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RESÍDUOS INDUSTRIAIS

PERIGOSOS NO BRASIL

SEGUNDAS JORNADAS DE
TECNOLOGIAS Y POLÍTICAS
AMBIENTALES

Eng.Quím. Mário Kolberg Soares/FEPAM


RESÍDUOS SÓLIDOS
INDUSTRIAIS

CONCEITOS
LEGISLAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
GERENCIAMENTO
DESTINAÇÃO FINAL
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL

ART. 225 – Todos tem o direito ao meio


ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial a
sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de
defende-lo e preserva-lo para as
presentes e futuras gerações
LEI DOS CRIMES
AMBIENTAIS
ÖLEI nº 9.605,
9.605 de 12 de fevereiro de 1998
“Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências”

ÖDECRETO nº 3.179,
3.179 de 21 de setembro de 1999
“Dispõe sobre a especificação das sanções
aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências”
z ART. 54 – Causar poluição de qualquer natureza
em níveis tais que resultem ou possam resultar
em danos à saúde humana, ou que provoquem a
mortalidade de animais ou a destruição
significativa da flora
PENA – reclusão de 01 a 04 anos e multa
§2º - Se o crime:
V – ocorrer por lançamento de resíduos
sólidos,
lidos líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos
ou substâncias oleosas, em desacordo com as
exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
PENA – reclusão de 01 a 05 anos
MULTA de R$ 1.000,00 a R$ 50.000.000,00
z ART. 60 – Construir, reformar, ampliar,
instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte
do território nacional, estabelecimentos,
obras ou serviços potencialmente
poluidores sem licença ou autorização dos
poluidores,
órgãos ambientais competentes, ou
contrariando as normas legais e
regulamentos pertinentes:
PENA – detenção de 01 a 06 meses ou
multa, ou ambas as penas cumulativamente
MULTA – de R$ 500,00 a R$
10.000.000,00
LEI ESTADUAL RESÍDUOS SÓLIDOS
Decreto 38.356/98 que regulamenta a Lei 9921/93
que dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos
no Estado do Rio Grande do Sul
ART.4º - Os sistemas de gerenciamento dos resíduos
sólidos de qualquer natureza terão como
instrumentos básicos planos e projetos específicas
de coleta, transporte, tratamento, processamento e
destinação final, a serem licenciados pela FEPAM,
tendo como metas a REDUÇÃO DE RESÍDUOS
GERADOS e o perfeito controle de possíveis efeitos
ambientais.
ART.8º - A coleta, o transporte, o tratamento, o
processamento e a destinação final dos resíduos
sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e
de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de
RESPONSABILIDADE DA FONTE GERADORA.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
ÖLICENÇA PRÉVIA (LP), primeira etapa do
licenciamento, avalia o suporte de
qualidade ambiental da área para receber o
empreendimento;
ÖLICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI), autoriza o
início das obras do empreendimento;
ÖLICENÇA DE OPERAÇÃO (LO), última etapa
do licenciamento, autoriza o início das
operações.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Resíduos Urbanos: resíduos de residências ou
qualquer outra atividade que gere resíduos
com características domiciliares;
Resíduos Industriais: atividades de pesquisa e
produção de bens e resíduos provenientes
das atividades de mineração;
Resíduos de Serviços de Saúde: unidades que
executem atividades de natureza médico-
assistencial as populações humana ou animal,
centros de pesquisa na área de farmacologia e
saúde, incluindo medicamentos vencidos ou
deteriorados;
Resíduos de Atividades Rurais: oriundos de
atividades agrosilvopastoril, incluindo os
resíduos dos insumos utilizados nestas
atividades (agrotóxicos);
Resíduos de Serviços de Transporte: decorrentes
da atividade de transporte e os provenientes de
portos, aeroportos, terminais rodoviários,
ferroviários e portuários e postos de fronteira;
Resíduos/Rejeitos Radioativos: materiais
resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites de isenção
especificados de acordo com a norma da
Comissão Nacional de Energia Nuclear –
CNEN, e que seja de reutilização imprópria ou
não prevista.
Quanto a periculosidade
Resíduos Classe I – Perigosos: resíduos que em
função de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade, podem apresentar risco à saúde
pública ou efeitos adversos ao meio ambiente;
Resíduos Classe II – não Inertes: resíduos que não
se enquadram na Classe I – perigosos ou Classe III –
inertes. Podem ter propriedades com
combustibilidade, biodegradalibidade ou solubilidade
em água;
Resíduos Classe III – Inertes: resíduos que não
sofrem transformações físicas, químicas ou
biológicas significativas a ponto de acarretar risco à
saúde e ao meio ambiente (restos construção, vidros,
certos plásticos e borrachas de difícil decomposição).
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
EVITAR

