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TREINAMENTO DE SEGURANÇA PARA TRABALHO EM ALTURA 1

em Altura (NR 35) nº 002/22


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1. OBJETIVO

Apresentar os requisitos mínimos e as medidas de proteção para trabalho em altura envolvendo


planejamento, organização e a execução de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta e indiretamente nessa atividade.

2. DEFINIÇÃO
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2 m do nível
inferior onde haja risco de queda.
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3.1 NORMAS E REGULAMENTOS

NR 06 – Equipamento de Proteção Individual


NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção
NR 35 – Trabalho em Altura
NBR 11.370 – Cinturão, talabarte – Especificação e método de ensaio
NBR 6.494 – Segurança no Andaimes
NBR 14.626 – Trava queda guiado em linha flexível
NBR 14627 – Trava queda guiado em linha rígida
NBR 15.595 – Acesso por corda

3. 2 PROCEDIMENTOS SEGURANÇA CRAISA APLICÁVEIS AO TRABALHO EM ALTURA

Procedimento de Segurança nº 001/18-Trabalho em Altura


Procedimento de Segurança nº 002/18-Prestadores de Serviços
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4. RESPONSABILIDADES
4.1 EMPREGADOR

a) Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas no Procedimento


de Segurança 001/18 – Trabalho em Altura e NR 35 da Portaria 3214/78.

b) Assegurar a suspenção dos trabalhos em altura quando existir condição impeditiva


não apontadas ou não respeitadas no Procedimento 001/18 bem como na APR.

c) Garantir todos os recursos necessários para que as atividades em altura sejam


realizadas conforme previsto nas NRs.
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4.2 TRABALHADOR

a) Cumprir as disposições legais e regulamentais sobre trabalho em altura,


inclusive os procedimentos expedidos pela CRAISA.

b) Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa sempre que


constatarem evidência de riscos graves e iminentes para a sua segurança e
saúde.

c) Comunicar imediatamente a sua supervisão/encarregatura eventuais situações


de risco na realização de suas atividades.

d) Na realização de trabalhos em altura, os funcionários não devem fazer o uso do


aparelho de celular, face aos riscos que envolvem esse tipo de atividade.
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4.3 ENCARREGATURA DE MANUTENÇÃO

a. Assegurar apenas funcionários autorizados e capacitados realizem trabalhos em altura acima


de 2 metros conforme previsto na NR 35 da Portaria 3214/78.
b. Garantir que na contratação de serviços de terceiros seja cumprido o que determina o
Procedimento de Segurança nº 002/18 – Prestadores de Serviços.
c. Assegurar que os envolvidos nas atividades no trabalho em altura cumpram as normas
técnicas vigentes da NR 18 e NR 35 da Portaria 3214 do MTE.

d) Assegurar que todo o trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja a forma será
definida em função dos riscos, de acordo com as peculiaridades da atividade.

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4. RESPONSABILIDADES

4.3 ENCARREGATURA DE MANUTENÇÃO


e) Garantir que apenas os funcionários aptos conforme o ASO, autorizados e capacitados pela
CRAISA ou empresa prestadoras de serviço possam realizar as atividades voltadas ao trabalho
em altura.

f) Garantir que os locais possuam os pontos de ancoragem/linha de vida devidamente certificados


por PH que possibilitem a fixação do trava quedas, cinto de segurança, talabarte etc.

g) Elaborar a APR da atividade não rotineira em conjunto à Segurança do Trabalho. Após emissão
da APR, a Supervisão deverá emitir antes do início do trabalho a Permissão de Trabalho (PT)
garantindo que as atividades estejam aderentes aos procedimentos de segurança, encaminhando
uma via à Segurança do Trabalho e outra à equipe que irá executar o serviço.

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4.3 ENCARREGATURA DE MANUTENÇÃO


h) Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os elementos do
SPIQ, devendo registrar as inspeções e manter em arquivo junto a área.

i) Planejar anualmente a inspeção dos diversos pontos de ancoragem com emissão de laudo e
ART por profissional habilitado.

j) Providenciar a realização de treinamento de capacitação periódico a cada 2 anos e sempre


que ocorrer retorno de afastamento do trabalho superior a 90 dias e mudança nas condições
na operação de trabalho.

k) Paralisar os trabalhos em altura quando identificado situações de risco ou não


cumprimentos das recomendações constantes no Procedimento de Segurança 001/18 –
Trabalho em Altura.

