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Impacto ambiental da indústria e complexos

industriais
• Está relacionado à tipologia da indústria e ao
tamanho da indústria
Setor Fonte Resíduos perigoso
Veículos Resíduos oleosos
Aeroportos óleos, fluidos hidraulicos
lavegem a seco Solventes halogenados
Serviços, comércio e Agricultura
transformadores Bifenilas policlorados (PBS)
Hospitais Resíduos patogênicos
Fazendas, parques municipais Pesticidas, embalagens
Tratamento de metais (galvanização, eletrodeposição) lodos com metais pesados
Industrias de pequeno e médio porte Fabricação da tintas Solventes, tintas
Curtumes Lodos contendo cromo
Processo de extração de bauxita: fabricação de alumínio Residuos de cubas de redução
Refinaria de Petróleo catalizadores, resíduos oleosos
Industrias de grande porte
Produção de cloro Lodos contendo mercúrio
Química Resíduos de fundo de coluna de destilação

 Cada tipo de indústria terá seu grupo de agentes poluidores em diferentes


estágios de interferência
Origens destes impactos
• Tecnologias ultrapassadas e fortemente poluentes, com elevados
consumos energéticos e de água.

•A inexistência de sistemas de tratamento adequado dos efluentes

•Localização das unidades na proximidade de áreas urbanas ou


agrícolas: Gasômetro no RJ

•Localização das unidades em zonas ecologicamente sensíveis

•Mal planejamento das descargas de efluentes em águas subterrâneas


ou superficiais

•Depósitos indevidos de resíduos, cuja lixiviação é fonte de poluição do


solo e do meio hídrico
Medidas
• Definir as zonas mais adequadas para instalação das
atividades industriais
– Plano diretor municipal: conhecer as características de cada
localidade e crescer apartir destes limites
• Garantir a qualidade dos efluentes industriais (pré-
tratamento) antes do lançamento na rede de esgoto
• Criar planos de emergência para casos de acidentes
• Fiscalizar ocupação dos estabelecimentos
• Implantar medidas anti-poluição
AIA-RIMA
• O termo EIA/RIMA refere-se ao Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e ao Relatório de
Impacto do Meio Ambiente (RIMA),
que constituem um conjunto, cujo objetivo é
avaliar os impactos ambientais decorrentes do
desenvolvimento de um projeto e estabelecer
programas para o monitoramento e a mitigação
dos impactos identificados.
O EIA é um estudo sigiloso que serve de instrumento de
planejamento na implantação do projeto. Ação
interdisciplinar, com especialistas que avaliam
detalhadamente os segmentos básicos do meio ambiente
(meios físico, biológico e socioeconômico) a partir das
literaturas científica e legal pertinentes, de trabalhos de
campo e de análises de laboratório, sendo realizado em
primeiro lugar.

O RIMA documenta, de modo mais simples e menos técnico, a


avaliação das conclusões contidas no Estudo de Impacto
Ambiental e apresenta um parecer orientador de caráter
público.
A obrigação da elaboração de um estudo de
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), na forma de um
EIA/RIMA, é imposta apenas para algumas atividades com
potencial altamente poluidor, pelos órgãos licenciadores
competentes (estadual, municipal e federal) e pela
legislação pertinente como a Resolução CONAMA 01/86, no
âmbito do processo de licenciamento ambiental.
O EIA/RIMA é feito por uma
equipe multidisciplinar, em
função da necessidade de
considerar o impacto da
atividade sobre os diversos
meios ambientais:
natureza, patrimônio
cultural, patrimônio
histórico e o meio
ambiente do trabalho.
Sua organização conta
com a participação
pública na aprovação de
um processo de
licenciamento ambiental,
através de audiências
públicas com a
comunidade envolvida
pelo projeto.
O conteúdo mínimo de um EIA/RIMA é determinado pela Resolução CONAMA
01/1986:

Artigo 6º – O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as


seguintes atividades técnicas:

I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa


descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como
existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da
implantação do projeto, considerando:
A) O MEIO FÍSICO – O SUBSOLO, AS ÁGUAS, O AR E O CLIMA, DESTACANDO OS
RECURSOS MINERAIS, A TOPOGRAFIA, OS TIPOS E APTIDÕES DO SOLO, OS
CORPOS D’ÁGUA, O REGIME HIDROLÓGICO, AS CORRENTES MARINHAS, AS
CORRENTES ATMOSFÉRICAS;

B) O MEIO BIOLÓGICO E OS ECOSSISTEMAS NATURAIS – A FAUNA E A FLORA,


DESTACANDO AS ESPÉCIES INDICADORAS DA QUALIDADE AMBIENTAL, DE
VALOR CIENTÍFICO E ECONÔMICO, RARAS E AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO E AS
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE;

C) O MEIO SOCIOECONÔMICO – O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, OS USOS DA


ÁGUA E A SOCIOECONOMIA, DESTACANDO OS SÍTIOS E MONUMENTOS
ARQUEOLÓGICOS, HISTÓRICOS E CULTURAIS DA COMUNIDADE, AS RELAÇÕES
DE DEPENDÊNCIA ENTRE A SOCIEDADE LOCAL, OS RECURSOS AMBIENTAIS E A
POTENCIAL UTILIZAÇÃO FUTURA DESSES RECURSOS.
II – Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas
alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e
interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes,
discriminando:
- os impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos,
temporários e permanentes;
- seu grau de reversibilidade;
- suas propriedades cumulativas e sinérgicas; e
- a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
III – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos,
entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento
de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.

lV – Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento


dos impactos positivos e negativos, indicando os fatores e
parâmetros a serem considerados.

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