MINIMIZAR

REAPROVEITAR

TRATAR / DISPOR
EVITAR / MINIMIZAR
ÖAlteração de matérias primas
ÖMudanças no processo industrial  tecnologias
limpas
Ö Automatização
Ö Mudanças nas condições operacionais Â
rearranjo de equipamentos e tubulações
Ö Mudanças de procedimentos / práticas
operacionais:
9 prevenção de perdas
9 treinamento de pessoal
9 segregação das correntes de resíduos
9 programas de manutenção preventiva
REAPROVEITAMENTO /
RECICLAGEM
z Uso direto ou reutilização do resíduo dentro do
processo industrial

z Reaproveitamento interno  através de um novo


processo industrial

z Reaproveitamento externo  venda ou doação a


terceiros para utilização como matéria prima em
outro processo industrial
FATORES QUE INTERFEREM NO
REAPROVEITAMENTO EXTERNO

9Responsabilidade do gerador  garantia total da


reutilização do resíduo;

9 Distância da unidade de re-processamento Â


custos com transporte;

9 Volume de resíduos disponíveis para o re-


processamento  viabilidade em função da
geração
TRATAMENTO
DISPOSIÇÃO FINAL
nEstabilização e solidificação;
oOxidação  uso de agentes oxidantes  cloro gasoso,
hipoclorito e peróxidos  destruição de cianetos;
pRedução  uso de agentes redutores  redução da
toxicidade  alteração de cromo VI para cromo III;
qUltrafiltração  sistema multicapilar com membranas;
rCélulas de landfarming;
sIncineração;
tCo-processamento em fornos de produção de clínquer;
uSistema de arco de plasma
vAterro industrial
ATERROS INDUSTRIAIS PERIGOSOS

Disposição
Disposição final
final baseada
baseada emem técnicas
técnicas ee critérios
critérios
operacionais
operacionais de de engenharia,
engenharia, em em que que oo
confinamento
confinamento dos dos rejeitos
rejeitos éé garantido
garantido
através
através do do controle
controle da da emissão
emissão dede odores,
odores,
fumaça,
fumaça, gases
gases tóxicos
tóxicos ou
ou material
material particulado
particulado ee
da
da proteção
proteção dasdas águas
águas superficiais
superficiais ee sub -
sub-
superficiais
superficiais dada geração
geração dede líquidos
líquidos percolados
percolados
ou
ou lixiviados
lixiviados oriundos
oriundos dada massa
massa de
de resíduos.
resíduos.
PROJETO BÁSICO

Þ Drenagem de águas pluviais;


Þ Sistema de impermeabilização;
Þ Sistema de detecção de vazamentos;
Þ Drenagem e tratamento de líquidos
percolados;
Þ Drenagem de gases;
Þ Cobertura final;
Þ Poços de monitoramento do lençol
freático.
DESTRUIÇÃO TÉRMICA
INCINERAÇÃO

Processo de decomposição através da


oxidação térmica à alta temperatura,
superior a 1.200°C, objetivando
destruir a fração orgânica do resíduo
e reduzir seu volume
CO-PROCESSAMENTO EM FORNOS DE
CIMENTO

Técnica de incorporação de resíduos


ao processo de fabricação de
clínquer (matéria prima para
fabricação de cimento), a partir do
seu aproveitamento, resultando na
destruição térmica eficiente e segura
sob o ponto de vista operacional e
ambiental.
RESÍDUOS POSSÍVEIS DE
UTILIZAÇÃO
Borras Oleosas Borras Ácidas

Borrachas não cloradas Pneus

Solventes Borras de Tintas

Ceras Resínas Fenólicas e


Acrílicas
Carvão Ativado usado Elementos Filtrantes de
como Filtro Filtros de Óleo
ARCO DE PLASMA
Ö Corrente elétrica através de um fluxo gasoso de
baixa pressão inerte (nitrogênio), gerando um
campo térmico de plasma;
Ö Temperaturas na ordem de 5.000ºC a 15.000ºC;
Ö Compostos orgânicos vaporizados e decompostos
pelo intenso calor do plasma;
Ö Sólidos contendo metais são vitrificados num
aglomerado único e inerte;
Ö Gases gerados passam por câmara de combustão
secundária (pós-queimador);
Ö Unidade de tratamento de gases mais simplificada
que a de um incinerador.

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