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4.3 ENCARREGATURA DE MANUTENÇÃO

l) Nas atividades consideradas rotineiras não previstas neste no


procedimento 001/18 caberá à Manutenção solicitar à Segurança do
Trabalho uma APR para avaliação dos riscos envolvidos e posterior
revisão do Procedimento.

m) Nos trabalhos em altura onde haja riscos de choque elétrico (troca de


lâmpada, reparos em fiação etc) deverão ser realizados por profissionais
qualificados e autorizados e os cuidados a serem tomados deverão estar
aderentes ao que determina a NR 10.
n) Manter arquivado o registro dos funcionários que passaram por
treinamento de operação de Plataformas elevatórias por profissional
devidamente qualificado.

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4. RESPONSABILIDADES

4.4 SEGURANÇA DO TRABALHO

a) Desenvolver procedimento operacional para as atividades


rotineiras em trabalho em altura.

b) Monitorar e fiscalizar junto as áreas que as atividades


voltadas ao trabalho em altura estejam sendo realizadas de
acordo com o conteúdo do Procedimento de Segurança nº
001/18-Trabalho em Altura e NR 35.

c) Elaborar sempre que solicitado a APR juntamente com a


Supervisão/Encarregatura da área onde será executada a
atividade.
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5. ANÁLISE DE RISCO
A Análise de Risco devem abranger os trabalhos de manutenção em telhados, serviços de
pintura, manutenção predial, serviços de alvenaria, serralheria, jardinagem, poda de árvores,
eletricidade, troca de lâmpada, manutenção de ar condicionado, limpeza de vidros, limpeza
de dutos da coifa e outros tipos de serviços a serem realizados acima de 2 m de altura com
risco de queda.
As atividades realizadas em trabalho em altura podem ocorrer de duas formas conforme
segue:
a) Trabalho rotineiro é todo trabalho realizado em altura que possui caráter de rotina,
cotidiano e que ocorre repetidamente.
b) Trabalho não rotineiro é todo trabalho realizado em altura de forma ocasional em
situações não programadas que requer a elaboração da APR e PT pela área responsável.
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5.1 Análise Preliminar de Risco (APR)

A Análise Preliminar de Risco (APR) deve ser elaborada na realização de todo o


trabalho em altura caracterizado como não rotineiro.
Cabe a manutenção informar antecipadamente a área de segurança do trabalho da
realização de toda a atividade não rotineira para que seja possível a elaboração da
APR, com a participação das partes envolvidas, conforme anexo 2 do Procedimento
de Segurança nº 001/18 rev. 0.2 – Trabalho em Altura e outra para a equipe durante
a execução dos trabalhos.
Após a emissão da APR deverá uma via ficar arquivada com a encarregatura da
manutenção e outra com a equipe de trabalho.

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5.1 Análise Preliminar de Risco (APR)

A APR deverá ser elaborada abordando os seguintes aspectos:


a) Trabalho a ser realizado
b) Passo a passo das atividades que serão desenvolvidas
c) Perigo existente na realização das atividades;
d) Riscos envolvidos na realização das atividades;
e) Danos potenciais face aos perigos e riscos envolvidos;
f) Procedimentos e medidas de segurança recomendados para a realização das atividades.

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5.2 Permissão de Trabalho (PT)

A Permissão de Trabalho (PT) deverá ser devidamente preenchida após a elaboração


da APR, garantindo dessa forma que as atividades a serem realizadas pela equipe
estarão aderentes aos procedimentos de segurança devidamente recomendados na
APR. Feito isso caberá ao encarregado da manutenção, encaminhar uma via da PT
para a Segurança do Trabalho e para a equipe durante a execução dos trabalhos.
A PT deverá ser devidamente preenchida conforme o anexo 1 do Procedimento de
Segurança nº 001/18 rev. 0.2 – Trabalho em Altura.

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6. RISCOS POTENCIAIS INERENTES AO TRABALHO EM
ALTURA E MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
O MAPEAMENTO dos riscos potenciais inerentes ao trabalho bem como as medidas de prevenção são devidamente
analisadas e abordadas nos relatórios de APR e PT. Buscando dessa forma prevenção junto as atividades que serão
realizadas. Alguns exemplos de medidas de controle:
a. Check List do Sistema de Ancoragem;
b. EPI;
c. Cordas / Cabos de Aço;
d. Trava Queda /Limitador de Movimento;
e. ASO;
f. Capacitação;
g. Normas e Procedimentos.

