele o deixou porque não aceitou todos seus arranjos musicais que eram muito complexos para seus músicos. MÚSICA CONTEMPORÂNEA DE BUENOS AIRES Era um músico de tango ou um compositor de música clássica? Era uma síntese de ambos, acrescentando jazz com um estilo muito pessoal. Ele introduziu inovações no ritmo, no timbre e na harmonia dos tangos que não eram mais para dançar, mas para ouvir. Os tangueros tradicionais e ortodoxos o consideravam "o assassino do tango". Piazzolla respondeu com uma nova definição: "É a música contemporânea de Buenos Aires". ADEUS … Piazzolla viajou pelo mundo dando concertos e dividindo o palco com os músicos mais renomados de seu tempo. Em 1959, enquanto se apresentava em Porto Rico, Piazzolla recebeu a notícia da morte de seu pai, Vicente. Ao retornar a Nova York, ele se trancou em seu quarto o dia inteiro e quando saiu tinha terminado a peça que atravessou todas as fronteiras: Adiós Nonino, que era o apelido de seu pai. SUA MÚSICA PERCORREU O MUNDO
Astor Piazzolla escreveu música para
conjuntos instrumentais de vários tipos. Mas sem dúvida o mais famoso foi seu quinteto de bandoneon, violino, guitarra elétrica, piano e contrabaixo. Entre suas mais de 500 composições, ele deixou peças como “Verano porteño”, “Libertango”, “Balada para un loco” e a já mencionada, “Adiós Nonino”. Ele também compôs música para cerca de 40 filmes, nacionais e estrangeiros. PARA CONTINUAR ESCUTANDO PIAZZOLLA
• Em 4 de julho de 1992, Ástor Piazzolla
morreu em Buenos Aires. • Este ano foi o 100º aniversário de seu nascimento e ele foi lembrado com concertos em diferentes partes do mundo. O Teatro Colón foi um desses palcos. • Em seu site da internet você pode ouvir os 13 concertos da orquestra estável do Colón, acompanhada de grandes artistas que trabalharam com ele.