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7. SISTEMAS DE ANCORAGEM E DE PROTEÇÃO COLETICA (EPC)

O dispositivo de ancoragem para realização de atividades em altura deve atender os seguintes requisitos:

a) Ser fabricado em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes sob responsabilidade do
profissional legalmente habilitado.

b) Ser projetado e executado por profissional legalmente habilitado com a devido recolhimento da ART tendo
como referência as normas técnicas nacionais vigentes como parte integrante de um sistema completo de
proteção individual contra quedas.

c) Ser inspecionado anualmente com emissão de Laudo/ART por profissional habilitado.

d) Os pontos de ancoragem devem ser utilizados em todos trabalhos em altura acima de 2 m possibilitando que
os funcionários façam uso dos EPIs recomendados e tenham pontos específicos para fixação.

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7. SISTEMAS DE ANCORAGEM E DE PROTEÇÃO COLETICA (EPC)

Sistema de ancoragem é definido como um sistema de proteção e, podemos destacar o seguinte:

SISTEMA DE ANCORAGEM: um conjunto de componentes integrantes de proteção contra queda que incorpora
um ou mais pontos de ancoragem diretamente ou por meio de outro componente e projetado para suportar as forças
aplicáveis

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7. SISTEMAS DE ANCORAGEM E DE PROTEÇÃO COLETICA (EPC)

LINHA DE VIDA: Linha de vida consiste na instalação de cabos de aço, corda ou fitas ligadas ao cinto de segurança e a ancoragens
com o objetivo de permitir que as pessoas trabalhem e possam se locomover em altura com segurança.

Trabalhos em Telhado Acesso Escada Tipo Marinheiro

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7. SISTEMAS DE ANCORAGEM E DE PROTEÇÃO COLETICA (EPC)

GUARDA CORPO: proteção existente no perímetro de uma área de trabalho com altura predefinida e
composto também de rodapé proporcionando segurança contra queda de um nível ao outro na realização de
diversos tipos de trabalho

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7. SISTEMAS DE ANCORAGEM E DE PROTEÇÃO COLETICA (EPC)

PASSARELA / RAMPAS: Ligação entre dois ambientes de trabalho no mesmo nível, para movimentação
de trabalhadores e materiais, construída solidamente, com piso completo antiderrapante e dependendo do
local e tipo de trabalho, pode possuir rodapé e guarda-corpo.

Vídeo queda
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8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PARA
TRABALHO EM ALTURA

a) Utilizar os equipamentos de proteção individual conforme disposto na NR 06, NR 18 e NR 35 da


portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho.

b) Assegurar o uso de SPIQ para realização de todo serviço em altura seja afixado em pontos de
engate/ancoragem/linha de vida e devidamente projetados e executados por profissional habilitado com
a devida emissão da ART.

c) Disponibilizar de acordo com as premissas de projeto todos os EPIs necessários para realização do
trabalho em altura:

d) Cinturão de segurança com talabarte / Capacete / Bota de segurança / Óculos de segurança / Trava queda
/ Luva de segurança / Demais EPIs em situações específicas.

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8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PARA
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TRABALHO EM ALTURA

SELEÇÃO,
INSPEÇÃO,
CONSERVAÇÃ
O E
LIMITAÇÃO
DE USO

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9. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA ACESSO NOS TRABALHOS EM ALTURA
9.1 Escada de mão

É proibido colocar escada de mão nas proximidades de portas ou áreas de circulação, onde houver risco de
queda de objetos ou materiais, junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos, nas proximidades de
aberturas e vãos, com montante único;

A escada de mão deve:

a) Ter no máximo 7,00 m (sete metros) de extensão e o espaçamento entre os degraus deve ser uniforme;

b) Ser posicionada de forma a ultrapassar em pelo menos em 1,00m (um metro) o nível superior;

c) Ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo tipo sapata que impeça o seu
escorregamento bem como dotada de degraus antiderrapantes e apoiada em piso resistente;

d) Ter seu uso restrito para serviços de pequeno porte e acesso temporários.

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9.2 Escada extensível

É proibido colocar escada extensível nas proximidades de portas ou áreas de circulação,

onde houver risco de queda de objetos ou materiais, nas proximidades de aberturas e vãos.

A escada extensível com deve:

a) Ser posicionada de forma a ultrapassar em pelo menos em 1 m do nível superior;

b) Ser fixada em pelo menos um ponto de preferência no nível superior;

c) Ser dotada de degraus antiderrapantes e ser apoiada em piso resistente.

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9. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA ACESSO NOS TRABALHOS EM ALTURA

9.2 Escada extensível


d) Ter a base apoiada entre 1/5 a 1/3 em relação à altura;

e) Manter as condições originais do fabricante e possuir sapatas antiderrapantes;

f) Permitir sobreposição de 1 metro no mínimo caso não haja limitador de curso;

g) Ser dotada de dispositivo limitador de curso colocado no quarto vão a contar


da catraca.

h) A escada extensível com mais de 7 m (sete metros) de comprimento deve


possuir sistema de travamento (tirante ou vareta de segurança) para impedir
que os montantes fiquem soltos e prejudiquem a estabilidade.

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9.3 Escada dupla (tipo tesoura)

a) Comprimento máximo de 6 m quando fechada;

b) Ser utilizada com os limitadores de abertura operantes nas posições indicadas


pelo fabricante;

c) Ter estabilidade garantida quando da utilização de ferramentas e de materiais


utilizados na atividade;

d) Manter as condições originais do fabricante e possuir sapatas antiderrapantes;

e) Ser utilizadas apenas para realização de atividades com ela compatíveis, sendo
proibida sua utilização para transposição de nível.

Vídeo Shopping
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9.4 Escada fixa vertical (tipo marinheiro)

A escada fixa vertical deve:

a) Possuir corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a


plataforma de descanso ou o piso superior com altura entre 1,1m (um metro e
dez centímetros) a 1,2 m (um metro e vinte centímetros);

b) Largura entre 0,4 (quarenta centímetros) e 0,6 (sessenta centímetros);

c) Ter altura máxima de 10 metros (dez metros), se for de um único lance;

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9. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA ACESSO NOS TRABALHOS EM ALTURA

9.5Andaimes

a) Os andaimes devem ser montados de acordo com o item NR 18, e também atender
à NBR 6494.

b) Ser apoiado em sapatas sobre base rígida e nivelada capazes de resistir aos esforços
solicitantes e às cargas transmitidas, com ajustes que permitam o nivelamento;

c) Ser fixado quando necessário, à estrutura da construção ou edificação, por meio de


amarração, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito.

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d) O acesso ao andaime simplesmente apoiado, cujo piso de trabalho esteja situado a


mais de 1 m (um metro) de altura, deve ser feito por meio de escadas, observando-
se ao menos uma das seguintes alternativas:

i. Utilizar escada de mão, incorporada ou acoplada aos painéis, com largura mínima
de 0,4 m (quarenta centímetros) e distância uniforme entre os degraus
compreendida entre 0,25 m (vinte e cinco centímetros) e 0,3 m (trinta
centímetros);

ii. Utilizar escada para uso coletivo, incorporada interna ou externamente ao


andaime, com largura mínima de 0,6 m (sessenta centímetros), corrimão e degraus
antiderrapantes.
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e) O andaime simplesmente apoiado, quando utilizado com rodízios, deve:

i. Ser apoiado sobre superfície capaz de resistir aos esforços solicitantes e às cargas
transmitidas;

ii. Ser utilizado somente sobre superfície horizontal plana, que permita a sua segura
movimentação;

iii. Possuir travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais.

f) É proibido o deslocamento das estruturas do andaime com trabalhadores sobre os


mesmos;

g) Nenhum andaime móvel pode ter a sua altura maior que quatro vezes a menor
dimensão da base. Conforme NRR 6494, item 4.5.12.

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9.6 Plataforma elevatória

Nas atividades de trabalhos em altura com o uso da plataforma


elevatória deverá ser observado o seguinte:

a) Realizar curso de treinamento de operação e funcionamento


do equipamento por profissional qualificado para os
funcionários envolvidos, ficando restrito apenas os
funcionários treinados a operação do equipamento.

b) Ler o manual da máquina, seguindo passo a passo as


instruções do fabricante.

c) Realizar uma inspeção em toda a Plataforma antes de iniciar


os trabalhos, checando todas as funções e controles.
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9.6 Plataforma elevatória

d) Certificar que a área ao redor da Plataforma esteja livre e


desimpedida para a sua movimentação com segurança.

e) Não trabalhar em terreno inclinado e apresentando imperfeições


que possam prejudicar a estabilidade do equipamento.

f) Proceder uma avaliação prévia dos riscos antes de operar a


plataforma.

g) Certificar que o piso onde serão realizados os trabalhos suporte


a carga do equipamento garantindo a estabilidade durante a
realização das atividades.

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10 TRABALHOS EM TELHADO

a) Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados


dispositivos contra queda dimensionados por profissional legalmente
habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores;

b) É proibido o acesso ao telhado em condições de umidade, ventos


fortes e iminência de chuva ou de apenas uma pessoa;

c) O acesso ao telhado deve ser feito através de andaimes ou escadas


extensoras travadas e providas de cabo-guia e trava-quedas, ou
ainda, por plataforma hidráulica elevatória;

d) Não é permitida a realização de serviço em telhado com


concentração de carga num mesmo ponto assim como é proibido
pisar diretamente sobre as telhas;

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10 TRABALHOS EM TELHADO
e) A movimentação sobre o telhado deve ser executada somente depois da
instalação de passadeiras metálicas devidamente dimensionadas que permitam a
movimentação com segurança. O trabalhador deverá se certificar dos pontos de
apoio e sustentação do telhado. Em nenhuma hipótese o trabalhador deverá se
deslocar sobre telhas de fibrocimento amianto pisando diretamente sobre as
telhas;

f) O uso de passarela e passadeiras metálicas não dispensa o uso do cinto de


segurança tipo paraquedista fixado em cabo guia equipado com trava-quedas;

g) Para a execução do trabalho, deve-se isolar a área abaixo, proibindo-se a


passagem ou permanência de qualquer pessoa no local de risco, devendo uma
pessoa permanecer no piso, a fim de coordenar a isolação e auxiliar na
execução da atividade;
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10 TRABALHOS EM TELHADO

h) Deve haver um sistema efetivo de comunicação entre


as pessoas que estão trabalhando no telhado e uma
pessoa em solo;

i) Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam


trabalhos em telhados e ou coberturas, é obrigatória a
existência de sinalização de advertência e de
isolamento da área capazes de evitar a ocorrência de
acidentes por eventual queda de materiais,
ferramentas e ou equipamentos.

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11 ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS EM ALTURA
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11.1 FALTA DE TREINAMENTO: funcionário realizando trabalho em altura sem o treinamento de capacitação
com carga horária mínima de 08 h, conforme determina o item 35.3 na NR 35 da Portaria 3214/78.

11.2 EQUIPAMENTO INADEQUADO: fazer uso ou improvisar ferramentas de trabalho para realização da
atividade colocando em risco a sua integridade física durante a sua realização de trabalho em altura.

11.3 DESRESPEITO ÀS NORMAS: durante a realização do trabalho negligenciar as normas / procedimentos no


que diz respeito a utilização de EPI, trabalho em altura, APR e PT.

11.4 EXCESSO DE CONFIANÇA: funcionário que exerce atividade ao longo dos anos tem como característica a
experiência acumulada na realização de atividades e isso pode levar em determinado momento a cometer ato
inseguro em consequência do excesso de confiança gerando dessa forma acidentes com consequências imprevisíveis.

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11 ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS
EM ALTURA 37

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12 CONDUTAS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Os funcionários deverão receber treinamento prévio de como conduzir acidentes de trabalhos em altura em situações
de emergência devendo dessa forma, estar apto a avaliar a situação considerando os itens abaixo já devidamente
abordados no Procedimento de Segurança para Realização de Trabalho em Altura nº 001/18, ver. 0.1, conforme
segue:

a. Acionar imediatamente o resgate através dos telefones: 192 SAMU ou 193 Corpo de Bombeiro;
b. Verificar se o ambiente está seguro para acesso ao acidentado;
c. Checar sinais vitais;
d. Isolar a área até a chegada do atendimento de urgência;
e. Informar o Gestor da Área e a Segurança do Trabalho do ocorrido.

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PRINCIPAIS ASSUNTOS ABORDADOS NO TREINAMENTO

1 Conceito de trabalho em altura.

2 Definição de responsabilidades.

3 Definição de trabalho rotineiro e não rotineiro.

4 APR / PT para liberação dos trabalhos não rotineiros.

5 Requisitos necessários para o funcionário estar autorizado a realizar trabalho em altura.

6 Projeto, equipamentos, acessórios, SPQ (SPIQ e SPCQ) utilizados para realização dos trabalhos em altura.

7 Tipos de acidentes mais frequentes.

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